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DROGAS VASOATIVAS

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DROGAS VASOATIVAS 
• Conhecidas como aminas simpaticomiméticas, as drogas vasoativas são fármacos de extrema 
importância, principalmente, no manejo de quadros clínicos com indicação de tratamento em 
UTI, devido a sua relação com alterações hemodinâmicas intensas e rápidas. 
 
• Uma das condições mais frequentes nas UTI´s é o choque, quadro que necessita de suporte 
hemodinâmico precoce e adequado com a finalidade de evitar piora e perpetuação das 
disfunções orgânicas. 
Definição 
• O termo droga vasoativa é atribuído às substâncias que apresentam efeitos vasculares 
periféricos, pulmonares ou cardíacos 
• Podem ser diretos ou indiretos 
• Atuando em pequenas doses e com respostas dose dependente de efeito rápido e curto, por 
meio de receptores (adrenérgicos) localizados no endotélio vascular 
Mecanismo de ação e receptores adrenérgicos 
• O princípio da “Não Exclusividade” quer dizer que uma droga vasoativa não vai ativar apenas 
um receptor, mas vários receptores adrenérgicos e em diferentes intensidades 
• Outro conceito importante é o “Dose-Dependente”, quer dizer que a mesma droga vasoativa 
pode ter efeitos diferentes dependendo de sua dose 
Desse modo, as ações das aminas simpaticomiméticas são determinadas pelas suas ligações às três 
classes principais de receptores: 
• Receptor Alfa 
• Receptor Beta 
• Receptor Dopa 
 
➢ Esses receptores, que são sensibilizados ou estimulados pelas catecolaminas, são denominados 
adrenérgicos por ter sido a adrenalina a primeira substância a ser evidenciada nesta atividade. 
➢ Então, podemos evidenciar que seu efeito varia de acordo com o tipo de receptor e sua 
localização, além da intensidade da estimulação de determinado receptor. 
Receptores adrenérgicos 
Alfa 1 
• Vasoconstrição 
• Aumento resistência periférica 
• Aumento da pressão arterial 
• Midríase 
• Estímulo da contração do esfíncter superior da bexiga 
Alfa 2 
• Inibição da liberação de noradrenalina 
• Inibição da liberação de insulina 
Beta 1 
• Taquicardia 
• Aumento da lipólise 
• Aumento da contratilidade do miocárdio 
Beta 2 
• Vasodilatação 
• Diminuição da resistência periférica 
• Broncodilatação 
• Aumento da glicólise muscular e hepática 
• Aumento da liberação do glucagon 
• Relaxamento da musculatura uterina 
Diferentes tipos de receptores, sua localização e efeitos 
Tabela I 
Receptor Localização Efeito 
DA 1 (dopaminérgico tipo 1) 
Pós- sináptico 
Coração, vasos e rins 
Vasodilatação coronariana, 
vasodilatação e diurese e 
excreção de sódio 
DA 2 (dopaminérgico tipo 2) 
Pré-sináptico 
Vasos Vasodilatação 
Pós-sináptico Rins e suprarrenais 
Diminui a liberação de renina e 
aldosterona 
Beta 1 Pós-sináptico Coração 
Aumento da contratilidade 
cardíaca, frequência e 
velocidade de condução 
Beta 2 Pós-sináptico Vasos e coração 
Dilatação, aumento da 
frequência cardíaca e 
contratilidade cardíaca, menos 
potente 
Alfa 1 Pós-sináptico Vasos 
Vasoconstrição e aumento da 
pressão arterial (ação direta) 
Alfa 2 Pré-sináptico Vasos e coração 
Inibição da liberação de 
noradrenalina (feed back) 
Alfa 2 Pós-sináptico Vasos 
Vasoconstrição e aumento da 
pressão arterial 
 
