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Ciclo de Vida de Produtos Inteligentes segundo o Modelo de Arquitetura RAMI 4.0 JACKSON TAVARES VEIGA jackson.veiga@usp.br Resumo - No cenário do mercado atual cresce cada vez mais a necessidade de produtos customizados, exigindo-se prazos menores e maior qualidade nos produtos. Surge então a necessidade de uma abordagem universal em toda cadeia de valor para fornecimento de produtos e serviços. Nesse artigo é apresentado um modelo de arquitetura RAMI 4.0 que trata de forma eficiente à nova era da Indústria 4.0, apresentando conceito de Integração Vertical e Horizontal. Neste novo conceito temos o Produto(agente) como principal demandante de necessidades em toda cadeia, onde é capaz de armazenar informação, solicitar recursos produtivos, logísticos e de manutenção de forma a agregar valor em seu Ciclo de Vida em tempo real, ou seja, produção inteligente com melhoria continua. Palavras Chave – RAMI 4.0, Industria 4.0, Integração Vertical e Horizontal, Produto(agente), Ciclo de Vida. 1. Introdução O termo indústria 4.0 representado pela quarta revolução industrial onde propõe um novo nível de organização e controle de toda cadeia de valor do ciclo de vida do produto. Essa nova fase surge devido a desejos cada vez mais individualizados do cliente e se estende desde a ideia, a missão de desenvolvimento de produção, a entrega de um produto de clientes finais a reciclagem, incluindo serviços associados. A base é a disponibilidade de todas as informações relevantes em tempo real, conectando-se a todas as instâncias envolvidas na cadeia de valor, bem como a capacidade dos dados a que o fluxo de valor agregado ótimo deriva em todos os momentos. Por meio da conexão de pessoas, objetos e sistemas criam redes de valor dinâmico, otimizados em tempo real e auto-organizadas, entre empresas, que variam de acordo com critérios diferentes, como custo, disponibilidade e otimização do consumo de recursos. (Ergebnisbericht der Platform Industrie 4.0, 2015). A implementação da Industria 4.0 leva a novos paradigmas da cadeia de fornecimento baseados em redes complexas e entrelaçadas de manufatura com diferentes funções de designers, fornecedores de produtos físicos, clientes e provedores de serviços logísticos, possibilitando identificar e rastrear produtos únicos durante todo o seu ciclo de vida. A indústria permitirá que os produtos sejam organizados e encontrem seu próprio caminho através dos processos de produção e dos canais finais de distribuição para o cliente, com base em redes de produção e logística abertas, dinâmicas e inteligentes (Bauer et al., 2014). A Indústria 4.0 pode ser descrito por três paradigmas: Smart Product, Smart Machine e Augmented Operator. A idéia principal do produto inteligente é mudar o papel da peça de trabalho de uma parte passiva para uma parte ativa do sistema. Em tal sistema, os produtos têm uma memória para armazenar dados operacionais e requisitos individualmente, e são capazes de solicitar os recursos necessários e coordenam os processos de produção para sua conclusão. (Loskyll M, Heck I, Schlick J, Schwarz M, 2012). Smart Product: Produtos inteligentes podem coletar e analisar as informações sobre a repetição de ações de seus sensores e tecnologias semânticas. Eles têm propriedades únicas como: sensível ao contexto, adaptativa, auto- organização, proativa e a capacidade de suportar todo o ciclo de vida o que lhes permite um processo de melhoria contínua. Além disso, seus dados permitem a visualização de processo de fabricação e fluxo de informações para um grupo de produtos escolhido. Nesta base, é possível criar um Mapa do Estado Atual, que mostra desperdícios em processos específicos e designa atividades futuras de planejamento estratégico, o que é o objetivo do Mapeamento do Fluxo de Valor. Além disso, um produto inteligente pode conter informações Kanban para controle de processos de produção que já foi apresentado pela SmartFactoryKL na Hannover Messe 2014 na Alemanha.