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HISTORIA DO BRASIL IMPERIO 1

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15/08/22, 21:31 História do Brasil Império
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HISTÓRIA DO BRASIL IMPÉRIO
CAPÍTULO 1 - A CONSTRUÇÃO DO
BRASIL IMPÉRIO: UMA NAÇÃO
HOMOGÊNEA?
Maíra Pires Andrade
INICIAR 
Introdução
O período denominado Brasil Império inicia-se a partir de 7 de setembro de 1822,
data em que D. Pedro I proclamou a Independência pressionado pelos diversos
conflitos contrários às políticas estabelecidas pela elite governante. No entanto,
como veremos o longo deste estudo, há divergências quanto às interpretações dos
historiadores sobre este fato histórico.
Para que você compreenda o processo que tornou o Brasil independente de
Portugal, e como se deu a construção do Império, neste capítulo abordaremos os
principais aspectos do período governado por D. Pedro I – o Primeiro Reinado –, e os
fatos que o levaram a abdicar do trono em favor de seu filho, D. Pedro II, dando
início ao Segundo Reinado. Veremos também que, após a formação do governo
regencial, ocorreram grandes revoltas contra a coroa. 
Com o golpe de maioridade, D. Pedro II com 14 anos assume o trono do Brasil,
governando ainda sob conflitos políticos. Pressionados ainda com o fim do tráfico
de escravos e com os gastos ocasionados com a Guerra do Paraguai, muitos grupos
15/08/22, 21:31 História do Brasil Império
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opositores se formaram ao longo do Segundo Reinado. Nesse contexto, a Lei
Eusébio de Queiroz, de 1850, que proibiu o tráfico de escravizados, foi resultado das
pressões entre Brasil e Inglaterra, país que, em 1845, já tinha promulgado a Lei Bill
Aberdeen, que proibia o tráfico transatlântico – o que desencadeou um aumento do
tráfico interprovincial, causando grandes tensões entre a Inglaterra e D. Pedro II.
Nesse período, houve também uma grande preocupação em construir um projeto
de nação brasileira inspirado no modelo europeu, pautado no iluminismo, no
progresso e na civilização (SCHWARCZ; STARLING, 2015).
Para o projeto de construção da nação brasileira foram mobilizadas ferramentas que
o sustentassem. Nesse sentido, o processo de escrita da história brasileira sob os
moldes do Instituto Histórico Geográfico Brasileiro (IHGB), somado à formação
imagética em torno do monarca e do império, foram fatores fundamentais para
pensar essa nação. 
Entretanto, ficam aqui ainda alguns questionamentos: que nação era essa desejada?
Essa nação incluía toda a população, ou invisibilizava alguns? Quais personagens
históricos foram apagados dessa construção histórica? Como a escrita da história
elaborou essa nação e a invisibilização de tantos traços da cultura brasileira?
Durante a leitura, você encontrará as respostas para estas e outras questões.
Bom estudo!
1.1 O processo de Independência do
Brasil
A partir do século XVIII a intensa exploração de Portugal na produção da colônia
ocasionou uma grande insatisfação da elite colonial, levando à emergência de
diversos conflitos contra o poder da metrópole.
Dentre outros exemplos, podemos citar a Inconfidência Mineira, em 1789, e a
Conjuração Baiana, em 1798, as quais tinham como motivação a busca pela
independência do Brasil. Estas revoltas eram, de modo geral, influenciadas pelos
valores de liberdade e igualdade propagados pela Revolução Francesa, iniciada em
1789 (SCHWARCZ; STARLING, 2015).
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Resultado de pressões – tanto internas quanto externas –, a Independência do Brasil
não se resume ao ato de D. Pedro I, em 7 de setembro de 1822, mas decorre de um
longo processo e também de uma escrita da história voltada para a construção da
nação (SCHWARCZ; STARLING, 2015).
1.1.1 As elites e a formação do Estado brasileiro
O fim do período colonial é caracterizado pela exclusão majoritária dos direitos civis
e políticos da população, assim como o seu desengajamento político e nacionalista.
Nesse sentido, a Proclamação da Independência do Brasil não mudou
significativamente este quadro; pelo contrário, teve como essência a permanência
da herança colonial.
Segundo Carvalho (2002), este acontecimento foi resultado de uma negociação
entre a elite nacional da colônia, o rei de Portugal, D. João VI; e a Inglaterra, tendo D.
Pedro I como o intermediador. Nessa negociação política também estavam
envolvidos participantes com perspectivas mais conservadoras ou radicais, entre os
quais membros do clero e da maçonaria. Da mesma forma, a população do Rio de
Janeiro (então capital da colônia e local em que estava instalada a corte
portuguesa), como também as de outras regiões incomodadas com a exploração
pela metrópole, também manifestaram sua insatisfação com o controle português, e
apoiaram a independência.
Por outro lado, a elite empenhou-se em encontrar uma alternativa que não
resultasse na separação total entre Portugal e Brasil; desse modo, garantiu-se a
permanência da monarquia e da Casa de Bragança. A opção por uma alternativa
monárquica, em vez de republicana, ocorreu devido à posição da elite, que
acreditava que somente a figura de um rei seria capaz de sustentar a ordem social e
política na colônia.
Além disso, temia-se, naquele momento, um conflito violento semelhante ao que
ocorreu na independência do Haiti, o “haitianismo”. De acordo com Carvalho (2002),
a revolução do Haiti, ocorrida em 1791, foi uma revolta de escravizados e negros
libertos em razão da alta exploração do sistema colonial francês, que terminou na
independência de São Domingos, antiga colônia da França. 
