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UNIVERSIDADE PAULISTA FERNANDA CARDOSO FERREIRA RA 0546971 BANCO DO BRASIL PIM V PRAIA GRANDE 2021 UNIVERSIDADE PAULISTA FERNANDA CARDOSO FERREIRA RA 0546971 BANCO DO BRASIL PIM V Projeto Integrado Multidisciplinar V para obtenção do título de Tecnólogo em Gestão de Recursos Humanos apresentado à Universidade Paulista – UNIP. Orientador: Sandra Cardoso PRAIA GRANDE 2021 AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus por me dar a oportunidade de viver e ir em busca de meus sonhos, aprender com meus erros e me tornar uma pessoa melhor a cada dia. Em segundo lugar agradeço a minha querida irmã Mariana por me ajudar a conquistar este sonho de me graduar e por sempre estar ao meu lado sempre. Em terceiro lugar gostaria de agradecer ao meu marido Willian por me incentivar estudar todos os dias e cuidar sempre de mim ao longo dos 10 anos em que estamos juntos. Em quarto lugar gostaria de agradecer aos meus pais, Gilberto e Adriana por serem pais maravilhosos, que fazem o possível e até o impossivel pela família e por me proporcionarem uma base familiar e uma educação. Em quinto lugar agradeço ao meu irmão mais novo, Matheus, pois acompanhar o seu crescimento e ver o homem que está se tornando é uma benção para mim. Em sexto lugar agradeço á Universidade Paulista Unip por proporcionar ótimos conteúdos aos seus alunos e disponibilizar professores que sempre nos auxiliam. E em sétimo e último lugar gostaria de agradecer aos meus colegas de trabalho e ao meu chefe pela paciencia e pelo bom trabalho em equipe que temos durante os dias! RESUMO O objetivo deste trabalho é apontar o que as diciplinas administração de cargos e salários, matemática financeira e avaliação de recursos humanos auxiliam no setor de RH da empresa. O trabalho terá informações sobre avaliação de desempenho e como isso é aplicado na organização, e também sobre os benefícios que o procedimento traz para a organização. Além disso, em matemática financeira , o trabalho irá trazer informações sobre como realizar cálculos de juros simples e compostos e sistemas de amortização que são muito utilizados em instituições financeiras. Em administração de cargos e salários o assunto é saber quais as características para a composição de um cargo na empresa, quais métodos são utilizados? Se são quantitativos ou não quantitativos e os fatores que devem ser levados em conta na hora de avaliar um cargo e mensurar o valor de salário.A empresa empresa a ser referenciada é o Banco do brasil, uma instituição financeira de capital aberto que atua no mercado desde 1808. Palavras-chave: DESEMPENHO- AVALIAÇÃO- CARGO- MÉTODO ABSTRACT The objetive of this work is to point out what the diciplines of job and salary management, financial mathematics and human resources assessment help in the company’s HR sector. The work will have information about performance evaluationand how it is applied in the organization. In a addition, in financial mathematics, the work will provide information on haw to perform simple and amortization systems that are widely used in financial instituitions. In the management of jobs and salaries, the question is what are the characteristcs for the composition of a job in the company, which methods are used? Whether they are quantative or non-quantative and the factors that must be taken into accont when assessing a position and measuring the salary value. The company to be referenced is Banco do Brasil, a publicly traded financial institution that operades on the market since 1808. SUMÁRIO INTRODUÇÃO .......................................................................................................... 07 1- AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO .................................................................. 08 1.1- O que é avaliação de desempenho? ................................................... 08 1.2- Implantação da avaliação de desempenho ....................................... 08 1.3- Benefícios da avaliação de desempenho............................................ 10 1.4- Quais são os métodos de avaliação de desempenho que existem? .. 10 1.5- Quais são os tipos de avaliação de desempenho que existem?........15 1.6- Etapas da avaliação de desempenho..................................................16 18- Banco do Brasil ..................................................................................18 2. MATEMÁTICA FINANCEIRA ........................................................................ 19 2.1- Conceitos e fundamentos da matemática financeira ....................... 19 2.2- Juros simples X Juros compostos ...................................................... 21 2.3- Sistemas de amortização ..................................................................... 24 3. ADMINISTRAÇÃO DE CARGOS E SALÁRIOS.............................................27 3.1- Avaliação de cargos e salários ............................................................ 27 3.2- Descrição de cargos ............................................................................. 27 3.3- Avaliação de cargos ............................................................................. 29 3.4- Métodos de cargos ............................................................................... 31 8- CONCLUSÃO .......................................................................................................... 36 9- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................. 36 7 INTRODUÇÃO Este trabalho tem como finalidade apresentar os conceitos de avaliação de desempenho da empresa Banco do Brasil. Serão demostrados as etapas para aplicar a aviação na empresa, os métodos de avaliação quemais usados no mercado e quais as etapas de uma aviação de desempenho. Em matemática financeira será demonstrado como são realizados os cálculos de juros simples e juros compostos. Além disso será apresentado os sistemas de amortização mais usados no mercado e como a empresa faz uso deles. E por fim em administração de cargos e salários será demonstrado quais são as características de um cargo , como realizar uma descrição de cargos , quais são os passos para realizar uma avaliação de cargos e quais fatores são considerados na hora de realizar a avaliação de um cargo e determinar o valor de seu salário. O Banco do Brasil S.A. (BB) é uma instituição financeira brasileira, constituída na forma de sociedade de economia mista, com participação do Governo Federal do Brasil em 50% das ações (em fevereiro de 2020). É um dos cinco bancos estatais do governo brasileiro, tendo como acionistas, para além da União (com 59,1%), a Previ (10,4%), capital estrangeiro (29,82%), o BNDES par (0,2%), pessoas físicas (6,0%), pessoas jurídicas (5,2%) e ações em tesouraria (0,7%). È o primeiro Banco do Brasil, fundado em 1808, também foi o primeiro banco da história de Portugal e do Império Português, ele faliu depois que a Família Real confiscou os fundos e voltou para Portugal, foi liquidado em 1829. O Segundo Banco do Brasil (atual) foi fundado pelo Barão de Mauá, em 1851. Segundo dados do próprio banco, a empresa possui 15 133 pontos de atendimento distribuídos pelo país, entre agências e postos, sendo que 95% de suas agências possuem salas de autoatendimento (são mais de 40 mil terminais), que funcionam além do expediente bancário. Possui ainda opções de acesso via internet, telefone e telefone celular. Está presente em mais de 21 países além do Brasil. Seusprincipais produtos são : Banco, seguros, banco varejo e private quality. O Banco do Brasil possui 5 429 agências estando presente na maioria dos municípios do país, com uma estrutura de mais de 109 191 funcionários, além de 4 066 estagiários, contratados