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Educação Inclusiva: Processos e Paradigmas


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Educação Inclusiva
Slide 1 
Processos de exclusão x inclusão
São excluídos porque destoam do padrão “normal” imposto pela sociedade. Esses padrões são construídos culturalmente. A sociedade impõe a forma de se vestir, de se comportar, o padrão físico considerado como belo. As pessoas são reconhecidas pelo que elas têm e não pelo que elas são. A única forma que temos de equacionar as desigualdades é instituindo legislações. A história da educação especial é retratada em três momentos, sendo eles: 
a) Paradigma da institucionalização/institucionalização. 
b) Paradigma de serviços/integração
c) Paradigma de suportes/inclusão.
Embora haja essa classificação, um paradigma se materializa, na prática, justaposto ao outro.
Paradigma da institucionalização
Paradigma: são valores, ideias e ações que contextualizam as relações sociais. A forma como a sociedade lida com a deficiência e com as pessoas deficientes. Conventos, asilos e hospitais psiquiátricos eram instituições de confinamento. Caracterizava se pela retirada das pessoas do meio social. Nesse período, a matrícula em instituições totais indicava a forma que as famílias sentiam e viviam a deficiência de seus familiares. Somente a partir da década de 1960 é que o paradigma da institucionalização passou a ser criticado
Iniciativas contrárias ao paradigma de institucionalização
· Deficientes improdutivos custavam caro aos cofres públicos. 
· Críticas de acadêmicos e profissionais da área. 
· Movimento de não institucionalização. 
· Iniciativas pautadas na ideia de normalização. 
· Deficiente se adapta à sociedade
Paradigma de serviços
Conceito de integração: paradigma de serviços. Teve início na década de 1960. “Necessidade de modificar a pessoa com necessidades educacionais especiais, de forma que esta pudesse vir a se assemelhar, o máximo possível com os demais cidadãos”.
Oferta de serviços em três etapas
1. Avaliação: uma equipe identificaria o que precisaria ser modificado no sujeito. 
2. Intervenção: atendimento formal e sistematizado, orientado conforme os indicativos da fase anterior. 
3. Encaminhamento da pessoa para vida em sociedade. 
Ocorreu: nas escolas especiais, classes especiais e centros de reabilitação
Paradigma de serviços
Começa a ser criticado: pela comunidade científica; pelas organizações dos próprios deficientes. Diferenças não se apagam, mas são administradas na convivência social. Busca se a igualdade do deficiente com aqueles que não são deficientes.
Paradigma de suportes
· Formas de garantir o acesso de todos a tudo (escola, ônibus, departamentos públicos, empregos etc.). 
· Suportes que propiciam acesso a todo e qualquer recurso da comunidade.
Prevê adequações em dois âmbitos: No processo de desenvolvimento do sujeito. No processo de ajuste à realidade social
· Prevê a intervenção junto as diferentes instâncias: administrativa, saúde, assistência social e educação. 
· Estrutura arquitetônica. 
· Formação de professores. 
· Currículos. 
· A ideia principal é: que a pessoa com deficiência tenha direito à convivência não segregada e ao acesso imediato e contínuo aos recursos disponíveis aos demais cidadãos.
· Inclusão: igualdade de acesso à sociedade, como o defendido na integração. 
· Qual é a diferença entre o paradigma de serviços e de suportes?
· Paradigma de serviços: o investimento está centrado em mudanças no indivíduo. 
· Paradigma de suportes: o investimento está centrado em suportes e instrumentos que auxiliam no desenvolvimento do sujeito.
Constituição Federativa do Brasil
· Estabelece que a educação é um direito de todos e dever do Estado e da família (art. 205). 
· Discorre sobre os princípios da educação: igualdade de condições para o acesso e a permanência na escola (art. 206). 
· O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino (art. 208).
Lei de Diretrizes e Bases LDB 9.394/96
Educação Especial é uma modalidade de ensino. Poderá apoiar; complementar os serviços educacionais; suplementar; substituir. Deve garantir: desenvolvimento das potencialidades.