Classificação das drogas vasoativas 
A classificação das aminas simpaticomiméticas é feita de acordo com o predomínio de receptores 
sensibilizados, podendo estimular receptores alfa, beta e dopa. 
Essas drogas são classificadas em: 
• Alfa adrenérgicas 
• Beta adrenérgicas 
• Dopaminérgicas ou mistas 
Principais drogas vasoativas 
Dopamina 
• A dopamina é um percursor direto da noradrenalina 
• Tem como mecanismos de ação a estimulação direta dos receptores beta 1 e indireta nos demais 
receptores, através da liberação de Na, estimulando receptores beta 1 
• Possui inúmeros efeitos, pois estimula todos os tipos de receptores, sendo estes dose 
dependentes 
• Devido a sua polaridade molecular, a dopamina não atravessa a barreira hematoencefálica, não 
apresentando ação no sistema nervoso central 
Noradrenalina 
• A noradrenalina é o neurotransmissor precursor da adrenalina 
• Possui atividade tanto no receptor alfa, como no beta 1 adrenérgico, apresentando ainda pouca 
ação sobre receptores beta2 
• Dependendo da dose utilizada, pode gerar aumento do volume sistólico, diminuição reflexa da 
FC e importante vasoconstrição periférica, com aumento da PA 
• A contratilidade e o metabolismo cardíaco também aumentam se o aumento da pós-carga for 
tolerado pelo ventrículo 
• A noradrenalina é também um potente vasoconstritor visceral e renal, o que limita sua 
utilização clínica 
• É também vasoconstritora sobre a rede vascular, sistêmica e pulmonar 
Adrenalina 
• É um hormônio endógeno, largamente produzido pela suprarrenal e liberado em resposta ao 
estresse 
• É um potente estimulador alfa e beta adrenérgico, com notáveis ações sobre o miocárdio, 
músculos vasculares e outros músculos lisos, cujo efeito vasopressor é muito conhecido 
• O mecanismo da elevação da PA, causado pela adrenalina, é devido a uma ação direta no 
miocárdio, com aumento da contração ventricular, um aumento da FC e uma vasoconstrição 
em muitos leitos vasculares (arteríolas da pele, rins e vênulas) 
• Seus efeitos são diferentes, quando a droga é administrada por uma infusão intravenosa ou 
injeção subcutânea, sendo que a absorção por esta via é a mais lenta devido à ação 
vasoconstritora, local, causada pela adrenalina 
• No miocárdio, a adrenalina exerce uma ação direta sobre receptores beta 1 do musculo, células 
do marcapasso e tecido condutor 
• A FC e o ritmo quase sempre são alterados 
• A sístole torna-se mais curta e potente 
• aumentam o débito e o trabalho cardíaco, bem como o VO2 do miocárdio 
• o período refratário do musculo ventricular, por sua vez, diminui, predispondo ao 
aparecimento de arritmias 
• na musculatura lisa, sai ação predominante é de relaxamento através da ativação de receptores 
alfa e beta adrenérgicos 
• a droga exerce também, importantes efeitos na musculatura brônquica (broncodilatação) pela 
interação com receptores beta 2 do musculo liso, bronquial, combinada a inibição da 
degranulação de mastócitos 
• Esse efeito é determinado largamente pela quantidade de adrenalina circulante, visto que a 
inervação simpática do musculo liso, brônquico é escassa. 
• A droga também eleva as concentrações de glicose e do lactato sérico 
• Pode também, provocar hipopotassemia e aumento dos níveis de ácidos graxos livres 
Dobutamina 
• É uma droga simpaticomimética sintética, com ação predominantemente beta 1 agonista 
• Esta droga vasoativa possui baixa afinidade por receptores beta 2 e é quase desprovida de 
efeitos alfa adrenérgicos 
• Ao contrário da dopamina, a ação farmacológica da dobutamina não depende das reservas 
liberáveis de noradrenalina 
• A dobutamina perde seu efeito hemodinâmico durante infusão prolongada, presumivelmente 
por causa da diminuição da atividade dos receptores adrenérgicos, mas mantém o seu efeito 
hemodinâmico melhor que a dopamina, uma vez que esta depleta as reservas de noradrenalina 
no miocárdio 
• A dobutamina possui vida média de 2 minutos, seu início de ação é rápido, não havendo, então, 
necessidade de dose de ataque 
• Ela apresenta poucos efeitos sobre FC, aumenta a contratilidade miocárdica e o índice cardíaco, 
não agindo sobre a resistência vascular, periférica, doses medias 
 