temporários e adolescentes trabalhadores. Conforme previsto no art. 37 da Constituição Federal e no Estatuto Social do Banco do Brasil S.A., o ingresso nos quadros de funcionários do Banco do Brasil dar-se-á mediante aprovação em concurso público. Além disso o Banco do Brasil possui as seguintes premiações: https://pt.wikipedia.org/wiki/Banco https://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil https://pt.wikipedia.org/wiki/Empresa_de_economia_mista https://pt.wikipedia.org/wiki/Governo_Federal_do_Brasil https://pt.wikipedia.org/wiki/A%C3%A7%C3%A3o_(finan%C3%A7as) https://pt.wikipedia.org/wiki/Banco https://pt.wikipedia.org/wiki/Empresa_estatal https://pt.wikipedia.org/wiki/Governo_Federal_do_Brasil https://pt.wikipedia.org/wiki/Governo_Federal_do_Brasil https://pt.wikipedia.org/wiki/Uni%C3%A3o_(Brasil) https://pt.wikipedia.org/wiki/Previ https://pt.wikipedia.org/wiki/BNDESpar https://pt.wikipedia.org/wiki/1829 https://pt.wikipedia.org/wiki/Bar%C3%A3o_de_Mau%C3%A1 https://pt.wikipedia.org/wiki/1851 https://pt.wikipedia.org/wiki/Banco https://pt.wikipedia.org/wiki/Pa%C3%ADs https://pt.wikipedia.org/wiki/Banco https://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil https://pt.wikipedia.org/wiki/Munic%C3%ADpio https://pt.wikipedia.org/wiki/Funcion%C3%A1rio https://pt.wikipedia.org/wiki/Estagi%C3%A1rio 8 As Melhores da Dinheiro 2014 (ISTOÉ Dinheiro) — Vencedor na categoria empresa do ano. Em 2019, foi eleito a instituição financeira mais sustentável do mundo no ranking global 100 de 2019, da Corporate Knights. Vencedor pelo Júri Popular na categoria de Bancos Digitais – iBest 2020 1- AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO 1.1- O QUE É AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO? Deve-se entender o que é avaliação de desempenho. Chiavenato (1999) define o processo como “uma apreciação sistemática do desempenho de cada pessoa em função das atividades que ela desempenha, das metas e resultados a serem alcançados e do seu potencial de desenvolvimento”. Por meio da avaliação de desempenho pode-se localizar problemas de supervisão e gerência, de integração do empregado à organização, de adequação da pessoa ao cargo, de desaproveitamento de empregados com potencial mais elevado do que aquele que é exigido pelo cargo. Pode colaborar na determinação e no desenvolvimento de uma política adequada de RH, melhorando a qualidade do trabalho e a qualidade de vida dentro das organizações (CHIAVENATO, 1989; CHIAVENATO, 1999). 1.2- IMPLANTAÇÃO DA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO Para elaborar um programa de avaliação de desempenho é preciso ter sempre em mente os negócios da empresa; definir e conciliar as tarefas chave, ou seja, os objetivos, as prioridades e os critérios de avaliação (RIBEIRO, 2005). No sentido de melhorar os resultados dos recursos humanos da organização, a avaliação de desempenho procura alcançar uma variedade de objetivos intermediários e fundamentais (CHIAVENATO, 1989). Os objetivos devem ser específicos quanto a produtos, planos e projetos. Devem ser realistas, alcançáveis e mensuráveis. Focando sempre os resultados realmente importantes, evitando a rotina (RIBEIRO, 2005). 1° Etapa- Análise do ambiente organizacional https://pt.wikipedia.org/wiki/ISTO%C3%89_Dinheiro 9 Primeiramente deve-se realizar uma análise do ambiente organizacional e do jeito que este ambiente busca atingir os propósitos estabelecidos pela empresa. 2° Etapa: Escolha do objeto de avaliação Ao implantarmos a avaliação de desempenho é importante realizar o apontamento do objeto a ser analisado, ou seja , qual é o alvo da avaliação e qual é o resultado esperado, ou seja, definir o objetivo com relação á situação atual da empresa e passar a implantar o que foi planejado. Além disso qual será o destino da avaliação, pois existem diversas condições que devem ser considerados na situação atual da organização e cada empresa ou setor requer métodos diferentes que podem ser aplicados através de etapas. È preciso saber quais são os recursos e as condições disponíveis para a execução do processo. 3° Etapa: Escolha do responsável pela avaliação É preciso definir quem será encarregado de aplicar a avaliação , que pode ser desde algum RH ou até algum gestor responsável pela empresa. 4° Etapa: Escolha da metodologia a ser utilizada Definir se a avaliação será qualitativa ou não qualitativa, qual tipo de avaliação será aplicado e se é adequado para a empresa, também deve ser esclarecido quais instrumentos que serão utilizados durante a avaliação, que podem ser formulários, folhas de registros, amostras, indicadores, etc... Decidir se a avaliação será feita apenas por um setor da empresa ou por um colaborador de cada setor. Ou seja, deve haver um planejamento de como será aplicado esse processo e além disso é preciso ser transparente e explicar o quais são os benefícios de aplicar este procedimento na empresa. 5° Etapa: Implantação do método de avaliação Essa análise deve ser feita com base nos acordos que foram estabelecidos com os profissionais com relação ao seu desempenho no início do período considerado para a avaliação. O alinhamento de expectativas é feito considerando as responsabilidades da função, as metas do setor. Além disso deve-se garantir que o processo será aprovado por todas as partes. Inclusive, a liderança deve entender que este procedimento será benéfico para o futuro da empresa e para a equipe. È indispensável que a informação seja compartilhada para os avaliados e avaliadores , para que todos tenham ciência de quais motivos, quais requisitos, o que será avaliado e quais benefícios ou até mesmo promoções que podem ser realizadas À partir deste ponto, deve-se avaliar se o resultado alcançou o seu propósito, garantir o 10 comprometimento dados envolvidos ao realizar das avaliações, tanto por parte dos avaliados como dos avaliadores. O processo deve ser adequado e institucionalizado como um seguimento habitual, um novo procedimento de rotina periódica da empresa. 1.3- Benefícios da avaliação de desempenho? Prover informações: Através das avaliações realizadas é possível identificar o que deve ser aprimorado, quais as necessidades da empresa e dos colaboradores, quais talentos podem ser reconhecidos e potenciais a ser explorados. Estabelecer medidas: Os dados fornecidos são importantes para as decisões que devem ser tomadas sobre as pessoas, como promoções e contratações. São medidas delicadas e precisam de informações exatas que nem sempre podem ser captadas pela avaliação de desempenho. Por exemplo, verificar as possibilidades financeiras da empresa antes de expandir um setor. Orientar o progresso: Ao captar informações sobre o desenvolvimento de um colaborador, ou de uma organização fica mais fácil identificar seus pontos de desenvolvimento e investir esforços na direção correta. A organização pode melhorar seus recursos, e o colaborador aperfeiçoa em pontos realmente necessários. 1.4- Quais são os métodos de avaliação de desempenho que existem? Modelo Tablau de bord Segundo Selmer (1998), o Tableau de Bord é um painel integrado por um conjunto de indicadores e de informações que permite, ao mesmo tempo, ter-se uma visão de conjunto do componente organizacional ou da empresa como um todo, evidenciar desvios e apoiar à tomada de decisões, com o propósito de alcançar objetivos da empresa oriundos da estratégia. Gervais, M.