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Melanoma Tumor maligno com origem nos melanócitos, geralmente tem a pele como local primário, sendo considerado o mais agressivo dos tipos de câncer de pele devido ao seu alto potencial para produzir metástases. Epidemiologia Incidência baixa (4% das neoplasias cutâneas). Predomina em indivíduos de pele clara (98%) Maior incidência em áreas equatoriais (maior exposição solar) Ocorre geralmente em adultos jovens de 20-50 anos Homens: Tronco Mulheres: Pernas e quadril. Fatores de Risco: Indivíduos de fenótipo claro têm maior risco em relação aos indivíduos de pele negra, isso se deve à maior quantidade de melanina que a raça negra apresenta. Exposição solar (em especial na infância e a fotoexposição intermitente levando à queimação); bronzeamento artificial. Fator genético (albinismo; xeroderma pigmento- doença autossômica recessiva caracterizada por deficiência no mecanismo de reparo do DNA- 2.000 vezes maior) História pessoal de melanoma, aumenta a chance de ter outro melanoma em até 9 vezes. A História familiar risco 5 vezes maior. Marcador de risco indireto Nevos: Neoplasia benigna cutânea mais comum. Histologicamente, caracterizam-se por uma proliferação localizada de melanócitos na pele. Clinicamente são manchas hipercrômicas, quase sempre de cor acastanhada ou enegrecida. Podem ser planos ou elevados. Nevo melanocítico: geralmente pequeno (<6mm) e predominam em regiões fotoexpostas. Uma grande quantidade desses nevos indica risco para melanoma (acima de 50 nevos). Clínica e Diagnóstico As lesões do melanoma costumam ser únicas e predominam em áreas fotoexpostas, especialmente aquelas com exposição intermitente (dorso nos homens, porção inferior dos membros inferiores nas mulheres). Atenção a nevo que cresceu, se tem prurido, se sangra. Diagnóstico clínico (ABCDE): A: Assimetria B: Borda irregulares C: Cores diversas (> duas cores -preto, azul, marrom, cinza, vermelho, branco- na mesma lesão) D: Diâmetro maior que 6 mm E: Evolução (qualquer alteração que tenha ocorrido na lesão, tamanho formato, novos sintomas) Toda a superfície cutânea, incluindo o couro cabeludo e as membranas mucosas, assim como as unhas, deverá ser examinada em cada paciente. É importante uma iluminação brilhante do ambiente, e uma lupa de mão pode ser útil para se avaliar a variação no padrão do pigmento. Dermatoscopia: utiliza um pequeno aumento da epiderme e pode permitir uma visualização mais precisa de padrões de pigmentação do que seria possível a olho nu. O exame físico completo, com atenção aos linfonodos regionais, é parte da avaliação inicial em um paciente suspeito de melanoma. Qualquer lesão suspeita deverá passar por biopsia Biopsia: Sugerido a realização de biopsia excisional com 1 a 3 mm de margens; facilita a avaliação patológica da lesão, com mensuração da espessura, além de ser tratamento definitivo se a lesão for benigna. Classificação clínica Período de crescimento radial: Aumenta de tamanho, porém não penetra profundamente. Período que o melanoma pode ser curado por excisão cirúrgica. Aumenta de tamanho ou tem alteração da cor; pode sangra, ter dor e ulceração. Crescimento vertical: começa a penetrar na pele. Melanoma nodular não tem fase reconhecível de crescimento radial, e é capaz de produzir metástases precoses. Melanoma nodular: Predomina entre adultos de 40 a 50 anos. Coloração típica é azul-avermelhada ou negro-azulada. Melanoma lentigo maligno: Ocorre em superfícies expostas ao sol, em particular a região malar e têmporas. Ocorre principalmente em idosos acima de 60 anos. Melanoma extensivo superficial: Acomete mais costas e pernas. Ocorre em adultos de 40 a 50 anos. Tem uma tonalidade marrom misturada com violáceo. Melanoma lentiginoso acral: Palmas das mãos, plantas dos pés, mucosas. Diagnosticada mais em pacientes em torno dos 60 anos. Estadiamento (TNM) Principais áreas de metástase: Linfonodos regiões (exame físico), SNC, fígado e pulmões (exame: TC, PET). Tratamento Melanoma clinicamente localizado (estágio I, II): Excisão cirúrgica da lesão com uma margem de pele normal, para minimizar possível recorrência local. Biopsia do linfonodo sentinela: Indicada de acordo com o tamanho do melanoma · Espessura < 0,75 mm: Possuem risco menor que 5% de acometimento linfonodal e não precisam de biopsia. · Espessura entre 0,76 e 1 mm: Biopsia se lesões tiver características de alto risco, como ulceração e alto índice mitótico. · Espessura > 1 mm: Indicado biopsia. Se a biopsia for positiva, realizar linfadenectomia completa. Melanoma Metastático: Indicado terapia adjuvante com Imunoterapia, terapia molecular, quimioterapia.
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