Suporte pedagógico especializado
Alunos com NEEs conforme a Resolução CNE/CEB n. 2/2001
1. Dificuldades acentuadas de aprendizagem e limitações no processo de desenvolvimento que dificultem o acompanhamento das atividades curriculares, divididas em dois grupos: 
a) Aquelas não vinculadas a uma causa orgânica específica. 
b) Aquelas relacionadas a condições, disfunções, limitações ou deficiências.
2. Dificuldades de comunicação e sinalização, demandando a utilização de linguagens e códigos aplicáveis. 
3. Altas habilidades/ superdotação, facilidade de aprendizagem que permite dominar conceitos, procedimentos e atitudes.
Características principais e formas de atuação com: Deficientes intelectuais, visuais, auditivos, físicos ou motores
Deficiência Intelectual (DI)
· Uma das maiores consequências é a perda da capacidade mental. 
· Comportamento adaptador: refere se ao quadro ambiental no qual o sujeito se desenvolve, que pode minimizar os efeitos da deficiência. 
· Teste de QI não deve ser o único parâmetro para classificar o grau da deficiência intelectual
Causas da Deficiência Intelectual (DI): Fatores genéticos: alterações na divisão dos cromossomos, Síndrome de Down: a presença de um cromossomo extra no par 21, Chamada de Trissomia 21 ou Síndrome de Down, Fatores teratogênicos: alterações relacionadas ao ambiente no qual o sujeito vive, Ingestão de drogas, Doenças contraídas pela mãe, Carência nutricional da genitora, Doenças que a criança possa adquirir nos primeiros anos de vida, Excesso de ingestão de álcool pela mãe (Síndrome Alcoólica Fetal). 
Identificar o tipo e o grau de deficiência é importante, mas não fundamental para as intervenções pedagógica, psicológica e social.
Atendimento Educacional Especializado (AEE) ao DI
· Repensar as funções do professor da escola regular e do AEE. 
· Delimitam se as funções, mas ambos trabalham de forma conjunta. 
· Antes trabalhava se com os DIs apenas conhecimentos práticos. 
· O ideal é trabalharmos também com conhecimentos teóricos, pois o sujeito com DI deve transpor a condição de senso comum, como os seus demais pares normais.
· O professor do AEE não trabalha com conteúdos curriculares. 
· Escrita, cálculo e leitura são responsabilidades do professor da escola regular. 
· O AEE trabalha rumo à superação dos limites da pessoa com DI. 
· Não há materiais específicos para atender as suas necessidades. 
· O objetivo é sair de uma condição passiva diante do conhecimento.
Deficiência Visual (DV)
É definida como perda total ou parcial: Cegueira : perda total da visão. Visão parcial ou subnormal ler textos.
Pode ser de ordem: 
· Congênita: necessita de lentes, lupas, dentre outros materiais para : nasce com a deficiência. 
· Adquirida: surge após o nascimento.
Atendimento Educacional Especializado (AEE) ao DV
· A compreensão do mundo que nos cerca se faz pela apreciação de imagens. 
· A escola faz uso de símbolos gráficos para a aprendizagem escolar.
E o aluno com deficiência visual? Necessita de instrumentos e recursos que possibilitem a aprendizagem e a percepção do mundo. O aluno com deficiência visual utiliza se da linguagem oral.
· O professor do AEE deve fazer uso de estratégias diversificadas que atendam as necessidades dos alunos. 
· Recursos ópticos: lentes, lupas ou telescópio.
· Recursos não ópticos: material ampliado, lápis 4B ou 6B, gravadores, softwares , uso de chapéus e bonés e circuito fechado de televisão. Esse recurso pode ser visto a seguir.
· O mobiliário deve ser estável. 
· A linguagem deve ser incentivada. 
· O material adaptado deve ser confeccionado em relevo.