(2000) refere-se ao Tableau de Bord de Gestão(TBG) como “um sistema de informações que permite o rápido conhecimento das informações indispensáveis ao monitoramento da empresa a curto prazo, facilitando o seu desempenho” . O uso do Tableau de Bord tem como vantagem provera gerência uma visão geral e concisa do desempenho de sua unidade para guiar a tomada de decisão; − informar o próximo nível 11 sobre o desempenho de cada unidade; − forçar cada unidade a se posicionar com relação ao contexto da estratégia global da empresa e com relação às responsabilidades das demais unidades e identificar os correspondentes fatores críticos de sucesso e dos indicadores chave de desempenho; − contribuir para estruturar a agenda e dirigir o foco e as discussões administrativas (EPSTEIN; MANZONI apud HORNEAUX JÚNIOR, 2005, p. 38). A desvantagem do uso do Tableau de Bord, de acordo com De Haas e Kleingeld (1999 apud HORNEAUX JÚNIOR, 2005), seria: não partir de uma estratégia preestabelecida. Outro problema desse método, identificado por De Busk (2003 apud HORNEAUX JÚNIOR, 2005), seria a priorização dos tradicionais indicadores financeiros, deixando os indicadores não-financeiros em segundo plano. Modelo de Martindell Criado em meados de 1950 por Jackson Martindell, Presidente do “American Institute of Management”, este modelo utiliza um sistema de pontuação de variáveis distintas que permitem a mensuração e a avaliação das organizações nos quesitos de flexibilidade, inteligibidade, comparabilidade e mensurabilidade obtendo-se assim uma pontuação global da organização. Usaremos como exemplo o quadro abaixo que contém as dez variáveis distribuídas entre 10.000 pontos, iniciando pela função econômica. Para esta variável, a organização deverá atingir a 400 pontos. Na estrutura organizacional, o objetivo é atingir 500 pontos. Em seguida, a terceira variável consta a saúde da rentabilidade com atingível de 600 pontos. O próximo, justiça para com os acionistas consta 700 pontos, seguida pela pesquisa e desenvolvimento, com 700 pontos. Para a análise da diretoria, essa variável poderá chegar aos 900 pontos. Para as políticas fiscais, o atingível é de 1.100 pontos, logo a eficiência na produção dispõe de até 1.300 pontos. Vigor nas vendas até 1.400 pontos. E por último a variável avaliação dos executivos, apresenta até 2.400 pontos atingíveis. Para Buchele (1971, p.142), “do ponto de vista da mensuração numérica talvez o melhor sistema de avaliação publicado seja aquele desenvolvido por Jackson Martindell”. IMAGEM 1 - VARIÁVEIS DO MODELO DE MARTINDELL 12 Fonte: Adaptado de Martindell, “The Appraisal of Management”,1965 Método de Buchele Robert Buchele, da Universidade do Havaí, publica em 1970, Business Policy in Growing Firms, o que considera um “manual para avaliação de empresas, seja como um todo, seja em alguns de seus aspectos” (BUCHELE, 1971, p. 15). Segundo Buchele, é considerável a necessidade de se avaliar analiticamente as organizações e mensurar o seu desempenho quantitativamente. E há dois focos que devem ser explorados pelos administradores: O primeiro seria “a habilidade da empresa em aperfeiçoar incessantemente o desempenho de suas operações atuais”; O segundo, que trata da situação futura da empresa, em termos de políticas e programas, análise das ameaças e oportunidades, capacidade de inovação, habilidade para desenvolver novos produtos e serviços e finalmente a possibilidade de atração e desenvolvimento por parte dos administradores. (BUCHELE, 1971, p. 181). E com base nestas premissas, Buchele (1971, p. 142-186) cria o método da avaliação direta, que, através da análise dos processos administrativos, consiste em realizar: Análise da força competitiva: passado, presente e futuro, em que são avaliados: − Planos e objetivos − Produtos ou serviços 7 − Capacidade de desenvolvimento de produtos ou serviços Análise dos departamentos principais, em que são avaliados: − Extensão do desenvolvimento dos departamentos − Registro do desempenho − Características da administração Análise financeira, em que são avaliados: − Tendências da situação geral − Posição atual − Aproveitamento das informações − Estrutura do capital − Valor da empresa 13 Análise da administração de cúpula, em que são avaliados: − Identificação e registro da administração de cúpula − Tendências da capacidade da administração de cúpula − Sucessão administrativa Método Balanced Scored Utilizando sua experiência acadêmica e de prestação de serviços de consultoria, Kaplan e Norton (1997, p. 24), criadores do Balanced Scorecard (BSC), definem o método como “uma ferramenta completa que traduz a visão e a estratégia da empresa num conjunto coerente de medidas de desempenho”. Para os autores, o Balanced Scorecard seria o meio pelo qual se traduziria a missão e a estratégia da organização em objetivos e medidas, facilitando a comunicação, informação e aprendizado. Kaplan e Norton (1997, p. 304-305) justificam a utilização do Balanced Scorecard como “pedra angular do sistema gerencial de uma organização”, a partir dos seguintes processos- chave: Esclarecimento e atualização da estratégia; Comunicação da estratégia a toda a organização; Alinhamento das metas de departamentos e indivíduos à estratégia; Identificação e alinhamento das iniciativas estratégicas;Associação dos objetivos estratégicos com as metas de longo prazo e os orçamentos anuais; Alinhamento das revisões estratégicas e operacionais; Obtenção de feedbacks para fins de conhecimento e aperfeiçoamento da estratégia. Componentes e perspectivas do Balanced Scorecard O Balanced Scorecard apresenta quatro perspectivas diferentes que “equilibram os objetivos de curto e longo prazos, os resultados desejados e os vetores de desempenho desses resultados, as medidas concretas e as medidas subjetivas mais imprecisas” (KAPLAN; NORTON, 1997, p. 26). Estas perspectivas são: Financeira – estratégia para crescimento, lucro e risco percebido pela perspectiva dos acionistas; Clientes – estratégia para criação de valor e diferenciação pela perspectiva do cliente; Processos de negócios internos – prioridades estratégicas para vários processos de negócios que levam à satisfação do cliente e do acionista; 14 Aprendizado e crescimento – prioridades para criar uma atmosfera que dê apoio ao crescimento, à inovação e às mudanças organizacionais (DE BUSK et al, 2003, p. 217). Implementação do Balanced Scorecard De acordo com Kaplan e Norton (1997) as empresas iniciam a construção de scorecards por vários motivos, sendo os principais mobilizar a estrutura da organização em novas direções estratégicas e orientar partes isoladas do processo gerencial. A experiência dos autores aponta que os executivos optam pelo uso do BSC a fim de responderem finalidades estratégicas específicas. Entretanto, Kaplan e Norton (1997, p.287) evidenciam que “em nenhuma das empresas o Balanced Scorecard continua focalizado apenas nesse propósito inicial. Pelo contrário; a primeira aplicação parece dar origem a um processo de mudanças que vai muito além do objetivo primeiro de elaboração do scorecard” Para Oliveira et al. (2004) o processo de implementação do scorecard está dividido em dez etapas: Definir a indústria, descrever seu desenvolvimento e o papel da companhia; Estabelecer e confirmar a visão da companhia; Estabelecer as perspectivas; Traduzir a visão conforme cada perspectiva e assim formular os objetivos estratégicos gerais; Identificar os fatores críticos de sucesso para a empresa; Desenvolver medidas, identificar as causas e os efeitos e estabelecer um equilíbrio entre toda a organização; Estabelecer um scorecard abrangente, comunicar e informar de modo a obter a participação de todos; Desmembrar do scorecard e medidas por unidade organizacional, respeitando cada nível hierárquico; Formular as metas e por fim desenvolver um plano de ação. Um importante foco do BSC está no planejamento estratégico, e assim o sucesso de sua implementação depende muito da elaboração do mapa estratégico.Kaplan e Norton (2004, p.57) definem “o mapa estratégico como apresentação visual da estratégia, mostrando numa