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Conceito de Planejamento Escolar

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22/09/2022 02:37 Conceito de Planejamento Escolar
https://estudante.estacio.br/disciplinas/estacio_7213913/temas/3/conteudos/1 1/34
Conceito de Planejamento Escolar
Prof.ª Flavia Miguel 
Prof.ª Inês Barbosa de Oliveira 
Prof. Luis Erichsen
Descrição
A evolução histórica e a definição atual dos conceitos de planejamento e de planejamento escolar com sua função no âmbito escolar.
Propósito
Compreender os modos de organização educacional e escolar que as diferentes perspectivas do planejamento viabilizam por meio do
conhecimento escolar e de suas características e aplicações.
Objetivos
Módulo 1
O que é planejamento
Identificar os conceitos de planejamento escolar e as diferentes compreensões do termo ao longo da história.
Módulo 2
O planejar e a instituição escolar
Reconhecer as funções do planejamento no âmbito escolar e na organização da escola.
Módulo 3
O planejamento estratégico
Identificar as características do planejamento estratégico no âmbito educacional e escolar.
22/09/2022 02:37 Conceito de Planejamento Escolar
https://estudante.estacio.br/disciplinas/estacio_7213913/temas/3/conteudos/1 2/34
Introdução
O desejo de planejar advém da necessidade de alguém ou de algum grupo social: quando a realidade coloca diante das pessoas ou de grupos
alguma situação que é percebida como problema, exigindo uma reflexão para solucioná-lo, planejamos ações. Sem um problema originário
percebido como tal, não se colocaria a necessidade do planejamento. Ao perceber que algo vai mal, há um diálogo mais efetivo com a realidade, que
será “examinada” e sobre a qual se deseja intervir. Assim, a intervenção exigirá um plano, um planejamento.
O ato de planejar existe desde os tempos em que o homem se percebeu como ser humano. Antes mesmo de querer pensar em formar uma
sociedade mais estruturada, o homem já planejava. E o fazia porque, diferentemente de outros animais, percebia a necessidade de articular ações
para tornar sua atitude mais eficaz. Assim, planejava formas de caçar em função das possibilidades de sucesso; passou a retirar as peles dos
animais para proteger-se do frio; dominou o fogo e desenvolveu técnicas de preservação da chama; percebeu que precisava se proteger da chuva e
outras intempéries e, sabendo estimar quando ela viria, planejava a hora de se abrigar, entre outras ações que, antes de serem praticadas, eram
pensadas, ou seja, planejadas.
Com o passar do tempo e a complexificação das estruturas sociais, o planejamento foi se tornando parte estruturante da vida humana. A agricultura
exigia aprender a cuidar da terra, a plantar na estação correta do ano, a colher no momento apropriado de cada cultura. Os locais e momentos em
que apareceriam as caças também passaram a ser conhecidos e permitiam o planejamento do ato de caçar; as migrações de inverno eram
preparadas conforme a chegada do frio. Tudo isso exigia planejamento.
1 - O que é planejamento
Ao �nal deste módulo, você será capaz de identi�car os conceitos de planejamento escolar e as diferentes compreensões do
termo ao longo da história.
O que é planejamento?
O planejamento escolar
Assista ao vídeo a seguir para saber mais sobre o planejamento escolar.
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22/09/2022 02:37 Conceito de Planejamento Escolar
https://estudante.estacio.br/disciplinas/estacio_7213913/temas/3/conteudos/1 3/34
Com a complexificação das sociedades, foi necessário ampliar e melhor estruturar a organização de diferentes setores, como o da produção, do
comércio, do uso dos espaços públicos e a estruturação das normas sociais, além de aperfeiçoar as estratégias de guerra, tornando-as mais
eficientes. Assim, o ato de planejar ganhou maior sistematicidade e uso social diversificado, passando a integrar a vida social e mesmo a familiar. A
noção de planejamento tornou-se mais ampla e complexa, de acordo com o setor, com o nível institucional ao qual se aplica e com a abrangência de
seu conteúdo. Atualmente, é percebido como uma ferramenta usada pela administração que viabiliza uma percepção mais precisa da realidade, da
avaliação dos caminhos possíveis para se chegar a determinados objetivos.
Dica
Um bom planejamento exige uma construção anterior do que se espera produzir como resultado e os trâmites e caminhos a serem seguidos para
se chegar aos objetivos.
A racionalidade da reflexão e de propor ações é uma marca do planejamento, que normalmente não está sujeito, como as ações na prática estão, a
problemas eventuais e imprevisíveis que podem ocorrer. É fruto de um processo de deliberação abstrato e explícito que escolhe e organiza ações,
antecipando os resultados esperados a partir de objetivos predefinidos. Sua constante avaliação é necessária, já que tanto as circunstâncias de sua
aplicação quanto interferências externas podem ocorrer, comprometendo os resultados. Vejamos alguns tipos de planejamento:
Destina-se à organização como um todo e ao longo do tempo.
Menos ligado às ações do que aos propósitos e à estrutura da organização — educacional ou de qualquer outro setor da sociedade.
É uma ferramenta gerencial adotada pelas empresas, buscando estabelecer metas de médio e longo prazo.
Centraliza as decisões nos gestores que chefiam a empresa ou a instituição.
É um processo contínuo e permanente pelo qual são definidos e revisados a missão da organização, sua visão de futuro, os objetivos e os
projetos de intervenção que visam a mudanças ou permanências desejadas por aqueles que lideram a organização.
É mais setorial e envolve metas e tarefas a serem executadas pelo pessoal do setor.
Por meio deste, planos de aplicação imediata aos níveis mais rotineiros e básicos de uma instituição são produzidos.
Nas sociedades atuais, o planejamento é tão familiar que às vezes passa despercebido, mesmo estando presente em todos os segmentos de
nossas vidas. Atualmente, o ato de planejar está consolidado como algo de suma importância, e temos formas e esferas do planejamento
percebidas e definidas de diferentes maneiras. Falamos em:
Planejamento estratégico 
Planejamento tático 
Planejamento operacional 
Planejamento Planejamento Planejamento Planejamento 
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Pode-se dizer que o termo planejamento foi e vem sendo empregado em diferentes cenários. Algumas vezes de maneira mais restrita e em outros
momentos de modo mais amplo e complexo. Mas a notoriedade que o termo possui atualmente advém do período da Revolução Industrial e com
as novas perspectivas de compreensão da administração no final século XIX e início do século XX, incluindo-se a administração do Estado. Foi
também nesse período, após a Primeira Guerra Mundial e com a Revolução Russa de 1917, que o planejamento começou a ser aplicado no campo
da economia. Rejeitado pelos liberais, que entendiam que a economia seria autorregulável e apostavam na “mão invisível” do mercado, o
planejamento econômico centralizado no Estado foi adotado pelo regime comunista implantado na União Soviética e, gradativamente, foi sendo
incorporado como necessidade nas economias capitalistas. Atualmente, é impensável uma economia não planejada, mesmo que não gerenciada
em detalhes pelo Estado.
Sendo o planejamento intimamente relacionado com os conceitos de organização ou administração e de
produtividade, o planejamento em níveis distintos e formas específicas em função do setor a que se aplica é parte
da vida de todos nós. Como não poderia deixar de ser, ele está também no campo da educação, em níveis mais
gerais por meio do planejamento educacional e, mais especificamente em cada unidade escolar, em diferentes
instâncias das escolas. Os estudos do planejamento educacional e escolar se situam, portanto, no campo da
administração educacional e escolar, respectivamente.
Saiba mais
Historicamente, além desse espraiamento em campos e da estruturação em níveis, o planejamento também evoluiu conceitualmente e encontrou
em Frederick Winslow Taylorseu autor de referência. O livro escrito por ele, Os princípios da administração científica, publicado em 1911, tornou-se
um clássico incontornável nos estudos de administração e economia em geral, e mesmo nos estudos da administração educacional e escolar ainda
atualmente. Foi a partir de seus estudos e de sua obra, trazendo o termo para a área empresarial, que cursos e formações específicas para o campo
da administração ganharam corpo e notoriedade.
Frederick Winslow Taylor.
O planejamento, para Taylor, é um dos cinco princípios do que ele nomeia como sendo a administração científica, origem da disciplina acadêmica
administração de empresas, e consiste em substituir o critério individual do operário, a improvisação e o empirismo por métodos planejados e
testados de gestão.
Os outros quatro princípios da administração científica (seleção ou preparo; controle; execução; e singularização das funções) não estudaremos
neste material.
A administração científica é, portanto, um modelo de gestão que se baseia na aplicação do método científico à administração com o objetivo de
garantir uma melhor relação custo-benefício nos sistemas de produção, aumentando-se, com isso, a produtividade da empresa e,
consequentemente, seus lucros. O pensador percebeu que a padronização de métodos de produção poderia contribuir sensivelmente para o
aumento da produção, sem ampliação de custos, e formulou cientificamente os seus princípios.
pessoal �nanceiro organizacional empresarial
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Ao incorporar o termo à gestão empresarial no início do período da interferência mais efetiva do Estado na economia e de complexificação dos
processos de produção industrial, Taylor tornou-se uma referência tanto para empresas — Henry Ford foi um dos primeiros a adotar o taylorismo em
suas fábricas — quanto para o campo acadêmico e até mesmo no nível estatal.