( Kolberg D, Zühlke D., 2015 ) Um dos grandes desafios da arquitetura de referencia da Indústria 4.0 é a integração de vários pontos de vistas em um único modelo. A integração vertical dentro da fábrica descreve a conexão em rede dos meios de produção, dispositivos de automação ou serviços entre eles. O modelo de referencia ao qual ditará as regras da I4.0, deve ter o produto com principal demandados de necessidades em toda cadeia. Com a engenharia integrada em toda cadeia de valor entende-se que os dados técnicos, administrativos e comerciais relacionados a um meio de produção ou peça de trabalho são criados e mantidos consistentes e acessíveis a qualquer momento na rede. Outro aspecto que se deve levar em conta é a integração horizontal através da rede de valor agregado que vão além da localização individual da fábrica e aprendizado dinâmico, desta forma tendo em vista várias propostas anteriores a qual se entende que melhor se adequa a essa demanda foi o Modelo de Arquitetura de Referencia para Industria 4.0 – RAMI 4.0. (Reference Architecture Model Industrie 4.0 (RAMI4.0), VDI / VDE-Gesellschaft Mess- und Automatisierungstechnik, 2015) O modelo de arquitetura RAMI 4.0 teve origem com uma parceria entre BITCOM, VDMA e ZWEI. A fim de representar todos os diferentes recursos técnico-econômicos interconectados em diferentes fases. Sugeriram a verticalização e horizontalização de tais recursos através de um modelamento 3D. O RAMI 4.0 é uma pequena modificação do SGAM (Smart Grid Architecture Model) que foi desenvolvido para fins de comunicação em fontes de energia renováveis. No SGAM foi derivado aproximadamente de 15 outras ramificações industriais, já o RAMI permite a comunicação entre camadas, por exemplo no eixo vertical, cada camada traz um olhar diferente: mercado, funções, informação, comunicação, integração dos componentes. (Manzei, Schleupner, & Heinze , 2016), (VDI / VDE-Gesellschaft Mess- und Automatisierungstechnik, 2016) (VDI / VDE-Gesellschaft Mess- und Automatisierungstechnik, 2015). 2. Revisão Bibliográfica O Modelo de Arquitetura de Referencia para Industria 4.0 (RAMI 4.0): Existem muitos interesses em comum quando o assunto é Industria 4.0. Indústria de processos, fabricas automatizadas com diferentes padrão, as tecnologias da informação de comunicação e tecnologia de automação. A associação BITKOM, VDMA, ZVEI e VDI em conjunto com as organizações de padronização ISO e IEC com os corpos nacionais de normas DKE e DIN. Tendo como proposito comum entendimento, padrões, caso de uso, etc. É necessário para Industria 4.0 a unificação e desenvolvimento de um modelo de arquitetura como uma referencia padrão com o qual conexões e detalhes possam ser discutidos. O resultado é o modelo de referencia de arquitetura I4.0 (RAMI 4.0) onde contem os aspectos essenciais para Industria 4.0. Ele contempla os níveis hierárquicos da IEC 62264 na parte inferior em torno do nível do produto ou da peça de trabalho “produto” e na parte superior apresenta a fábrica em conexão com o “Mundo Conectado”. O eixo horizontal apresenta o ciclo de vida de plantas ou produtos. As características principais do modelo de arquitetura de referencia são a combinação do ciclo de vida e cadeia de valor com a estrutura hierárquica apontando para as definições de componentes da Industria 4.0. Assim as condições são criadas por meio do modelo de arquitetura de referencia trazendo conceitos altamente flexíveis que também descreve e realiza. O modelo permite a migração gradual da indústria atual para a indústria 4.0. De forma a padronização do conceito o modelo de arquitetura RAMI 4.0 é conhecido como DIN SPEC 91345. (Reference Architecture Model Industrie 4.0 (RAMI4.0), VDI / VDE- Gesellschaft Mess- und Automatisierungstechnik, 2015) Indústria 4.0 é uma especialização da"Internet das Coisas e serviços ". Existem cerca de 15 ramos nas considerações inclusas. Com o modelo de arquitetura de referencia, tarefas e processamento de dados podem ser divididos em partes gerenciáveis fazendo com que padronizações sejam possíveis. Assim também os padrões e normas existentes possam ser localizados, onde possivelmente essas normas necessitam de expansão ou modificação. Cada norma pode enchergar o modelo de uma forma, sendo assim os padrões deve ser discutido tendo como referencia o modelo 3D RAMI 4.0 apresentado a seguir na Figura 01. (Reference Architecture Model Industrie 4.0 (RAMI4.0), VDI / VDE- Gesellschaft Mess- und Automatisierungstechnik, 2015) Figura 1. Modelo de arquitetura de referência para Industrie 4.0 (RAMI4.0) Copyright „çUmsetzungsstrategie Industrie 4.0 - Ergebnisbericht, Berlim, abril de 2015 1° Eixo Layers: Os layers para o modelo de arquitetura de referencia: O modelo Smart Grid (SGAM) representa uma boa primeira abordagem da situação a ser descrita tratando a rede elétrica da geração sobre a transmissão e distribuição para o consumidor. A Indústria 4.0 inclui cenários de desenvolvimento e produção de produtos no centro. Isto