única página como os objetivos nas quatro perspectivas se integram e combinam para escrever a estratégia. Cada empresa adapta o mapa estratégico ao seu conjunto específico de objetivos estratégicos”. O processo do Balanced Scorecard possibilita um acompanhamento estratégico em longo prazo, o que precisa ser cuidado por todos na organização, estando desta forma, continuamente alinhados os objetivos, metas e ações. De acordo com Rezende (2003), ainda que cada organização tenha um modus operandi próprio para a introdução de novas ferramentas de gestão, pode-se considerar um 15 padrão geral adotado pelas organizações. Em suma implementar o BSC exige consenso, comunicação, liderança, foco, objetivos definidos, planejamento estratégico bem elaborado, de modo, a trazer benefícios a organização principalmente por servir como um sistema de aprendizado estratégico, onde através dos indicadores de desempenho monitorados pode-se verificar causas e efeito, e assim, adaptar-se as situações adversas. Além de se preocupar com as medidas financeiras, o BSC permite melhorar o foca da empresa, com um planejamento a longo prazo, porém com benefícios também, a curto prazo. 1.5- Quais são os tipos de avaliação de desempenho que existem? Avaliação direta ou 90°: Nesse modelo de avaliação de desempenho, é o líder e a equipe de RH que definem quais serão as competências que serão avaliadas. Depois disso, é possível realizar a análise do desenvolvimento dos profissionais de cada equipe. Como o Gestor acompanha os colaboradores em suas atividades, sabe como são realizadas e tem um contato mais direto com eles, seu papel nessa avaliação é mais importante. Muitas empresas gostam desse método, pois é uma forma de aproximar o líder de sua equipe. Além disso, torna o gestor responsável pela equipe e pela forma que está desempenhando a sua gestão. Avaliação 180º :É o tipo mais usual. Nesse modelo de avaliação, o gestor avalia seus liderados e os liderados se auto avaliam. Há um questionário que deve ser preenchido por cada avaliado. A próxima etapa é debater os pontos divergentes e comuns. Uma forma de chegar a um consenso por meio de um diálogo claro e elaborar um bom plano com estratégias para melhorar o que realmente necessita. Dar um feedback ao colaborador torna a avaliação mais eficiente e gera mais transparência entre o gestor e a equipe. Avaliação 360º: Nessa avaliação de desempenho todos participam, desde o gestor até seus pares, os clientes e fornecedores. Por isso, o nome de 360º. É uma análise onde todos avaliam e geram dados para que o RH trabalhe em ações de desenvolvimento e melhoria. Ou ainda, para treinar os colaboradores de maneira mais focada, de acordo com o que eles realmente têm necessidade. Sendo assim, a abordagem dessa avaliação é mais completa do que as outras. Além disso é possível analisar o desempenho geral dos profissionais , tanto individualmente como em relacionamentos com a equipe. Esse tipo de avaliação deve ser aplicado em empresas que tem uma cultura organizacional acostumada com os processos de avaliação e feedback, pois dessa forma as informações podem ser 16 passadas e recebidas com maturidade e o procedimento irá gerar crescimento para a empresa e o colaborador Avaliação de Comportamento e de Indicadores: È possível avaliar um colaborador tanto pelo seu comportamento quanto pelos seus indicadores. O gestor passa a analisar a qualidade do trabalho do colaborador através do índice de satisfação do cliente, ou por meio do número de metas batidas e até dos custos que ele gera. Além disso, o talento da empresa também pode ser avaliado segundo o seu comportamento no modelo de Avaliação por Competências. Feedbacks: Após realizar a avaliação, é necessário dar um feedback. É importante ter muita cautela, pois um trabalho incrível pode ser atrapalhado por uma conversa conduzida de forma errada. Nesse momento o objetivo é mostrar ao seu colaborador quais são seus pontos positivos e os que são necessários desenvolver, instruindo-o sobre qual o melhor caminho a seguir. È importante que seja um momento de crescimento e não de julgamento, tanto para o avaliador como para o avaliado. Autoavaliação: Nesse tipo de avaliação de desempenho, assim como o próprio nome já diz, o colaborador faz a sua própria análise. Portanto, a empresa vai disponibilizar um questionário, com questões definidas pela empresa e de acordo com o seu objetivo para a avaliação.No entanto, o gestor vai se reunir com esse profissional depois da autoanálise para conversarem sobre suas respostas. Afinal, pode ser que o colaborador ache que o seu desempenho está bom, mas na verdade precisa de algumas mudanças. Avaliação por objetivos: È analisado o cumprimento de metas e atividades estabelecidas para o colaborador cumprir. Assim, é possível verificar quais colaboradores estão realizando os objetivos propostos e aqueles que estão precisando melhorar. 1.6-ETAPAS DA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO Definir o método: Nesta primeira etapa, é necessário entender os objetivos da organização e as necessidades de gestores e colaboradores. É necessário entender os rendimentos do seu ambiente de trabalho para determinar o tipo de avaliação a ser aplicado. Não adianta, por exemplo, implantar uma avaliação 360 graus em uma equipe que não tem esse hábito. Nessa primeira etapa, também é hora de definir a periodicidade da avaliação, que pode ser trimestral, semestral ou anual. Para produzir esta etapa é necessário o auxílio dos profissionais de RH, pesquisa em outras empresas de porte e atuação parecida e conversas com gestores e colaboradores. O objetivo é coletar informações e obter o máximo de assertividade https://blog.solides.com.br/autoavaliacao-de-desempenho/ 17 Estabelecer os critérios de avaliação: È necessário estabelecer quais serão os critérios que deverão ser avaliados e quais métodos serão utilizados. É possível trabalhar com diversos elementos, como o comportamento no ambiente de trabalho, os valores e as habilidades técnicas. Cada fator tem um determinado contexto de uso, que varia conforme a função, o setor e a situação do profissional. E cada método se adequa a uma cultura organizacional diferente. Capacitar os envolvidos: Uma vez que o método de avaliação de desempenho foi definido, e os critérios estabelecidos ensine a todos que entrarão em contato com a sua ferramenta a utilizá-la da maneira correta. Estabeleça definições e padrões junto aos avaliadores e os capacite também para o momento de determinar o que será avaliado e de dar o feedback para o colaborador, que é imprescindível em uma avaliação de desempenho. Elaborar um questionário de Avaliação de Desempenho: Existem várias maneiras de realizar um questionário para avaliar os seus colaboradores. Porém, o mais importante é garantir que ele seja objetivo e forneça informações ricas. O processo começa com o desenho do Modelo de Competências Estratégicas que será desdobrado em comportamentos por nível estratégico, tático e operacional. É bom lembrar que uma boa avaliação é sempre bilateral, isto é, também é importante escutar o que o colaborador tem a dizer sobre si mesmo. Definir uma Escala de Avaliação: Para cada tipo de questionário, é importante escolher uma escala. Tradicionalmente, há dois tipos: as absolutas e as rotativas. As rotativas sempre trabalham com correlações, ou seja, quem avalia sempre avalia algo em relação ao outro. Já as absolutas costumam ser independentes, logo, trata-se de uma avaliação sem comparações. Realize a primeira avaliação de desempenho: Após construir a ferramenta e preparar os avaliadores e futuros avaliados, é hora de testar. A sugestão é repassar a primeira avaliação de desempenho em um grupo menor. Escolha um setorda empresa que tenha interesse, por exemplo, ou um grupo de pessoas de setores diferentes, para ter opiniões mais diversas. Aplique a avaliação, porque é com essa primeira aplicação que será captado o que precisa ser corrigido ou melhorado. Generalize a avaliação de desempenho: Depois da aplicação piloto, colete com os envolvidos suas impressões, dificuldades e sugestões. A partir daí, faça os ajustes na ferramenta e generalize sua aplicação para toda a organização. Essa etapa de ajustes deve ser constante: sempre reavalie e melhore o seu processo de avaliação de desempenho. 