Buscar

Tabela comparativa doenças aviárias

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Aluna: Scarlett Sampaio
Quadro comparativo das doenças aviárias:
	Doenças
	Características do agente
	Patogenia
	Sinais clínicos
	Transmissão
	Diagnóstico
	Diagnóstico diferencial
	Prevenção e controle
	Notificação
	
GUMBORO
	
Doença infecciosa bursal (DIB) (IBDV), é um birnavirus, família: birnoviridae, genoma RNA de fita dupla em dois segmentos.
	
Após a entrada do vírus no organismo da ave, ele inicialmente se replica nas placas de Peyer do intestino, segue para o fígado, alcançando a corrente sanguínea e chegando à bolsa de Fabricius 24 horas após a inoculação. Após 4 a 5 horas de entrada no organismo, o vírus pode ser detectado em macrófagos e células linfoides do ceco, duodeno e jejuno;
Ocorre viremia, e o vírus infecta outros tecidos, incluindo a bolsa de Fabricius, o baço e o timo;
O vírus atua nos órgãos dos animais alterando seus tecidos e gerando imunossupressão: que ocorre devido a depleção dos linfócitos do tipo B.
Pode-se comparar a ação da Doença de Gumboro nas aves ao vírus da AIDS em humanos, comprometendo severamente o sistema e a resposta imune dos animais.
	
Sinais clínicos agudos: depressão, inapetência, diarreia aquosa, perda de peso e, em casos extremos, as aves podem apresentar um quadro grave de desidratação e chegar à óbito. Também pode causar atrofia e hemorragia da bolsa de Fabricius, além de um escurecimento dos músculos coxais e peitorais das aves.
As lesões concentram-se na bolsa cloacal, rins, nos intestinos e nos vasos sanguíneos dos músculos esqueléticos. 
Animais jovens: surge de forma rápida e atinge morbidade de 100%, causando apatia, diarreia e morte. Bolsa cloacal - aumento de volume até aproximadamente após 4 dias de infecção, com edema, hemorragia.
A partir do quarto dia, há gradual redução do tamanho bursal, até a atrofia completa no sétimo dia após a infecção- diarreia, profunda prostração e inatividade. Após a fase clínica há recuperação clínica dos sobreviventes no plantel. Na necropsia: hemorragias nos músculos esqueléticos (coxas, pernas e peito):
Na mucosa bursal: petéquias, sufusões.
Forma subclínica: retardo de crescimento, palidez de crista e barbela, sonolência discreta ou redução da atividade geral.
	
Transmissão horizontal: direta e indireta.
Via fecal-oral, mas também por inalação de poeira/ aerossóis fecais.
Vetores como insetos, aves, cães, gatos, roedores e até os seres humanos são capazes de levar o vírus de lotes contaminados para lotes sadios.
Reservatório - Alphitobius diaperinus- "cascudinho" dos galpões de frangos de corte. Importante reservatório no ciclo da DIB.
	
Direto: isolamento viral.
Indireto: técnicas sorológicas convencionais (ELISA, PCR, imunodifusão em ágar gel, neutralização do vírus).
	
New Castle, Marek, anemia infecciosa e micotoxicoses.
	
Isolamento, higiene, lotes com idade única, controle de trânsito e pessoas, sistema all-in- all- out, vazio sanitário.
Vacinação precoce, no 18° dia de incubação ou no primeiro dia de vida.
Recomenda-se a imunização de reprodutoras com vacinas inativadas, para a transferência de anticorpos passivos para a progênie.
Terapia antibacteriana ou antimicótica para as infecções oportunistas pode não obter sucesso pelo fato de a debilitação do sistema imune ser persistente.
Não há tratamento.
	
Notificação mensal de qualquer caso confirmado (nível 4).
	 MAREK
	
O agente causador é um vírus DNA envelopado do gênero Mardivirus (anteriormente denominado herpevírus gallid 2 (GaHV2). Vírus da doença de MAREK (VDM).
	