VOCÊ SABIA?
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A Casa de Bragança se refere à dinastia da família real portuguesa que exerceu seu poder na Europa
e nas colônias de Portugal até o início do século XX, de 1641 até 1910, momento em que Portugal se
tornou república. Esta dinastia foi a quarta e a última a reinar em Portugal (CARVALHO, 2002).
A participação popular no processo de independência era relativa, variando de cada
região – houve províncias que receberam a notícia da independência somente três
meses depois, e no interior do país o anúncio demorou ainda mais tempo para
chegar. Entretanto, nas cidades costeiras a participação popular foi intensa desde o
início.
Proprietários de terras, africanos escravizados, comerciantes e políticos envolvidos
no processo de emancipação do Brasil lançaram esforços a partir de projetos
políticos distintos. Este processo não foi pacífico, como defendem alguns
estudiosos, mas foi constituído pela reação radical da Corte ao enviar tropas do
Exército para confrontar as manifestações populares em Pernambuco, na Bahia, no
Piauí, no Maranhão e Grão-Pará (CARVALHO, 2002).
Desse modo, Carvalho (2002) defende que a independência não se fundamentou
sem a ação do povo, mas não se pode afirmar que foi concebida diretamente por
uma luta popular. O povo teve uma importante participação, principalmente em
1831, momento da renúncia do imperador D. Pedro I, elemento que faz alguns
historiadores apontarem esta data como a verdadeira independência do país,
devido à tranquila transição e continuidade social ocasionada em 1822.
VOCÊ SABIA?
Uma personalidade reconhecida por lutar a favor da independência foi Maria Quitéria da Vila de
Cachoeira – quando as revoltas iniciaram na Bahia, ela já estava pronta para contribuir na luta. Em
junho de 1822, quando a Vila de Cachoeira entrou na guerra da independência, iniciou-se a procura
por soldados voluntários. Desafiando seu pai, Maria Quitéria cortou os cabelos, se vestiu de homem
e se alistou no Comando de Cachoeira. Assim, tornou-se a primeira mulher-soldado do país. Mesmo
descoberta, ela foi reconhecida pelo seutalento entre os demais, chegando até a comandar um
grupo feminino de combatentes (SOUZA; CARARO, 2018).
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A historiografia brasileira ao longo do tempo conformou distintas versões e visões
acerca dos acontecimentos em torno da independência ou emancipação do Brasil.
Na metade do século XIX, a historiografia embasada pelo ideal de constituição de
uma unidade política, tendo como um dos expoentes Francisco Adolfo Varnhagen
(1928), coloca a independência como positiva, devido ao continuísmo das estruturas
políticas vinculadas à coroa portuguesa. Nessa visão, a independência não se
assemelharia à ideia de revolução, defendida por outros intelectuais do período
(PIMENTA, 2009).
Na década de 1930, Caio Prado Jr. define a independência a partir do seu caráter
revolucionário. Em sua primeira obra (PRADO JR., 1933), o autor atribui a
independência a um movimento de pura renovação; no entanto, para ele, esta
revolução seria de caráter conservadora. Na sua segunda obra (PRADO JR., 1942), o
autor irá atribuir um aspecto negativo a este conservadorismo da independência. 
De acordo com argumento de Emilia Viotti da Costa (1990), a Independência do
Brasil deve ser compreendida dentro de um processo amplo que envolve a crise do
regime colonial, a crise do governo absolutista e, no plano exterior, as lutas liberais e
nacionalistas que ocorriam na Europa e na América Hispânica desde o fim do século
XVIII. A autora define esse processo como uma luta entre a colônia e a metrópole. E
apesar de preferir o termo “emancipação”, esclarece que a revolução naquele
momento se expressava através de diversas formas, como a participação popular e
o rompimento do sistema colonial (COSTA, 1990).
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Fernando Novais (1986) também traz importantes avanços para a historiografia,
afirmando a perspectiva de identificar diversos sentidos revolucionários na
independência do Brasil. Primeiro, por ser uma consequência da crise do antigo
regime europeu na dimensão das colônias; segundo, pela própria crise na
colonização europeia; terceiro, por ser um processo que desencadeou a emergência
de uma nova classe dirigente, a dos grandes proprietários escravistas.
Carlos Guilherme Mota também contribui para essa visão, defendendo a
independência como um processo resultante de uma crise mundial do sistema
colonial, sendo caracterizado como revolucionário e, sobretudo, longe de ser
pacífico (MOTA, 2000).
Em contrapartida, Maria Odila Dias centra menos foco em 1822 e mais em 1808 (ano
em que a família real desembarcou no Brasil), evidenciando as fragmentações
políticas dentro da própria coroa portuguesa. Nesse viés, ela afirma que a revolução
seria apenas a revolução portuguesa, isto é, uma revolução conservadora, sem
transformações (DIAS, 1972). Para Florestan Fernandes, a Independência emergia
Figura 1 - Monumento em homenagem à Independência do Brasil, às margens do Rio Ipiranga, em São
Paulo. Fonte: Filipe Frazao, Shutterstock, 2018.
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como uma etapa substancial para a revolução burguesa e para a transição de uma
sociedade escravocrata para uma sociedade de classes. Com isso, o autor coloca
esse fenômeno como a primeira grande revolução do Brasil (FERNANDES, 1975).
As diferentes interpretações vistas anteriormente nos levam à seguinte reflexão: de
que maneira o processo da Independência é abordado nas escolas?
Observe o exemplo fictício descrito no caso a seguir.