Henry Ford.
Atualmente, embora a administração científica e seus princípios ainda exerçam influências sobre o campo de estudos da administração, muitas
outras perspectivas são consideradas relevantes, questionando o taylorismo e buscando outras formas de administrar e de incluir o planejamento
da gestão do Estado e de empresas. Uma das novas formas de planejamento que tem adesões em muitos setores é o planejamento participativo,
que envolve um número maior de pessoas e de setores de empresas, escolas e parte do Estado.
Exemplo
A mais notória experiência de planejamento participativo no Brasil aconteceu na Prefeitura de Porto Alegre no início dos anos 2000, por meio do que
ficou conhecido como orçamento participativo, uma forma de planejamento financeiro da prefeitura, do qual participavam cidadãos e organizações
sociais para definir os destinos da verba disponível.
Assembleias do orçamento participativo de 2019/2020, Porto Alegre, 11 de novembro de 2019.
Muitas outras experiências e propostas de planejamento vêm ocorrendo mundo afora e são estudadas, aperfeiçoadas e corrigidas por meio daquilo
que se convencionou chamar de feedback, uma análise avaliativa dos resultados das ações planejadas, que sugere as correções de rumo a serem
implantadas. Essa avaliação é um procedimento permanente dos processos de planejar, sempre retomados pós-ação para serem melhorados e
redefinidos. Ao incorporarmos a noção de feedback ao ato de planejar, estamos reconhecendo o caráter cíclico de todo o planejamento, que é
retomado desde o início cada vez que uma avaliação se faz e a realimentação do processo é efetivada.
O planejamento educacional e escolar
O planejamento faz parte de todos os setores da sociedade e pode se organizar de modos distintos conforme escolhas daqueles a quem cabe a
responsabilidade por ele. Essas escolhas envolvem gestores, mas também (mesmo antes deles) decisões políticas a respeito do modo de planejar e
daquilo que deverá ser o conteúdo do plano. Isso porque a definição dos objetivos mais amplos de qualquer organização é sempre fruto de uma
opção política.
Isso significa que, concretamente, pouco a pouco, o conceito de planejamento também foi incorporado pelo campo da educação e pela escola e,
assim como em outros campos da vida humana e da sociedade, muitos dos princípios básicos do planejamento já eram praticados no dia a dia da
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administração escolar.
Isso porque, sem uma organização básica, uma escola não teria a mínima condição de funcionamento. Mais do que isso, o planejamento escolar se
inscreve em uma política educacional — pública ou privada — definida em documentos que devem ser respeitados por todas as escolas do sistema
no momento de sua organização específica.
Um dos grandes conflitos em torno do planejamento — em especial o chamado estratégico — no campo da
educação reside no fato de sua origem estar ligada às necessidades da economia capitalista, do mercado, da
indústria. Seus princípios básicos estão centrados em uma racionalidade tecnicista e seus desdobramentos — a
partir dos anos 1970 — nos princípios da tecnocracia, na qual eficiência e produtividade são características básicas
da lógica reprodutivista do modo de produção que esse modelo encarna. Ou seja, um modelo pautado na técnica,
no domínio da técnica e na reprodução da técnica como a coisa mais importante para ter sucesso na educação.
Tempos modernos, direção de Charlie Chaplin, 1936. Uma icônica crítica à racionalidade tecnicista.
Existem muitas formas econômicas de compreender o cotidiano social do capitalismo; as principais delas são dos autores de economia, com
destaque para Adam Smith e Karl Marx como os primeiros interpretadores do fenômeno do capital nos séculos XVIII e XIX. O conceito de modo de
produção é cunhado por Marx, ampliando a visão de Smith, no sentido de perceber qual a principal forma de produção de riqueza. Com o capital e
suas dinâmicas, entende-se que controlar a produção — ora industrial, ora de riquezas setorizadas — marca o momento de uma sociedade definida
pelo capital.
Adam Smith.
Karl Marx.
Exemplo
Pense no impacto que isso provoca: o professor deixa de ser um intelectual que promove para ser um técnico que executa uma missão; os gestores
e a equipe pedagógica têm técnicas, procedimentos e ações que, se cumpridos, garantem resultados semelhantes, ainda que com poucas
correções de rumo.
Esse primado do planejamento tecnicista não é total, e o planejamento educacional e escolar atualmente o transcendem, indo muito além dessa
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visão tecnicista, bastante questionada na atualidade. A mais difundida das propostas de superação do planejamento tecnicista tradicional,
reconhecido por alguns como tecnocrático e por outros como burocrático, é o planejamento participativo.
A principal característica do que atualmente se chama planejamento participativo não é o fato de nele se
estimular a participação das pessoas. Isso existe em quase todos os processos de planejamento: não há
condições de fazer algo na realidade atual sem, pelo menos, pedir às pessoas que tragam sugestões. Usa-se
essa ‘participação’ até para iludir ou cooptar. O planejamento participativo é, de fato, uma tendência (uma
escola) dentro do campo de propostas de ferramentas para intervir na realidade. Ele se alinha a outras
correntes, como o gerenciamento da qualidade total e o planejamento estratégico. Como tal, ele tem uma
filosofia própria e desenvolveu conceitos, modelos, técnicas e instrumentos também específicos.
(GANDIN, 2001, p. 82)
O planejamento participativo recebe esse nome porque pressupõe que seja feito não por técnicos especializados ou por políticos no poder, mas pelo
conjunto de pessoas envolvido com a instituição — seja ela qual for, mas, no nossocaso, as escolas — e interessado em pensá-la e em suas ações,
com autonomia suficiente para que a participação não seja um simulacro, caindo na cooptação de que fala Gandim. A pensadora da educação, Ilma
Veiga (2005), afirma que a escola é o lugar de concepção, realização e avaliação de seu projeto educativo, uma vez que necessita organizar seu
trabalho pedagógico com base em seus alunos.
Resumindo
A participação dos diferentes sujeitos da escola é fundamental para que o projeto elaborado considere, efetivamente, as especificidades locais, de
alunos, professores e demais trabalhadores, suas possibilidades e seus limites. Por isso, a opção pelo planejamento participativo parece tão
relevante para esses autores.
Nos campos educacional e escolar, é preciso, também, diferenciar o caráter do planejamento nas instituições públicas e privadas. Podemos dizer
que, no caso das redes privadas os planos de desenvolvimento institucional (PDI) e os projetos pedagógicos institucionais (PPI) são definidos pelos
proprietários e gestores contratados para a tarefa. Já no caso das redes públicas, as escolas elaboram os projetos político-pedagógicos locais —
tornados obrigatórios para todas as escolas a partir da aprovação da LDB em 1996 —, recebendo orientações gerais da administração do sistema,
do MEC e das secretarias de Educação estaduais e municipais.
Há, ainda, o planejamento especificamente pedagógico, definido dentro das escolas e do qual, normalmente, participam os docentes da escola e,
eventualmente, representantes dos responsáveis, de acordo com as normas gerais da gestão democrática da escola pública.
Vejamos a seguir alguns artigos da LDB, Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que demonstram a importância que o planejamento assume nos
atuais sistemas de ensino, a preocupação em normatizá-lo de modo democrático e o investimento na autonomia das unidades escolares.
Percebendo, ainda, os diferentes níveis em que o planejamento deve ocorrer, bem como a subalternidade dos níveis mais específicos ao projeto da
escola:
“Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de: I – elaborar e
executar sua proposta pedagógica [...].” (LEI Nº 9.394/1996).
“Os docentes incumbir-se-ão de: I – participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino; II – elaborar e cumprir
plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino [...].” (LEI Nº 9.394/1996).
Artigo 12 
Artigo 13 
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“Os sistemas de ensino definirão as normas de gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas
peculiaridades e conforme os seguintes princípios: I – participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da
escola; II – participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes.” (LEI Nº 9.394/1996).
“Os sistemas de ensino assegurarão às unidades escolares públicas de educação básica que os integram progressivos graus de autonomia
pedagógica e administrativa e de gestão financeira, observadas as normas gerais de direito financeiro público.” (LEI Nº 9.394/1996).
A tentativa de legislar dessa forma sobre o planejamento escolar está baseada no princípio da gestão democrática, presente na LDB e inspirador
dos itens I do artigo 13, e do artigo 14, ao determinar que todos os profissionais da educação participem na elaboração do projeto político-
pedagógico da escola, reconhecendo funcionários de apoio como “educadores” e incorporando pais e responsáveis à gestão da escola.