Afeta o sistema neurológico, grave destruição de linfócitos B e imunodepressão.
Fase 1: Replicação nos pulmões;
Fase 2: Fase citolítica, culmina com a atrofia da bolsa cloacal; promove latência no folículo da pena;
Fase 3: Infecção citolítica secundária, onde há o envolvimento do sistema nervoso.
Fase 4: Caracterizada pelo desenvolvimento de linfomas malignos de linfócitos
	
Os sinais nervosos variam de ave para ave.
Paresia assimétrica progressiva; paralisia completa de extremidades; uma ou mais.
Lesões nos nervos: paralisia, incoordenação e uma apresentação clínica particular caracterizada por uma perna esticada para a frente e outra para trás como resultado de paralisia unilateral do nervo isquiático.
Forma aguda:
Formação de tumores múltiplos e difusos nos órgãos viscerais;
Alta mortalidade, palidez da crista e pastas, letargia, perda de peso e queda de postura;
Cegueira por lesões envolvendo a íris.
As lesões proliferativas, quando intensas, causam a ruptura de epiderme – formação de úlceras.
	
Transmissão horizontal:
Contato direto e indireto;
Via aerógena (DESCAMAÇÃO DA PELE/ FOLÍCULOS PENA);
Casca dos ovos (pintos de 1 dia) X INCUBAÇÃO;
Penas e fezes são as principais fontes de infecção.
Aves sem sintomatologia podem ser portadoras e transmitir o vírus continuamente.
Alguns insetos, como o cascudinho (A /phitobius diaperinus) - TRANSPORTADORES.
Não há comprovações de transmissão vertical.
	
Histopatologia, necropsia, PCR, isolamento viral.
	
Neoplasia, New castle e Gumboro.
	
Medidas de biosseguridade, vacinação.
Não há tratamento.
	
Notificação mensal de qualquer caso confirmado (nível 4).
	NEW CASTLE
	
Agente etiológico: PARAMIXOVÍRUS AVIÁRIO DO SOROTIPO 1 (APMV-1); 
Possui patotipos diferentes: Viscerotrópico: velogênico; (+ patogenicidade)
Neurotrópico: velogênico;
Mesogênico: (média patogenicidade)
Lentogênico: (respiratório), (lenta patogenicidade).
Assintómatico: (entérico)
Possui uma variante: PIGEON PARAMIXOVÍRUS- SOROTIPO 1 (PPMV-1), está mais relacionada com pinguins e perus.
Paramyxovírus aviário - Família Paramyxoviridae.
RNA de fita simples, envelopado.
Apresenta duas projeções glicoproteicas típicas - a hemaglutinina-neuraminidase (HN) e a proteína de fusão (F).
	
Algumas cepas de vírus atacam o sistema nervoso, outras o sistema respiratório ou digestivo.
	
 Incluem: sinais respiratórios - respiração ofegante, tosse, espirros e estertores; diarreia;
Queda parcial, total na produção de ovos ou ovos malformados.
Assintomáticos (entéricos): causa infecções entéricas subclínicas.
	
Transmissão contato direto:
entre as aves: aerossóis e secreções respiratórias são a principal via de transmissão, além de secreções oculares e fezes de aves infectadas (via fecal-oral).
Transmissão contato indireto: água, alimentos, fômites, insetos, roedores e outras pragas, cama, esterco e carcaças contaminadas.
Pombos - transmissão intermitente durante um ano ou mais.
	
Isolamento viral, hemaglutinação de hemácias (HA) e teste de inibição de hemaglutinina (HI).
RT-PCR, e sequenciamento de DNA.
	
Influenza Aviária, Laringotraqueíte Infecciosa Aviária (LTI), Bronquite Infecciosa, Encefalomielite, doença de Gumboro, intoxicações, Hepatite Viral dos Patos, Cólera Aviária (forma aguda) e infecção por PPMV- (columbiformes).
	
Tratamento: não há tratamento.
Medidas de biosseguridade e vacinação feita na água de beber ou no olho, durante o ovo ou nos primeiros 15 dias de vida.
	
