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Farmacologia do trato gastrointestinal Antiulcerosos

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1 Farmacologia 2 P4 Letícia Leão Gazzaneo Medeiros 
Farmacologia do trato 
gastrointestinal 
Secreção gástrica: 
 2,5 L de suco gástrico por dia 
 Importante para a digestão proteolítica, 
absorção de ferro e eliminação de patógenos 
 Ácido é secretado pela bomba de prótons 
K/H/ATPase 
Estímulos que atuam sobre as células parietais: 
 Histamina: estimula receptores H2 das células 
parietais (estimulando a secreção de ácido) 
 Gastrina: estimula receptores de CCK2 
(colecistocinina 2) estimulando secreção ácida 
e secreção de histamina. 
 Acetilcolina: estimula receptores M3 
estimulando secreção ácida e secreção de 
histamina e gastrina. 
Defesa gástrica: 
 Prostaglandina E2 (PGE2) e prostaciclina 
(PGI2)- citoprotetoras e somatostatina 
 Estimulam receptores EP3 nas células 
parietais, inibindo a secreção de ácido. 
 Estimulam receptores EP3 nas células 
epiteliais superficiais, estimulando a secreção 
de mucina e bicarbonato 
 Somatostatina: inibe células G, ECS e parietais 
Coordenação dos fatores que regulam a secreção 
ácida: 
 Eixo gastrina-ECS-célula parietal 
 Liberação de gastrina pelas células G 
 Gastrina: atua no receptor de CCK2 nas células 
ECS promovendo liberação de histamina, que 
atua nos receptores H2 aumentando a 
concentração de AMPc e ativando a secreção 
de prótons. 
 Efeito secundário da gastrina: células parietais 
 Estimulo vagal direto também estimula pela 
liberação de acetilcolina (atua no M3 das 
células parietais) 
Dispepsias: 
 Ulcera péptica (gástrica e duodenal). Causa: 
infecção por H. pylori ou desequilíbrio ácido-
básico. 
 Doença do refluxo gastroesofágico 
 Lesão da mucosa relacionada ao estresse 
 Síndrome de Zollinger-Ellison 
 As dispepsias são causadas por desequilíbrio 
entre secreção de ácido e pepsina e entre 
secreção de bicarbonato e muco. 
 AINES: podem causar sangramentos e erosões 
gástricas pela inibição da COX-1 
(prostaglandinas protetoras gástricas) 
Fármacos que diminuem a secreção ácida: antiácidos 
minerais, antagonistas de H2, inibidores de bomba de 
prótons 
Protetores gástricos: análogos de PGE2, sucralfato e 
compostos de bismuto. 
Antiácidos: 
 Neutralizam diretamente o ácido 
 Bicarbonato de sódio: pode provocar alcalose 
 Hidróxido de magnésio: pó insolúvel que pode 
provocar diarreia pois o magnésio contrai o 
músculo liso (diarreia). Não produz alcalose 
sistêmica porque é pouco absorvido no TGI. 
 Hidróxido de alumínio: pode provocar 
constipação pois o alumínio relaxa o músculo 
liso (constipação). Efeito por várias horas. 
Diminui a eliminação de fosfato pelo rim. 
 Alginatos e simeticona são associados em 
alguns casos para tornar mais viscoso (mais 
aderência à mucosa) e para diminuir a 
distensão abdominal, respectivamente. 
Antagonistas de H2: 
 Farmacodinâmica: antagonismo competitivo 
dos receptores de H2 das células parietais. 
 Diminuem secreção ácida estimulada pela 
histamina e gastrina e a concentração de 
pepsina 
 Promove cicatrização de ulceras, diminui azia 
e úlceras por estresse agudo (até úlceras 
duodenais) 
 Pode inibir CYP450 potencializando outros 
fármacos (cimetidina) 
 Altamente seletivos 
 Inibem 60-70% da secreção ácida em 24h 
 Mais efetivos sobre a secreção noturna 
 Usos: DRGE, UP, dispepsia não ulcerosa, 
prevenção do sangramento da gastrite 
relacionada ao estresse. 
 Exemplos: cimetidina, ranitidina (proibida), 
nizatidina e famotidina. 
 