Deficiência Auditiva (DA)
· Refere-se à incapacidade de ouvir. 
· Não percebem os sons da fala nem mesmo com a ajuda de amplificadores (AASI de amplificação sonora). 
· Implante coclear: permite a percepção dos sons da fala.
Causas da deficiência auditiva: 
· Pré- aparelho natal: rubéola materna,hereditariedade, nascimento prematuro, incompatibilidade de RH e causas desconhecidas. 
· Pós natal: meningites, encefalites e acidentes.
Atendimento Educacional Especializado (AEE) para o DA
· O AEE trabalha com o conhecimento das línguas de Sinais e Portuguesa. 
· Função do AEE: complementar e ajudar o aluno a acompanhar a escola regular. 
· Diagnóstico das habilidades e das barreiras no processo de escolarização. 
Envolve três momentos específicos: 
· Atendimento Educacional Especializado em Libras: utiliza a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) para fornecer a base conceitual dos conteúdos.
· Atendimento Educacional Especializado de Libras visual: o ensino da Libras, se do canal espacial. 
· Atendimento Educacional Especializado de Língua Portuguesa: orienta concepção bilíngue. 
· Deficiência física é um desvio em habilidades motoras básicas. 
· AEE para os alunos com DF deve trabalhar com a tecnologia assistiva 
· Tecnologia assistiva. se por uma: comunicação alternativa, comunicação aumentativa e recurso adaptado.
· Recursos adaptados: assegura condições para adquirir a aprendizagem.
· Comunicação aumentativa: utilizada para compensar as falhas na fala. 
· Comunicação alternativa: substitui a fala.
Transtornos Globais do Desenvolvimento (TGD) e transtornos funcionais
· Autismo. 
· Síndrome de Rett
· Transtorno de Asperger
· Espectro autista. 
· O professor deve trabalhar com a função executiva. 
· As pessoas com TGD têm dificuldade com a flexibilidade. 
· Ambiente escolar tem rotina e mudanças de rotinas. 
· Professores devem ser orientados a como lidarem com as famílias.
Superdotação /altas habilidades
· Pessoas com algumas aptidões biopsicológicas acima do padrão. 
· A identificação das altas habilidades deve iniciar na sala de aula. 
· Possibilitar a socialização com os colegas. 
· Trabalho conjunto dos profissionais da escola regular e da Educação Especial. 
· Articulação com outras instâncias: instituições de Ensino Superior, órgãos de pesquisa, de artes e esportes. 
· Situações de aprendizagem que acolham as possibilidades dos alunos.
Objetivos do Atendimento Educacional Especializado 
· Maximização da participação dos alunos na escola regular
· Potencialização das habilidades dos alunos. 
· Oferecer recursos tecnológicos, pedagógicos e bibliográficos de interesse dos alunos. 
· Incentivar a participação dos alunos em pesquisas. 
· Estimular a implementação de projetos com temáticas diversificadas.
Slide 2
Definição de distúrbio, transtorno e dificuldade de aprendizagem
· Diagnóstico difícil. 
· Dificuldades significativas na aquisição e no uso da audição, fala, leitura, escrita, raciocínio ou habilidades matemáticas (Comitê Nacional de Dificuldades de Aprendizagem). 
· Podem ocorrer concomitantemente com outras condições desfavoráveis ou influências ambientais, mas não são resultado direto dessas condições.
Identificação do problema de aprendizagem
As causas do distúrbio podem ser de: 
· Ordem exógena: Ordem endógena escolar, ambiente social. 
· Ordem endógena: deve ser avaliado por profissionais habilitados (avaliação multidisciplinar). 
· Os profissionais que atuam fora da escola devem estabelecer contato com os professores. 
· Há dois tipos de distúrbio: os de linguagem e os do comportamento
Linguagem
· Linguagem: conjunto de símbolos e instrumentos utilizados para se comunicar. 
· Pode ocorrer por meio de: gestos, olhares, mímica e fala.