Doença que requer notificação imediata de qualquer caso suspeito (nível 2).
	INFLUENZA AVIÁRIA
	
Gripe do frango ou gripe aviária;
Vírus de ALTA VIRULÊNCIA.
Família: Orthomyxoviridae; 
Gênero: Influenza A (aves), B (humanos/suínos-leve).
Nas aves, o principal gênero é o da Influenza A, do tipo H5N1 infectando também mamíferos e humanos. 
RNA vírus, envelopado com projeções de 2 glicoproteínas HEMAGLUTININA E NEURAMINIDASE.
TIPO A: pode infectar seres humanos, cavalos, suínos, aves e mamíferos marinhos;
TIPO B: infecta exclusivamente seres humanos (epidemias).
TIPO C: humanos e suínos – quadro leve de infecção de vias aéreas superiores.
	
Não está completamente explicada, pois possui característica mutagênica; 
O vírus multiplica-se no epitélio nasal e/o da faringe e depois se espalha nas membranas mucosas do sistema respiratório;
Ele pode se disseminar por todo o organismo do animal e causar a forma sistêmica da doença.
	
Os sinais clínicos da Influenza Aviária podem variar de acordo com a espécie afetada, a idade, sexo, virulência do vírus, ambiente, presençade infecções associadas e manejo.
P.I (Período de Incubação): poucas horas até 3 dias. 
Sintomatologia de 3 horas até 14 dias;
Quadro clínico muito variável; 
Alterações nos sistemas respiratórios, digestivo, nervoso e reprodutivo. 
Decréscimo do consumo de alimento e produtividade; 
Grave: lacrimejamento, edema da face e cabeça, cianose, alterações nervosas e diarreias.
Têm aves que não possuem sintomatologia, simplesmente adoecem e morrem.
A doença pode ser superaguda e resultar em mortes fulminantes sem quadro clínico prévio.
Para cepas de alta patogenicidade: depressão, redução de apetite, interrupção de postura, ovos deformados e sem casca, inchaço e coloração azulada da barbela e cristais, tosse, espirros e diarreias.
	
Contato direto: entre as aves secreções nasais, oculares e fezes de aves infectadas;  Vias respiratórias e fezes, onde o vírus é excretado em grandes quantidades durante o período clínico, podendo chegar a até 36 dias em galinhas. (PRINCIPAL FONTE DE TRANSMISSÃO)
Contato indireto: alimentos e água contaminados.
Transmissão aerógena: Entre animais próximos ou mecânica por humanos também é parte importante da epidemiologia da doença. 
Aves aquáticas, gaivotas e limícolas.
Mais comum: intraespécie (humanos – humanos / aves- aves);
Ocasional: interespécie e intraclasses (suíno- humano / Pato doméstico - pato selvagem);
Recentemente (RARO): interclasses (aves – humanos).
	
Isolamento do vírus e caracterização do subtipo do vírus e a determinação do seu grau de patogenicidade
	
Newcastle (DNC), Laringotraqueíte Infecciosa Aviária (LTI), Bronquite Infecciosa, Encefalomielite, doença de Gumboro, intoxicações, Hepatite Viral dos Patos, Cólera Aviária (forma aguda).
	
Tratamento: não há tratamento.
Vacinação: proibida no Brasil, por ser um vírus vivo.
Contenção: abate do lote completo.
Vazio sanitário- aves sentinelas.
	
Doenças erradicadas ou nunca registradas no país, que requerem notificação imediata de caso suspeito ou diagnóstico laboratorial (nível 1)
	LARINGOTRAQUEITE INFECCIOSA
	
Agente etiológico: Gallid herpesvirus 1. 
DNA vírus, envelopado.
É um membro da família Herpesviridae;
Subfamília: alphaherpevírus.
Contém um nucleocapsídeo icosaedro com uma molécula de DNA de fita dupla, circundado por uma substância amorfa (tegumento) e por um envelope glicoproteico;
	
Atinge o sistema respiratório superior e se replica (laringe e tranqueia). Após replicação na mucosa traqueal, o VLTI invade os terminais nervosos e é transportado ao gânglio trigêmeo, onde pode permanecer em latência por muitos meses. O vírus não pode ser recuperado na fase de infecção latente onde ocorre uma transcrição restrita do genoma viral nos neurônios infectados, com a produção de transcritos associados à latência, chamados de LAT. Periodicamente, o vírus pode ser reativado espontaneamente ou a reativação pode ser induzida por estímulos de estresse, como o início da postura, alta densidade, calor ou frio em excesso, mudança da alimentação, ruído, amônia e vacinação.
	