18 1.7- BANCO DO BRASIL O Banco do Brasil, é um banco que atende a todos os segmentos do mercado financeiro. Presta serviços através de 15,1 mil pontos de atendimento em 3,1 mil cidades (Silveira, 2007). O Banco realiza a avaliação de desempenho por competências com todos os funcionários da empresa, de todos os níveis hierárquicos e localizados nas diversas dependências (Silveira, 2007). O Banco do Brasil utiliza métodos formais para avaliar o desempenho dos funcionários desde 1960. Em 1998, o Banco passa a buscar uma forma moderna de avaliar seus funcionários, medindo os resultados por meio do cumprimento de metas e de fatores comportamentais. E em 2005, implanta o atual modelo de Gestão de Desempenho por competências, revolucionando os conceitos tradicionais da empresa (Silveira, 2007). O novo modelo possui foco para o desenvolvimento de competências e o planejamento de carreira. Substituiu a matriz de fatores pela matriz de competências. O maior impacto foi a adoção da avaliação por múltiplas fontes, para tornar o processo de avaliação mais participativo. A partir daí, cada funcionário é avaliado e avaliador, é avaliado pelo superior imediato e também avalia o chefe. Ao mesmo tempo, avalia e é avaliado pelos funcionários de mesmo nível hierárquico e da mesma equipe, e faz a sua auto-avaliação (Silveira, 2007). A gestão de desempenho por competências do Banco é um processo que se divide em três etapas: planejamento, acompanhamento e avaliação. Sendo que a etapa do acompanhamento é a mais longa. O acompanhamento assegura se o que foi planejado está sendo executado, identificando uma falha é preciso implementar ações para corrigi-la (Silveira, 2007). O sistema de avaliação individual adotado pelo Banco do Brasil tem por objetivo orientar o processo de desenvolvimento profissional, contribuir com o planejamento de carreira, facilitar a consecução dos objetivos organizacionais e subsidiar processos e programas de gestão de pessoas, como os de ascensão profissional e educação corporativa. O sistemado Banco do brasil é baseado na análise das competências individuais, que representam comportamentos passíveis de observação no ambiente de trabalho e servem como padrão ou referência para orientar a atuação ou desempenho profissional dos funcionários. A gestão de desempenho por competências é realizada por múltiplas fontes de avaliação, num processo de 360 graus, que compreende autoavaliação e avaliações pelo superior hierárquico, subordinados e pares. De acordo com a pesquisa realizada no Banco do Brasil, a maior parte dos funcionários pesquisados aplica o processo de acompanhamento da avaliação com seus subordinados, e se for o caso, conversa com aqueles que não estão desempenhando suas funções corretamente conforme o esperado (Silveira, 2007). 19 Com o estudo do Banco do Brasil, pode-se perceber que os aspectos que melhor contribuem para a melhoria do desempenho do funcionário são o fornecimento de feedback e a possibilidade de aprimoramento das competências profissionais destes funcionários (Silveira, 2007). Muitos avaliados consideram importante e sentem falta de receber feedbacks na frequência que gostariam de receber. Pois consideram o feedback como ajuda, orientação para o desenvolvimento pessoal e profissional (Silveira, 2007). Apesar da maior parte considerar importante o acompanhamento da avaliação para o desenvolvimento de competências, eles acham que o processo não está sendo vivenciado como deveria e está servido apenas para identificar falhas dos funcionários, sem promover o crescimento e o desenvolvimento profissional (Silveira, 2007). A maior dificuldade é avaliar os pares, ou seja, funcionários de mesmo nível hierárquico. Muitos não se consideram aptos para avaliar os colegas laterais, pois desconhecem seu trabalho e têm medo de criar constrangimento com os colegas (Silveira, 2007). Fonte: Alguns casos de sucesso na aplicação da avaliação de desempenho 2. MATEMÁTICA FINANCEIRA 2.1- CONCEITOS FUNDAMENTAIS DA MATEMÁTICA FINANCEIRA A matemática financeira é uma ferramenta que auxilia em cálculos para se obter uma melhor organização e controle do dinheiro. Trabalhar com dinheiro exige conhecimentos em porcentagem, conceitos importantes e análise de gráficos. E a matemática financeira é utilizada tanto para auxiliar nas contas pessoais como para as contas de uma empresa. À partir dos conceitos gerais de Matemática Financeira, vamos falar sobre os recursos necessários para pensa-la: Capital: É o principal valor de uma operação (dinheiro inicial). na linguagem financeira, é abreviada por PV, Present Value. Exemplo: uma aplicação no valor de R$35.000,00 a uma taxa de juros de R$ 5% ao mês. O capital é R$35.000,00 Montante: È o valor do dinheiro no futuro. Na linguagem financeira, é chamado de valor futuro ou referido pela sigla FV. Exemplo: Compra de uma televisão em 12 parcelas aonde a taxa de juros simples é de 23%. O montante seria o valor do capital acrescido dos juros, ou seja, O valor da tv R$1.500,00 + R$345,00 de juros, o montante será de R$1.845,00. 20 Taxa de Juros: È a correção monetária. Exemplo: A compra de uma televisão de 40” que á vista seria R$ 1.500,00 e no parcelamento seria em 12x de R$153,75 , quer dizer que na forma de pagamento parcelada contém o juros de 23% ao mês. O valor total dos juros pagos seria de R$345,00. . Desconto: É o abatimento sobre uma operação financeira; é proporcional à taxa de juros e ao período considerado. Exemplo: uma negociação de dívida que possui uma promoção de 72% de desconto para pagamentos á vista. O valor inicial é de R$795,51, caso seja efetuado o pagamento á vista, a dívida seria o valor de R$221,95. Período: São os prazos envolvidos na operação financeira. Podem ser dias , meses , semestres , trimestres , etc. Nos cálculos deve conter as informações adequadas ás taxas e períodos e não devem ser aplicados em cálculos diferentes; Exemplo: em uma aplicação de R$7.000,00 por 6 meses, a uma taxa de 10% ao bimestre, deve converter a taxa em mês ou o período em bimestre. Ficando o valor aplicado por 3 meses(1 semestre). • Investimento: Operação financeira em que se faz aplicação de um valor e espera recebê-lo acrescido dos juros incorridos no período. Exemplo: uma aplicação de R$1.000,00 ao mês em conta poupança por 12 meses, aonde a taxa de juros simples é de 5% ao mês, ou seja, R$50,00 ao mês. Ao final do período o valor de “resgate” do investimento seria de R$1.600,00. • Empréstimo: Operação financeira na qual se buscam recursos no mercado para fazer frente às necessidades das mais variadas espécies. Exemplo: Um cliente vai á uma agência de crédito para solicitar um empréstimo de R$10.000,00 á taxa de juros simples de 10% ao mês com um plano de parcelamento em 8 meses. O valor total a ser pago é de R$11.00,00 pois seriam acrescidos 10% ao mês, ou seja , o valor de R$1.000,00. • Amortização: Antecipação de pagamentos de operação de financiamentos, na qual se fazem necessários os conceitos de valor atual e futuro. Exemplo: um financiamento de um veículo no valor de R$30.000,00. Quando o cliente realiza o pagamento de parte das parcelas , o valor será abatido do montante, ou seja, será amortizado. 