O desenvolvimento da linguagem está ligado a dois fatores:
· Ambientais: referes e ao ambiente em que se vive. 
· Biológicos: a hereditariedade e o estado de saúde influenciam o desenvolvimento da linguagem.
O que é distúrbio de linguagem?
· Há um desvio no modo de falar em comparação com as demais pessoas. 
· Prejudica a comunicação. 
· A forma como fala faz com que a pessoa se torne desajustada no grupo.
Os distúrbios de linguagem são: atraso na linguagem; dislalia; dislexia; disgrafia; disortografia, discalculia; linguagem tatibitate; rinolalia; gagueira; mudez.
Atraso na linguagem
· A criança não apresenta uma linguagem até por volta dos três anos. 
· O atraso pode ser melhorado de maneira natural ou por tratamento especializado.
As causas são:
· problemas de articulação;
· problemas de audição; 
· problemas emocionais (traumas, carência afetiva, superproteção, uso de outro idioma em casa e vivência em orfanatos).
Dislalia: É um distúrbio da fala caracterizado pela dificuldade de articular as palavras.
Má pronúncia das palavras por:
· omissão (bicicleta/ bicikéta,prato/pato);
· trocas (como jipe/tipe);
· distorção (sapo/ xapo );
As causas podem ser:
· Ordem orgânica: lesão ou má formação.
· Ordem funcional: hereditariedade, imitação ou emocional.
Dislexia: É hereditária Dificuldades e os efeitos diferem conforme a severidade do caso.
Dificuldades usuais da dislexia:
· leitura (lenta, cochichada ou com o auxílio do dedo); 
· escrita do caso (lenta, invertida, embaralhada, letras em espelho e troca de letras); 
· memorização (fatos, números, imagens);
· relacionar som e letra (sabem os nomes das letras, mas não conseguem relacioná-los á grafia)
· Não tem cura.
Disgrafia
· Lentidão na escrita.
· Letra ilegível. 
· Escrita desorganizada. 
· Traços irregulares. 
· Desorganização geral na folha. 
· Desorganização do texto. 
· Desorganização das letras. 
· Desorganização das formas. 
· O espaço entre as linhas, palavras e letras é irregular.
· Liga as letras de forma inadequada e com espaçamento irregular.
Disortografia
· Confusões de letras, sílabas de palavras e trocas ortográficas conhecidas. 
· Troca de letras parecidas sonoramente: faca/vaca, chinelo/ jinelo 
· Confusão de sílabas como: encontra ram /encontra 
· Adições: ventitilador 
· Omissões: cadera . , prato/pato. 
· Fragmentações: en Inversões: pipoca/ saiar picoca , a noitecer. 
· Junções: no diaseguinte , sairei maistarde rão . .
Discalculia
· A capacidade matemática para operações aritméticas, cálculo e raciocínio matemático encontra se inferior à média (DSM IV). 
· Diversas habilidades podem estar prejudicadas: linguísticas; perceptuais; de atenção; matemáticas. 
· O profissional deve dar atenção especial ao aluno que apresenta essas dificuldades.
Linguagem tatibitate: Distúrbio de articulação e fonação em que o sujeito conserva a linguagem infantil. Pode estar atrelada à reação de adultos que se encantam com expressões erradas. Por exemplo: “minha tilidinha ” (para “minha queridinha”), “ Usada para chamar atenção e obter carinho. Jogos e brincadeiras que estimulem a fala correta.
Rinolalia; É a ressonância nasal maior ou menor do que a normal no ato de falar. A criança pode ser ridicularizada pelos colegas de escola. Gera problemas de relacionamento e escolarização. Em casos graves, torna a fala incompreensível. A criança pode emudecer.
Gagueira: Ocorre por volta dos três e quatro anos aos sete anos e com retorno na puberdade. É mais frequente em meninos. A superação ocorre quando: cantam, colocam a mão no bolso, apertam alguma parte do corpo, esfregam as mãos, inclinam a cabeça, andam enquanto falam. Existem duas fases: Primária não sabe que é gago. Secundária o sujeito tem consciência.