Forma severa:
Doença respiratória aguda com sinais como secreção nasal sanguinolenta e/ou fibrinosa, espirros e dispneia acentuada.
Pode haver inchaço do seio infraorbitário e conjuntiva (sinusite e conjuntivite). Dispneia severa, tosse e expectoração de exsudato muco-sanguinolento.
Forma branda: Caracterizada por sinais respiratórios leves com secreção nasal mucoide persistente e estertores leves, além de edema nos seios nasais. Pode passar despercebida.
As aves apresentam sonolência, conjuntivite, sinusite, traqueíte, lacrimejamento, descarga nasal, inchaço do seio infraorbital, estertores, retardo de crescimento e queda variável na produção de OVOS.
Macroscopicamente: sinusite e conjuntivite mucoide, com traqueíte que varia de mucoide a levemente hemorrágica a região da laringe e traqueia proximal.
	
Horizontal direta: ave a ave, sendo que se dissemina mais rapidamente de animais com a infecção aguda do que daqueles clinicamente recuperados.
Horizontal indireta: água, alimentos, fômites, pessoas, equipamentos, materiais, veículos, vestuários, produtos, pragas (insetos e roedores), cama e esterco e carcaças contaminadas.
A transmissão via ovo ainda não foi demonstrada.
Não há transmissão vertical (de geração para geração).
	
PCR, sorologia, isolamento viral e Histopatologia.
	
Influenza aviária, doença de Newcastle, bronquite infecciosa, bouba diftérica, micoplasmose, infecção por metapneumovírus, colibacilose (aerossaculite) e aspergilose.
	
Tratamento: Nenhuma droga foi eficaz em reduzir a severidade das lesões ou dos sinais clínicos da doença.
Prevenção e controle: Medidas gerais de biossegurança; Limpeza e desinfecção dos galpões e equipamentos;
Sistema "all-in-all-out"(todos dentro, todos fora);
Boas medias de ventilação e redução de amônia dentro do galpão;
	
Doença que requer notificação imediata de qualquer caso suspeito (nível 2).
	
BRONQUITE INFECCIOSA
	
Ordem nidovirales família coronavidae: Alphacoronavírus; Betacoronavírus;
Gammacoronavírus (é o que infecta as AVES, este gênero não infecta os humanos);
Deltacoronavírus.
É um RNA de fita simples e esféricos, envelopado, com proteína S N E. São subdivididos em 4 subgrupos principais: ALPHA, BETA, GAMMA E DELTA.
	
Acomete os sistemas respiratório, traqueia, reprodutor, gastrointestinal e/ou excretor.
	
Aves jovens: sintomas respiratórios. Pintos muito novos apresentam inflamação catarral nas vias aéreas e dos seios, causando descarga nasal e lacrimejamento. Ruídos respiratórios, tosses e espirros, dispneia, e etc.
Aves jovens: afeta o sistema urinário, diarreia, desidratação, graves lesões como nefrite, nefrose e urolitíase.
Nas aves de postura e produção: podem afetar o sistema reprodutor e o sistema digestivo.
	
Via horizontal: através de aerossóis respiratórios (4 semanas em média).
Via fezes.
Transmissão entre lotes.
A transmissão de aves infectadas às aves susceptíveis pode se dar por contágio direto ou indireto.
Portadores podem transmitir o vírus por até dois meses após a infecção natural, permanecendo as aves recuperadas susceptíveis à infecção por outro sorotipo.
	
Presuntivo: Baseado no histórico do lote e sinais clínicos.
Direto: Através de microscopia eletrônica e provas de imunofluorescência onde se observa o vírus em tecidos infectados.
Indireto: Isolamento viral, inoculação em ovos embrionados, e cultivo celular.
PCR, ELISA, sorologia e virusneutralização.
	