Ressaltamos, ainda, o artigo 15 e a perspectiva de autonomização progressiva das escolas em relação ao sistema de ensino que integram,
democratizando não apenas a gestão local, mas também a relação dela com o sistema. Como vimos, essa preocupação democrática também se
faz presente no campo acadêmico do estudo do planejamento escolar e sua proposta de planejamento participativo. Celso Vasconcellos (2008),
pensador brasileiro que se dedica ao estudo do planejamento escolar, propõe o planejamento estruturado da seguinte forma:
PPP e o planejamento
O projeto político-pedagógico é um documento legal obrigatório desde a LDB (Lei nº 9.394/1996) e que deve ser elaborado pelas escolas, definindo
objetivos, interações, missões, entre outros aspectos. Nos níveis mais especificamente pedagógicos dos planos de ensino e das aulas, sempre em
consonância com o PPP da escola, os planejamentos devem obedecer, também, a uma lógica participativa. Vejamos:
Constitui-se no referencial basilar para a fundamentação de cada disciplina e de cada ação com os alunos. É no plano curricular que são
expressos os conteúdos previstos, as expectativas de aprendizagem e as propostas de avaliação para cada ano/série.
Constitui-se da organização didática do processo ensino-aprendizagem destinado a cada turma, apontando explicitamente o conteúdo de
ensino, os objetivos a atingir, as estratégias de ensino e o material didático de apoio, além de prever avaliações e seu tempo de execução.
Essa estrutura clássica dos planos de aula continua válida por ser uma forma completa e útil de acompanhamento de conteúdos ministrados
e dos educandos.
Essa esfera pontual do planejamento escolar exige do docente algum trabalho anterior de diagnóstico dos alunos, já que os planos de aula precisam
Artigo 14 
Artigo 15 
Plano curricular ou de ensino 
Planos de aula 
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levar em consideração os conhecimentos prévios destes e as defasagens existentes, procurando garantir que todos os alunos alcancem os
objetivos de aprendizagem contidos no plano curricular geral e expressos especificamente em cada plano de aula.
Como instrumento personalizado de trabalho, o plano de aula deve ser desenvolvido para atingir os objetivos definidos no plano curricular, mas
respeitando a especificidade de cada turma, precisando, portanto, ser formulado para cada grupo em suas características, quando estamos diante
dos mesmos conteúdos. Isso significa, do ponto de vista conceitual, que o conhecimento da realidade sobre a qual se quer intervir antecede o
próprio ato de planejar.
lanejamento escolar
Significa organizar, racionalizar e coordenar a ação gestora e docente com o objetivo de criar uma articulação entre os programas curriculares (oficiais
ou de rede pública) e a prática da sala de aula, bem como os problemas e as dificuldades inerentes ao dia a dia da escola, quer no contexto social e
cultural onde cada instituição está inserida, quer nas salas de aula e nos demais espaços escolares.
Resumindo
O planejamento escolar tem três partes fundamentais:
Institucional – em que é estruturado o projeto político-pedagógico. Equivale, em empresas, aos níveis hierárquicos mais altos e ao planejamento
estratégico.
Gerencial e diretivo – marcados pelos planos governamentais e curriculares. Equivale, em empresas, às gerências e subdivisões e ao
planejamento tático.
Local – voltado aos planos de aula. Equivale, em empresas, aos setores específicos e ao planejamento operacional.
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Atividade discursiva
O planejamento escolar sempre sofre variações quando chega às salas de aula, permanentemente sujeitas a mudanças de rumo. Ao avaliarmos os
resultados da prática docente, temos por hábito responsabilizar os professores ou os alunos em caso de fracasso. Do ponto de vista da teoria do
planejamento, quais outras instâncias deveriam ser consideradas quando há fracasso nos resultados planejados?
Digite sua resposta aqui
Exibir Solução
O planejamento escolar não envolve apenas a perspectiva da ação pedagógica, mas a configuraçãodos espaços e seu uso, a ação do pessoal
administrativo e de gestores, bem como o aporte financeiro necessário ao bom funcionamento da escola. Caso seja correto pensar que algo
deu errado no planejamento para que os resultados almejados não fossem alcançados, é importante considerar não apenas a ação docente e
os processos de ensino-aprendizagem. O problema pode estar em qualquer um dos setores, ou mesmo em todos. Uma avaliação correta do
problema dos resultados precisa interrogar se houve falhas na logística, no financiamento, na estruturação dos espaços ou em outras
dimensões do planejamento.
Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
O planejamento educacional é modificado em dois eixos, as transformações da gestão e as mudanças nas tendências educacionais. Nos
períodos de influência do tecnicismo na educação, o planejamento prevalece como
A prática refletida a serviço da transformação da realidade e da humanização e emancipação do sujeito.
B instrumento de diagnóstico sobre a prática com vistas a incorporar, na ação docente, os anseios dos discentes.
C abordagem que favoreceu o desenvolvimento de práticas coletivas e colaborativas.
D mecanismo burocrático de padronização e controle do trabalho dos professores, privilegiando a forma.
22/09/2022 02:37 Conceito de Planejamento Escolar
https://estudante.estacio.br/disciplinas/estacio_7213913/temas/3/conteudos/1 11/34
Parabéns! A alternativa D está correta.
%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EA%20ideia%20de%20que%20o%20mundo%20contempor%C3%A2neo%20pertence%20ao%20capital%20%C3%A9%20bastante%20cons
se%20que%20a%20escola%20atual%20%C3%A9%20filha%20desse%20processo%20e%2C%20portanto%2C%20seu%20in%C3%ADcio%20e%20suas%
E marcado pela gestão do mercado e o uso de ferramentas de característica bancária.
Questão 2
A identificação do planejamento tem níveis e tipologias diversas quando pensamos em educação. A partir desse ponto, assinale a afirmativa
correta.
Parabéns! A alternativa C está correta.
%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EComo%20instrumento%20personalizado%20de%20trabalho%2C%20o%20plano%20de%20aula%20%C3%A9%20a%20forma%20de%20o
aprendizagem%20destinado%20a%20cada%20turma%2C%20a%20fim%20de%20respeitar%20as%20especificidades%20e%2C%20assim%2C%20ating
A Em instituições de educação, o principal documento de planejamento é o projeto político-pedagógico.
B Nas empresas, o planejamento é algo completamente diferente da concepção de planejamento escolar.
C Nas escolas, o planejamento tem, em nível operacional, a produção de planos de aula.
D Nas escolas, o planejamento deve dialogar com as decisões da direção, espelhando o olhar dos dirigentes.
E Nas escolas, o planejamento tem função de gestão e por isso são de ação direta do corpo diretivo.
22/09/2022 02:37 Conceito de Planejamento Escolar
https://estudante.estacio.br/disciplinas/estacio_7213913/temas/3/conteudos/1 12/34
2 - O planejar e a instituição escolar
Ao �nal deste módulo, você será capaz de reconhecer as funções do planejamento no âmbito escolar e na organização da escola.
O planejamento e a instituição escolar
É comum acreditar na diferença entre os que pensam e planejam e aqueles que executam as tarefas. Não há, nas instituições, empresas e escolas,
profissionais isentos da tarefa de planejar. Mesmo que em escala e níveis diferentes, todo profissional atuando na escola — e nas empresas — em
algum momento precisa planejar sua ação. É um equívoco acreditar que cabe às autoridades governamentais a obrigação de apresentar um
planejamento para as escolas. Não é assim que o processo educativo funciona.
Por mais que o governo de um estado ou de um país defina normas gerais de funcionamento ou mesmo diretrizes para a ação pedagógica, cada
escola precisa ter seu próprio planejamento. Não se faz uma escola somente com uma sala de aula e um professor que siga um planejamento
externo do qual não participou. O processo escolar vai muito além disso e envolve muita planificação.
Atenção!
Por mais que haja uma responsabilidade do Estado pelo planejamento nas escolas da rede pública, notadamente há elementos centrais da ação
pedagógica na definição das políticas educacionais e de financiamento que devem ser planejados dentro das escolas. Ou seja, são instâncias
diferentes de organização do trabalho escolar, todas responsáveis pelo planejamento.
Quando pensamos em uma escola funcionando, às vezes não percebemos o quanto aquela rotina exigiu ações de planejamento anterior. Desde a
elaboração dos projetos político-pedagógicos, passando pela logística de funcionamento no dia a dia, pela organização da gestão e do trabalho
educativo em si, nos processos ensino-aprendizagem, tudo em uma escola precisa ser planejado, de preferência coletivamente. Dos horários das
diferentes aulas à organização do uso dos espaços e chegando aos conteúdos escolares, nada se faz espontaneamente.
A estruturação de uma escola se assemelha a um quebra-cabeça, no qual cada peça precisa encontrar seu lugar sob pena de jamais se chegar a
uma organização satisfatória. Ou seja, para que uma escola funcione satisfatoriamente no cotidiano, muitos planos e muitas reflexões precisam ser
realizados antes. Não é por acaso que, em geral, profissionais de educação retornam às escolas alguns dias antes dos alunos: é para planejar.
Alguns exemplos úteis à compreensão dessa necessidade de planejamento logístico para o bom funcionamento de uma escola podem ser úteis.