CASO
Uma professora do 9.º ano do ensino fundamental tinha por objetivo introduzir os conteúdos
relativos à Independência do Brasil. Antes de abordar o tema, ela escreveu “Independência do
Brasil” no quadro, e perguntou aos alunos quais palavras ou termos lhes vinham à cabeça quando
ouviam falar nessa expressão. Conforme respondiam, a professora ia registrando no quadro,
construindo uma chuva de ideias. Entre outros termos lembrados pelos estudantes, destacavam-se
D. Pedro I, Hino Nacional, Ipiranga, Grito do Ipiranga, mudança, Independência ou Morte, imperador,
7 de setembro, 1822 etc. 
Ouvindo tais referências, a professora ficou surpresa ao perceber que os termos apresentados se
relacionavam apenas ao fato histórico em si, isto é, ao marco selecionado a ser lembrado pela
história, porém, muitas outras dimensões foram esquecidas. Com isso, a professora iniciou sua
explanação explicando que o dia 7 de setembro de 1822 era apenas uma data consagrada e
escolhida pela elite da época e, principalmente, pelos historiadores tradicionais do século XIX como
um marco de mudança e revolução. Esta escolha está intimamente vinculada a um projeto de
construção de uma nação no qual a história escrita por uma elite deveria conter os aspectos
positivos, apresentando datas e heróis com o intuito de desenvolver um sentimento de
nacionalidade e patriotismo.
Desse modo, D. Pedro I é lembrado como grande figura da Independência; no entanto, ele só
representou o ápice de um processo anterior e posterior ao 7 de setembro de 1822, até porque esta
data, na prática, não trouxe mudanças significativas na vida do povo que, naquele momento, lutava
para libertar a colônia da metrópole. 
Apesar das divergências encontradas na historiografia brasileira, devemos nos
concentrar nas contribuições de cada intelectual que nos direcionam para a
percepção da Independência do Brasil para além do 7 de setembro de 1822 e do
Grito do Ipiranga, entendendo-o como um processo histórico que não se limita ao
mítico recorte espacial e temporal comumente atribuído a este fato (PIMENTA,
2009).
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Dentro dessa perspectiva, cada época possui sua especificidade. Contudo, na
história do Brasil, a instituição escravagista atravessou diferentes períodos,
assumindo até mesmo o papel de elemento integrador no Primeiro Reinado.
1.1.2 O sistema escravocrata e a política no Primeiro Reinado
A fase imperial do Brasil efetivou-se como um governo monárquico ao modelo das
monarquias europeias. No entanto, no que concerne à escravidão, nenhum
elemento foi modificado.
A Constituição aprovada no Brasil em 1824 sequer considerou a escravidão, isto é, a
Independência contribuiu para a manutenção do sistema escravagista e, também,
para a restrição dos direitos civis (CARVALHO, 2002).
Dessa maneira, a Constituição brasileira de 1824 – que tinha como bases a
constituição francesa, de 1791, e a espanhola, de 1812 – dividiu o poder monárquico
do Brasil em: executivo, legislativo e o judiciário. Para além desses, a Constituição
também criou o poder moderador, divisão oriunda do poder absolutista que elevava
o rei acima dos poderes. Dessa forma, o império brasileiro era governado por uma
monarquia parlamentar. Esta Constituição também orientou os direitos políticos e
civis, delimitando quem poderia ter o direito de votar e ser votado. Nessa intenção,
poderiam votar os homens acima de 25 anos, com uma renda maior de 100 mil-réis,
e todos os indivíduos qualificados eram considerados cidadãos, excluindo as
mulheres e os escravizados (CARVALHO, 2002).
VOCÊ SABIA?
Maria Felipa de Oliveira tornou-se símbolo da resistência na luta pela Independência do Brasil ao
liderar um grupo de mulheres negras que lutavam contra a coroa. Durante as rodas de capoeiras nas
zonas portuárias de Salvador (BA), ela se informava sobre os acontecimentos das revoltas. Em um
dos ataques a Salvador, o líder português Madeira de Melo foi surpreendido pela reação de Maria
Felipa e seu grupo de mulheres,chamadas de “vedetas da praia”. Fortes e corajosas, atacavam
armadas com peixeiras, galhos de plantas e tochas de fogo, sendo o suficiente para contribuir para a
posterior derrota dos portugueses (SOUZA; CARARO, 2018).
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Nesse contexto, a escravidão assumia o papel de elemento integrador do Brasil, pois
todo o sistema produtivo do país era sustentado pela mão de obra escrava africana,
e assim perdurou até 1888, com a Abolição da Escravatura. Mesmo com a amplitude
dos distintos projetos políticos colocados para a independência do Brasil, foram
poucos aqueles que fizeram oposição à manutenção do sistema escravista ou eram
contrários ao tráfico de africanos escravizados. Nesse sentido, os africanos
escravizados tinham a importante função de “motores” da economia nacional, mas
isso não impedia que fossem tratados como mercadorias e objetos. Dessa forma, o
projeto arquitetado à construção da nação se aliava à noção de cidadania que se
definia pelas noções da escravidão, na medida em que cidadãos seriam aqueles
indivíduos que estariam no lado oposto dos africanos escravizados, uma vez que
esses escravos eram considerados estrangeiros (PIMENTA, 2009).
Nessa conjuntura, observamos que a trajetória da historiografia brasileira diverge,
mas em alguns momentos também converge, a respeito das interpretações que
envolvem a Independência do Brasil, de modo a desmistificar as imagens
Figura 2 - Museu do Ipiranga, em São Paulo, que guarda a história da Independência do Brasil. Fonte:
Leandro Walicek, Shutterstock, 2018.