Laringotraqueite infecciosa, coriza infecciosa, New castle, pneumovirose.
	
Técnicas de biossegurança e vacinação, mas não há tratamento.
	
Notificação mensal de qualquer caso confirmado (nível 4).
	
CÓLERA
	
Também chamado de pasteurelose e septicemia hemorrágica. 
Família: Pauteurellaceae;
Gênero: Pasteurella;
Bactéria: Pasteurella multocida.
Bactéria Gran negativa, bacilo G, bastonete imóvel, pequeno e não forma esporos, aeróbicas facultativas. Antígenos somáticos: capsulares.
	
Causa septicemia de início súbito com alta morbidade e mortalidade (o que faz com que seja confundida com NEW CASTLE);
Patogenia ainda não está totalmente esclarecida. Atinge o sistema respiratório, vascular, gastrointestinal.
	
A manifestação clínica vai variar de acordo com o órgão acometido.
FORMA AGUDA: Aves se recusam a andar (apatia);
Abatimento e febre;
Cristas e barbelas edemaciadas e cianóticas;
Bico com muco;
Diarreia verde amarelada abundante;
Penas eriçadas;
Aumento da frequência respiratória;
Base dos pés e joelhos quentes e edemaciados;
Fígado pálido, lembrando fígado cozido;
Convulsão e morte;
Alta taxa de mortalidade.
Algumas vezes as aves apresentam inchaço junto aos olhos.
As lesões de fígado e pulmões, e as inflamações das mucosas intestinais e das vias respiratórias são frequentes.
Hiperemia: aumento do fluxo sanguíneo na região.
FORMA CRÔNICA: Enfraquecimento; Palidez de crista e barbelas;
Barbelas inchadas;
Osteomielite;
Artrite.
Lesões macroscópicas: Petéquias e equimoses nas serosas do pericárdio e epicárdio;
Hiperemia nas vísceras da cavidadeabdominal.
Pontos necróticos no fígado.
	
Via horizontal.
Aves cronicamente infectadas: principal fonte de infecção.
Forma mecânica: meio de moscas, ectoparasitos, pássaros ou pombos.
Disseminação - água e alimentos.
Nas localidades onde aparecem uma vez - recidivas - a não ser que medidas de higiene e desinfecção sejam adotadas.
Reservatórios: gatos e ratos.
	
Sinais clínicos.
Achados de necropsia.
Fígado, medula óssea, sangue, fragmentos de cérebro - amostras de eleição nos casos suspeitos. 
Isolamento bacteriano.
PCR.
	
Hemorragia viral, pneumocistoses, encefalitozoonose e microsporiose.
	
Tratamento: Antimicrobianos (na água de beber), sendo que a resposta ao tratamento vai depender do animal;
Sulfas, tetraciclinas, eritromicina, estreptomicina, penicilina.
Prevenção:
Adoção de boas práticas de biosseguridade;
Manejo;
Higiene e desinfecção dos aviários;
Descarte adequado das aves mortas;
Quarentena de aves a serem introduzidas no plantel;
Monitoramento laboratorial – ELISA.
Vacinação.
Apesar de ter tratamento, possui um custo muito alto e nem todos os produtores podem tratar. Depois da cura, (período de carência) o animal pode ser comercializado.
	
Notificação mensal de qualquer caso confirmado (nível 4).
	
MICOPLASMOSES
(M. Galliseptcum, M. synoviae, M. meleagridis e M. Iowae)
	
Bactérias pertencentes ao filo TENERICUTES e do gênero MYCOPLASMA. As micoplasmoses são causadas pelos menores procariontes (bactérias) conhecidos (cerca de 300nm) - maiores vírus.
Filo: Tenericutes
Classe: Mollicutes (mollis = macio e cutis = pele)
Ordem: Mycoplasmatales.
São pleomórficos, geralmente em forma cocóide;
Bactéria Gram negativas;
Diferem das bactérias convencionais por não possuírem parede celular, sendo o seu citoplasma envolvido somente por uma membrana trilaminar.
	