é, tem que ser descrito tais processos de desenvolvimento, linhas de produção, máquinas de fabricação, dispositivos de campo e os próprios produtos que solicitam trabalho. (Reference Architecture Model Industrie 4.0 (RAMI4.0), VDI/VDE-GesellschaftMess- und Automatisierungstechnik, 2015). Layer de Negócio: Garante a integridade das funções na cadeia de valor; Representa os modelos de negócio e o processo global resultante; Modela as regras do sistema; Orquestração dos serviços da camada funcional; Elemento de conexão entre diferentes processos de negócios; Recebe eventos para o encaminhamento do processo de negócios. A camada de negócios não se refere a sistemas concretos, como um ERP. As funções do ERP nos contextos do processo de trabalho são normalmente encontradas na camada funcional novamente. Layer Funcional: Descrição formal das funções: Plataforma para integração horizontal das diferentes funções; Ambiente de tempo de execução e modelagem para serviços, suporte aos processos de negócios; Ambiente de tempo de execução para aplicativos e funcionalidade profissional Dentro da camada funcional, são geradas regras / lógica de decisão. Eles também podem ser dependentes do caso de uso nas camadas inferiores (camada de informações ou integração). Acesso remoto e integração horizontal só podem ser encontrados na camada funcional. Esta será a integridade das informações e estados no processo e a integração do nível técnico. Para fins de manutenção, também é possível usar o acesso temporário à camada de ativos e ocorrem as camadas de integração. Tais acessos são usados em particular para Informação e processos, que são apenas para subordinados. Camadas são relevantes para acesso. Exemplos disso são o piscar de sensores / atuadores ou a leitura de dados de diagnóstico. O acesso Remoto temporário relacionado à manutenção é para uma Integração funcional ou horizontal permanente não relevante. Layer Informação: Ambiente de tempo de execução para processamento de eventos; Execução de regras relacionadas a eventos; Descrição formal das regras Contexto: pré-processamento de eventos. Ao fazer isso, um ou mais eventos são transferidos para as regras de um ou mais outros eventos gerados, e então iniciam o processamento na camada funcional; Persistir os dados representando aos modelos Garantir a integridade dos dados; Integração consistente de diferentes dados; Obtenção de novos dados de alta qualidade (dados, informações, conhecimento); Fornecimento de dados estruturados por meio de interfaces de serviço; Eventos de recebimento e sua transformação que correspondem aos dados necessários para as camadas funcionais disponíveis. Layer Comunicação: Unificar a comunicação usando um formato de dados uniforme na direção da camada de Informações; Fornecimento de serviços para controlar a camada de integração. Layer Integração: Processamento de informações computacionais para Ativos Físicos / Hardware / Documentos / Software Etc; Controle informatizado do processo técnico; Geração de eventos a partir dos ativos; Contém os elementos associados a TI, como: leitor RFID, sensores, IHM, etc. A interação com os seres humanos também ocorre neste nível, por meio da interface homem- máquina (IHM). Todo grande evento no mundo real mostra um evento em virtualidade na camada de integração. Se a realidade mudar, o evento será adequado através de mecanismos reportados à camada de integração. Eventos relevantes podem ser eventos sobre as camadas do disparador de comunicação na camada de informações. Layer de Ativos: Representa a realidade, por exemplo, elementos físicos como eixos lineares, peças de chapa metálica, documentos, diagramas de circuitos, idéias, arquivos etc; O homem também faz parte da camada de ativos que se relaciona entre a camada de integração com o mundo virtual; Conexão passiva dos ativos com a camada de integração com códigos QR. 2° Eixo: Ciclo de Vida e Fluxo de Valor: Ciclo de Vida: A Indústria 4.0 oferece ao longo de todo o ciclo de vida de produtos, máquinas, fábricas, etc. grande potencial de melhoria. As conexões e links para visualizar e padronizar representando o segundo eixo do modelo de arquitetura de referência o ciclo de vida e as cadeias de valores associadas. Para a consideração do ciclo de vida, o design oferece à IEC 62890 uma boa orientação. Abaixo é apresentada a diferenciação básica de tipo e instância, uma parte central para as reflexões. Tipo: Um tipo sempre surge com a primeira ideia, que é a origem do produto na