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cristalizadas acerca deste acontecimento. Apesar das distintas versões, percebemos
como a escravidão exercia um papel essencial na manutenção do reinado brasileiro.
1.2 O período regencial e o poder das
elites regionais
O período regencial é inaugurado em 7 de abril de 1831, data em que D. Pedro I
abdicou do trono no Brasil para ser coroado rei de Portugal, após a morte de seu pai,
D. João VI.
Antes, porém, D. Pedro I enfrentava intensa oposição ao seu governo no Brasil,
oriunda de diversos setores sociais: a população se colocava contra devido ao seu
autoritarismo; os militares, devido a sua incapacidade de administrar o país; e a elite
brasileira, por não atender as suas demandas. O ápice de tal insatisfação se deu com
a Noite das Garrafadas, em 13 de março de 1831, conflito violento que expressava a
insatisfação do povo com o seu imperador. O período regencial, que se estende até
1840, é caracterizado por ser um momento de intensa agitação popular e política,
no qual estavam em disputa diferentes projetos de nação, envolvidos por meio de
um viés político ou em decorrência de conflitos sociais.
1.2.1 A formação do poder regencial
Na historiografia sobre o período regencial, a abdicação emerge segundo algumas
interpretações, como as que serão detalhadas a seguir, como resultado de uma série
de decisões improváveis realizadas pelo imperador, que fizeram o povo perder a
admiração pelo seu rei e provocaram oposições e descontentamentos, como as
chamadas revoltas regenciais.
D. Pedro I abdicou do trono em favor do seu filho Pedro de Alcântara, que viria a ser
depois D. Pedro II. No entanto, naquela ocasião ele estava com 6 anos de idade,
sendo impossibilitado de assumir o trono. Com isso, seguindo as orientações da
Constituição de 1824 – que previa a maioridade a partir dos 21 anos –, a alternativa
era nomear três regentes aprovados pela Assembleia Constituinte (órgão do
colegiado político, formada por parlamentares), os quais governariam até o alcance
da maioridade de Pedro de Alcântara. Os regentes eram os representantes do poder
executivo, que eram eleitos pela Assembleia Geral (formado pelo poder legislativo) e
também pelo voto direto. No entanto, na época o voto era restrito àqueles que
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detinham as características econômicas exigidas para serem considerados cidadãos,
desse modo, a Assembleia Geral concentrava a decisão de escolha dos regentes em
suas mãos (CARVALHO, 2002).
A Assembleia Geral, naquele momento, era formada por três concepções políticas
representadas pelos restauradores, moderados e exaltados. O grupo restaurador
(ou caramuru) era constituído por aqueles políticos que argumentavam a favor da
retomada do poder de D. Pedro I, defendendo uma monarquia soberana e um
Estado forte e centralizado, como um liberalismo clássico. Era formado
principalmente pelos comerciantes portugueses (CARVALHO, 2002).
Os integrantes do segundo grupo, de maioria na Assembleia Geral, eram chamados
de moderados (ou chimangos) e aprovavam a permanência da monarquia
centralizadora e da estrutura agrária exportadora e escravista, mas não defendiam a
ampliação da participação política da população, corroborando pela continuidade
do voto censitário (por renda). Esta corrente política era constituída, em sua
maioria, pelos grandes proprietários de terra de Minas Gerais, São Paulo e do Rio de
Janeiro (SCHWARCZ; STARLING, 2015). Já os exaltados caracterizavam-se pelo
radicalismo político e expressavam uma profunda insatisfação com o reinado de D.
Pedro I. Era um grupo heterogêneo, reunindo tanto aqueles que reivindicavam uma
maior autonomia das províncias, quanto os que defendiam a ascensão da
República. Composto por proprietários rurais, profissionais liberais, militares,
membros da igreja católica, entre outros, tinha como princípio fundamental a
participação política das camadas mais pobres, afirmando a necessária
descentralização política e administrativa (SCHWARCZ; STARLING, 2015).
A partir dessa divisão política, o período regencial pode ser divido em dois
momentos: o primeiro, chamado de Regência Trina, uma provisória de abril a julho
de 1831, e uma permanente a partir de julho de 1831; o segundo, denominado
Regência Una, de 1834 até 1840 (SCHWARCZ; STARLING, 2015).
A abdicação de D. Pedro I ocorreu no período de férias dos parlamentares, sendo
impossível convocar a assembleia. Diante disso, optou-se pela constituição de uma
regência provisória, que permaneceria no poder de abril até julho de 1831. Esta teve
como membros Nicolau de Campos Vergueiro (ala dos liberais moderados), José
Joaquim Carneiro Campos (ala dos conservadores/restauradores) e brigadeiro
Francisco de Lima e Silva (ala dos conservadores).  A Regência Trina Permanente,
escolhida em julho de 1831, teve como integrantes: deputado José da Costa
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Carvalho (da ala dos moderados), João Bráulio Muniz (da ala dos exaltados) e o
brigadeiro Francisco de Lima e Silva, que já pertencia à Regência Provisória
(SCHWARCZ; STARLING, 2015).
Com a aprovação do Ato Adicional de 1834, implantando algumas reformas na
Constituição de 1824, a Regência Trina passou a ser substituída pela Regência Una,
sendo o regente escolhido pelo voto direto dos cidadãos, isto é, o voto censitário. 