Colonizam preferencialmente epitélios - se aderem intimamente às paredes celulares do hospedeiro e causam doenças crônicas e infecções de longa duração; a aderência específica aos receptores, a colonização e os danos subsequentes à célula.
Enzimas de seu metabolismo agridem os tecidos do hospedeiro -> lesão;
Perda da camada ciliar: ausência de cílios.
	
Mycoplasma gallisepticum (MG): tosse, corrimento, descarga ocular e nasal, decréscimo no consumo de alimentação, retardo de crescimento e lotes desiguais, além de queda na produção de ovos e mortalidade variável, e edema facial.
Mycoplasma synoviae: Sinais clínicos em galinhas e perus: depressão, fraqueza, penas arrepiadas, retardo no crescimento, anemia (face e barbela pálidos) e edema das articulações, principalmente a tíbio-tarsial.
Mycoplasma meleagridis e M. iowae: São principalmente patógenos para perus. Doença respiratória e reprodutiva -≥ redução da eclodibilidade e mortalidade embrionária.
	
Transmissão horizontal: Aerossóis respiratórios e penetração pelas mucosas orais, respiratórias e conjuntivais.
Transmissão vertical: transovariana -> gerando ovos contaminados.
Transmissão indireta: Via fômites com resíduos orgânicos e secreções - pouco tempo viável fora do hospedeiro 
	
Epidemiológico / Histórico / Sinais Clínicos;
Patológico (alterações macro e micro);
Isolamento em fragmentos de tecido lesado/exsudato sinovial;
Swabs da traqueia;
Seios nasais.
Sorologia rápida (SRP), SAR, ELISA.
	
Doenças respiratórias - Newcastle, Bronquite Infecciosa, Cólera Aviária, Coriza Aviária;
Doenças articulares - Estafilococose, Colibacilose, Salmonelose, Artrite viral por Reovirus.
	
É obrigatória a erradicação - M. gallisepticum, M. synoviae e M. meleagridis para reprodutores comerciais.
É proibida qualquer tipo de tratamento para esses animais.
O tratamento pode ser adotado apenas em plantéis comerciais não reprodutores. É proibida a vacinação de controle permanente em plantéis reprodutores - prejudica o diagnóstico e, principalmente, o monitoramento epidemiológico.
A biosseguridade é necessária para a manutenção do status de livre para os plantéis reprodutores industriais.
Em sistemas de produção de frangos de corte, basta o criador cumprir as medidas de biosseguridade preconizadas para avicultura e fazer uso de antibioticoterapia, caso surjam lotes com micoplasmose.
	
Doença que requer notificação imediata de qualquer caso confirmado (nível 3).
	
SALMONELLA (gallinarum)
	
O agente etiológico é o Salmonella gallinarum, subespécie entérica sorovar Gallinarum. Bactéria Gram negativa e imóvel, ausência de flagelos, possui características semelhantes a S. pullorum, mas, se diferem bioquimicamente, pois S. Gallinarum fermenta dulcitol e a outra não.
	
Ocorre a adesão as células epiteliais, atraem as células de defesa à parede do intestino. Bactérias se replicam no interior celular, ocorre a colonização no fígado e no baço.
	
Pintos nascidos de ovos infectados: moribundos ou mesmo mortos após a eclosão. Sonolentos, fracos, inapetência, com mau crescimento e desenvolvimento, e cloaca com matéria fecal aderida de coloração esbranquiçada.
Aves adultas:
queda repentina de consumo, apatia, cristas pálidas e encolhidas, com diarreia amarelo-esverdeada aderida as penas e cloaca, grave anemia hemolítica, queda de postura, dispneia e anemia até a morte. Curso de 5 a 7 dias e algumas aves sobrevivem.
	