fase "Desenvolvimento". Para o comissionamento, o desenvolvimento, os testes durante todo o percurso significaram o primeiro padrão e a produção do protótipo. Nesta fase, portanto, o tipo de produto, a Máquina, etc. Após a conclusão de todos os testes e validações, o tipo é liberado para produção em série. Instância: Com base no tipo geral que será definido na produção de produtos feitos. Cada produto acabado apresenta uma instância desse tipo e recebe um número de série único. As instâncias começam a ser vendidas e são entregues aos clientes. Para o cliente, os produtos são apenas novos tipos. Torne-se uma instância, se eles estiverem instalados em uma fábrica. A mudança de tipo para instância pode ocorrer várias vezes no decorrer do processo produtivo. As melhorias reportadas de volta da fase de vendas podem adaptar-se ao fabricante de um produto, liderando os documentos de tipo. Com o tipo recém-criado, novas instâncias podem ser feitas novamente. O tipo é, portanto, sujeito a uso e cuidado, bem como cada instância única. Cadeia de valor: A digitalização e a vinculação de cadeias de valor oferecem um alto potencial de melhoria na Indústria 4.0. Existe uma ligação interfuncional crucial. Dados logísticos podem ser usados na montagem. A intralogística se organiza com base em pedidos pendentes. A compra vê os estoques em tempo real e onde os fornecedores estão em um determinado momento. O cliente vê o grau de conclusão de seus produtos encomendados na fabricação, etc. Com o link de compras, planejamento de pedidos, montagem, logística, manutenção, cliente, fornecedor, etc., tem um grande potencial de melhoria. Portanto, o ciclo de vida deve ser incluído com os processos de criação de valor são considerados em conjunto; isso não é isolado com uma visão de uma fábrica, mas no conjunto de todas as fábricas e todos os parceiros de engenharia de fornecedores para clientes. (Reference Architecture Model Industrie 4.0 (RAMI4.0), VDI / VDE-GesellschaftMess- und Automatisierungstechnik, 2015) 3° Eixo: Níveis Hierárquicos: O terceiro eixo do modelo de arquitetura de referencia descreve a classificação funcional referente a situações da Industria 4.0. Isso não diz respeito à implementação, mas sim sobre características funcionais. Nesse contexto leva-se em consideração os padrões IEC62264 e IEC61512 (Figura 02). Seguindo modelos já conhecido na indústria de processo ou fabrica de automação, foi selecionado os termos: “Enterprise”, “Work Center”, “Station” e “Control Device”. Na Industria 4.0, sabendo que a visualização de dados de uma máquina é crucial, também foi adicionado os Dispositivos de Campo “Field Device”. Isso representa o nível funcional para os dispositivos de campo inteligente. Levando em conta que o produto a ser fabricado é a parte mais importante na cadeia do modelo de arquitetura, foi adicionado o item “Produto” a fim de ter uma visão homogênea do produto a ser produzido e suas necessidades. No topo da arquitetura foi acrescentado o nível corporativo “Connected Word” afim de tratar não só os níveis dentro da fábrica mais a cooperação com escritórios externos de engenharia, fornecedores, clientes, etc. Figura 02. Figura 2. Derivação dos níveis de hierarquia de RAMI4.0 Copyright „Umsetzungsstrategie Industrie 4.0 - Ergebnisbericht, Berlim, abril de 2015“ Dessa forma a Indústria 4.0 pode ser descrita de uma forma resumida como iteração de três aspectos, como podemos observar nas figuras abaixo: Integração Horizontal: Entendemos a integração dos vários sistemas de TI para o suporte e implementação dos diferentes processos de criação de valor, por exemplo: fabricação, logística, marketing, engenharia, serviços, tanto dentro da empresa produto como em todas as empresas ao qual se limita a produção do produto (agente). (Reference Architecture Model Industrie 4.0 (RAMI4.0), VDI / VDE- Gesellschaft Mess- und Automatisierungstechnik, 2015) Figura 3. Quatro aspectos importantes da Industrie 4.0 (Fontes: Siemens, Festo) Copyright „Umsetzungsstrategie Industrie 4.0 - Ergebnisbericht, Berlim, abril de 2015“. Integração Vertical: Sistema de produção em rede. Entendemos a integração dos diferentes sistemas de TI nos diferentes níveis de hierarquia de um sistema de produção, por exemplo: nível de atuador e sensor, nível de controle, nível de controle de produção, nível de fabricação e execução e planejamento corporativo para uma solução consistente. Figura 4. Quatro aspectos importantes da Industrie 4.0 (Fontes: Siemens, Festo) Copyright „Umsetzungsstrategie Industrie 4.0 - Ergebnisbericht, Berlim, abril de 2015“. Consistência Digital de Engenharia em toda cadeia de valor: Consistência da engenharia ao longo de todo ciclo da vida do produto. Aqui são tratados todos os assuntos referente ao PLM de Engenharia, que é o produto e design de produção conectados e fornecendo suporte de ponta a ponta em toda a cadeia de valor. Isso aborda questões técnicas como a integrada consideração de engenharia de sistemas, modelagem e simulação. **PLM (Product Life Cicle Management) Figura 5. Quatro aspectos importantes da Industrie 4.0 (Fontes: Siemens, Festo) Copyright „Umsetzungsstrategie Industrie 4.0 - Ergebnisbericht, Berlim, abril de 2015“. Produtos Inteligentes: Produtos e equipamentos estão no centro da manufatura inteligente. Produtos são portadores de valor, enquanto os equipamentos é a precondição e fundação para implementar a manufatura inteligente. (Meyer GG, Framling k, 2009) A nova geração de AI e manufatura inteligente trará oportunidades ilimitadas inovando produção de hoje. Haverá a transformação da geração digital para geração inteligente. Em termos de mecanismos tecnológicos podemos dizer que os produtos e equipamentos de manufatura “geração inteligente” serão altamente inteligente, interface amigável, alta qualidade, baixo custo efetivo e as características já citadas do HCPS. (Zhou J., Li P., Zhou Y., Wang B., Zang J., Meng L, 2016) Serviços Inteligentes: Considerando o novo conceito de manufatura inteligente, todos os serviços pertinentes ao tempo de vida do produto, incluindo marketing, vendas, compras, operação e manutenção vai assumir um conteúdo totalmente novo como: IoT, big data, AI e outras novas tecnologias. A aplicação da nova geração da tecnologia AI dará forma a novos modelos de negocio na indústria de manufatura: (1) Produção em larga escala serão substituídas por pequenas escalas e produtos customizados. (2) Produção baseada em manufatura será alterada para serviços orientandos a manufatura. Essas mudanças impulsionarão o desenvolvimento integrado de serviços orientados na indústria de manufatura e criarão novas formas de negocio para manufatura universal. Modelos Industrial na indústria de manufatura sofrerão mudanças fundamentais de produtos centralizados para modelos centralizados de usuários. . (Zhou J., Li P., Zhou Y., Wang B., Zang J., Meng L, 2016) Nesse contexto é importante abordar de forma mais detalhada o Ciclo de Vida do produto agregando valor aos serviços de acordo com Dr. Carmen Constantinescu e Prof. Thomas Bauernhansl of Fraunhofer IPA, ciclo de vida em varias dimensões são relevantes para operação de fabricação na I4.0. Produto: A fabrica produz diversos itens, cada produto com o seu próprio ciclo de vida. Ordem: Cada ordem de produção acompanha o ciclo de vida e as especificações tem impacto na conclusão da ordem durante o processo fabricação. Fabrica: Uma fabrica também tem o ciclo de vida: financiado, planejado, construído e reciclado. Maquina: Uma máquina é encomendada, desenhada, comissionada, operada, atendida, convertida e reciclada. Figura 6. Ciclos de Vida Relevantes para Componentes I4.0; Fonte: M. Hankel, Bosch Rexroth. Baseado em Plattform Industrie 4,0 WG3. Baseado no Prof. Bauernhansl, Fraunhofer IPA Copyright „Umsetzungsstrategie Industrie 4.0 - Ergebnisbericht, Berlim, abril de 2015“ Esquema Ciclo de Vida comum: Segundo definição de Prof. Dr.-Ing. Ulrich Epple, item técnico é caracterizado por um esquema de ciclo de vida comum e um curso de valor comum. Em aspectos gerais “curso de valor" ou "proprietários" desempenha um papel importante, os itens técnicos podem, portanto, ser denominados "Ativos Técnicos". O item técnico das denominações e o recurso técnico podem ser usados como sinônimo. Desta forma trataremos o ciclo de vida dos “ativos técnicos” ou simplesmente “ativos”. Figura 7. Padrão do Ciclo de Vida do ativo técnico; Fonte: (Industrie 4.0, Technical Assets, Basic terminology concepts,life cycles and administration models – Março 2016) Cada ativo técnico foi gerado por um processo de produção. Geração pode significar: desenvolvimento (de um tipo), engenharia (de uma planta), medição (de informação de status), construção (de uma planta) ou manufatura (de um produto). Após a produção, o ativo é criado, mas ainda não está pronto para consumo. A fase de provisionamento inclui a produção final e o estado pronto para uso do produto em uma aplicação. Nesta fase, o ativo é