Vamos a eles:
A recreação nas escolas é um momento de muitos ruídos e, para evitar acidentes envolvendo alunos muito grandes e os menores, com
frequência, há uso em horários alternados dos espaços abertos ou mais amplos. O inevitável barulho produzido pelo recreio de uns interfere
nas aulas dos outros. Assim, para evitar maiores prejuízos, as aulas nesse horário precisam alternar diferentes disciplinas e, quando for o
Recreação 
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caso, docentes, para não sobrecarregar ninguém e nenhum conteúdo com dificuldades. Ou seja, é o planejamento dos horários das aulas
que precisa ser sabiamente estruturado para assegurar esse equilíbrio.
Outro problema semelhante é o das aulas no início e no final dos dias, que tendem a ser mais “curtas” do que as do meio do dia, em virtude
de sempre haver algum atraso no início do dia e alguma dispersão próximo ao horário de saída.
Outro constrangimento a ser levado em conta é a organização dos horários. Somem-se a isso outros problemas, pessoais e profissionais de
docentes que atuam em mais de uma escola ou com outras tarefas, limitando disponibilidades. Assim, chegamos à “arte” envolvida em uma
simples montagem de horário de aulas.
Do mesmo modo, há outros limites e outras necessidades, como o uso do refeitório e dos espaços especializados — laboratórios, salas-
ambiente, bibliotecas — e, assim, temos uma percepção melhor da importância desse tipo de planejamento logístico nas escolas.
Aulas 
Horários 
Espaços especializados 
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Junte-se a ele o planejamento mais propriamente pedagógico, do qual os professores devem participar e considerar ao organizar o trabalho, como
em que dia e horário eles encontram melhores condições para ministrar conteúdos mais densos e quando será necessário trabalhar exercícios ou
atividades de menor exigência intelectual. E usando essa informação, organizar as ações para cada turma, respeitando as sequências necessárias
dos conteúdos e, por caminhos diferentes, chegar com suas turmas ao mesmo ponto nas avaliações mais gerais.
Exemplo
Caio é professor de artes da educação infantil e está trabalhando competências motoras com seus alunos. Ao planejar,Caio precisa utilizar
diferentes ambientes da escola para desenvolver seu trabalho. Mais do que isso, uma das turmas de Caio tem três alunos com grave deficiência
motora. Caio não pode avaliar ou construir seu planejamento de forma individual, precisa planejar apoiado por um plano maior, trabalhado com a
equipe pedagógica, pensado para atender a demandas e grupos diversos, sabendo que têm objetivos a serem alcançados. Logo, planejar passa por
ver os limites, mas também garantir ao máximo que os instrumentos necessários estejam disponíveis para auxiliar o professor em sua complexa
missão: conduzir alunos a atingir pontos de aprendizagem específica.
Poderíamos multiplicar os exemplos e ampliar as variáveis dos nossos quebra-cabeças, mas o importante a reter nesse momento é que o ato de
planejar permeia, basicamente, toda a estrutura e ação de uma escola, tanto física quanto pedagógica, passando pela gestão dos espaços, pelas
normas curriculares e pela sequência do trabalho pedagógico, pelos critérios e processos de contratação dos professores e demais profissionais de
educação, pelos modos de relacionamento interno e com a comunidade escolar. Tudo envolve planejamento!
Planejar é necessariamente perceber que vivemos sob um acúmulo de planejamentos que precisam ser articulados
para serem efetivamente atingidos.
As secretarias planejam, e o planejamento de uma escola dialoga com o das secretarias e com os seus planejamentos pedagógicos, financeiros, de
projetos, em vários níveis. Depois vem o planejamento docente, que dialoga com o da escola, com o da secretaria e com os seus. Ainda temos os
alunos, enfim, se não houver uma concatenação de objetivos e fins, ocorre a fragilização dos resultados. Diante de um processo tão complexo, só há
uma solução: planejar com muito cuidado!
O planejamento prevê ações para todas as áreas da escola, envolvendo gestores, professores, profissionais de educação não docentes e a
comunidade escolar. A gestão escolar envolve, portanto:
Projeto político-pedagógico (PPP)
Envolve a estruturação da escola a partir de sua proposta geral, expressa no projeto político-pedagógico, referência para tudo o que lhe sucede na
organização escolar.
Plano de gestão escolar
Envolve a dimensão logística de estruturação dos espaços e tempos da escola, bem como toda a parte estritamente administrativa a ser planejada
e estruturada segundo um plano de gestão escolar.
Planos de aula
Envolve o planejamento propriamente pedagógico, ou seja, a organização dos conteúdos a serem trabalhados ao longo do ano letivo, por meio do
detalhamento de planos de aula, das avaliações e replanejamentos necessários.
No campo estritamente pedagógico, é mediante o planejamento que a escola coloca em prática o projeto político-pedagógico, define os caminhos a
serem traçados para atingir seus objetivos, os modos de como será desenvolvida cada etapa do trabalho, qual o eixo condutor do ensino e dos
diferentes componentes curriculares.
Resumindo
Todas as ações pedagógicas precisam estar claras e definidas, bem como as estratégias para o bom desenvolvimento do ensino e as formas de
avaliação utilizadas. O planejamento é fundamental para o desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem, bem como para o
desenvolvimento do dia a dia da escola.
Considerando essa relevância do planejamento pedagógico dentro do planejamento escolar, faz-se necessário considerar os docentes como
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elementos de grande importância, não apenas na execução de planos, mas em sua elaboração cotidiana.
Dica
Quanto maior a clareza do docente no que diz respeito ao planejamento, à importância dele e do ato de planejar propriamente dito, maior liberdade e
autonomia docente e discente podem ser alcançadas no processo ensino-aprendizagem.
Com isso, afirmamos que a tarefa de ensinar não pode ser concebida como um processo mecânico ou estático, em que os resultados estão
definidos e podem ser predeterminados como produto de uma ação mecanizada. Vejamos:
É um espaço de interação humana, no qual pessoas convivem com outras, com interesses e comportamentos diversos. Por isso mesmo que
a sala de aula se constitui como espaço privilegiado de negociação, formação do pensamento crítico e produção de novos sentidos em
relação aos conhecimentos formais e outros a partir de situações de aprendizagem previamente planejadas. Por isso, o planejamento
escolar precisa ser pensado muito além do planejamento empresarial, que envolve estratégias e metas de produção de objetos ou serviços,
ao contrário da escola, espaço-tempo de formação humana e de produção de aprendizagens significativas.
Todos os profissionais de uma escola são educadores, pois a articulação entre as diferentes instâncias e dimensões do planejamento —
material, organizacional, logístico e pedagógico — só funcionam articuladamente, de modo interdependente.
Para o profissional docente, pode-se afirmar que a prática pedagógica docente seria a junção de três momentos: o planejamento, a
mediação e a avaliação. São três momentos distintos e autônomos, mas intrinsecamente vinculados e sempre presentes, um influenciando
o outro. Eles têm uma relação de interdependência cujo reconhecimento depende da qualidade e da coerência de todo o processo da prática
pedagógica. Ao longo do processo, certamente ocorrerão momentos de prevalência de um sobre o outro, mas nunca de ausência. Pode-se,
Sala de aula 
Educadores 
Prática pedagógica 
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ainda, considerar que, de modo cíclico, o momento de avaliação precederá novos momentos de planejamento, funcionando como feedback e
levando ao replanejamento, tendo em vista novas ações, e assim sucessivamente.
[...] quando se fala em planejamento escolar, estamos indo muito além da elaboração de planos de aula pelos
docentes a partir de alguma orientação externa. Não se deve, portanto, confundir o planejamento com a
elaboração de planos de aula. São bem diferentes! Planos de aula fazem parte do planejamento, mas se
integram às demais instâncias. Ou seja, pode-se dizer que o planejamento, como processo, é permanente; o
plano de aula, por sua vez, como produto, é provisório.
(VASCONCELOS, 2010, p. 36)
A importância do planejamento escolar
Quando a ideia de planejamento chegou à educação e às escolas, a partir das interferências da administração científica burocrática sobre a
administração escolar, houve muita resistência. Não porque não houvesse planejamento nas escolas, mas porque a ideia de assemelhar uma escola
a uma empresa causava estranheza e muita resistência no meio educacional.
Últimos cinquenta anos
Os debates foram intensos, muitas vezes acalorados, e, apesar dessa forma dominante de se pensar o planejamento ser, de fato,
considerada imprópria para escolas e espaços educativos em geral, o planejamento se consolidou não só como algo necessário, mas
também como relevante.
Atualmente
Existe um consenso em torno da ideia de que o planejamento veio para ficar e que o ato de planejar de modo sistemático traz vários
benefícios facilitadores para o bom funcionamento da escola e para a gestão escolar.
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Além de auxiliar a gestão e a logística administrativa e pedagógica, o planejamento contribui para a organização dos conteúdos a serem
ministrados, sua distribuição em meses, semanas e aulas, tornando-se um eixo auxiliar fundamental para o professor na organização do seu
trabalho.