Mutismo: Incapacidade de articular palavras decorrente de transtornos do sistema nervoso central. Atinge a formulação e a coordenação de ideias e impede a transmissão em forma de comunicação verbal. Causas: problemas de audição; crianças com problemas físicos; mudez psicológica ou emocional. As situações percebidas como foco do mutismo devem ser evitadas.
Distúrbio do comportamento/fobia escolar
· Incapacidade total ou parcial de frequentar a escola. 
· Independe de níveis sociais, de graus de escolaridade e de níveis de inteligência. 
· Manifesta-se por reações físicas como ansiedade, pânico, náuseas, vômitos etc. 
· A mudança de escola ou de professor não elimina o problema. 
· A fobia existe pelo medo de ir à escola e de ser abandonada. 
· Orientações: não realizar exercícios de repetição, não utilizar medidas punitivas e fazer uso da memória visual.
Agressividade: Ataque físico ou verbalde um sujeito em relação a uma ou mais pessoas. A criança chora, esperneia, esbraveja. A criança ataca fisicamente com murros, pontapés e mordidas. A criança mais velha substitui o ataque físico pelo ataque verbal. Causas: rejeição dos pais ou parentes, excessiva tolerância da agressividade, falta de supervisão dos pais, discórdias em família, tratamento incoerente e uso de punições físicas dolorosas. O rótulo na escola não ajudará.
Atitudes que podem melhorar a situação: em grupo regras coletivas de convívio social. Estabelecer em grupo as sanções ao não cumprimento das regras. Ser firme, honesto e imparcial. Auxiliar o aluno a controlar seus impulsos e ensinar formas de resolver conflitos. Não ignorar uma briga ou conflito ou mostrar indiferença.
Medo: Uma situação normal do ser vivo, condição de alerta. Biológico, psicológico e condicionado. Ansiedade e fobia: paralisam e impedem se relacionar e sair de casa. Não obrigar a enfrentar o que a amedronta. Não utilizar o medo como brincadeira; ouvir os motivos do medo. Amparar a criança amedrontada. Associar fatos agradáveis àquilo que causa medo.
Timidez: Desconforto e inibição em situações de interação pessoal. Preocupação com as atitudes, as reações e os pensamentos dos outros. É um fator de empobrecimento da qualidade de vida. Não é considerado um transtorno mental. Funciona como regulador social. Mecanismo de defesa Timidez situacional e avalia as situações novas com cautela. timidez crônica.
Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade
· Os efeitos do TDAH foram se modificando ao longo do tempo. 
· Influencia o desenvolvimento na escola. 
· É necessário cuidado com o diagnóstico. 
· Médicos ou psicólogos especializados podem diagnosticar.
Sintomas relacionados à desatenção: Não atenção a detalhes e dificuldade para se concentrar. Não presta atenção ao que lhe é dito. Dificuldade em seguir regras e instruções.
· Desvia a atenção para outras atividades. 
· Não termina o que começa e é desorganizado. 
· Evita atividades que exijam um esforço mental continuado. 
· Perde coisas importantes e se distrai facilmente com coisas alheias. 
· Esquece compromissos, tarefas e problemas financeiros. 
· Tarefas complexas são entediantes. 
· Dificuldade em fazer planejamentos de curto ou de longo prazo.
Sintomas da hiperatividade/impulsividade: Remexe as mãos e/ou os pés quando sentado. Não permanece sentado por muito tempo. Pula e corre excessivamente em situações inadequadas. Inquieto e barulhento em atividades lúdicas. Agitado e fala em demasia. Responde antes de questões concluídas. Não espera sua vez e se intromete em conversas ou jogos dos outros.
Síndrome de burnout
· Esforço excessivo no trabalho com intervalos pequenos para recuperação. 
· Os estudantes são acometidos nos Ensinos Médio e Superior. 