enviado, transportado, montado, parametrizado, aprovado, habilitado, baixado etc. Após a fase de provisionamento, o ativo está pronto para cumprir o seu papel como equipamento técnico dentro do sistema de aplicação. Na fase de utilização, dois pontos de vistas diferentes devem ser considerados: a visão de uso e a visão de manutenção. A visão de uso percebe o ativo como o cumprimento de uma tarefa técnica. A visão da manutenção ainda percebe o ativo como um produto que foi atualizado. A manutenção pode ser realizada pelo usuário, pelo fabricante ou por um provedor de serviços terceirizado. Os processos de manutenção podem ser processados no local, remotamente ou após a desmontagem em uma oficina. Processos específicosde manutenção devem se interpretar como ações de reconstrução parcial e precisar de uma fase provisória consecutiva. Para futuras cadeias de valor de negócios, a organização de processos de manutenção será um dos tópicos mais importantes. O acesso digital remoto de provedores de serviços externos ao ativo e a responsabilidade pela integridade do ativo, portanto, serão pontos críticos. Figura 08. Curso de valor típico de um ativo técnico; Fonte: (Industrie 4.0, Technical Assets, Basic terminology concepts,life cycles and administration models – Março 2016) Dentro da fase de produção, o valor da substância do ativo aumenta. Dentro da fase de provisionamento, o valor da utilidade para o usuário aumenta ainda mais. Através do uso contínuo e tempo de passagem, o valor diminui devido à degeneração ou efeitos de envelhecimento. Nesta fase, o valor pode ser aumentado pela manutenção, otimização, fortalecimento ou reengenharia. Categorias de recursos técnicos: No I4.0 existem muitos tipos diferentes de ativos técnicos. É útil dividi-los em cinco categorias, conforme mostrado na Figura 9. Figura 09. Categorias dos ativos técnicos; Fonte: (Industrie 4.0, Technical Assets, Basic terminology concepts,life cycles and administration models – Março 2016) Os ativos técnicos podem ser parte do mundo físico ou do mundo da informação. Ativos do mundo físico são ativos materiais como peças de trabalho, tubulações, motores, bombas, plantas de produção, computadores, unidades de armazenamento, armários e assim por diante. Os ativos do mundo da informação são ativos imateriais como conceitos, modelos, planos, padrões e assim por diante. Os modelos meta são ativos sem instanciação direta no mundo físico. Padrões, regras gerais, métodos, tecnologias, procedimentos comuns são exemplos típicos. Modelos de classe são ativos que descrevem a instanciação do mundo físico, por exemplo, a documentação completa de um tipo de produto, uma versão de software, uma família de produtos ou os documentos de planejamento completos de uma planta de produção. Modelos de instâncias estão planejando ativos que são relevantes somente para uma instância específica, um cronograma de produção específico, um conjunto de configurações para uma função específica ou a descrição de um sistema individual do mundo da informação. Prof. Dr.- Ing. Ulrich Epple, Status Report A Figura 09 também separa os ativos imateriais em "tipos" e "instâncias". Um ativo imaterial não é o item em si, mas a descrição de um item. O item descrito pode ser um objeto abstrato ou um objeto individual na semântica da ISO15926. (ISO 15926: Industrial automation systems and integration – Integration of life- cycle data for process plants including oil and gas production facilities. ISO. See also: http://15926.org/topics/datamodel/index.htm#diagram_for_top_level.) Isso é para Objetos Abstratos ou uma Possibilidade Individual. As denominações usadas "tipos" e "Instancias" são retirados do modelo RAMI4.0. Eles deve indicar objeto abstrato ou um objeto individual. Este é apenas um classificação muito difícil, mas ajuda a separar o desenvolvimento e gestão do ciclo de vida do produto tipos (famílias de produtos) da produção e do ciclo de vida gestão dos produtos individuais (IEC62890, 2014) Cadeia de Valor: Nos sistemas técnicos, diferentes ativos estão ligados em redes complexas. Qualquer ativo dentro da rede mantém sua própria identidade e seu próprio ciclo de vida. No entanto, interdependências complexas entre os estados do ciclo de vida dos ativos envolvidos são estabelecidas devido à integração da rede. O conceito de ativos técnicos não se restringe ao objeto. Um dos conceitos mais populares para construir novos ativos é o princípio da construção. De acordo com o princípio de construção, um novo ativo é usado. O esquema