O planejamento escolar ou pedagógico, se concebido e implantado de modo cooperativo, proporciona trocas de
experiências e de ideias entre professores, coordenadores e supervisores pedagógicos, podendo chegar, em casos
de gestão mais democráticado sistema, a autoridades locais de educação, permitindo fazer circular em diferentes
grupos e instâncias experiências positivas, questões delicadas e possibilidades de atuação inovadoras. Quando se
percebe esse potencial, chega-se à possibilidade de concepção de uma unidade escolar, na qual todos os
professores estejam trabalhando em prol dos mesmos objetivos e que pode transcender os muros de uma escola e
chegar ao sistema de ensino.
Esse favorecimento de trocas de experiências, dúvidas, sucessos e problemas pode levar ao amadurecimento local do trabalho em uma escola
específica e, quando se consegue uma interlocução maior, espraiar-se pela rede de ensino. Um bom planejamento pode levar à transformação de
conceitos abstratos em realidade concreta, pois, mais do que um documento, ou vários, expressam possibilidades e servem de eixo norteador do
trabalho na escola. Conforme visto, o processo que envolve o planejamento traz consigo a avaliação do que se realizou e a possibilidade de
replanejamento.
Considerando o caráter cíclico do ato de planejar, melhor formulado como planejamento-implementação-avaliação, pode-se afirmar que ele é o eixo
condutor do trabalho na escola (em permanente mudança), desde que avaliado no tempo correto. A ansiedade em avaliar, antes de dar tempo para a
consolidação das ações planejadas, pode trazer mais problemas do que soluções, já que é preciso respeitar o processo antes de avaliar seu
sucesso ou não. Para formular um bom planejamento:
Não raro, boas ideias acabam se mostrando ineficientes, inovações naufragam em meio a intempéries repentinas e outros problemas do cotidiano
se interpõem, exigindo mudanças. Mas o oposto também acontece, quando planos se mostram úteis, eficazes e mesmo multiplicáveis em função
do seu sucesso. Saber lidar com ambos, sucessos e fracassos, são qualidades de bons professores e gestores, já que fazem parte daquilo que
nenhum planejamento pode prever: a dinâmica da vida cotidiana nas escolas, com suas imprevisibilidades e incontrolabilidades.
Exemplo
Quando os alunos durante as aulas perguntam, questionam, indagam, as circunstâncias são modificadas e o cenário inicialmente planejado
perpassa as diferentes formas de ensinar “inventadas” e integra-se a criação de alternativas móveis, provisórias, não planejadas, como resposta aos
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problemas e às dificuldades da vida cotidiana. Criam-se, então, ações que transcendem objetivos e funções predefinidos da ação pedagógica,
levando-a para além do já existente e do já sabido.
É exatamente porque a vida cotidiana nas escolas tem essas características que o planejamento se torna tão importante.
Essas práticas, comuns nas escolas, criam novidades em relação àquilo que foi previsto e prescrito e, com frequência, levam a adaptações nos
planos, que precisam estar lá para que a escola não se desorganize e seja capaz de recriar os planos e seguir com a ação de modo coerente com
seus objetivos.
Outra dimensão em que o planejamento escolar surge como elemento de grande relevância é o do diálogo escola-comunidade. A estruturação do
projeto político-pedagógico com a participação da comunidade e a existência de conselhos operacionais e ativos dentro das escolas são pontos
centrais de atendimento ao princípio da gestão democrática. Nessa perspectiva, o planejamento precisa expressar, também, os interesses da
comunidade, de uma maneira geral, influenciando o direcionamento das metas e as diretrizes da escola. Assim, nessa perspectiva, todas as partes
internas e externas da escola (docentes, discentes, funcionários, governo, família e toda a comunidade) se envolvem no direcionamento das
diretrizes.
Escola indígena da Aldeia Jaqueira, Porto Seguro, Bahia.
Vejamos como funciona esse diálogo escola-comunidade nas diferentes redes:
Muitas são as escolas que, por meio das associações de pais, integram a comunidade em sua gestão, o que normalmente é facilitado pelo
fato de as escolhas das famílias já considerarem as semelhanças de compreensão do que seja e do que deva ser o processo educativo,
numa perspectiva de consonância de intenções entre família e escola.
Atualmente, os diretores são eleitos pelos corpos envolvidos na escola, alunos, comunidade e funcionários. É um pequeno exemplo.
De qualquer modo, é mais do que recomendável que a comunidade participe efetivamente das decisões do planejamento da escola. Nesse
contexto, o planejamento precisa ser pensado ou repensado coletivamente a fim de abrir espaço para que os membros da equipe de coordenação
pedagógica — quando existirem — e docentes troquem experiências, além de possibilitar que a comunidade se envolva e se comprometa com a
instituição de ensino. Essa atitude de conciliar interesses de todos os participantes torna a escola mais consciente das demandas externas e mais
democrática.
Etapas do planejamento escolar
Para que o planejamento escolar cumpra sua função, é preciso que ele seja organizado conforme um cronograma e um sistema em que,
gradativamente, seja possível chegar ao conjunto de aspectos que ele abranja.
Rede privada 
Rede pública 
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Planejar é estabelecer uma bússola, de�nir um caminho; para isso, necessita de procedimentos.
No nível macro, o que podemos chamar de estrutura mais geral da escola é a definição de metas gerais. O planejamento deve seguir o PPP da
escola, que deve permitir o entendimento do cenário da escola para determinar os objetivos que deseja alcançar. Nesse sentido, temos três etapas:
É a do planejamento geral, renovável a cada ano letivo, em função da avaliação do ano anterior e da feitura dos ajustes considerados
necessários. Em geral, as escolas promovem reuniões de planejamento em sua primeira semana após as férias, antes do retorno dos alunos,
para efetivar as discussões necessárias ao entendimento do “cenário” no momento a ser planejado, partindo dessa compreensão e do seu
PPP para definir os objetivos gerais da instituição para o ano letivo que se inicia. Afinal, o planejamento do ano não começa da estaca zero, o
trabalho se inicia no ano anterior, com a equipe escolar realizando a avaliação do último plano. Trabalha-se em cima dos resultados obtidos e
com a troca de experiência sobre as turmas entre os docentes, visando sempre melhorar o que tem sido feito.
Trata-se de prever as ações apropriadas aos objetivos, ou seja, de definir e detalhar previamente as estratégias gerais de ação sobre o
trabalho que será desenvolvido no dia a dia para atingir os objetivos definidos, aproximando-nos do trabalho especificamente pedagógico.
Promove-se a adequação, passo a passo na proposta, das estratégias gerais ao dia a dia escolar e suas possibilidades. É nesse momento
que toda a estrutura logística precisa estar clara a fim de avaliar se ela está de acordo com o que se pretende desenvolver, que a cooperação
entre docentes se faz mais relevante — já que coletivamente é possível tecer propostas mais sólidas — e que a ação gestora precisa refletir
sobre as condições efetivas da escola de desenvolver o que se prevê. A distribuição das tarefas por setor pode ser integrada à terceira etapa
ou ser percebida como uma etapa específica ao final do processo. Preferimos situá-la aqui, uma vez que os setores já trabalham
especificamente naquilo que farão no próprio planejamento do cotidiano.
Embora haja mais duas fases do planejamento a serem apresentadas, esses três momentos expressam uma sequência que vai do nível mais amplo,
envolvendo a instituição e suas metas mais gerais, ao mais focal, quando chegamos aos planejamentos docentes para o dia a dia.
Resumindo
1. Na primeira etapa, portanto, estaríamos no nível do planejamento estratégico.
2. Na segunda etapa, vamos à definição setorial das estratégias adequadas aosobjetivos, determinadas pelos diferentes setores da escola, o que
poderia ser percebido como o planejamento tático e, com relação aos docentes, seria a formulação de planos de curso.
3. Na terceira etapa, chegamos ao planejamento operacional, talvez o mais fácil de compreender, já que se debruça sobre as ações cotidianas,
planos de aula docentes e ações ligadas ao que conhecemos como atividades-meio, ou seja, aquelas necessárias como suporte à atividade-fim,
o processo ensino-aprendizagem.
Depois de finalizado o planejamento, ações de acompanhamento do trabalho precisam ser organizadas e elas fazem parte da quarta etapa da nossa
reflexão, aquela que prevê a criação de indicadores para que se possa analisar e acompanhar os resultados das ações desenvolvidas, buscando
mensurá-los. A definição de critérios apropriados é aqui fundamental, já que da precisão deles dependerá a eficácia da avaliação. Um bom
planejamento não está concluído antes de ser apresentado à comunidade escolar. Assim, após a elaboração do planejamento, é necessário divulgá-
lo em reuniões gerais e focais para que aquilo que foi decidido pela escola chegue aos seus parceiros externos.
Primeira etapa 
Segunda etapa 
Terceira etapa 
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A implantação do planejamento também exige algumas medidas voltadas à ampliação da clareza da equipe e da comunidade escolar em relação
ao plano e às funções que lhes cabe desempenhar. Para isso, recomenda-se a elaboração de um plano de trabalho relacionando objetivos e
estratégias; uma explicação clara dos objetivos e uma avaliação dos resultados.
