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AS RELAÇÕES INTERPESSOAIS NO ATENDIMENTO A PAIS E RESPONSÁVEIS: A importância da Relação entre família e escola
Marilei Salete Frasnelli
Prof. Orientador
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Curso (1844427) – Trabalho de Graduação 
10/12/2021
RESUMO
O presente paper tem como objetivo refletir sobre a influência da família no acompanhamento escolar dos alunos da educação especial e como objetivos específicos avaliar o resultado da participação efetiva dos familiares no desempenho dos alunos na escolar e verificar ações que favoreçam a aproximação da relação entre escola e família na educação de alunos público da educação especial. Em relação a escolha do tema se justifica pela necessidade de escola e família estarem mais próximas para refletir e discutir os desafios e as barreiras que a educação especial enfrenta quanto a evolução do aprendizado de alunos da educação especial, assim como barreiras oportunizem uma participação mais efetiva da família no seio da comunidade escolar. Como metodologia fundamentada para a elaboração do presente paper optou-se pela forma descritiva ou da pesquisa de cunho bibliográfico que consiste em buscar referências e informações em trabalhos já realizados anteriormente como base e fundamentação para a argumentação dos temas. Em relação a pesquisa foi utilizado o método de pesquisa qualitativa exploratória com base em leituras e estudos de materiais já consolidados no ambiente acadêmico. É importante novas abordagens sejam estruturadas para que a relação e a presença da família na escola não se restrinja a eventos pontuais e momentos de reuniões e confraternizações, mas que seja contínua e eficaz na construção de um aprendizado mais sólido para os alunos. É possível concluir que nesta relação os pais têm direito de acompanhar a vida escolar dos alunos, assim como o dever de participar da comunidade escolar, quanto a escola vale intensificar e criar mecanismos que aproximem escola e família, com o intuito de promover uma educação mais qualificada e preparar alunos mais prontos para a vida dentro e fora da escola.
Palavras-chave: Escola. Família. Alunos.
1 INTRODUÇÃO
considerando a responsabilidade da escola no desenvolvimento e no aprendizado dos alunos, fica evidente que essa responsabilidade oficialmente regulamentada compete à escola, mas essa por sua vez não deve ser entendida como única responsável pelo sucesso e aprendizagem dos alunos. Neste sentido a escola necessita de apoio familiar, visto que somente os esforços da escola e as melhorias nos processos de ensino por si só não bastam para que ocorra uma educação de qualidade.
Além disso, embora no Brasil muito tenha se evoluído nas políticas públicas direcionadas a educação especial e inclusiva, ainda se está longe do modelo ideal de ensino, onde a universalização do acesso à escola e a redução da evasão escolar indícios das melhorias dos últimos anos causados pelas políticas públicas, contudo na contramão destes avanços as escolas brasileiras ainda são carentes de políticas mais específicas e que realmente oportunizem a inclusão no ambiente escolar.
Considerando esse cenário o presente paper tem como objetivo refletir sobre a influência da família no acompanhamento escolar dos alunos da educação especial e como objetivos específicos avaliar o resultado da participação efetiva dos familiares no desempenho dos alunos na escolar e verificar ações que favoreçam a aproximação da relação entre escola e família na educação de alunos público da educação especial.
Em relação a escolha do tema se justifica pela necessidade de escola e família estarem mais próximas para refletir e discutir os desafios e as barreiras que a educação especial enfrenta quanto a evolução do aprendizado de alunos da educação especial, assim como barreiras oportunizem uma participação mais efetiva da família no seio da comunidade escolar.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A educação é um direito de todos e neste sentido assegurada por lei, sendo que quando se trata da educação especial, é importante ressaltar que uma educação inclusiva de qualidade e efetiva é dever de toda a comunidade escolar, assim como do Estado e também da família, é essencial que esses estudantes possam ter primeiramente acesso a escola, e posteriormente que suas necessidade de ensino-aprendizagem sejam atendidas respeitando suas características e diferenças, através do acolhimento, da aceitação sem que ocorra discriminação de qualquer forma, para que as oportunidade de desenvolvimento sejam equiparadas em todas as etapas da vida, não somente na escola mas também na sociedade.
A LDB, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (1996) em seu Artigo 2º estabelece que: A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. 
Sendo assim fica evidente que para uma educação de qualidade é fundamental o envolvimento da família no processo de aprendizagem dos alunos, embora tenham papéis distintos como ressalta TIBA (1996) que aponta:
Teoricamente, a família teria a responsabilidade pela formação do indivíduo, e a escola, por sua informação. A escola nunca deveria tomar o lugar dos pais na educação, pois os filhos são para sempre filhos e os alunos ficam apenas algum tempo vinculados às instituições de ensino que frequentam. (TIBA, 1996, p. 111).