Os regentes foram o Padre Antônio Feijó, de 1835 até 1837; e Araújo de Lima, de 1837
a 1840 (SCHWARCZ; STARLING, 2015).
Segundo Carvalho (2002), o Ato Adicional de 1834 foi arquitetado na intenção de
conter as insatisfações. No entanto, simultaneamente à tentativa de descentralizar o
poder pelas assembleias provinciais, também centralizava através da figura do
regente uno e não alterava de forma alguma as regras para o direito ao voto. Nesse
panorama, as regências se expressavam como um motor de convulsão da
sociedade, ocasionando diversos conflitos provocados pela insatisfação popularcom o governo centralizador, acontecimentos que foram denominados de rebeliões
regenciais.
1.2.2 Os conflitos políticos e sociais no período regencial
As revoltas do período regencial podem ser divididas em dois momentos. O primeiro
iniciou-se com a abdicação de D. Pedro I, em 1831, e encerrou-se em 1835. A corte
imperial no Rio de Janeiro era o centro das manifestações, mas estas também
ocorreram em outros locais, a exemplo de Pernambuco, Ceará e Alagoas. Dentre as
revoltas podemos citar a Revolta da Fumaça, ocorrida em 1833, em Ouro Preto, na
então Província de Minas Gerais. A principal causa era a tentativa do governo da
província para substituir os servidores públicos por amigos e correligionários, mas
somado a isso estava a inquietação da população devido ao aumento do imposto
sobre a produção da aguardente. A Guarda Nacional foi acionada para conter e
eliminar os revoltosos (CARVALHO, 2002).
Em 1833 Ouro Preto também foi palco da revolta escrava de Carrancas, motivada
pelo levante dos escravizados da fazenda da família Junqueira, na freguesia de
Carrancas, que na época era uma das maiores unidades escravistas, com
aproximadamente 100 cativos. Essa revolta ficou conhecida pelo grande número de
escravizados envolvidos e também pelo excesso de violência.
Em 1835, a Bahia foi cenário de uma importante e complexa revolta realizada pelos
escravizados, reunindo mais de 1.500 africanos e afrodescendentes em Salvador. A
Revolta dos Malês, como ficou conhecida, era sustentada pelos princípios da Guerra
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Santa, devido aos revoltosos serem oriundos do islamismo. A revolta que
apresentava entre si diversas dissidências devido à heterogeneidade entre os
escravizados tinha a intenção de alforriar os escravos muçulmanos  e obter sua
liberdade religiosa. No entanto, as tropas do império eliminaram tal revolta
(CARVALHO, 2002).
Luisa Mahin nasceu na Costa da Mina, África, no século XIX. Oriunda da nação africana Nagô e da tribo
Mahi, foi trazida como escrava para o Brasil. Luisa Mahin se envolveu nos efervescentes conflitos do
período regencial na Bahia, como a Revolta dos Malês e a Sabinada. Ela era quituteira e usava seu
tabuleiro de doces para transmitir e distribuir mensagens em árabe para outros revoltosos. Um de seus
filhos foi Luís Gama, poeta e conhecido abolicionista brasileiro (NETO, 2014).
O segundo momento das revoltas ocorreu de 1835 até 1848, tendo características
diversas para além da oposição ao governo regencial, como será descrito a seguir.
Com o início da descentralização do governo com o Ato Adicional de 1834,
posteriormente as revoltas também passaram a se descentralizar, estendendo-se
para as áreas rurais e do interior do império, como Pará, Rio Grande do Sul e
Maranhão (SCHWARCZ; STARLING, 2015).
Em 1835 tem início a Cabanagem na região do Grão-Pará com o objetivo de ampliar
a participação política do estado frente às grandes oligarquias e melhorar as
condições de vida dos cabanos, os quais tomaram o poder da província. Nessa
revolta, indígenas e negros uniram-se aos cabanos, que eram as populações mais
pobres que viviam à beira dos rios. No mesmo ano, iniciou-se no Rio Grande do Sul a
revolta contra o aumento do imposto sobre o charque, chamada de Revolução
Farroupilha ou Guerra dos Farrapos que durou até 1945. 
VOCÊ O CONHECE?
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De 1837 até 1838 houve a Sabinada, em Salvador (BA), liderada pelo médico
Francisco Sabino e que uniu militares e as classes média e alta, os quais
reivindicavam o aumento dos salários dos militares, recusavam a ordem que
Figura 3 - Selo produzido em 1967, com a representação da heroína Anita Garibaldi, reconhecida por lutar na
Guerra dos Farrapos durante o período regencial. Fonte: Igor Golovniov, Shutterstock, 2018.
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obrigava esses militares a lutarem na Guerra dos Farrapos e exigiam maior
participação política da elite.
Diferentemente, a Balaiada, que ocorreu no Maranhão de 1838 até 1841, foi a revolta
das populações mais pobres, somando-se os artesãos, africanos escravizados e
quilombolas, os quais reivindicavam melhores condições de vida e o fim da
exploração dos grandes produtores rurais (SCHWARCZ; STARLING, 2015).  
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Figura 4 - Selo produzido em 1985, com a representação de um cabano que lutou na Revolta da Cabanagem,
no período regencial. Fonte: rook77, Shutterstock, 2018.
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Nesse panorama, vimos como a abdicação de D. Pedro I ao trono, somada aos
inúmeros conflitos sociais que existiram no Primeiro Reinado, iniciou o
enfraquecimento gradual do poder da monarquia. A abdicação expressava a queda
de um poder centralizado e absolutista, abrindo espaço para um intenso cenário de
insatisfação popular, não apenas com o governo regencial, mas devido às péssimas
condições de vida impostas às populações mais pobres (SCHWARCZ; STARLING,
2015).