Em poucas palavras, o planejamento significa conhecer a realidade e as necessidades da comunidade escolar,
estabelecer metas e objetivos, destinar recursos financeiros e materiais e gerir tempo e pessoas. Assim, é
possível antecipar problemas e antever ações para contribuir com o desenvolvimento educacional dos
estudantes.
(PASCOAL, 2014, n. p.)
Atividade discursiva
O que é um projeto político-pedagógico?
Digite sua resposta aqui
Exibir Solução
O projeto político-pedagógico, também chamado de PPP, é um documento que define desde a filosofia de trabalho de uma unidade escolar,
seus objetivos e fundamentos, até suas diretrizes, metas e métodos de trabalho para atingir os objetivos a que se propõe. De acordo com a
LDB, ele deve ser elaborado com a participação dos profissionais de educação atuantes no local.
A relação entre a secretaria e a dinâmica da escola
Vamos pensar de forma prática? Rodrigo Rainha conversa com a professora e ex-membro da Secretaria de Educação de São João de Meriti,
professora Wilna Melo.

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Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
O planejamento escolar tem muitas dinâmicas, desde o entendimento de que o planejamento é aplicado na escola até como a instituição pode
cumprir seus objetivos, como nas ações individuais e cotidianas dos seus docentes com planos de cursos e de aula. Observando a primeira
visão, o que se entende por planejamento escolar?
A
Planejamento escolar é um termo abrangente que se refere à estruturação das atividades de gestão, logísticas e pedagógicas
em uma escola.
B
Qualquer coisa que acontece em uma instituição de ensino deve estar devidamente organizada como parte de um
planejamento escolar geral, ainda que seu foco seja os fins de ensino.
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Parabéns! A alternativa A está correta.
%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EO%20planejamento%20%C3%A9%20um%20recurso%20organizativo%20que%20ajuda%20a%20escola%20a%20prever%2C%20estrutura
C
O planejamento é, exclusivamente, uma ferramenta que auxilia os professores a concretizarem seu trabalho na prática
docente, ou seja, no cotidiano escolar.
D
As práticas cotidianas desenvolvidas em salas de aula são reguladas por planejamentos individuais dos professores que
devem ser registrados e arquivados pela escola.
E
O planejamento escolar é o que foi definido pela secretaria de Educação local e lá deve ser implementado nas escolas pelos
gestores.
Questão 2
(UFG – 2019 – Técnico administrativo em educação – adaptada) A gestão da escola se constrói com a colaboração de todos os envolvidos no
processo educativo; no entanto, é preciso que cada profissional assuma as funções específicas do cargo que ocupa. Para tal, é necessário que
a escola possua
Parabéns! A alternativa D está correta.
%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EPlanejar%20%C3%A9%20buscar%20solu%C3%A7%C3%B5es%2C%20estar%20pronto%20para%20solucionar%20demandas%2C%20ate
A um planejamento exclusivo e estruturado para a atuação dos funcionários, sua produção e qualificação.
B
um único planejamento direcionado para o trabalho dos professores, seus planejamentos individuais, suas metodologias e
seus projetos desenvolvidos.
C um planejamento que deve ser executado pela equipe diretiva, em suas ações, atuações e decisões.
D
um planejamento que considere seus alunos, suas histórias, seus objetivos, suas dificuldades e suas famílias, bem como
suas demandas docentes, entre outros.
E um planejamento focado na eficiência financeira e na organização do dia a dia.
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3 - O planejamento estratégico
Ao �nal deste módulo, você será capaz de identi�car as características do planejamento estratégico no âmbito educacional e
escolar.
O planejamento estratégico
O planejamento estratégico é aquele que envolve o próprio perfil de uma empresa ou instituição, suas metas de longo prazo e o conjunto dos seus
membros. Assim, é comum encontrar a responsabilidade por essa definição ampla e geral daquilo que interessa à instituição na mão de gestores
altamente profissionalizados e percebidos como capazes de avaliar e propor planos de grande escala e longa duração. O planejamento estratégico
tanto se diferencia de instâncias mais específicas do planejamento, de conjuntos de setores ou mesmo locais — nas quais se desenvolvem o
planejamento tático e operacional — como também de formas de planejamento mais democráticas, especialmente presentes no planejamento
participativo.
No campo da educação, sobretudo a partir da Lei nº 9.394/1996 e da definição do princípio da gestão democrática como obrigação no sistema
público de ensino, o planejamento participativo vem ganhando adeptos e formulações importantes para entendermos como ele contribui para a
democratização da educação e das escolas.

Planejamento participativo
É aquele em que a responsabilidade pela definição das estratégias está democratizada e envolve os diferentes atores sociais.

Planejamento estratégico
É centralizado nas principais autoridades da empresa ou da instituição (em sentido estrito).
Relembrando

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A ideia de planejamento advém de necessidades do sistema econômico, notadamente a partir da Revolução Industrial, que exigiu e promoveu
grandes mudanças no mundo da produção e do trabalho. A complexificação dos sistemas produtivos e a necessidade de ampliar a produtividade
trouxeram consigo a demanda por formas mais precisas e estruturadas de organização, exigindo mais e melhores planejamentos.
Não é exagero pensar que duas visões de administração emergem e ganham notoriedade: uma que propõe especificamente que o campo da
administração seja mais uma das ciências em formação, e outra que pensava na herança dashierarquias sociais tradicionais como foco central das
decisões em torno da administração. A evolução dessas noções no século XIX e início do século XX, juntamente à crise do capitalismo e à Primeira
Guerra Mundial, faz com que a administração científica e a planificação da economia assumam certo protagonismo em relação às tradições.
Sala de aula do início do século XX.
Antigas estruturas da administração, em especial no que tange ao planejamento, tornam-se rapidamente obsoletas. Os avanços muito rápidos das
tecnologias transformam o mundo e os processos de produção, exigindo adaptações e novos planos de gestão do trabalho em diferentes setores.
Nesse contexto, muitas foram as teorias do planejamento formuladas, com maior ou menor projeção e expressando possibilidades múltiplas de
gestão nos mais diferentes setores e instituições, incluindo a educação.
Foi no imediato pós-guerra, em 1945, que a noção de planejamento estratégico ganhou notoriedade. A partir de seu uso pelo governo dos Estados
Unidos nos anos 1950 como parte do exercício orçamentário oficial, a ideia se generaliza como modo de planejamento eficiente. Segundo
Christensen e Rocha (1995), o termo estratégia advém dos estudos da guerra e, ao ser ressignificado para a gestão, corresponde à capacidade de
se trabalhar contínua e sistematicamente o ajustamento da organização às condições ambientais que se encontram em constante mudança, tendo
sempre em mente a visão de futuro e a perpetuidade organizacional.
Planejamento estratégico é definido como o processo gerencial de desenvolver e manter uma adequação
razoável entre os objetivos e recursos da empresa e as mudanças e oportunidades de mercado. O objetivo do
planejamento estratégico é orientar e reorientar os negócios e produtos da empresa de modo que gere lucros e
crescimento satisfatórios. O planejamento estratégico, em todos os aspectos técnicos, surgiu somente no
início da década de 1970. Nas décadas de 1950 e 1960, os administradores empregavam apenas o
planejamento operacional porque o crescimento de demanda total estava controlado e era pouco provável que
mesmo um administrador inexperiente não fosse bem-sucedido no negócio.
(KOTLER, 1992, p. 63)
Planejamento educacional
Quando tratamos de planejamento estratégico voltado à educação, a principal linha reconhecida como importante para o campo é o modelo da
abordagem sistêmica, pautada na teoria geral dos sistemas, elaborada por Ludwig von Bertalanffy. A proposta sistêmica busca demonstrar que
diferentes instituições de diversos setores, quando desenvolvem seus sistemas administrativos, apresentam características comuns. Isso significa
que é possível encontrar as mesmas características em planejamentos aplicadas a sistemas distintos, permitindo, consequentemente, a percepção
do planejamento educacional a partir dessas teorias.
Essa teoria é claramente integradora, uma vez que expõe a necessidade de se compreender os diferentes sistemas de modo conjunto, já que
perspectivas isoladas gerariam uma miopia da percepção dos processos de planejamento. Acreditando em uma “dependência recíproca” entre os
agentes que compõem um conjunto a ser analisado, essa teorização acaba por explicitar, em relação ao planejamento, que é necessário um
conjunto analítico interdisciplinar a fim de constituir um campo decisório que permita “prever” resultados possíveis, assim como direcioná-los a tais
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tendências. Esse é um modelo possível para a compreensão do planejamento educacional na relação com o planejamento estratégico, mas não o
único.
udwig von Bertalanffy
Ludwig von Bertalanffy (1901-1972) foi um biólogo austríaco que se dedicou a entender que todo sistema tem características que, se examinadas, nos
permitem perceber o funcionamento geral.