Via vertical ou horizontal: contato direto: coabitação, fômites (roedores, tratadores, pessoas), é possível a transmissão via ovo. O contato entre ave doente e ave sadia, canibalismo e presença de aves mortas na granja são fatores que favorecem a transmissão do tifo aviário. Falta de higiene, presença de moscas, pássaros e roedores podem contribuir para disseminar o agente em propriedades avícolas. Veículos que transportam aves, esterco e ovos também despontam como meios eficientes de disseminação da bactéria.
	
Histórico de lote, sinais clínicos e lesões, provas sorológicas, exames laboratoriais e anatomopatológicos. Diagnóstico definitivo, isolamento e identificação da S. Gallinarum.
	
Aves até a 3° semana: encefalomielite aviária e aspergilose.
Aves adultas: Marek, septicemia, tifo aviário, pasteurelose e colibacilose. 
	
Sulfonamidas e nitrofuranos podem ser administradas nos primeiros 5 a 10 dias de vida, reduzindo a mortalidade. Cloranfenicol, clortetraciclina e apramicina. 
A pulverização de ovos com neomicina é sugerida para reduzir os efeitos da pulorose em aves recém-nascidas.
Vacinação: Nobilis® SG 9R, em aves de postura e matrizes.
Mesmo com tratamento, na maioria das vezes não é feito, não é viável o gasto, o melhor é abater as positivadas, incinerar.
	
Doença que requer notificação imediata de qualquer caso confirmado (nível 3).
	
SALMONELLA (pullorum)
	
Agente etiológico é a Salmonella pullorum. É imóvel, hospedeiro-específico, adaptado ao parasitismo em aves.
Ocorre geralmente em aves jovens - mais comum e severa em animais com menos de 3 semanas de idade (são mais susceptíveis).
Raramente ocorre: aves adultas
Família: Enterobacteriaceae. Gênero: Salmonella.
São bacilos Gram-negativos;
não formadores de esporos, ausência de flagelos.
	
Infecção, adesão as células epiteliais, atraem as células de defesa à parede do intestino. Bactérias se replicam no interior celular, ocorre a colonização no fígado e no baço. A doença progride afetando principalmente o sistema reprodutivo e digestório. 
	
Pintinhos: Sonolência, fraqueza, anorexia e morte repentina. Dificuldade respiratória e tosse ocorrem em função das extensas lesões pulmonares;
Ao redor da cloaca, observa-se acúmulo de fezes com coloração esbranquiçada, às vezes marrom esverdeada.
Aves sobreviventes: Cegueira e edema das articulações dos membros pélvicos e claudicação.
Aves adultas: sinais leves e inaparentes, podendo apresentar apatia. queda na produção de ovos, diminuição da fertilidade e eclodibilidade, anorexia, desidratação e diarreia.
	
Transmitida Via oral, forma vertical ou transovariana através da casca do ovo: podendo ocorrer transmissão através das fezes, canibalismo, procedimentos de debicagem ou por ingestão de ovos, água e camas contaminadas. Aves assintomáticas também transmitem.Testadas através de testes sorológicos: Aglutinação Rápida em Placa - Teste de Pulorose (com sangue total ou soro), também pode ser usado o ELISA.
	
-
	
Sulfonamidas e nitrofuranos podem ser administradas nos primeiros 5 a 10 dias de vida, reduzindo a mortalidade; cloranfenicol, clortetraciclina e apramicina também são indicados, a pulverização de ovos com neomicina é sugerida para reduzir os efeitos da pulorose em aves recém-nascidas.
	
Doença que requer notificação imediata de qualquer caso confirmado (nível 3).
	
SALMONELLA (paratíficas)
	
 Existem por volta de 100 espécies de Salmonella, dentre as mais comuns estão a S. typhimurium, S. enteriditis, S. angona, S. hadar, e etc.
O paratifo aviário ou infecções paratifoides são termos usados para definir a infecção por determinados sorovares não adaptados às aves, ao quais até por não possuírem preferência por um hospedeiro em especial, podem causar toxinfecções alimentares em humanos. Com exceção de S. Pullorum, S. Gallinarum e de Salmonella entérica subespécie arizone.
Bacilos Gram negativos, anaeróbicos facultativos, possuem flagelos e são móveis.
	