pode ser aplicado repetidamente. Dependências entre tipo e instâncias No ambiente industrial, plantas e produtos são planejados primeiro. Cada ativo físico pode ser considerado como uma instância descrita no tipo. O tipo em si é um ativo de planejamento. Essa dependência destaca o fato de que construir uma instância é um "uso" do recurso de tipo. O tipo de ativo foi usado na fase de uso quando a produção de uma instância é iniciada. Um exemplo é fornecido na Figura 10 Um fornecedor A deseja oferecer um novo tipo de peça AX. O tipo é construído e liberado. A qualidade contém um catálogo dos elementos AX (setas marrons) e a documentação completa necessária para a construção das instâncias dos elementos (setas pretas). O fornecedor da máquina B deverá construir uma nova máquina BY. Ele procura nos catálogos de peças e seleciona a nova parte AX. Ele integra a funcionalidade do AX em seus planos de construção. Figura 10. Processo de Ciclo de vida acoplado; Fonte: (Industrie 4.0, Technical Assets, Basic terminology concepts,life cycles and administration models – Março 2016) O fabricante da planta C projeta a planta CW usando a funcionalidade da invenção B. Dentro desta seqüência, todos os ativos e processos pertencem ao mundo da informação, na verdade, o desenvolvimento compreende a construção de protótipos, exemplares de teste, série 0, etc., e o limite entre desenvolvimento e produção de instância não muito definida. As faixas cinzentas mostram os ciclos de vida dos ativos materiais. Os arcos negros representam o conhecimento de "como construir o ativo" no tipo de recurso. Os arcos cinzentos representam os componentes que são usados como construção física elementos. Como ilustrado no lado direito, a inicialização do o estágio de uso de um novo elemento é tipicamente vinculado a inicialização da fase de uso de seu agregado. Este é um exemplo simples que é usado para demonstrar a ligação entre os ciclos de vida de tipos e instâncias de agregados. Modelos mais detalhados podem ser encontrados na IEC 62890 (IEC8902014) e (I4.0 Komponente, 2015). No ambiente de processos operacionais de produção, as cadeias de valor dos ativos: tipo de produto, tipo de processo e planta, produto (instância física) e planta técnica estão ligados por seus artefatos e estabelecem um padrão de produção característico do ciclo de vida dos processos envolvidos Figura 11. Estruturas de produção clássicas e futuras diferem significativamente no que diz respeito à concepção de cadeias de produção, a adaptação de responsabilidades e competências legais, o controle e organização da criação de valor individual, processos e interconexão entre organização e fluxos de informação. Um exemplo de fabrica tradicional é ilustrado na Figura 12. O fabricante (caixa cinza) tem seu próprio desenvolvimento de produto e processo e divisão de engenharia de planta. Esta situação é típica para grandes fornecedores na fabricação e na indústria de processos. É importante mencionar que o meta modelo na Figura 11 é uma estrutura que permite todos os tipos de organizações empresariais que cercam a indústria de processo de produção. Um exemplo é dada na Figura 13. Neste exemplo, a produção é realizada por uma empresa de serviços de impressão 3D (caixa cinza). Esta empresa possui máquinas de serviço de impressão 3D. A engenharia de produção envolve apenas a colocação dessas máquinas no chão de fábrica. O tipo de produção é individualizado de acordo com as necessidades dos usuários. Pode ser realizado por uma empresa de design especializado ou pelo próprio usuário (caixa amarela). Novos conceitos de produção podem mudar substancialmente a complexidade dos diferentes passos do processo. Figura 11. Processo de Ciclo de vida – padrão de produção; Fonte: (Industrie 4.0, Technical Assets, Basic terminology concepts,life cycles and administration models – Março 2016) Figura 12. Processo de Ciclo de vida – manufaturaclássica; Fonte: (Industrie 4.0, Technical Assets, Basic terminology concepts,life cycles and administration models – Março 2016) Figura 13. Ex. Serviço de Impressão 3D; Fonte: (Industrie 4.0, Technical Assets, Basic terminology concepts,life cycles and administration models – Março 2016) Ciclo de vida para produto iterativo provendo flexibilidade na I4.0: Técnicas de manufatura avançada permite tempo de vida menor e intenso orientação do cliente com produtos individualizados. (Brecher, Jeschke, Schuh, Aghassi, Arnoscht, Bauhoff, Fuchs, Jooß, Karmann, Kozielski, Orilski, Richert, Roderburg, Schiffer, Schubert, Stiller, Tönissen, 