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Professor: Livio Mascarenhas / Aluna: Scarlett Sampaio.
MATÉRIA: ZOOTECNIA DE RUMINANTES- 6ª aula
Criação de ovinos e caprinos
Escrituração zootécnica na Caprinocultura e Ovinocultura:
· Levantamento de dados dentro da propriedade;
· Identificar pontos positivos e negativos da propriedade;
· Coleta de informações importantes;
· (EX.: Peso ao nascimento dos animais, peso da desmama, idade da ovelha ao parir....)
· Histórico da propriedade;
· Suporte e ações de gerenciamento;
· Monitoramento das ações planejadas;
· Levantamento e interpretação dos dados.
Decisões importantes:
· Compra e venda dos animais;
· Aquisição de insumos; (o custo com alimentação de uma propriedade equivale a 70%);
· Construção;
· Reforma;
· Ampliações; (precisa ser o mais barato, e o mais funcional possível);
Identificação dos animais:
· Principal informação;
· Primeira providência;
Identificação com brincos:
· (Hoje se usa a identificação com brinco e numeração), geralmente para identificar rebanhos comerciais.
· Uma propriedade sem identificação destes animais, não há como ter tomada de decisão.
· Brincos médios (durabilidade maior, numeração maior) e pequenos (durabilidade menor, usados em animais recém-nascidos);
· Fixação no centro da orelha;
· Custo baixo.
Características da identificação: 
· Segura;
· Permanente;
· Fácil colocação;
· Fácil visualização.
Outras formas de identificação:
Tatuagem:
· Equipamento tatuador;
· Identificação de números na superfície interna da orelha;
· Atualmente este tipo de identificação é mais utilizado para animais de pista, animais de exposição, animais de genética. 
Chips eletrônicos:
· A leitura eletrônica permite automatizar o manejo e indicar com precisão o rebanho, além de ajudar no controle reprodutivo, sanitário e genético.
· Essa tecnologia de identificação eletrônica permite um maior e melhor controle zootécnico, com registro periódico e sistematizado de todas as informações acerca de pesagens e curvas de crescimento, reprodução, parições, produção de características, carcaça, leite além de todo o pedigree dos animais, ou seja, informações sobre os ascendentes (pais) os descendentes (filhos) e os efeitos colaterais (irmãos e primos).
· O bolus, como é chamado o chip de identificação, tem 7 centímetros de comprimento e pesa cerca de 70 gramas. O acessório é composto por um microchip revestido numa cápsula de cerâmica. A aplicação é simples e rápida. Pela própria boca animal, o pesquisador ou técnico insere o bolus até ter uma certeza de que o acessório chegou ao retículo da cabra ou da ovelha. É lá que o chip conservado sem nenhum problema para o animal.
· Pode ser feita também em alguma superfície do animal (pele);
Coleiras:
· Cordão de alumínio, envolto por uma superfície de plástico, com uma placa de numeração dentro.
· Não indicados para rebanhos comerciais de pasto, animais ficam presos na cerca e podem morrer sufocados.
Programas - Sistemas de gerenciamento de rebanhos (SGR):
· O Sistema de Gerenciamento de Rebanhos (SGR) é um software em rede que permite o registro, armazenamento e gerenciamento das informações geradas em rebanhos de caprinos e ovinos. O software permite gerenciar informações de rebanhos de corte, leiteiros ou de dupla aptidão.
· Atualmente o sistema atende aos seguintes projetos de escrituração e seleção de rebanhos: Programa de Melhoramento Genético de Caprinos e Ovinos de Corte (GENECOC), Programa de Melhoramento Genético de Caprinos Leiteiros (CAPRAGENE) e Programa de Melhoramento Genético de Ovinos Leiteiros (OVISLEITE), coordenados pela Embrapa Caprinos e Ovinos.
Diferença entre caprinos e ovinos:
· Os ovinos são os carneiros e ovelhas, eles podem ser categorizados como lanados e deslanados. Os ovinos precisam de um clima mais úmido.
· Os caprinos, bode e a cabra, classificamos como nacionais ou exóticos. Vivem bem em áreas semiáridas.