Toxinfecções alimentares em humanos e com pouco ou apenas leve impacto clínico em aves antes das duas semanas de idade.
	
Sinais restritos ao trato intestinal. São semelhantes - Pulorose e Tifo aviário - especialmente em aves jovens, sendo raramente observados em aves com mais de 14 dias de idade;
Apatia, penas arrepiadas, asas caídas, tendem a amontoarem-se e apresentam diarreia;
Cegueira e claudicação podem ser observadas;
Septicemia e morte.
Nos surtos em incubatórios é alto o número de ovos bicados e não bicados contendo embriões mortos. (eles bicam tentando sair do ovo, mas acabam morrendo, pois já estão muito fracos).
Aves adultas dificilmente manifestam sinais clínicos, mas podem apresentar inapetência, queda de postura e diarreia.
	
A principal via de infecção das salmonelas paratíficas é a Contaminação ORAL.
Transmissão vertical - contaminação do ovo no trato reprodutivo, e ao passar pela cloaca, contaminando-se com as fezes.
Transmissão horizontal - contato direto entre aves - por inalação e até mesmo pela mucosa conjuntival.
Água, fômites, artrópodes, roedores.
	
Histórico compatível;
Achados clínicos e de necropsia;
Sorologia, provas de aglutinação, microaglutinação e ensaios imunoenzimáticos.
Diagnóstico definitivo: isolamento e identificação do agente, para diferenciar o paratifo das outras salmoneloses, pulorose e tifo aviário.
	· 
	
Aplicação de drogas antibacterianas que atuam sobre Salmonella.
O tratamento reduz as perdas por mortalidade, mas não impede a ave de permanece portadora, eliminando salmonela nas fezes por período mais prolongado que as aves sem tratamento. Os tratamentos contra as salmoneloses são proibidos para reprodutores na avicultura industrial. O PNSA determina a eliminação de animais positivos para S. typhimurium e S. enteritidis.
Inclui a adoção de medidas de isolamento e biosseguridade de forma contínua durante todo o ciclo de criação, devem ser direcionados às aves reprodutoras, como o monitoramento sorológico e bacteriológico, eliminação das aves portadoras e tratamento dos ovos no galpão e no incubatório para evitar a transmissão vertical, sendo impossível a prevenção quando a bactéria está dentro do ovo.
	
Doença que requer notificação imediata de qualquer caso confirmado (nível 3).
	
ANEMIA INFECCIOSA
	
Conhecida como CAV OU CIAV, doença causada pela família: circoviridae, gênero: circovírus. 
A única espécie hospedeira natural conhecida do vírus é Gallus gallus domesticus; , anticorpos para a infecção foram detectados também em codornas.
Menor vírus, morfologia icosaédrica, DNA de fita simples e sem envelope.
	
Após infecção com o vírus, os hemocitoblastos na medula são uma das primeiras células alvo, causa depleção de células eritróides e mielóides levando a hemorragia e anemia. Precursores de células T no timo e os macrófagos também são alvos.
	
Forma clínica e subclínica: Imunossupressão, hemorragias subcutâneas e musculares, pluma arrepiada, asas azuladas, apatia, palidez, retardo de crescimento, destruição da medula óssea, anemia transitória, atrofia generalizada de órgãos linfoides. 
	
Horizontal:
Direta: ave para ave/ via fezes ou oral.
Indireta: instalações e fômites contaminados Vertical: matrizes adultas infectadas.
	
Sinais clínicos, desempenho zootécnico do lote, achados na necropsia, isolamento viral e detecção de anticorpos e ou genoma do vírus (PCR).
	
Doenças que apresentam sintomas similares: Gumboro, Marek, adenovírus, reovírus, ingestão de micotoxinas, e intoxicação por sulfa.
	
Monitoramento e controle sorológico (ELISA), uso da vacinação até 4 semanas antes do início da postura, diminuir possíveis fontes de stress, implementar medidas rigorosas de biosseguridade em toda a granja e incubatórios.
	
Notificação mensal de qualquer caso confirmado (nível 4).

Continue navegando