212.2- Juros simples x juros compostos Juros simples são aqueles que incidem sobre o valor emprestado, sem nenhum valor adicional no cálculo. Enquanto juros compostos são calculados em diferentes intervalos, incidindo sobre juros já calculados anteriormente, ou seja, são cobrados em cima dos valores que já tinham juros. Juros Compostos O Banco do Brasil faz o uso de juros compostos em suas operações aonde a taxa de juros pode chegar a 7,690% a.a . IMAGEM 2- TAXAS DE JUROS Fonte : Banco do Brasil Na imagem x temos uma simulação de um financiamento imobiliário de um imóvel no valor de R$350.000,00 em que a entrada será de R$ 70.000,00 e o valor do financiamento é de R$ 280.000,00 que serão pagos em 60 prestações. IMAGEM 3– SIMULAÇÃO DE FINANCIAMENTO BANCÁRIO 22 Fonte: Banco do Brasil Para calcular os juros compostos que serão cobrados neste financiamento, usaremos os cálculos abaixo: Itens: A fórmula seria: M=? M= C(1+i)n C=35000 M= 350000(1+6,990)60 i=6,990% a.a. M=350000(7,990)60 n=60 M=35000* 1,42 M= 497.000,00 O valor do montante seria de R$497.000,00 Podemos calcular também o valor dos juros que iremos pagar através da seguinte fórmula: J=M-C J=497000-350000 23 J=147000 Ou seja, o valor dos juros seria de R$147.000,00 Geralmente as instituições bancárias acrescentam outras tarifas em seus contratos além dos juros, como o seguro MIP, Seguro DFI e a taxa administrativa. Ou seja, além das tarifas cobradas, é cobrado uma taxa de 6,990% a.a. nesta simulação. IMAGEM 4- PARCELAMENTO Fonte: Banco do Brasil Juros simples O Banco do Brasil não faz uso de juros imples , mas para citar um exemplo, vamos supor que a operação seja um financiamento de um veículo no valor de R$ 30.000,00 com a taxa de juros de 3% ao mês. E o prazo de pagamento é de 15 meses. Itens: A fórmula seria: J=? J= C.I.T. em que C= 30.000 J=30000x 0,03x15 T=15 J= 13500 I= 3% a.m. Os juros seriam de R$13.500,00 24 Podemos calcular também o valor futuro que iremos pagar, ou seja o valor total ( valor inicial + juros) ou montante, através da seguinte fórmula: M= C+J M= 30000+13500 M= 43500 Ou seja, para chegar a esse montante será acrescido o valor inicial + o valor dos juros (R$30.000,00 + R$13.500,00) que resultará em R$43.500,00. 2.3- SISTEMAS DE AMORTIZAÇÃO Sistemas de amortização são utilizados em empresas que realizam empréstimos e financiamentos a longo prazo. O termo “amortização” quer dizer “ diminuir sucessivamente uma dívida; abater parte dela em parcelas, ao longo do tempo”. No Banco do Brasil são utilizados os dois sistemas mais usados no mercado que é o sistema de amortização da tabela SAC e o sistema de amortização da tabela Price. Em financiamentos é preciso o dar uma entrada, e quanto maior for, menor será a dívida a ser parcelada, ou seja o valor total. TABELA SAC Pelo sistema de amortização SAC conforme descrito na imagem xxxx, o comprador diminui o saldo devedor logo no início do contrato. Ou seja, ele paga um valor a mais na primeira prestação para que as demais sejam menores Por esse motivo, os financiamentos feitos com base na tabela SAC começam com parcelas maiores e vão diminuindo de valor ao longo do tempo. Isto porque o saldo devedor é reduzido mais rapidamente e, junto com ele, a incidência de juros. Uma utilidade do sistema Sac é que há a expectativa de executar o pagamento das parcelas com valores menores, isso facilita o pagamento. Os juros incididos são menores no começo porque eles são cobrados sobre o saldo devedor. Assim, conforme o pagamento vai sendo realizado, as taxas cobradas também diminuem. 25 TABELA PRICE Os pagamentos são iguais do começo ao fim do financiamento. O comprador tem ciência de seus pagamentos pois o valor será o mesmo em todas as parcelas. As primeiras mensalidades são, basicamente, compostas por juros, taxas e afins, enquanto as demais consistem no valor do imóvel. IMAGEM 5 – SIMULAÇÃO DE FINANCIAMENTO DE IMÓVEL COM SISTEMA DE AMORTIZAÇÃO PRICE – BANCO DO BRASIL Fonte: Banco do Brasil Na tabela Price os valores das primeiras parcelas são menores em comparação à Tabela SAC, porque a porcentagem de amortização cobrada é menor. A desvantagem é que grande parte das parcelas será composta pela incidência de juros e isso aumenta o parcelamento, já que o comprador pagará pouco do saldo devedor por mês. IMAGEM 6 – SIMULAÇÃO DE FINANCIAMENTO DE IMÓVEL COM SISTEMA DE AMORTIZAÇÃO PRICE – BANCO DO BRASIL 26 Fonte: Banco do Brasil Qual é a melhor? A escolha depende das condições financeiras do beneficiário. As instituições financeiras autorizam o parcelamento em até 35 anos e as parcelas não podem ser maiores do que 30% da renda familiar do contratante. Se a renda familiar for mais baixa, é mais viável utilizar a tabela Price, pois as parcelas menores costumam atender as condições de financiamento exigidas. Além disso, o valor fixo das parcelas pode ajudar no planejamento do orçamento. È permitido fazer a troca da modalidade durante o parcelamento. Mas será necessário realizar um novo contrato e analisar a implantação de outra tabela de juros. As vantagens da tabela SAC são que o valor da amortização vai ser maior nas parcelas e é possível quitar o parcelamento em menos tempo e com menos jurosPor mais que o valor seja alto no início, as parcelas diminuem durante o parcelamento e o valor total pago tende a ser menor em comparação ao total da tabela Price. As duas modalidades tem suas vantagens, é interessante realizar uma simulação para entender qual é a mais adequada ao beneficiário. Escolher entre Tabela SAC ou Tabela Price vai depender do valor financiado, das condições financeiras do solicitante, valor das parcelas e prazo para quitação do financiamento. 27 3- ADMINISTRAÇÃO DE CARGOS E SALÁRIOS 3.1-AVALIAÇÃO DE CARGOS E SALÁRIOS Segundo Gary Dessler (2003, p.63,64) as organizações são constituídas por cargos que precisam ser preenchidos. A análise de cargo é o procedimento pelo qual se determinam as obrigações desses cargos e as características das pessoas que devem ser contratadas para eles. A análise gera informações sobre os requisitos do cargo; essas informações são então utilizadas para desenvolver a descrição do cargo (em que constitui o trabalho) e as especificações do cargo (que tipo de pessoa deve ser contratada para preenchê-lo). Segundo OLIVEIRA, a análise de um cargo e sua descrição são formas de ajudar na contratação de empregados dentro do perfil desejado, atendendo às necessidades das atividades que o empregador deseja. (2011) Para Pontes, um sistema de avaliação de cargos e administração de salários eficientes está no desenvolvimento aprimorado da descrição e especificação de cargos. As descrições e especificações de cargos fornecem o alicerce firme para a avaliação dos cargos, da qual resultará a fixação de salários internamente coerentes.” (PONTES, 2011) Cargo é a determinação dos serviços executados na organização e a colocação de colaboradores com funções específicas para realizar as tarefas a eles atribuídas. Ou seja, é um lugar ocupado na empresa por um colaborador. E o mesmo deve estar apto a realizar as tarefas pertinentes ao cargo. Por exemplo: Contadores, analistas de sistemas, administradores, etc. A funçãoé a atribuição de afazeres que cada pessoa tem dentro da organização. A tarefa é o trabalho que a pessoa tem que realizar quando ocupa um cargo estabelecido. Por exemplo: elaborar relatórios, arquivar, realizar planilhas de fechamentos, etc. As tarefas, que estão incluídas na função, são os trabalhos que a pessoa deve realizar em seu cargo. Porém, nas exigências do cargo, pode conter atributos direcionadas a um setor específico e isso vai depender do que se espera da pessoa enquanto a mesma atua em determinado cargo. Exemplo: A empresa pode contratar um Administrador com experiência