A compreensão do planejamento estratégico como um sistema complexo é recorrente quando pensado no âmbito
da educação, mas nem por isso é livre de críticas de percepções que anunciam sua ascensão e seu fim no mundo.
Há uma tendência que considera essa forma de planejamento como muito vaga e abstrata, sendo incapaz,
portanto, de cumprir a função de conceber efetivamente a construção do futuro. Indo mais longe ainda, afirma-se
que qualquer probabilidade de controle do futuro por meio do planejamento tem pouco sentido. Voltamos, aqui, aos
limites que a realidade cotidiana em sua mutabilidade impõe aos planejamentos, sejam eles estratégicos ou não.
De qualquer modo, a lição que fica é a da necessidade de consideração do imponderável nas elaborações de planejamentos, sobretudo no campo
da educação. A complexidade do sistema educacional e as inúmeras variáveis nele intervenientes, bem como as influências recíprocas, tornam o
planejamento educacional uma tarefa árdua e habitada por imensos desafios.
Quando se reflete sobre os sistemas educacionais, pensando em planejar ações para seu bom desempenho e aperfeiçoamento permanente, o que
se encontra são possibilidades organizativas e de articulação múltiplas, sem que se possa definir, com base apenas na racionalidade cognitiva, as
melhores escolhas. É um tipo de planejamento que inclui as decisões sobre a educação no conjunto do desenvolvimento geral do país.
A elaboração desse tipo de planejamento requer a proposição de modos de organização do sistema e objetivos ou competências em longo prazo
que definam uma política da educação. É aquilo que deveria ser realizado pelo governo federal e pelos governos estaduais que possuem seus
próprios sistemas de ensino por meio de planos e programas educacionais, normas legais e outras. Suas principais expressões são:
Plano Nacional de Educação (PNE)
Legislação vigente
Relembrando
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Você se lembra de que falamos de planejamentos organizados pelos estados, pelo governo federal, municípios e que eles funcionam em cascata na
organização do planejamento? Eles se materializam no Plano Nacional de Educação, um documento obrigatório que precisa ser renovado a cada
decênio e fundamenta metas para a educação.
A complexidade e dificuldade inerentes à formulação desse plano e dessas leis devem-se ao fato de que pensar a educação exige pensar em
políticas voltadas à estruturação das escolas e à adequação de diferentes estudantes, com diversas características sociais e individuais, a distintos
espaços e realidades sociais.
É preciso definir modelos educativos em função de objetivos também definidos para a educação, chegando ao planejamento estritamente
pedagógico, que envolve a dimensão da formação e da contratação de docentes. Há, ainda, as questões relacionadas à logística de implantação de
todo esse sistema de modo coerente e, sobretudo, à definição de uma política de financiamentos compatível ao que se pretende. Para cada uma
dessas tantas variáveis, e outras não consideradas aqui, existem atores distintos, muitas vezes com necessidades específicas e interesses opostos.
O que se percebe na realidade brasileira é, precisamente, a falta de articulação entre os diferentes atores, além de muitas vezes serem adotadas
medidas autoritárias, que nem estratégicas são, já que seguem mais a ditames políticos do que técnicos, como seria o caso de qualquer
planejamento estratégico. O que encontramos, com frequência, são planejamentos parciais, impossíveis de levar o sistema a avançar em direção ao
cumprimento de metas, uma vez que, sendo definidos em espaços distintos de decisão, muitas vezes são incompatíveis uns com os outros.
Exemplo
Podem citar como exemplo uma proposta organizacional para o sistema municipal de ensino da cidade do Rio de Janeiro, em que a Secretaria
Municipal de Educação definiu que a metodologia adotada no município, à época contando com mais de mil escolas, seria a construtivista, mas não
ofereceu nenhuma formaçãoespecífica para docentes, nem adaptação de espaços escolares, para que se pudesse implantar o que, supostamente,
fora planejado.
Em outras circunstâncias, fala-se em democratização das decisões, mas resumem a participação efetiva dos interlocutores à confirmação ou não
do que foi elaborado em gabinetes e por poucos, ferindo o princípio fundante da deliberação democrática.
A lista pode ser interminável, mas não vamos seguir com ela. O importante nesse debate é perceber, simultaneamente, como mais do que
planejamento impróprio, nosso sistema educacional sofre com a falta de um planejamento estruturado, ao mesmo tempo que lida com uma
centralização decisória incompatível com a pluralidade de interesses em jogo e de atores envolvidos.
Planejamento estratégico e escola
Nossa discussão já permitiu perceber que o planejamento é uma necessidade dos tempos atuais e vem se mostrando cada vez mais relevante para
a educação e as escolas. Ele não pode ser confundido com uma ação puramente técnica, já que envolve decisões que transcendem as
compreensões de certo e errado e se vinculam a objetivos previamente estabelecidos. Assim, pode-se afirmar que o planejamento é, também, um
ato político que envolve:

Re�exão

Tomada de decisão

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Participação
De acordo com Daibem e Minguili (1996), a meta da perspectiva mais democrática de compreensão da organização da escola é que ela se efetive
por meio de uma prática docente desenvolvida de maneira solidária e articulada, levando ao avanço contínuo do conhecimento, consolidando
caminhos já descobertos e construindo novos e melhores caminhos a partir do desejado: um projeto de vida para o ser humano em suas relações
sociais e com a natureza. O planejamento, por outro lado, também deve revelar um conhecimento amplo da realidade a que se destina, obtido por
meio de um diagnóstico tão amplo e preciso quanto possível, que, feito coletivamente, também tem vantagens sobre perspectivas centralizadas de
análise.
Para definir de modo consistente os objetivos do planejamento, é preciso que as ações propostas se articulem,
permitindo que, em conjunto, atinjam os objetivos e avaliem de modo sistemático o que foi feito para,
coletivamente, fazerem uma apreciação sólida das ações desenvolvidas, de modo a levar à produção de sugestões
de correção de rumo também eficientes.
Entre as diferentes dimensões e instâncias do planejamento escolar, estão aquelas que envolvem:
Umas dimensões dialogam e interferem nas outras, mas a interdependência entre elas não anula suas especificidades nem a necessidade de se
pensar essa articulação ao longo dos processos de planejar. Em instâncias e dimensões diferentes, os participantes desse planejamento vão se
alterar, mas é necessário que, em alguns momentos, todos estejam juntos, já que a escola é uma só. Em que pese o fato de que muitas sejam as
formas de organizar o planejamento escolar, em função das opções de cada grupo por esta ou aquela forma de estruturar sua escola e seu
planejamento, temos, na atualidade, um debate muito específico entre duas formas de planejar:
Planejamento estratégico
Planejamento participativo
Planejamento participativo
Aspectos decisórios sobre a
�loso�a de educação a ser
adotada.
Aspectos logísticos e
administrativos.
Aspectos pedagógicos
centrados no fazer docente,
nos currículos propostos e
nas práticas pedagógicas e
de avaliação dos
estudantes.
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A principal característica do modelo de planejamento estratégico é a centralização decisória. O poder de decisão fica concentrado em uma única
pessoa, geralmente, no caso das escolas, o diretor, que define o que será feito, deixando a cargo dos demais atores apenas decisões de como fazer.
O modelo de planejamento escolar estratégico se baseia em métodos qualitativos e quantitativos em formato de metas, analisando-se os pontos
fracos, as oportunidades e as restrições do ambiente. Missão, visão do futuro e valores norteiam essa perspectiva, que passa a medir, por meio de
indicadores e de um conjunto de metas organizacionais, o desempenho e as possibilidades de desenvolvimento.
É um tipo de planejamento que se desenvolveu dentro de uma concepção de administração estratégica, que se articula aos modelos e padrões de
organização da produção construídos no contexto das mudanças do mundo, do trabalho e da sociedade a partir da segunda metade do século XX e
notadamente dos anos 1970. Essa concepção de administração e de planejamento procura definir a direção a ser seguida por determinada
organização, especialmente no que se refere ao âmbito de atuação, às macropolíticas e às políticas funcionais, à filosofia de atuação, aos objetivos
de nível macro e funcionais, sempre com vistas a um maior grau de interação dessa organização com o ambiente.
A interação com o ambiente, no entanto, é compreendida como a análise das oportunidades e ameaças do meio
ambiente à instituição, de forma a estabelecer objetivos, estratégias e ações que possibilitem um aumento da
competitividade da empresa ou da organização; no caso das escolas, a melhoria de índices de rendimento e
desempenho de alunos e professores.
Em síntese, o planejamento estratégico concebe e realiza o planejamento dentro de um modelo de decisão unificado e homogeneizador, que
pressupõe os seguintes elementos básicos:
Em contraposição a esse modelo de planejamento, que pensa a escola como uma empresa ou organização, a perspectiva da gestão democrática da
educação e da escola pressupõe o planejamento participativo como concepção e modelo de planejamento:
É a participação de todos os membros da comunidade escolar nos processos decisórios da escola. Diretores, professores, alunos e
funcionários participam de discussões em todos os níveis e em todas as dimensões da escola e têm direito ao voto nesse modelo de
planejamento escolar. Análise, decisão, execução e avaliação das ações são de responsabilidade desses atores sociais. A grande vantagem
desse modo de planejar é a possibilidade de construção de uma cultura de planejamento coletivo, fortalecendo as práticas democráticas e a
distribuição horizontal do poder da decisão.