Os conflitos políticos e sociais que eclodiam no período regencial irão direcionar a
necessidade da ordem política no Segundo Reinado. Nesse sentido, uma das
preocupações centrais desta época era arquitetar os pilares da nação brasileira de
modo a apagar o passado colonial e conflitante do Brasil.
1.3 O Segundo Reinado e a construção
da nação brasileira
O Segundo Reinado no Brasil tem início em 23 de julho de 1840, com o golpe da
maioridade e a chegada de Dom Pedro II ao trono.  Apesar de menos conturbado
quanto o período das revoltas regenciais, o Segundo Reinado foi marcado por
inúmeros conflitos vinculados a distintos projetos de partidos políticos. É nesse
período que será arquitetado o verdadeiro projeto de construção de uma nação
brasileira, nos moldes do progresso europeu. Como principal ferramenta
consolidadora, este projeto terá a escrita da história brasileira, e nesse sentido,
diversos historiadores estarão empenhados em ditar os liames que formariam essa
nação.  
1.3.1 A formação do Segundo Reinado no Brasil
Diante das insurgências das inúmeras revoltas em diversas regiões do Brasil,
manifestando o descontentamento com o governo regencial e aumentando a
instabilidade política do país, muitos políticos acreditavam que a única alternativa
era a ascensão de D. Pedro II ao trono, que em 1840 tinha apenas 14 anos de idade
(SCHWARCZ, 2001; 2003).
Desse modo, o partido liberal articulou uma estratégia para colocar um fim no
período regencial e restabelecer a unidade e a centralização política novamente. A
partir disso, o partido liberal propôs a antecipação da maioridade – que na
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Constituição de 1824 era de 21 anos – para 14 anos. Com a aprovação da declaração
da maioridade em 23 de julho de 1840,  D. Pedro II assume o trono do Brasil, dando
início ao Segundo Reinado (SCHWARCZ, 2001; 2003).
A coroação de D. Pedro II expressou a busca de uma tentativa de colocar uma linha
ordenadora da monarquia, que estava entrando em colapso com a descentralização
causada pelas regências. Nesse sentido, as primeiras medidas do novo imperador
foram equilibrar a política de forma a articular as reivindicações, tanto dos partidos
liberais quanto dos conservadores, que estavam disputando opoder naquele
contexto. As articulações políticas de D. Pedro II contribuíram para acalmar e
erradicar as últimas revoltas ocorridas contra a monarquia centralizadora, como a
Revolução Farroupilha e a Revolta Liberal de 1842 (SCHWARCZ, 2001; 2003).
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Ao contrário de D. Pedro I, que abdicou o trono em favor de seu país de origem, o
novo imperador D. Pedro II passou a ser conhecido como aquele que iria efetivar a
Independência do Brasil e voltar seus olhos aos interesses da sua pátria. A imagem
de D. Pedro II, desde pequeno e mesmo antes da sua coroação, já era articulada e
modelada pelas elites locais, através de jornais e revistas, que aspiravam nele o
futuro do Brasil. As imagens que circulavam sobre ele eram descrições, mesmo na
infância, de um jovem com feições sérias e concentradas nos estudos (SCHWARCZ,
1998).
Figura 5 - Representação do imperador D. Pedro II na moeda de 10 cruzeiros, de 1980. Fonte: vkilikov,
Shutterstock, 2018.
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A obra “As barbas do imperador”, de Lilia Moritz Schwarcz (1998), expõe os traços da monarquia brasileira
a partir da perspectiva da construção dos rituais míticos em torno da realeza, da corte e da figura do rei. 
Desse modo, a autora descreve os palácios, as práticas de civilidade, os símbolos de prestígio e de status,
brasões, medalhas, os rituais em festas populares e, por fim, as representações que formularam a
imagem que circulava sobre o rei. Trata-se de uma importante reflexão sobre esse momento da História
do Brasil, constituindo excelente material didático. 
Com a coroação, as imagens veiculadas e retratadas do imperador demonstravam
um adolescente em trajes oficiais e com ícones e títulos que expressavam seu status
de poder. Com o passar dos anos, as imagens deste jovem imperador ganharam
barbas, reforçando o perfil sério e duro que um imperador deveria ter. Foram
criados símbolos e alegorias que compuseram um verdadeiro ritual para
representarem os interesses da elite do país e a feição que D. Pedro II deveria ter
para representar a nação que estava surgindo. A veiculação da imagem de D. Pedro
II contribuía para a construção dos rumos a uma memória nacional (SCHWARCZ,
2001; 2003).
1.3.2 A construção da nação brasileira
A partir do Segundo Reinado começaram a ser arquitetados os padrões que
corresponderiam à nação brasileira, tendo como alicerce, somadas à imagem de D.
Pedro II, também as de outros heróis nacionais. Intelectuais do período
argumentavam que somente a partir da unificação política e territorial da
população seria possível alcançar uma unidade nacional. Desse modo, lançaram-se
símbolos e rituais para identificar o povo com a história e a memória da nação que
se formava, a exemplo – além da própria figura do imperador – da bandeira nacional
e do hino nacional (SCHWARCZ, 2001; 2003).