em departamento pessoal e rotinas de RH. 3.2- DESCRIÇÃO DE CARGOS 28 Descrever um cargo significa confrontar todo o conteúdo e as principais atividades do cargo. É um documento que é usado para identificar e formalizar das atribuições, deveres, responsabilidades e requisitos próprios de cada cargo na empresa. “A descrição de cargos é um processo que consiste em enumerar as tarefas ou atribuições que compõem um cargo e que tornam distinto de todos os outros cargos existentes na organização” (CHIAVENATTO,1992,p.303). Conforme Pontes (2011, p.43), “cargo é o agregado de funções substancialmente idênticas quanto à natureza das tarefas executadas e especificações exigidas [...]” a definição de cargos tem se tornado cada vez mais complexa, para realizar uma boa descrição de cargo é preciso acrescentar mais responsabilidades e exigências. Em contra partida o colaborador deve ser capacitado para essas atribuições e receber um salário justo. O cargo é definido por meio da determinação das qualificações, juntamente com requisitos básicos, como experiência, escolaridade, responsabilidade, conhecimento técnico, condições de trabalho e outros fatores exigidos de seu ocupante para seu efetivo desempenho. Esse tipo de serviço é vantajoso para a empresa e para o empregado, pois equilibra o exercício da função do mesmo, para que não assuma tarefas em excesso ou responsabilidades que lhe exijam competências que não possui, e isso aprimora o seu desenvolvimento. Além disso é possível padronizar a avaliação de desempenho dos colaboradores. No Banco do Brasil os funcionários são admitidos através de concursos públicos e nas seleções externas são descritos quais requisitos necessários para se conseguir o cargo eatravés da sua divulgação tem conseguido atrair funcionários qualificados. Os cargos divulgados no setor administrativo são de Escrituário, mas é necessário saber diferenciar o cargos de funções, por exemplo, se perguntar o cargo a qualquer funcionário do banco a resposta será “gerente da agencia, “analista de contas” etc”... Porém o banco trabalha com função comissionada, ou seja. O cargo é escrituário e a função com,comissionada é o que o indivíduo faz na empresa. A escala ocupacional do Banco do Brasil tem como objetivo a meritocracia, baseada nas competências de cada funcionário. 29 IMAGEM 7 – DESCRIÇÃO DO CARGO ESCRITUÁRIO – BANCO DO BRASIL Fonte: Edital de abertura, Seleção Externa 2018/001 Edital n°01 – 2018/01 BB, de 07 de março de 2018 3.3- AVALIAÇÃO DE CARGOS A avaliação de cargos é uma das etapas que compõem o Plano de Cargos e Salários e é geralmente realizada após a definição da estrutura de cargos, pois considera os fatores definidos na descrição das atividades. Esta prática tem como objetivo atribuir valor para cada cargo da organização, conforme o seu grau de relevância, assim como, inseri-los em http://www.metadados.com.br/blog/index.php/2016/10/20/plano-de-cargos-e-salarios-inicie-estruturando-os-cargos-na-sua-empresa/ 30 uma hierarquia, que posteriormente norteará a estrutura de salários. (CHIAVENATO, 2010). IMAGEM 8- MÉDIA DE REMUNERAÇÃO Fonte: Portal da Transparência do Banco do brasil Segundo Moreno (2014), as competências necessárias para cada cargo, a sua real aplicação pelos ocupantes e os resultados esperados a partir delas devem estar alinhados ao perfil de profissional desejado e também ao direcionamento de carreira proposto pela empresa. Na visão de Pontes (2002, p. 155) “avaliação é estabelecida o valor relativo a cada cargo, com vistas a construir uma hierarquia entre eles. Portanto, pelo processo de avaliação, os cargos são analisados e comparados de forma a colocá-los em sua importância”. Deve existir um comitê que realize a avaliação de cargos, com indivíduos que representam os setores que serão avaliados, juntamente com um profissional da área de RH da empresa. O propósito do comitê é zelar pelos critérios de avaliação e fazer com que os demais colaboradores aceitem a avaliação. Primeiramente, é importante escolher os cargos a serem utilizados como base e depois inserir sua importância dentro da empresa. Algumas organizações utilizam nomenclaturas como “júnior”, “pleno” e “sênior” para escalar a importância de cada cargo. É preciso definir os fatores que constarão na descrição das atividades e analisar a relevância e o número de graus atribuídos para cada fator. Marras (2012) define que a escolha dos fatores serve para medir a eficiência e a eficácia dos cargos e que, por isso, depende de variáveis específicas de cada organização, como cultura, tecnologia, tipo de mão de obra, entre outras. Os fatores são estruturados a partir de graus crescentes de complexidade, estabelecidos pelo nível de exigência de cada organização. (HYPÓLITO, 2001). Por exemplo, ao fator escolaridade pode-se atribuir quatro graus: ensino médio, superior em andamento, superior completo e pós-graduação. Depois de escolhidos, e fragmentados, o comitê escolhido irá trabalhar com os dados de cada cargo para realizar a avaliação e dar um valor aos salários. Cabe lembrar que existem inúmeros fatores que 31 podem ser usados em um plano de cargos e salários, tudo vai depender de como a empresa é estruturada e da cultura organizacional da empresa, tecnologia, mão de obra, etc. È preciso saber de quais as reais necessidades da organização e de seus colaboradores e de como verificar se o que está sendo feito dentro dos cargos tem trazido melhorias e benefícios para a empresa como um todo. Os fatores de avaliação dividem-se em quatro campos de análise que podem ser aplicados em geral a qualquer tipo ou nível de cargo: REQUISITOS MENTAIS: instrução necessária, experiência anterior, aptidões; escolaridade, criatividade, precisão, complexidade, julgamento e iniciativa, habilidade analítica e planejamento. • REQUISITOS FISICOS: esforço físico, monotonia, habilidade manual, pressão do trabalho, fadiga mental/visual, pressão emocional, concentração. • RESPONSABILIDADES: por material ou produto, por contatos, por ferramentas e equipamentos, por subordinados, por erros, por dados confidenciais, por valores. • CONDIÇÕES DE TRABALHO: Ambiente físico, riscos de acidentes. Segundo Pontes ( 2002), a avaliação de cargos é o processo de analisar e comparar o conteúdo de cargos no sentido de colocá-los em uma ordem de classes, as quais podem ser usadas como base para um sistema de emuneração. Todavia, é uma técnica projetada para assessorar o desenvolvimento de uma nova estrutura de salários que define as relatividades entre os cargos cobre uma base consciente e sistemática. Em outras palavras, avaliação de cargos relaciona-se fundamentalmente com o preço para o cargo. 3.4- Métodos de avaliação de cargos Existem vários métodos que podem ser utilizados na avaliação de cargos, porém é recomendável analisar e determinar qual é o mais adequado para cada organização. Os métodos tradicionais de avaliação de cargo são: os não quantitativos (escalonamento, graus predeterminados), e os quantitativos (pontos, comparação de fatores). Pontes (2011) divide os métodos em não quantitativos, por escalonamento ou graus determinados; e quantitativos, por meiode pontos ou comparação de fatores. Segundo o autor, os métodos quantitativos garantem maior precisão nos resultados, uma vez que os métodos qualitativos, embora de aplicação menos complexa, sugerem maior subjetividade na aplicação. 