201. Em comparação com o tradicional determinístico ciclo de vida do produto, consistindo nas fases, desenvolvimento, introdução, crescimento, maturidade e declínio, um processo iterativo processo de desenvolvimento inclui uma fase de avaliação com o possibilidade de integrar com os clientes e, assim, reunir dados de campo. (Homburg, 2012) Figura 14. Figura 14 - Macrotact com base nos ciclos de vida de produtos iterativos. (Brettel, Klein, Friederichsen, 2015) O ciclo de vida de produto iterativo é dividido em várias etapas chamados macrotatos, cada um consistindo de duas fases de desenvolvimento, ou seja, conceituação de produto e produto e processo design, e uma etapa de entrada no mercado. Os estágios de crescimento, maturidade e declínio são vistos como etapas intermediárias da fase de avaliação e como pré-passo do próximo macrotato. Processos de desenvolvimento de produtos ágeis e iterativos aumentam produtividade de desenvolvimento e permitem lidar com alta complexidade sob incerteza (Paasivaara, Durasiewicz, Lasenius, 2008). A abordagem para desenvolver produtos com base no “feedback” do cliente é muito semelhante a abordagem de “startup lean” conhecida por fornecer alta produtividade com recursos muito limitados (Mueller, Thoring, 2012). De acordo com a referência sistema de produtividade colaborativa, ambos retornam engenharia e retorno da produção são afetados positivamente pelo ciclo de vida iterativo do produto (Schuh, Potente, Wesch-potente, Weber, Prote, 2014). Ao estabelecer a fase de avaliação como parte integrante do ciclo de vida do produto diminui-se o risco de perder tendências de mercado e aumenta-se assim a capacidade de resposta às mudanças no mercado e necessidades. O ideal é que haja uma assimilação constante do mercado feedback no sentido de integração do cliente que permite empresas direcionar seus processos de fabricação para o mudanças no mercado (Wong, Boon-itt,Y. Wong, 2011). Além disso, o emprego de tecnologias ágeis podem ser vistas como estratégia de flexibilidade proativa. Essa mudança na estrutura de custos pode ser usada de acordo com a estrutura de Gerwin para aplicar pressão sobre concorrentes no mercado, no sentido de redefinir o ciclos de vida do produto e grau de individualização de cada clientes em um mercado específicos para (Gerwin, 1993). 3. Conclusão Devido à alta-customização e nível de mudanças no produto toda cadeia envolvida no ciclo de vida do produto terão que se adequar a crescente demanda. A nível de design o conceito atual de produto que conhecemos mudará onde o modelo de arquitetura proposto oferece uma nova orientação, Tipo e Instancia, em que o design de desenvolvimento para concepção do produto é o Tipo e as customizações feitas para cada cliente no decorrer de todo seu ciclo de vida, chamamos de Instancias. Outro ponto importante que mudará a forma como se comporta a cadeia de valor hoje é a adição da inteligência no processo onde, por exemplo, a logística e melhorada com base em novos pedidos e clientes pode acompanhar o grau de conclusão dos produtos em tempo real. Com isso o link de compras, planejamento de pedidos, montagem, logística, manutenção, cliente e fornecedor mudarão. Dessa forma é possível concluir que com a chegada da I4.0 teremos processos mais eficientes por meio da migração do mundo digital para inteligente e integração horizontal e vertical de toda cadeia de valor. A adição do “feedback” na fase de design do produto agregará valor em seu ciclo de vida. 5. Referências Bibliográficas The relevance of manufacturing flexibility in the context of Industrie 4.0” (Brettel, Klein, Friederichsen, 2015). The future of manufacturing: A new era of opportunity and challenge for the UK. Project report. London: The Government Office for Science; 2013 Oct. Towards Lean Production in Industry 4.0 (Mrugalska, Magdalena K. Wyrwicka, 2017) On sustainable production networks for Industry 4.0 (Prause, Atari, 2017) Intelligent manufacturing: challenges and trends (Sibalija, 2013) ISO 15926: Industrial automation systems and integration – Integration of life-cycle data for process plants including oil and gas production facilities. ISO. See also: http://15926.org/topics/datamodel/index.htm#diagram_for_t op_level IEC 62890: Life-cycle management for systems and products used in industrial-process measurement, control and automation. IEC, 2014 N.N.: I4.0-Komponente. 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