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Contratilidade uterina • Fenômeno + importante do trabalho de parto • Indispensável para fazer dilatar o colo e expulsar o concepto • Aumento de força muscular por um determinado espaço de tempo • Podemos definir como Intensidade (elevação da pressão) X número de contrações (frequencia) em 10 minutos • A intensidade diz respeito a pressão intraluminal provocada pelas contrações acima de 10 mmHg. • Utiliza o toque para fazer uma mensuração da contração • Contração perceptível: a palpação só sentimos 70 segundos -mas na verdade ela dura 200 segundos (pois a pressão precisa ultrapassar 20 mmHg, para percebermos) • A dor se inicia com 25 mmHg • Hora de ir para o hospital: 1 contração a cada 5 minutos e o tempo de duração ser de pelo menos 30 segundos. FUNÇÃO DA CONTRATILIDADE UTERINA: Esvaecimento do colo uterino (afina -mento) Dilatação do colo uterino (para o bebê nascer é necessário ter 10 cm de dilatação) Descida e expulsão do feto (é o útero que empurra o feto e o faz descer) Descolamento e expulsão da placenta pelo canal de parto (depois do nascimento) Hemostasia puerperal (depois da dequitação, é a contratilidade uterina que é responsável pela interrupção do sangramento) → mantém os vasos fechados meio do miotamponamento - se isso não ocorrer chamamos de atonia uterina Na imagem acima podemos ver a atividade uterina que aumenta progressivamente após 30 semanas, especialmente ao se aproximar o termo; durante o parto, o acréscimo é acelerado e atinge o máximo no período expulsivo. No secundamento e no puerpério, são expressivas as quedas da atividade uterina. *secundamento = após a saída do RN e termina com a saída da placenta (período da dequitação) Desde a concepção a paciente já tem um grau de contração uterina, mas não é nada significativa. Atua como uma forma de amadurecimento das contrações Antes das 28 semanas: contrações de alta frequência e baixa amplitude, intensidade baixa de 2 a 4 mmHg, imperceptíveis (tipo A) Contrações de Braxton-Hicks: (Da letra B da imagem até antes de D-) elas podem doer, mas não possuem pressão suficiente e não conseguem dilatar o colo para evoluir para um trabalho de parto. – 1 Fases Clínicas do Pré parto, Parto e Puerpério Fisiológico contração por hora, intensidade de 10 a 20 mmHg. (tipo B) Essas contrações são chamadas de contrações de treinamento, são raras antes das 28 semanas, se intensificam 4 semanas antes do parto. Após as 30 semanas as contrações evoluem paulatinamente. A partir das 36 semanas as contrações de Braxton-hicks estão cada vez mas coordenadas e envolvendo áreas maiores. Quando o mecanismo atinge sua maturidade completa ela começa a disparar contrações uterinas frequentes Ela só vai aumentando até chegar o dia do parto, geralmente começa 2 semanas antes do parto. Triplo gradiente descencente: É o sentido de propagação da onda contrátil uterina. Dor e contração que começa do fundo do útero e vai para baixo (é mais intensa superiormente do que nas partes de baixo), que tem como intuito fazer com que o concepto desça e também faz o colo dilatar. PRÉ PARTO ( PRÓDROMO DE TP) ✓ Contrações curtas e irregulares mas que incomodam (BRAXTON – HICKS)→ contrações de treinamento (1 a cada 5 minutos)* ✓ Perda de tampão mucoso ( atuava protegendo o colo do útero protegendo de microorganismos ascendentes) ✓ Perda líquida atípica→ “fundo da calcinha molhada” (porque há grande quantidade de secreções das glândulas cervicais com eliminação de muco e eventual mesclado de sangue.) ✓ Amadurecimento cervical→ diminuição da tensão do colo (amolecimento) + apagamento cervical (fica + fino), justamente porque fica bem mais fácil de dilatar * No final da gravidez essas contrações são dolorosas, porem possuem ritmo irregular e sem coordenação por isso não modificam o colo ou seja não é um trabalho de parto verdadeiro. Nesse período também o fundo uterino desce 2-4 cm, aliviando a pressão sobre o diafragma (melhora ventilação). Por que o bebê esta se acomodando no estreito superior da bacia (insinuando) porém isso causa mais dores lombares, estiramento das articulações da cinturapelvica e distúrbios circulatórios. o Aquecimento para o parto o Paciente está sentindo dor ORIENTAÇÕES: MEDIDAS NÃO FARMACOLÓGICAS: Orientar Dizer que essas contrações de treinamento são normais Orientar banho quente, massagem na coluna para relaxar a musculatura Modificação da cama Estabilizar a coluna lombar MEDIDAS FARMACOLÓGICAS: Geralmente fazemos buscopam com dipirona para aliviar um pouco da dor. Caso não funcione, pode dar algo mais forte, porém tem que tomando muito cuidado TRABALHO DE PARTO São próprias dessa