· Consequências: estresse profissional, exaustão emocional, avaliação negativa de si mesmo, depressão e insensibilidade com relação a quase tudo e todos. 
· Fatores associados: pouca autonomia no desempenho profissional, problemas com as chefias e clientes.
Bullying: Assédio por uma pessoa em condições de exercer o seu poder sobre alguém ou sobre um grupo mais fraco. O comportamento: É agressivo e negativo; é repetido. Ocorre em um relacionamento desequilibrado de poder entre as partes. O Bullyingse em duas categorias: 
1) Bullying direto: comum entre os homens. 
2) Bullyng indireto: também conhecido como agressão social comum entre as mulheres.
O isolamento é obtido por meio de uma variedade de técnicas, que incluem: Espalhar comentários. Recusa em se socializar com a vítima. Intimidar outras pessoas que desejam se socializar com a vítima. Criticar o modo de vestir ou outros aspectos socialmente significativos. Manifesta-se por um poder do agressor sobre a vítima. O agressor é autoritário e tem necessidade de impor a sua vontade.
Redes de apoio
A escola recebe hoje uma clientela diversa. É necessário trabalhar com as necessidades de cada um dos sujeitos. Redes de apoio. Trabalho interdisciplinar entre os profissionais da escola e clínicos. Princípios que norteiam a rede de apoio: 
a) Ampliar a municipalização. 
b) Romper com a divisão de estratégias clínicas x escolares.
c) À escola cabe a informação, e à saúde, o tratamento de doenças.
d) Ressignificação das instâncias administrativas com modelo de gestão colaborativa. 
As funções da rede de apoio são: Auxiliar as escolas e a comunidade escolar, as unidades de reabilitação e saúde. Trabalhar com a formação de profissionais que apoiem a educação inclusiva. Ajudar a comunidade na identificação e na utilização de recursos. Funcionamento intersetorial e interdisciplinar. Equipe composta por profissionais da: psicologia, assistência social, educação especial, pedagogia, fonoaudiologia, fisioterapia e terapia ocupacional.
Trabalho de suporte em Psicologia: O psicólogo é chamado à escola quando o aluno tem problemas de comportamento. Os psicólogos, em períodos anteriores, realizavam laudos e encaminhavam as pessoas para as classes especiais. As perspectivas da sociedade inclusiva modificaram a atuação do psicólogo
Os congressos de Psicologia discutem as novas formas de atuação profissional: Divulgar trabalhos em Educação Inclusiva e Mobilizar o psicólogo para o campo educacional
Avaliação das dificuldades de escolarização e das necessidades dos alunos sob a ótica da Psicologia
Família: Fornece informações sobre o desenvolvimento da criança e a forma como ela lida com as frustrações. Relato sobre os problemas das crianças. É incentivada a questionar a queixa de forma contextual, buscando soluções.
Aluno: Conhecer as dificuldades cognitivas e sociais. Perceber como lida com os erros
Material escolar: Como organiza o material escolar. Avaliar em qual matéria o aluno tem interesse. 
Contexto educacional: Analisar a dinâmica de sala de aula. Conversar com os professores. Verificar as expectativas em relação à família. 
Com essas informações, é possível: Verificar as relações no contexto escolar e propor medidas de superação das dificuldades.
A intervenção junto à gestão das escolas envolve as seguintes ações: 
· Ouvir e acolher o professor em suas dúvidas e angústias. 
· Perante as incertezas, sinalizar as possibilidades de ambos obterem sucesso. 
· Minimizar as expectativas iniciais de cumprimento de currículo e notas.
· Respaldar o professor em situações solicitadas pela escola sem atravessar e/ou substituir o papel do professor.
Trabalho de suporte em Serviço Social
Jovens e adultos enfrentam: Dificuldades de acesso e permanência no ensino público. Falta de unidades escolares próximas à residência. Transporte precário. Falta de estrutura para atender às mais diversas necessidades especiais. Condições de vulnerabilidade social e econômica.