Analisando esse apontamento é possível verificar que essas funções deveriam acontecer para uma educação de qualidade, contudo não é o que se observa na prática, sendo que é muito comum percebermos famílias que delegam toda a responsabilidade da educação a escola, em muitas vezes inclusive se afastando dos papéis inclusive mais básicos que lhe cabem. Contudo a família que também é uma instituição social é fundamental no desenvolvimento e no aprendizado do aluno, visto que é na família que a criança recebe as primeiras instruções e valores sociais que deverá levar para a vida.
O que é possível observar no que tange a relação entre família e escola geralmente se restringe a encontros esporádicos em dias de reunião de pais e mestres ou em eventuais comemorações realizadas por iniciativa da escola, outros espaços estipulados em lei, como por exemplo assembleias, conselhos, ainda possuem pouco envolvimento familiar e quando ocorre geralmente é mais formalizado e sem um real intuito de comunidade.
Assim o que se percebe é que escola e família embora comunguem de objetivos comuns no que tange o aprendizado do aluno, ainda não conseguiram no modelo atual de educação caminhar no mesmo sentido, sendo que continuam isoladas e andando cada qual em seu próprio ritmo. Esse afastamento também pode ser explicado pela configuração das famílias, sendo que considerando a participação ou não dos responsáveis na escola Szymanzki (2003, pág. 68) afirma que: “ [...] sua condição de famílias trabalhadoras dificulta um acompanhamento mais próximo do trabalho acadêmico das crianças. Sua baixa escolaridade também dificulta esse acompanhamento. Mas, mesmo assim, muitas demonstram boa vontade e colaboram [...].
Assim pode-se observar que em muitos casos a vontade de envolvimento existem, mas outros fatores afastam a família da escola, que podem ser desde a baixa escolaridade quando a condições socioeconômicas das famílias, assim a escola também precisa entender esse cenário e oportunizar momentos de aproximar essas famílias do convívio escolar.
Assim de acordo com Arribas (2004, pgs. 393-394) destaca que “[...] a escola deverá fomentar e organizar sua tarefa de forma quepais e professores se envolvam em um objetivo comum: colaborar de forma ativa e responsável na educação das crianças”. Desta forma tanto a escola como os pais devem estar preparados para trabalhar em conjunto no desenvolvimento do aprendizado da criança, onde toda contribuição por menor que seja pode ser significativa para a evolução do aluno.
Contudo é natural que a família anseie pelo sucesso de seus filhos e busque apoio na escola para oportunizar aos mesmos crescerem com inteligência emocional e cognitiva e que aprendam as regras da sociedade. Neste sentido, Nogueira (2006) ressalta que com as novas configurações de família existentes e após a proibição do trabalho infantil, os pais esperam ver nos filhos a realização e o sucesso que anseiam:
“Os pais tornam-se, assim, os responsáveis pelos êxitos e fracassos (escolares, profissionais) dos filhos, tomando para si a tarefa de instalá-los da melhor forma possível na sociedade. Para isso, mobilizam um conjunto de estratégias visando elevar ao máximo a competitividade e as chances de sucesso do filho, sobretudo face ao sistema escolar – o qual, por sua vez, ganha importância crescente como instância de legitimação individual e de definição dos destinos ocupacionais.” (p.161, 2006). 
Assim, em muitos casos as famílias acabam delegando essa obrigação e reportando a responsabilidade pelos fracassos ou sucessos das crianças unicamente a escola, quando o ideal seria que ocorresse uma sinergia na relação entre escola e família. Assim, Davies ET al. (1989 apud Galvão e Marques, 2018) o envolvimento dos pais na escola está ligado ao desenvolvimento da criança e ao sucesso académico e social dos alunos na escola: “Quando os pais se envolvem, as crianças têm melhor aproveitamento escolar (…). As crianças cujos pais as ajudam e mantêm contactos com a escola têm pontuações mais elevadas que as crianças com aptidões e meio familiar idênticos, mas privadas de envolvimento parental” (p. 38). 
Fante (2005) diz que os “fatores externos são decisivos na formação da personalidade do aluno pelo que recebe no seu contexto familiar, social e pelos meios de comunicação (...) os fatores internos, que podem ser classificados em três: o clima escolar, as relações interpessoais e as características individuais de cada membro da comunidade escolar” (2005, p.168).