Isoproterenol 
• É uma catecolamina sintética, de estrutura semelhante à adrenalina 
• É um potente agonista beta adrenérgico, com afinidade muito baixa pelos receptores alfa 
• Exerce efeitos potentes no sistema cardiovascular, com aumento da contratilidade, frequência 
e velocidade de condução do estímulo elétrico, cardíaco, provocando um 
aumento no débito cardíaco e no VO2 do miocárdio 
• A Estimulação dos receptores beta adrenérgicos resulta num relaxamento da 
musculatura lisa, vascular, ao mesmo tempo em que a resistênciavascular, sistêmica e a 
pressão diastólica caem. 
• O músculo liso da via aérea, brônquica e vascular, pulmonar também são relaxados pelo 
isoproterenol, ocasionando uma diminuição da resistência vascular, pulmonar e reversão de 
broncoespasmos 
• Esse efeito pode levar a situações de aumento do “shunt” intrapulmonar por alteração da 
relação ventilação/perfusão, com predomínio da perfusão, agravando a hipoxemia arterial 
Dopexamina 
• É uma catecolamina sintética com atividade dopaminérgica e beta 2 agonista, com fraco efeito 
beta 1adrenérgico e ausência de efeitos em receptores alfa 
• Assim, o estímulo de receptores beta resulta em aumento no débito cardíaco (atividade 
inotrópica positiva), resistência vascular, sistêmica e aumento no volume urinário e na excreção 
de sódio por estimulação dopaminérgica 
• Além disso, a droga potencializa os efeitos da noradrenalina endógena, pelo bloqueio da 
recaptação da mesma 
• A sua meia-vida é muito curta, o que permite ajustes frequentes e progressivos da dose 
Indicações clínicas 
Dopamina 
• As principais indicações da dopamina estão relacionadas aos estados de baixo débito com 
volemia controlada ou aumentada 
• Pelo fato dessa droga vasoativa possuir, em baixas doses, um efeito vasodilatador renal, é 
também indicada em situações nas quais os parâmetros hemodinâmicos estejam estáveis, 
porém com oligúria persistente 
• Ela pode, também, ser utilizada em condições de choque com resistência periférica, diminuída 
Noradrenalina 
• A noradrenalina é uma droga de eleição no choque séptico 
• Tem a finalidade é elevar a PA em pacientes hipotensos, que não responderam à ressuscitação 
por volume e a outros inotrópicos menos potentes 
• essa potente droga vasoativa é quase sempre utilizada durante as manobras da ressuscitação 
cardiopulmonar (RCP), como droga vasoconstritora 
Adrenalina 
• As principais indicações da adrenalina incluem estados de choque circulatório que não 
respondem às outras catecolaminas menos potentes, em particular no choque cardiogênico, 
quando de uso combinado com agentes redutores da pós-carga 
• Recomenda-se esta droga no tratamento de broncoespasmos severos 
• Endovenosamente, é indicada no tratamento da anafilaxia e, durante as manobras de 
ressuscitação cardiopulmonar, é o agente farmacológico de efeito vasoconstritor mais eficaz 
Dobutamina 
• A Dobutamina é utilizada para melhorar a função ventricular e o desempenho cardíaco, em 
pacientes nos quais a disfunção ventricular acarreta diminuição no volume sistólico e no DC 
como, coque cardiogênico e IC 
• O VO2 do miocárdio, sob o uso da dobutamina, menor do que a ação de outras catecolaminas 
• A estimulação dos beta receptores provoca leve queda da PA por vasodilatação periférica 
• Há também aumento da velocidade de condução atrioventricular, o que limita seu uso na 
vigência de fluter ou fibrilação atrial 
Isoproterenol 
• É indicado principalmente nas síndromes de baixo débito com pressão de enchimento elevadas 
e resistência periférica e pulmonar também elevadas 
• É também indicado para tratar os casos de bradicardia com repercussão hemodinâmica, como 
medida temporária até que uma terapia definitiva seja utilizada 
Dopexamina 
• Pode ser utilizada no tratamento da insuficiência cardíaca aguda, secundário a IAM, ICC, 
refrataria e nos pacientes em pós-operatório de cirurgia cardíaca, que evoluem com baixo 
débito, com algumas vantagens em relação à dopamina e à dobutamina 
• Ela pode também, ser utilizada no choque séptico, em associação com a noradrenalina, na 
tentativa de prevenção da insuficiência renal aguda e no incremento do fluxo mesentérico e da 
perfusão gastrintestinal, evitando a translocação bacteriana 
Drogas vasoativas e choques circulatórios 
• Choque neurogênico: a noradrenalina é considerada padrão ouro para o tratamento 
• Choque séptico: primeira escolha na atualidade é a noradrenalina 
• Choque anafilático: adrenalina intravenosa em associação com corticoterapia intravenosa 
• Choque hipovolêmico: é indicado o uso de aminas pressoras após reposição volêmica 
• Choque cardiogênico: a dobutamina é a droga de primeira escolha no choque cardiogênico e 
insuficiência cardíaca aguda ou agudizada

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