Determinação do propósito
organizacional em termos
de valores, missão,
objetivos, estratégias,
metas e ações com foco em
priorizar a alocação de
recursos.
Análise sistemática dos
pontos fortes e fracos da
organização, inclusive com
a descrição das condições
internas de resposta ao
ambiente externo e à forma
de modi�cá-las com vistas
ao fortalecimento dessa
organização.
Delimitação dos campos de
atuação.
Engajamento de todos os
níveis da organização para
a consecução dos �ns
maiores.
Princípios democráticos 
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Tem como objetivo não só a democracia das decisões, mas o estabelecimento de prioridades entre os envolvidos, apontando os caminhos
da escola em função das urgências e prioridades coletivas, permitindo a organização de pautas conforme as necessidades e possibilidades
da escola para definição, inclusive, de temas futuros. Diretores, professores, alunos e funcionários têm direito ao voto no modelo do
planejamento escolar participativo, mas o mais importante é o debate de que todos participam em igualdade de condições para convencer
outros ou serem convencidos por eles dos melhores rumos a seguir no planejamento e no desenvolvimento das ações da escola.
É relacionada, justamente, ao aprendizado coletivo, focando valores como a cidadania, a organização e a gestão coletiva.
Entretanto, para que o modelo funcione da forma esperada, é um requisito que todos estejam inteirados da realidade da escola para diagnosticar os
problemas e apontar as soluções. Ou seja,se todos vão intervir, é necessário que o façam com conhecimento de causa e ciência da
responsabilidade assumida. Informações sobre a comunidade, o local e a realidade presente e futura são a base desse tipo de planejamento.
Análise, decisão, execução e avaliação das ações são de responsabilidade desses atores sociais, coletivamente.
Saiba mais
O planejamento de ações de ensino-aprendizagem já existia, mas como instituição, nem as escolas nem as universidades buscavam definir
estratégias gerais para suas diferentes instâncias e níveis. Do ponto de vista do sistema educacional, havia estruturas concebidas por diferentes
atores sociais, como algumas ordens religiosas e comunidades. Mas talvez se possa dizer que o primeiro sistema escolar nacional do mundo,
público, laico e gratuito, foi o francês, criado em 1871. Ou seja, o primeiro país a centralizar o planejamento educacional teria sido a França.
Atualmente, o planejamento educacional e escolar faz parte da vida de educadores e estudantes mundo afora, e mesmo da vida de pais e
responsáveis, quando se opta por meios mais democráticos de planejar, como o planejamento participativo. O certo é que, atualmente, é
impensável um sistema educacional ou uma escola que não planeje suas ações.
Por meio de estratégias de planejamento distintas, de modo mais ou menos democrático ou completo, sempre há planejamento. E ao estudar o
tema, habilitamo-nos a perceber não apenas sua importância, mas também seu alcance, mais amplo ou mais restrito em relação à estrutura
institucional ou escolar ou governamental; e sua democraticidade, definida conforme se preveja e se pratique uma maior participação decisória dos
diferentes atores das escolas e da sociedade.
A participação decisória não pode se restringir a um direito de voto; exige uma discussão aberta entre alternativas e a possibilidade de participação
argumentativa, sem que o ponto de vista dos gestores prevaleça em virtude apenas da função que exercem. Ou seja, essa participação democrática,
para ser considerada como estilo de planejamento e de gestão, não deve se restringir ao consentimento de todos sobre a proposta da direção.
Tomada coletiva de decisões 
Gestão participativa 
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Atividade discursiva
Em 2016, o Congresso Nacional aprovou uma emenda constitucional que proíbe o aumento de investimentos em Educação pelos próximos vinte
anos. Em 2017, a Reforma do Ensino Médio previu a ampliação das horas obrigatórias de 800 para 1400 anuais. Ao observar essas duas medidas,
como se pode interpretá-las do ponto de vista do planejamento educacional do país?
Digite sua resposta aqui
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Percebe-se grave incoerência nas duas medidas pois a primeira praticamente inviabiliza a realização da segunda, visto que o aumento de
horas anuais de aula implica mais escolas e professores, ambas medidas custosas para o sistema educacional.
O planejamento estratégico
Vamos pensar qual o papel da estratégia quando lidamos com planejamento na realidade da educação a partir da troca entre o professor Rodrigo
Rainha e a professora Wilna Melo.

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Falta pouco para atingir seus objetivos.
Vamos praticar alguns conceitos?
Questão 1
O planejamento participativo e o planejamento estratégico partem de pressupostos diferentes e presumem ações distintas na organização do
planejamento escolar. Assinale a alternativa que explica essas diferenças no que se refere aos processos decisórios.
Parabéns! A alternativa B está correta.
%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EAmbos%20os%20planejamentos%20t%C3%AAm%20fins%20importantes.%20O%20primeiro%20permite%20a%20melhora%20do%20co
se%20levar%20em%20considera%C3%A7%C3%A3o%20que%20a%20execu%C3%A7%C3%A3o%20do%20primeiro%20%C3%A9%20concentrada%2C%2
A
No planejamento estratégico, o poder de decisão é centralizado, ainda que por um comitê; no planejamento participativo, é o
conjunto dos profissionais de educação envolvidos com o trabalho na escola que tem a palavra final sobre o que será feito.
B
No planejamento estratégico, são definidos os objetivos de forma clara, tendo um fim específico; no planejamento
participativo, o corpo de funcionários democraticamente tem a palavra.
C
No planejamento estratégico, as definições sobre as fases e a implementação são relativas, devendo ser modificadas sempre
que demandadas pelo planejamento participativo.
D
No planejamento — estratégico ou participativo — existe a preocupação do funcionamento institucional com qualidade, sendo
a diferença que um é voltado para a empresa e o outro para as escolas.
E
Segundo a LDB, o planejamento é democrático e por isso não deve lidar com valores da gestão de empresas ou práticas
estratégicas nesse sentido, e sua lógica decisória deve se atentar ao olhar das crianças.
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Considerações �nais
O estudo deste conteúdo nos permitiu não só definir conceitualmente o que é planejar, como também nos levou à compreensão de muitas variações
e distinções entre dimensões, instâncias e perspectivas relacionadas ao ato de planejar. Iniciamos nosso trabalho buscando definir de modo global
as ações de planejamento que acompanham o ser humano desde a Pré-história, evidenciando a própria necessidade de planejar que acompanha a
humanidade. Depois, mostramos como, à medida que a sociedade crescia e se complexificava, as exigências colocadas ao planejamento se
modificavam.
Planejar sempre foi uma questão de sobrevivência, individual e coletiva, já que os seres humanos necessitavam de abrigo, alimento e armas para se
manterem vivos no planeta, organizando-se e planejando os modos de fazer cada uma dessas coisas. Planejar é, antes de tudo, responder
antecipadamente a questões com a clara definição do estudo em que todas as possibilidades devem ser observadas.
No mundo organizado, já bem depois das primeiras sociedades humanas, as exigências da produção de bens, da estratificação social e das guerras
elevaram o planejamento a outro patamar. Surgem armamentos mais sofisticados, estruturas de governo mais organizadas. Estratégias de ação são
definidas com maior antecedência e as instituições de apoio a esses planos e ações também se complexificam.
Questão 2
O planejamento é um processo de sistematização, organização e coordenação da ação docente que articula a atividade escolar ao contexto
social. A escola, os professores e os alunos são integrantes desse processo. Nesse sentido, o planejamento de ensino necessita
Parabéns! A alternativa B está correta.
%0A%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%20%3Cp%20class%3D'c-
paragraph'%3EO%20planejamento%20escolar%20precisa%20ser%20moderno%2C%20pleno%20de%20sentido%20estrat%C3%A9gico%20para%20que
pedag%C3%B3gicos%2C%20que%20deve%20ter%20sido%20elaborado%20de%20forma%20colaborativa.%3C%2Fp%3E%0A%20%20%20%20%20%20%
A
ser elaborado considerando a realidade externa à escola desvinculada dos programas estaduais ou municipais, que são
norteadores.
B
ser produzido de forma consciente e qualitativamente satisfatória no que diz respeito aos aspectos de gestão e aos aspectos
político-pedagógicos, sendo adaptados conforme as realidades.
C
estar vinculado diretamente aos objetivos da comunidade para a proposição das ações técnico-administrativas da escola,
afinal a escola é para servir a comunidade e seus anseios.
D
orientar as decisões dos gestores das redes de ensino em relação às situações exclusivas ao funcionamento administrativo
da escola.
E
ser uma ação de gestão, enquanto o avaliar uma ação docente, o discutir um processo com a comunidade, e as relações
devem se mobilizar para tomar as decisões.

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