2 Farmacologia 2 P4 Letícia Leão Gazzaneo Medeiros 
 Efeitos colaterais: diarreia, cefaleia, fadiga, 
mialgias e constipação (menos de 3% dos 
pacientes) 
 Cimetidina: inibe ligação testosterona com 
receptores de androgênio, inibe metabolismo 
do estradiol e aumenta a concentração de 
prolactina. Pode causar ginecomastia, 
impotência e galactorréia. 
 Interações medicamentosas: anticoagulantes 
orais, fenitoína, carbamazepina, teofilina e 
ADT 
Inibidores da bomba de prótons: 
 Pró-fármacos inativos 
 Proteção ácida (bases fracas lipofílicas- 
protonadas em meio ácido) 
 Acúmulo nos canalículos das células parietais 
 Farmacodinâmica: ligação cátion/H+/K+-
ATPase irreversível 
 Diminuem secreção gástrica 90-98% em 24h 
 Usos cicatrização de úlceras e diminuição da 
azia. 
 Exemplos: omeprazol, esomeprazol, 
lansoprazol, dexlansoprazol, pantoprazol, 
rabeprazol 
 Farmacocinética: 
o Pantoprazol: mais linear; inicio de 
ação mais rápido 
o Rabeprazol: conversão mais rápida na 
forma ativa 
o Esomeprazol: meia-vida um pouco 
mais longa que o omeprazol 
o Apesar de meia-vida curta, afetam a 
secreção por 2-3 dias, pois se 
acumulam nos canalículos. 
 Usos: 
o UP (H. pylori, AINES) 
o GRGE 
o Prevenção da recorrência do 
sangramento de UP 
o Dispepsia não ulcerosa 
o Prevenção da recorrência do 
sangramento associado ao estresse 
o Gastrinoma 
o Distúrbios de alta secreção 
 Efeitos adversos: 
o Nutrição: deficiência de vitamina B12 
o Interações medicamentosas 
o Cefaleia, diarreia, impotência, dores 
musculares e articulares. 
 
Fármacos protetores da mucosa: 
 Citoprotetores: aumentam os mecanismos 
endógenos de proteção da mucosa. 
Análogo de PGE2 
 Misoprostol: diminui secreção de ácido e 
estimula a secreção de bicarbonato e muco 
 Ação direta na célula ECS 
 Aumenta o fluxo sanguíneo na mucosa, 
aumentando a secreção de muco e 
bicarbonato 
 Uso somente hospitalar 
 Efeitos colaterais: contrações uterinas, 
diarreia e cólicas abdominais. 
Sucralfato: 
 Sal de sacarose + hidróxido de alumínio 
sulfatado 
o Qg, 4x/dia, 1h antes das refeições 
o Gel complexo de consistência firme = 
barreira física 
o Ligação seletiva a úlceras e erosões 
por até 6h 
 Diminui a degradação do muco pela pepsina e 
limita a difusão de H 
 Uso em sonda nasogástrica na UTI para 
diminuir sangramentos 
 Não é absorvido sistemicamente 
 Pode causar constipação intestinal,vômitos, 
cefaleia, náuseas... 
 Diminui a absorção de nutrientes e de outros 
fármacos 
 Interações: tetraciclina, digoxina, cimetidina, 
teofilina e cetoconazol 
Compostos de bismuto: 
 Quelatos de bismuto: subcitrato de bismuto 
 Reveste a base da ulcera, adsorve a pepsina, 
potencializa a síntese local de PGs e estimula 
a secreção de bicarbonato 
 Terapia para infecção por H. pylori: efeito 
tóxico sobre o bacilo e impede sua aderência 
à mucosa. 
 Altas concentrações podem gerar 
encefalopatias. 
 Efeitos adversos: náuseas, vômitos, 
escurecimento da língua (pilosa) e fezes.

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