É a partir do processo de formação da nação que se edifica um projeto para escrita
da história brasileira que embasasse a ideologia que estava em curso. Nesse
interstício, em 1838, é criado o Instituto Histórico Geográfico Brasileiro (IHGB),
instituição influenciada pelos modelos europeus. Com a responsabilidade de pensar
uma escrita de história e um perfil de nação brasileira que proporcionasse uma
identidade nacional ao povo definida como uma nação civilizada, esse projeto
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sofreu diversos obstáculos diante de um país que tinha como base a população
africana e afrodescendente como mão de obra escrava, bem como a população
indígena (GUIMARÃES, 1988).
Os intelectuais membros do IHGB estavam empenhados, inspirados pelas ideias
iluministas, em construir a história de um Brasil homogêneo. Nesse processo de
escrita da história e de condicionamento da identidade nacional, esta identidade se
formava em oposição àqueles que não eram considerados brasileiros, “os outros”,
que nesse caso não representava o estrangeiro, mas sim uma referência à
continuidade da missão civilizadora iniciada pela colonização portuguesa. Nesse
sentido, os “outros” eram aqueles que não corresponderiam ao projeto nacional de
uma civilização que estava em curso, ou seja, os negros e indígenas. Dessa forma, a
nação projetada pelos intelectuais da elite acadêmica era estritamente branca e
baseada nos valores e padrões europeus. No plano externo, o “outro” combatido
pelo ideal de nação eram as formas políticas das repúblicas latino-americanas, nas
quais o republicanismo traduzia uma espécie de mal a ser combatido, garantindo,
assim, a permanência da monarquia da coroa portuguesa (GUIMARÃES, 1988).
Preso à tradição da escrita da história sob os moldes iluministas, o IHGB escrevia a
história do Brasil pautado nas ideias de progresso, civilização, evolução, processo
linear, com datas e heróis nacionais. E diante da presença maciça dos indígenas no
Brasil, será em torno dessa figura que o IHGB irá suscitar diversos debates,
pensando como escrever a história nacional, tendo o indígena – um indivíduo
incivilizado aos moldes europeus – como base dessa nação (GUIMARÃES, 1988).
A obra de Manoel Luis Salgado Guimarães “Nação e civilização nos trópicos: o Instituto Histórico
Geográfico Brasileiro e o projeto de uma nação” publicado em 1988, aborda a trajetória de criação do
IHGB simultaneamente à formação e estruturação de um projeto de nação que se escrevia dentro desse
instituto. Nessa medida, esta obra traz uma importante contribuição para a compreensão da história do
Brasil e a invisibilização (e, ao mesmo tempo, a exaltação) de determinados personagens e fatos
históricos (GUIMARÃES, 1988).
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Em 1847 foi realizado um concurso no interior do IHGB destinado àquele que melhor
apresentasse um projeto de escrita da história do Brasil. O ganhador do prêmio foi o
cientista alemão Von Martius, que escreveu uma história na qual valorizava a
identidade nacional enquanto a mistura das três etnias (europeia, africana e
indígena), construindo, assim, as bases para o discurso do mito da democracia racial
que assombra a sociedade brasileira até os dias de hoje. Nesse panorama, Martius
irá apresentar os três grupos formadores e apontar a importância de integrar o
indígena à história nacional; no entanto, terá como fundo a valorização dos
atributos do elemento branco como grande herói desta história. O negro permanece
invisibilizado na sua narrativa, devido principalmente a este ser considerado um
obstáculo à civilização (GUIMARÃES, 1988).
A partir do panorama exposto anteriormente, vimos que a história como ciência foi
um elemento substancial para o delineamento de um projeto político e ideológico
de construção da nação brasileira. Nesse sentido, a escrita histórica irá articular um
ritual de símbolos, memórias, fatos e personagens históricos que, naquele
momento, definirão o perfil da identidade nacional requerida pela nação civilizada
nos trópicos.
1.4 A crise do Império e a emergência da
República
Foi durante o segundo reinado que o Brasil experimentou uma grande
modernização em toda a estrutura da sociedade, proporcionado com o mercado
produtor de café e com o fim do tráfico de escravos. No entanto, nesse período
também ocorreram diversas pressões contra o governo imperial, somando-se a isso
as pressões em torno da abolição da escravidão e as dívidas causadas com a Guerra
do Paraguai. Com tantas inquietações, este período tem seu fim com a Proclamação
da República, em 15 de novembro de 1889.1.4.1 A modernização brasileira no Segundo Reinado e a crise do
sistema escravocrata
Entre 1841 e 1864, o império brasileiro foi governado por um jovem imperador que
teve como principal tarefa unir as províncias. No âmbito da política, os liberais,
chamado de Luzias, e os conservadores, chamados de Saquaremas, revezavam-se
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no poder, através do voto censitário e das fraudes do clientelismo; no entanto, na
prática existiam poucas diferenças entre eles.
Em 1850, com a Lei Eusébio de Queiroz, é extinto o tráfico negreiro (que já havia sido
proibido em 1845 com a Lei Bill Aberdeen, promulgada pela Inglaterra), e somado a
isso houve um aumento significativo das plantações cafeeiras, emergindo assim um
novo ciclo econômico no Brasil, tendo o café como principal produto exportador
(FLORENTINO, 2003).
Desse modo, o centro de produção econômica do Brasil migrou da região Nordeste
para a região Sudeste, onde predominavam as plantações de café, sobretudo no
Vale do Paraíba, que tinha sua produção movida pela mão de obra escrava.
Posteriormente, o centro de produção desloca-se para o oeste paulista,
introduzindo meios modernos de produção, e também a mão de obra livre provinda
da imigração europeia (CARVALHO, 2002).