32 MÉTODOS NÃO QUANTITATIVOS Método de escalonamento Método de comparação simples, que relaciona os cargos de maneira crescente ou decrescente em relação ao critério de comparação, onde cada cargo é comparado aos demais (Chiavenato, 2003, p.45). Para Bohlander, Snell e Sherman (2003, p. 261): O sistema de escalonamento de cargos organiza os cargos com base em seu valor relativo. Uma técnica usada para classificar os cargos consiste em fazer os classificadores elaborar lista dos deveres e responsabilidades de cada cargo na ordem de importância deles. Método de graus pré-determinados Segundo uma ordem pré-estabelecida, o método de graus pré-determinados define os grupos ou classes de ocupações, de acordo com as especificações gerais (Zimpeck, 1990, p. 114) Paschoal (2001, p. 43) afirma que “esse método consiste no enquadramento dos cargos em graus previamente caracterizados em termos de qualificação, complexidade, responsabilidades e, depois, em classes”. Uma das empresas que faz o uso deste método é o Banco do Brasil, por ser uma empresa de grande porte, e possui uma extensa quantidade de colaboradores , a organização possui um Manual de cargos e salários que contém os cargos integrantes dos grupos separados por hierarquias, começando dos cargos mais altos e se estendendo até os cargos mais baixos. Ou seja , desde a gerência geral que pertence ao grupo 1 até o auxiliar de banco que pertence ao grupo 05 e 06. MÉTODOS QUANTITATIVOS Método de avaliação por pontos É uma técnica de avaliação quantitativa – contagem de pontos de acordo com cada fator de avaliação selecionado – e analítica, por comparação dos fatores componentes do cargo. 33 Bohlander, Snell e Sherman (2003, p. 263) definem-o “como um procedimento de avaliação de cargos quantitativo, que determina o valor relativo de um cargo calculando os pontos totais atribuídos a ele”. O método de avaliação por pontos é o mais utilizado pelas empresas brasileiras, segundo Pontes (2000, p. 158), com 51,7% do total dos métodos analisados. Após pesquisa divulgada por “Tendências do Trabalho” sobre procedimentos na administração de pessoal, realizada no ano de 1983 pelos Grupos G-3, Diógenes e CRI, abrangendo setenta empresas, totalizando mais de 80.000 colaboradores, apresenta a utilização dos métodos de avaliação pelas empresas pesquisadas: IMAGEM 9- UTILIZAÇÃO DOS AVALIAÇÃO PELAS EMPRESAS BRASILEIRAS Fonte: Administração de Cargos e Salários (Pontes, 2000, p. 158) Método de comparação por fatores De acordo com Decenzo e Robbins (2001, p. 193), “o método de comparação por fatores é um método de ordenação sofisticada e quantitativa. Os avaliadores selecionam os cargos chaves na organização para serem os padrões”. Segundo Chiavenato (2003, p. 55), após a análise dos cargos, deve-se seguir as seguintes etapas: 1. escolha dos fatores de avaliação: os fatores constituem critérios de comparação, isto é, instrumentos de comparação que permitirão escalonar os cargos a avaliar. A escolha dos 34 fatores de avaliação dependerá dos tipos e características dos cargos a avaliar. A idéia básica desse método é identificar poucos, mas amplos fatores, para proporcionar simplicidade e rapidez nas comparações; 2. definição do significado de cada um dos fatores de avaliação: quanto melhor a definição dos fatores, tanto maior a precisão do método; 3. escolha dos cargos de referência: para permitir as comparações dos cargos, cargos de referência são escolhidos para facilitar o manuseio dos fatores de avaliação; 4. escalonamento dos fatores de avaliação: cada cargo de referência é avaliado através do escalonamento dos fatores de avaliação. Suponhamos que os cargos de referência escolhidos sejam o de recepcionista e o de limpador (os escalonamentos são independentes para cada fator): IMAGEM 10 – ESCALONAMENTO DE FATORES EM DOIS CARGOS DE REFERÊNCIA Fonte: Remuneração, Benefícios e Relações de Trabalho (Chiavenato, 2003, p. 55) 5-avaliação dos fatores nos cargos de referência: tomando-se por base os cargos de referência, os fatores devem ser posicionados e ponderados quanto a sua contribuição individual para o total (o que pode ser dado em base de percentagem), de modo que a soma total de salário obtida para um cargo de referência possa ser dividida e considerada em termos absolutos para cada fator. Seja que, entre os cargos a serrem avaliados, a seleção dos cargos de referência recaia sobre os cargos de Recepcionista e Limpador. O primeiro percebe uma remuneração de R$ 600,00 mensais e o segundo, R$ 300,00 mensais. Utilizando os fatores físicos, mentais, condições de trabalho, habilidades específicas e de responsabilidades, suponhamos que a comissão de avaliação decida a respeito da importância relativa de cada fator em cada cargo de referência da seguinte maneira: IMAGEM 12 -AVALIAÇÃO DOS FATORES NOS DOIS CARGOS DE REFERÊNCIA 35 Fonte: Remuneração, Benefícios e Relações de Trabalho (Chiavenato, 2003, p. 56) A avaliação de fatores é a parte do trabalho que atribui valores monetários para cada fator. Se o salário é conhecido, então cada fator deve ter certo valor. A soma total dos valores constitui 100% do salário. Para cada um dos dois cargos de referência, deve-se decidir o valor de cada fator, como no exemplo do quadro. Assim, essa avaliação dos fatores pode ser feita em percentagem ou em dinheiro; 6. escala comparativa de cargos: o passo seguinte é transformar esta matriz de escalonamento de fatores e de avaliação de fatores em uma escala comparativa de cargos, como sugere o quadro abaixo: IMAGEM 13- ESCALA COMPARATIVA DE CARGOS Fonte: Remuneração, Benefícios e Relações de Trabalho (Chiavenato, 2003, p. 57): Com a escala comparativa de cargos está pronto o instrumento de avaliação de cargos pelo método da comparação por fatores. Por meio dessa escala, cada cargo é escalonado em cada um dos fatores, através da comparação por fatores, e a seguir somam-se os valores e reais (ou em percentagem) para se ter a avaliação global do cargo. Enquanto houver contradições ou anomalias no processo duplo de escalonamento de fatores e de avaliação de fatores, novos ajustamentos deverão ser feitos até que os resultados se tornem consistentes. Essa técnica é obviamente menos acurada do que a avaliação 36 por pontos, mas ela é a que obtém maior confiabilidade entre todas as técnicas de avaliação de cargos do ponto de vista global das avaliações. De modo geral, o método de comparação por fatores é mais apropriado para cargos menos complexos. Pode ser adaptado para cargos mensalistas. É o método que tem provocado muitas críticas. Suas dificuldades operacionais são bem aparentes. É técnica contaminável por variância de erros e vieses no escalonamento, bem como por subjetividade. CONCLUSÃO De acordo com o que foi estudado podemos concluir em avaliação de desempenho que este é um processo que traz muitos benefícios para a organização , pois através dele é possivel realizar um planejamento para o futuro da organização . Além disso é possivel acompanhar o desempenho da empresa e de seus colaboradores e com a avaliação , estudar métodos de possam prover o crescimento e bem estar de ambos. Em matemática financeira foi estudado os conceitos fundamentais da matemática financeira, como realizar cálculos de juros simples e compostos, aprendemos também sobre os sistemas de amortização mais usados no mercado e qual a sua finalidade. Inclusive muitas instinuiçõs financeitas fazem o uso desses sistemas, que são a tabela Price e Sac. E porfim, análise de cargos e salários, vimos como é realizada a avaliação dentro da empresa e como são descritos os cargos para se conseguir a obtenção de hierarquia e salários justos ás funções de cada colaborador da empresa. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BEZERRA, Cícero Aparecido. Um modelo de indicadores estratégicos da sustentabilidade organizacional de incubadoras de empresas de base BUCHELE, R. B. Políticas Administrativas para Empresas em Crescimento (Manual para Avaliação). Tradução de Raul P. G. de Paiva e Eda F. de Quadros. São Paulo: Atlas, 1971,220 p CERTO, Samuel C.; PETER, J. Paul. 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