A atuação dos profissionais do Serviço Social está voltada para: 
· Garantia do direito de acesso e permanência de alunos nas escolas. 
· Apoio à família e à comunidade escolar na promoção de um ensino público de qualidade e inclusivo. 
· O compromisso é com a emancipação humana e sua inegável ação no contexto social. 
· Condições para que haja uma Educação Inclusiva.
Intervenções dos assistentes sociais junto às famílias das pessoas com deficiências
· Espaços como o CRAS (Centro de Referência da Assistência Social) podem ser utilizados para a formação de grupos com as famílias de alunos com deficiência ou em situação vulnerável, buscando a sua inclusão, bem como a de seus pais. 
· Identificar os fatores sociais, econômicos e culturais que venham a determinar a problemática no campo educacional. 
· Propor ações que contribuam para a permanência de todos os alunos na escola
Material Complementar
Constituição de 1988 Artigo 5 °
Assegura os direitos gerais dos cidadãos: princípios de igualdade sem distinção; o direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade.
LDB 9394/96: Os currículos do Ensino Fundamental e Médio devem ter uma base nacional comum a ser complementada em cada sistema de ensino e estabelecimento escolar, por uma parte diversificada,exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da clientela.
Constituição de 1988 Artigo 205: Estabelece que a educação é um direito de todos e dever do Estado e da família. Dispõe sobre os objetivos gerais da educação
Constituição de 1988 Artigo 206: Discorre sobre os princípios da educação: e a permanência na escola igualdade de condições para o acesso, liberdade, pluralismo de ideias, gratuidade, valorização dos profissionais do ensino, gestão democrática, padrão de qualidade.
Constituição de 1988 Artigo 208: O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de: “III. atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente, na rede regular de ensino.”
Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional “Art. 58 EntendeLDB 9.394/96: “Art. 58 se por Educação Especial, para os efeitos dessa Lei, a modalidade de educação escolar oferecida preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos superdotação.” com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou “ § 1 ° Haverá, quando necessário, serviços de apoio especializado, na escola regular, para atender as peculiaridades da clientela de educação especial.” “ § 2 ° LDB 9.394/96 O atendimento educacional será oferecido em classes, escolas ou serviços especializados, sempre que, em função das condições específicas dos alunos, não for possível a sua integração nas classes comuns de ensino regular.”, “ § 3 ° A oferta de Educação Especial, dever constitucional do Estado, tem início na faixa etária de zero a cinco anos, durante a Educação Infantil.”
“Art. 59 LDB 9.394/96 Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com deficiências, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação I. : Currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos, para atender as suas necessidades. III. Professores com especialização adequada em nível médio ou superior, para atendimento especializado, bem como professores do ensino regular capacitados para a integração desses educandos nas classes comuns.”
Política Nacional da Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva
Ação política, cultural, social e pedagógica. Defesa de todos estarem e aprenderem juntos. Conjuga igualdade e diferença valores indissociáveis (equidade). Por que há dificuldades em implementar práticas pedagógicas em escolas regulares que atendam as necessidades de todos os alunos? Porque as escolas sempre instituíram práticas homogêneas, o que se efetivou como uma política discriminatória. A inclusão, nessa conjuntura, assume espaço central. Para minimizar essas adversidades é criado esse documento, mas antes: É necessário repensarmos sobre alguns marcos legais que possibilitaram chegar à realidade presente. A educação era privilégio de apenas um grupo da sociedade. Com a democratização há um paradoxo inclusão/exclusão. “sob formas distintas, a exclusão tem apresentado características comuns nos processos de segregação e integração que pressupõem a seleção, naturalizando o fracasso escolar.” 
A educação especial era vista como uma forma de atendimento substitutivo ao ensino regular. 1854: Instituto dos Meninos Cegos (Benjamin Constant). 1857: Instituto dos Surdos Mudos (Instituto Nacional de Educação dos Surdos INES). 1926: Instituto Pestalozzi. 1954: primeira Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais Lei 4.024/61. Direito dos excepcionais à educação, preferencialmente APAE., no ensino regular.