Nesse contexto, as províncias e capitais que antes eram movimentadas pelo
comércio de africanos escravizados, a partir desse momento, somam a ascensão da
produção cafeeira e o acúmulo de capital pelos cafeicultores e comerciantes,
Figura 6 - Bandeira do Brasil Império, vigente entre 1822 e 1889. Fonte: yui, Shutterstock, 2018.
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passando a investir e reverter os lucros na construção de recursos nacionais como
edificação de ferrovias, dos telégrafos e no desenvolvimento inicial das indústrias. O
investimento no desenvolvimento da rede ferroviária, ainda que de pequeno
alcance, ocasionou uma grande mudança, facilitando o transporte de mercadorias
para regiões mais afastadas e promovendo a circulação de informações (CARVALHO,
2002).
De acordo com Carvalho (2002), nas regiões do Nordeste, onde assistiu-se à
decadência da produção de cana-de-açúcar, a chegada dos imigrantes possibilitou o
crescimento das cidades. No entanto, a modernização também chegou a locais
onde ainda permanecia a produção nos engenhos. No Rio de Janeiro, em 1858, foi
inaugurado o primeiro bonde a tração animal, e em 1862 tornou-se a terceira cidade
do mundo a ter uma rede de esgotos.
Desse modo, foi durante o Segundo Reinado que o Brasil passou por uma efetiva
modernização das suas cidades e meios de produção. A mão de obra que antes era
movida pelo africano escravizado passou a ser substituída pelo trabalho livre dos
imigrantes europeus. Houve um processo de urbanização das cidades e um
crescimento vertiginoso da população, elementos que possibilitaram a ampliação
do mercado externo.
1.4.2 A crise do Segundo Reinado e a emergência da República
Figura 7 - Representação do trabalho dos escravizados na produção do café. Fonte: Marzolino, Shutterstock,
2018.
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O ápice e, também, o início do declínio da monarquia brasileira têm como marco a
Guerra do Paraguai, ocorrida entre 1865 e 1870. O envolvimento bélico do Brasil no
conflito resultou em perdas inigualáveis para os custos do império, que perdeu não
apenas investimentos financeiros, mas também grande parte dos soldados do
Exército brasileiro.  Ao final da guerra, os cofres do império estavam em débitos.
Os militares que foram personagens importantes na Guerra do Paraguai, ganhando
inclusive reconhecimento nacional, inspirados nas ideais positivistas, desejavam
uma maior participação nas decisões políticas do país. Contudo, D. Pedro II não
abria mão para tal abertura política, levando à criação do Clube Militar, liderado
pelo Marechal Deodoro da Fonseca, com o objetivo de pressionar a monarquia
(CARVALHO, 2002).
No âmbito religioso, as intervenções de D. Pedro II nos assuntos relacionados à
religião católica causavam descontentamento aos devotos, pois o imperador tinha o
poder de indicar os membros eclesiásticos e até mesmo possuía o poder sobre as
decisões do Vaticano. Com isso, clero iniciou seu apoio ao fim da monarquia. Ao
mesmo tempo, aumentavam se as pressões para o fim da escravidão através das
campanhas abolicionistas. Em 1888, a assinatura da Lei Áurea, abolindo a
escravidão no Brasil, repercutiu na perda das alianças das elites escravocratas com
D. Pedro II, o que pressionou ainda mais a queda da monarquia (CARVALHO, 2002).
A TV Escola produziu uma série de vídeos chamada de 500 anos: o Brasil Império na TV. São oito episódios
que abordam, de maneira didática, os principais fatos históricos que compuseram o cenário do Brasil
Império no século XIX, iniciando com a chegada da família real e seguindo para as revoltas regenciais,
mudanças políticas, imigração, modernização, Guerra do Paraguai e Proclamação da República.
Encenados por personagens fictícios de bonecos animados, constituem um interessante material a ser
utilizado em sala de aula como um guia para as demais reflexões. Os oito episódios da série estão
disponíveis no endereço: <https://tvescola.org.br/tve/videoteca/serie/brasilimperio
(https://tvescola.org.br/tve/videoteca/serie/brasilimperio)>.
Desse modo, novos grupos políticos de oposição ao império surgiram nesse cenário.
Aos republicanos, se uniram grande parte dos militares que lutaram na Guerra do
Paraguai, os grandes proprietários paulistas de café e também membros da igreja
VOCÊ QUER VER?
https://tvescola.org.br/tve/videoteca/serie/brasilimperio
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católica – setores que endossaram os movimentos pelo fim do Império. Em 15 de
novembro de 1889, o marechal Deodoro da Fonseca proclamou a República, e a
corte imperial partiu para Portugal, temendo uma possível revolta popular.
Síntese
Você concluiu os estudos sobre a construção do Brasil Império, apreendendo nesse
recorte as dimensões a construção da nação, a escrita da história e os conflitos
políticos e populares que foram significativos para o fim do Império e a emergência
da República no Brasil.
Neste capítulo, você teve a oportunidade de:
refletir sobre a construção da nação brasileira, evidenciando as
ferramentas utilizadas para arquitetar este projeto como história,
memória, imagens, símbolos e status;
compreender o processo de Independência do Brasil, bem como as
divergências entre as historiografias que abordam esse fato histórico;
identificar as revoltas regenciais que foram fundamentais para a mudança
política rumo à República;
entender o processo de modernização do Brasil durante o Império, e os
motivos que levaram a este fenômeno.
Bibliografia
BRASIL. Ministério da Educação. 500 anos: o Brasil Império na TV [série]. TV Escola,
ep. 1-8. Disponível em: <https://tvescola.org.br/tve/videoteca/serie/brasilimperio
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