fase: contrações da musculatura abdominal com a glote fechada, esforços respiratórios verdadeiros, chamados de puxos Possui 3 estágios. PRIMEIRO ESTÁGIO: FASE LATENTE: • Fase tampão entre o pródromo e a dilatação • Contrações regulares: 2 contrações a cada 10min durando entre 50 e 60s cada uma (2/10’/50’’) • Até 5cm de dilatação ORIENTAÇÕES: Medidas farmacológicas e não farmacológicas Avaliação do bem-estar fetal (cardiotopografia fetal) Reavaliação da dilatação→ peço para ela aguardar um pouco e vejo como ela está para ver se está ou não em fase ativa (pois isso pode levar de horas a dias) FASE ATIVA: • Contrações regulares e progressivas (MADURAS)→ a dor vai aumentando até o babê nascer • Contrações no seu auge de maturidade → dilatação regular e com mais frequência (5 contrações a cada 10 min) • Descida da apresentação fetal • Acima de 5cm até 10cm • Nessa fase a gente começa a mensurar quanto tempo vai demorar para o baby nascer. ORIENTAÇÕES: Medidas farmacológicas e não farmacológicas Avaliação do bem-estar fetal Internação hospitalar Acompanhamento de BCF a cada 30min para garantir que está tudo bem Toque vaginal deve ser reduzido ao mínimo possível, difícil avaliar uma regra (2h) → isso porque quanto mais você toca , mas você deixa ela ansiosa , mais você deixa o colo do útero edemaciado 2h é uma média, mais isso vai variar de paciente Realizar o partograma nessa fase PARTOGRAMA → Forma gráfica e simples de escrever um trabalho de parto → Evoluções e registros do toque → As linhas traçadas vão ser usadas para definir se o trabalho e parto está normal → Sempre que uma dilatação chegar na linha de alerta, o obstetra deve ficar alerta e deve correr para não dar ruim → É feito para a fase ativa O triângulo é referente a dilatação e está correlacionado com a escala à esquerda.(o “certo” seria o triangulo começar em 5 cm de dilatação que é quando já se passou da fase latente) Já o círculo representa a altura do feto, respeitando os planos de De Lee ou de Hodge. Temos também duas linhas: a linha de alerta e a linha de ação. Elas podem estar presentes ou não no partograma, se não estiverem será de responsabilidade de quem abre o partograma desenhá-las. Ambas estão em um ângulo de 45 graus e devem estar espaçadas em 4 quadrados. E a linha de alerta deve começar na segunda hora do partograma. Linha de Alerta: o trabalho de parto deve acompanhar a linha, por isso, se a representação do parto ultrapassar essa linha, devemos prestar atenção. Linha de Ação: mostra a necessidade de intervenção, não necessariamente cesárea! 4h é o espaço maior possível de uma assistência hospitalar (entre a linha de alerta e linha de ação) SEGUNDO ESTÁGIO – EXPULSÃO DO FETO: • Dilatação total= 10cm • Término da descida • “Puxos” → contrações voluntárias da musculatura abdominal, (“força de fazer coco”) • “Ardência” → porque a cabeça está passando pelo períneo ORIENTAÇÕES: Posição de desejo da gestante, a que ela se sentir mais confortável. Cabe ao médico respeitar Descida lenta Acompanhamento de BCF a cada 5/10 min (porque o babê já está ali embaixo e está sofrendo muito ) Proteção perineal X hands- off: Hands off: lacerações aceitáveis, fisiológicas Defleção lentificada → segurar a cabeça do babê para que ele faça o movimento de forma sutil Contato pele a pele→ babê e mamãe → o médico deve entregar o bebe segurando pelo pé Clampeamento oportuno 1-3min TERCEIRO ESTÁGIO – PUERPÉRIO • PROFILAXIA PARA HEMORRAGIAS: ocitocinas 10UI IM faz de forma profilática depois que pariu e clampeou o cordão (universal); misoprostol; methergin • REVISÃO DO TRAJETO (verificar lacerações perineais) - Você fecha os planos LACERAÇÕES PERINEAIS: Primeiro grau: mucosa → são as mais comuns Segundo grau : muscular → romperam o musculo do períneo e requer rafia , porque elas sangram. Terceiro grau: ânus → partos mais difíceis → rompimento do músculo anal Quarto grau: reto → partos mais difíceis • DEQUITAÇÃO – retirada da placenta Até 30min Tração continua e gentil do cordão para baixo, deixando que ela descole sozinha → NÃO PODE PUXAR Correção /massagem do útero → começa a rodar ela no próprio eixo, e as membranas que estavam todas abertas viram um cordão , elas ficam uniformes e não arrebentam tão fácil → MANOBRA DE JACOB-DUBLIN DURAÇÃO NORMAL DO TRABALHO DE PARTO: FASE LATENTE: 20 h nas nulíparas e 14 h nas multíparas. FASE ATIVA: multíparas evoluem em média 1,5 cm por hora e nulíparas 1,2 cm por hora. FASE DE EXPULSÃO: Com analgesia peridural em médiaa 1,1 e 3,6 h em primíparas e 0,4 e 2 h em multíparas, respectivamente. Contratilidade uterina Triplo gradiente descencente: PRÉ PARTO ( PRÓDROMO DE TP) TRABALHO DE PARTO PARTOGRAMA