Lei 5.692/71. Tratamento especial para os alunos com deficiências físicas, mentais, os que se encontrem em atraso considerável quanto à idade regular de matrícula e os superdotados. Não promove a organização de um ensino capaz de atender as necessidades de todos. Reforça o encaminhamento dos alunos para as classes especiais e instituições.
“Nesse período, não se efetiva uma política pública de acesso universal à educação, permanecendo a concepção de políticas especiais para tratar da temática da educação de alunos com deficiências e, no que se refere aos alunos com, apesar do acesso ao ensino regular, não é organizado um atendimento especializado superdotação que considere as singularidades de aprendizagem desses alunos.”
Objetivos da Política Nacional da Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva
Incluir os alunos e assegurar: acesso ao ensino regular, com participação, aprendizagem e continuidade dos estudos; transversalidade da modalidade de educação especial; oferta de atendimento educacional especializado; formação para os professores da educação especial e demais professores; participação da família e da comunidade; acessibilidade arquitetônica nos transportes, nos mobiliários, nas comunicações e na informação; articulação intersetorial na implementação das políticas
Clientela da Educação Especial de acordo com a Política Nacional de Educação Especial
Aqueles que têm impedimentos de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial que restringem a sua participação na escola e na sociedade. Transtornos globais do desenvolvimento alterações qualitativas nas interações sociais e na comunicação, interesse restrito, estereotipias e repetições (autismo, síndromes de espectro autista e psicose infantil). Altas habilidades potencial elevado em áreas isoladas ou combinadas: intelectual, acadêmica, liderança, psicotricidade e artes.
Diretrizes da Política Nacional da Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva
· Realizar o atendimento educacional especializado. 
· Disponibilizar os recursos e os serviços desse atendimento. 
· Orientar os alunos e os professores na utilização de recursos nas turmas comuns.
· Atendimento educacional especializado: identifica, elabora e organiza recursos e disponibiliza programas de enriquecimento curricular. 
· Deve apoiar a inserção do aluno e é obrigatória a sua oferta.
“Cabe aos sistemas de ensino, ao organizar a educação na perspectiva da educação inclusiva, disponibilizar as funções de instrutor, tradutor/intérprete de Libras e guia intérprete, bem como de monitor ou cuidador aos alunos com necessidades de apoio nas atividades de higiene, alimentação, locomoção, entre outras que exijam auxílio constante no cotidiano escolar.”
Inclusão escolar algumas reflexões: Convívio com as diferenças. Aprendizagem como experiência relacional e participativa. Desconstrói o sistema escolar excludente, normativo e elitista. Se há a priorização das diferenças não fixamos mais a igualdade como referência.
Mas por que a inclusão escolar apresenta dificuldades para ser operacionalizada? Neutralização dos professores para os problemas e os desafios que lhe são impostos. Neutralização do sistema que impõe por escrito uma coisa e executa outra. Facilitamos a introdução de uma inovação fazendo exatamente o que fazíamos antes, mas agora com nomes diferentes.
Como criar uma escola inclusiva: O problema com a aprendizagem: como o ensino é ministrado; como a aprendizagem é concebida (em comparação com os colegas ou o próprio aluno). Tratar as disciplinas como meios para conhecer melhor o mundo. Envolvimento de todos no processo educativo. Promover ações educativas que estejam pautadas na solidariedade, na colaboração e no compartilhamento. Considerar as possibilidades dos alunos (valorizar o que ele pode aprender hoje).Profissionais capazes de ensinar a turma toda e isso exige uma reformulação do Projeto Político Pedagógico da unidade escolar.
Garantia de aprendizagem da heterogeneidade: Formação permanente do professor. Consultoria e assessoria técnica e pedagógica. Suporte pedagógico especializado.
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