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PROFESSOR JOÃO VITOR CÂNDIDO PIMENTEL MÉDICO FORMADO EM MEDICINA INTERNA/CLÍNICA MÉDICA - UFCA MÉDICO TERAPIA INTENSIVA - HRC/ISGH CONCEITOS GERAIS EPIDEMIOLOGIA MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS MÉTODOS DIAGNÓSTICOS TRATAMENTO PROFILAXIA MENSAGENS PARA CASA Ordem Spirochaetales, família Leptospiraceae, Gênero Leptospira Vasculite generalizada Ser humano e animais Roedores Classificação mais recente: UptoDate 64 espécies divididas em 2 clados e 4 subclados: P1: espécies sabidamente patogênicas P2: espécies de patogenicidade incerta S1 e S2: espécies saprófitas, não patogênicas Aeróbios obrigatórios Helicoidais, flexíveis, móveis, 6-10μm comprimento e 0,1μm diâmetro Axóstilo: dois flagelos periplasmáticos que permitem locomoção Mais bem visíveis em campo escuro depois de coradas Animal: portador crônico na urina, com leptospirúria perene Disseminada: tropical e subtropical 1milhão de casos/ano 50mil mortes/ano 80% masculino Transmissão: Contato direto com tecido ou urina infectados Contato indireto com água ou solo contaminados Mordedura Acidente de laboratório Via transplacentária Principal: adultos jovens dos 10-39anos Homens 80%: fatores hormonais como protetores femininos? Letalidade variável: sorotipo x hospedeiro x região Ao redor de 11% no Brasil Localização especial: fígado, rins, coração e músculo esquelético 90% dos casos: formas leves, anictéricas 5-10% dos casos: forma grave - doença de Weil Elevação de bilirrubinas + acometimento vascular = Icterícia Rubínica Período de incubação de 1-24dias Evolução bifásica: forma leve 1° evento (4-7dias): leptospirosemia 2° evento (1-2dias): defervescência 3° evento (4-30dias): recrudescência de febre e sintomas (FASE IMUNE) Formas de apresentação Anictérica Leptospirosemia Febre alta persistente Calafrios, cefaleia, mialgia intensa, artralgia Anorexia, náuseas, vômitos, diarreia Alterações mentais Injeção conjuntival Respiratórios: tosse seca, hemoptise, dispneia, dor torácica Pele: exantema maculopapular, petequiais Raros: inflamação glandular Formas de apresentação Anictérica Imune: Ac específicos aparecem no soro Neurológica Meningite: cefaleia intensa, vômitos, irritação meníngea Déficits neurológicos focais Mielite Sd de Guillain-Barret Ocular Uveíte: até 1 ano depois Leptospirúria por meses Formas de apresentação Ictérica: não tem as duas fases clássicas Disfunção hepática grave = icterícia (BbD ↑) Disfunção renal grave: IRA por NTA Hipocalêmica Principal causa de morte antes da HDL Fenômenos hemorrágicos: 43% Pulmonar/TGI: mortalidade ↑ Miocardite 33% Alveolite/Pneumonite intersticial hemorrágica Plaquetopenia 80% Alterações hemodinâmicas Sintomas da forma leve mais intensos e mais duradouros Complicações e sequelas Uveíte dura muito, raramente cegueira Raramente, permanece déficits neurológicos focais Alterações de função renal: meses a anos Maioria dos casos: clínico-epidemiológico Contato com transmissores + clínica característica (A) Diagnóstico provável A + reação de soroaglutinação microscópica ≥ 1:800 em única amostra de soro Diagnóstico confirmado Isolamento direto da bactéria Clínica sugestiva + soroconversão (aumento de 4x entre a fase aguda e convalescência) ELISA com IgM positivo Exames laboratoriais inespecíficos Anemia Neutrofilia com desvio à esquerda Plaquetopenia Aumento de até 2x de ALT/AST BbD e FA Inabsorção de vitamina K: TAP aumenta Cr e Ur K normal ou baixo EAS: leucocitúria, hematúria, proteinúria e cilindrúria LCR: LMN, podendo ser xantocromático Aumento de fibrinogênio ECG: distúrbio de condução, arritmias Controverso nas formas leves: difícil realização de estudos Antibioticoterapia Doença leve: Doxiciclina por 7 dias ou Azitromicina por 5 dias Doença grave: geralmente, 7 dias de Penicilina IV OU Doxiciclina OU Ceftriaxona Reação de Jarisch-Herxheimer: febre, rigor, hipotensão Suporte clínico-hemodinâmico HDL, transfusões, VMI Glicocorticoide e Plasmaférese: sem comprovação Mitigar o contato do homem com a bactéria Campanhas educacionais: roupas especiais Programas de controle de roedores Medidas de saneamento básico Medidas para evitar enchentes em período chuvosos Chance de pós-contato elevado: Doxiciclina DU Imunização com vacina (ainda inexistente no Brasil) Imunização de animais domésticos Vasculite infecciosa causada por Leptospira Distribuição ampla, mais homens Rim, fígado, coração e músculo: Síndrome febril aguda Forma leve x grave Diagnóstico clínico-epidemiológico Provável x Certeza Suporte sempre, ATB quando grave Mitigar contato da bactéria com ser humano Veronesi R, Focaccia R, Tavares W, Mazza CC. Tétano. In: Tratado de infectologia. 5ª Edição. São Paulo: Editora Atheneu; 2015. [citado 2022 set. 09] http://uptodate.com/leptospirosis
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