Figura: Dificuldades em relação a escola dos filhos 
Fonte: https://docplayer.com.br/66722591-Relacao-familia-escola.html
Na figura apresentada estão relacionados os principais problemas relatados pelas famílias no acompanhamento dos filhos na escola, é possível verificar que a maioria não apresenta nenhuma queixa em relação à escola, mas outros elementos são destacados, como má educação dos alunos, sistemas de ensino, desinteresse dos alunos e professores, grande número de alunos entre outros, o que nos remete que nossas escolas ainda precisam evoluir significativamente para oferecer uma educação de qualidade.
Normalmente a família tem a ideia de que é papel da escola tomar a iniciativa de procurá-los, enquanto a escola, por sua vez, coloca toda a responsabilidade sobre os pais. Em muitos casos, as famílias só são chamadas para falar sobre os filhos quando ocorre algum problema, mesmo que ocorre quando os pais identificam que existe um problema com o aluno, o maior desafio neste sentido é criar formas de aproximação que permitam um relação mais efetiva entre escola e família, dever esse que é de todos os envolvidos gestores e formuladores de políticas públicas quanto de diretores, professores, funcionários e pais ou responsáveis no cotidiano.
3 METODOLOGIA
Como metodologia fundamentada para a elaboração do presente paper optou-se pela forma descritiva ou da pesquisa de cunho bibliográfico que consiste em buscar referências e informações em trabalhos já realizados anteriormente como base e fundamentação para a argumentação dos temas. 
Em relação a pesquisa foi utilizado o método de pesquisa qualitativa exploratória com base em leituras e estudos de materiais já consolidados no ambiente acadêmico.
 Com essa finalidade, foi pesquisado e organizado uma seleção dos textos considerados pertinentes e relevantes, diante da temática requerida, para tanto, recorreu-se a materiais publicados em livros, artigos, dissertações e teses, disponíveis também no ambiente virtual na internet.
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Por meio da pesquisa bibliográfica de cunho qualitativo, foi possível atingir os objetivos propostos de refletir sobre a influência da família no acompanhamento escolar dos alunos da educação especial e como objetivos específicos avaliar o resultado da participação efetiva dos familiares no desempenho dos alunos na escolar e verificar ações que favoreçam a aproximação da relação entre escola e família na educação de alunos público da educação especial.
Visto que fica evidente que a relação família e escola é fundamental para a qualidade da educação e do aprendizado da criança, mas também é nítido que ainda existem muitas barreiras que precisam ser transladadas para que essa relação realmente seja efetiva, sejam problemas na formação e na situação financeiras das famílias, seja nos métodos ainda ineficientes de tentativas de aproximação da escola com a família.
Assim é importante novas abordagens sejam estruturadas para que a relação e a presença da família na escola não se restrinja a eventos pontuais e momentos de reuniões e confraternizações, mas que seja contínua e eficaz na construção de um aprendizado mais sólido para os alunos.
5 CONCLUSÃO
Através da análise realizada durante a produção deste trabalho foi possível verificar que que a participação dos pais na educação formal dos filhos é vital para a qualidade da formação destes alunos, a vida familiar e vida escola precisam ser andar em sinergia para a formação de cidadão completos e sociais, desta forma promover a família nas ações dos projetos pedagógicos significa enfatizar ações a seu favor, dessa forma, contribuindo para a integração da família no ambiente escolar. 
Neste projeto foi possível atingir os objetivos, sendo como principal ponto refletir sobre a relação entre família e escola, além de levantar pontos significativos que precisam ser avaliados e melhorados neste contexto, assim como foram abordados os principais motivos que dificultam essa relação.
Assim é possível concluir que nesta relação os pais têm direito de acompanhar a vida escolar dos alunos, assim como o dever de participar da comunidade escolar, quanto a escola vale intensificar e criar mecanismos que aproximem escola e família, com o intuito de promover uma educação mais qualificada e preparar alunos mais prontos para a vida dentro e fora da escola.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil: promulgada em 5 de outubro de 1988.Organização de texto: Juarez de Oliveira. 8. ed. São Paulo. Edipro, 1999. 232 p. 
_______. Lei n° 8.069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. Brasília, 1997. _______. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, 
LDB. Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Brasília: MEC/SEF, 1996. 
FANTE, Cleo. Fenômeno Bullying: como prevenir a violência nas escolas e educar para a paz. 2. ed. Campinas. SP: Verus, 2005.
NOGUEIRA, Maria Alice. Relação família-escola: novo objeto na sociologia da educação. Paidéia (Ribeirão Preto), Ribeirão Preto , v. 8, n. 14-15, p. 91-103, ago. 1998 . Disponível em . Acesso em 10 de dezembro de 2021.
SZYMANZKI, Heloisa. A relação família/escola: desafios e perspectivas. 1º reimpressão. Brasília, Plano Editora: 2003