São características dos ovinos (Ovis aries):
· Presença de 54 pares de cromossomos,
· Superfície de face mais retilínea;
· Orelhas com formato de colher;
· 3 a 32 vértebras caudais,
· Perfil nasal convexo,
· Chifres de seção transversal triangular espiralados,
· Fossas lacrimais,
· Possui um forame infraorbitário próximo a linha dos olhos;
· Glândulas interdigitais,
· Metacarpos e metatarsos bem reduzidos,
· Cauda comprida e caída,
· Ausência de odores afrodisíacos,
· Bolsa escrotal arredondada,
· Ausência de barba,
· Lábios superiores fendidos e móveis,
· As fêmeas apresentam sistema mamário com tetas curtas,
· Preferência por folhas estreitas,
· Andam sempre em grupo.
Borrego:
· Cordeiro não adulto que não está na idade de procriar.
São características dos caprinos (Capra hircus):
· Superfície de face mais concava;
· Orelhas caídas, retraídas;
· Presença de 60 pares de cromossomos,
· 12 a 16 vértebras caudais,
· Perfil nasal reto e aplainado,
· Chifres ovalados e achatados de cima para baixo e voltados para trás,
· Ausência de fossas lacrimais,
· Ausência de glândulas interdigitais,
· Metacarpos e metatarsos bem desenvolvidos,
· Cauda curta e levantada (cauda bandeira- em pé),
· Presença de glândulas de Schietzel (glândulas de odor hircino), responsáveis pela produção de odores afrodisíacos nos machos,
· Bolsa escrotal estreita e ovalada,
· Presença de barba,
· Lábios sem fendas,
· As fêmeas possuem tetas compridas,
· Preferência por folhas largas,
· São mais seletivos,
· Dispersam-se com facilidade.
Principais raças de caprinos e ovinos usadas no BRASIL:
MOXOTÓ:
· Pelagem branca ou baia, listra negra descendo da base dos chifres até a cavidade toráxica, podendo formar uma auréola em torno das cavidades orbitais, e descem pelo dorso do animal.
· Raça de dupla aptidão (leite ou abate), hoje são usadas mais para o consumo, do que para leite.
CANINDÉ:
· Pelagem preta com o ventre e pernas de tonalidade vermelha- amarelada ou branca.
· São animais de pequeno porte 55 cm de altura e peso médio de 40kg.
· Raça de dupla aptidão (leite ou abate), hoje são usadas mais para o consumo, do que para leite.
RAÇAS CAPRINAS ESPECIALIZADAS EM PRODUÇÃO DE LEITE:
· SAANEN;
· ALPINA.
SAANEN:
· Animais originários da Suíça, cujas temperaturas anuais são de 9,5ºC (clima frio);
· É talvez a raça leiteira mais famosa no mundo e tem contribuído para a formação e/ou melhoramento de muitas outras raças caprinas leiteiras;
· A pelagem é preferencialmente branca, mas existem indivíduos de coloração creme.
· Produzem até 5 litros de leite por dia;
· A média diária de leite no Brasil tem variado de 2,5 kg a 4,9 kg para uma lactação de 260 a 305 dias.
ALPINA:
· Animais originários da Suíça;
· São animais mais adaptáveis ao nosso clima;
· A pelagem em geral, é castanho- parda, com listra preta na região da nuca e dorso lombar;
· O peso médio dos machos é de 65kgs, e de 45 kg para as fêmeas;
· As médias de produção observadas no Brasil são as mesmas da SAANEN.
ANGLONUBIANA:
· Raça de origem inglesa, decorrente do acasalamento entre animais nubianos africanos, árabes e indianos e caprinos de pelo curto da Inglaterra;
· Animais de cabeça pequena, bem conformada, apresentando perfil convexo;
· Pelagem muito variada, animais pesados, fêmeas com 55 kg a 65 kg, já os machos 70 kg a 95 kg;
· Seu leite é mais rico em gordura, cerca de 1% e sólidos totais, em relação às médias, de outras raças;
· Se o produtor trabalha com produção de leite desta raça, ele utilizará menos leite para produzir queijo, quando comparado com as demais raças.
· Devido a sua corpulência é considerado um animal de aptidão mista, carne e leite.
MURCIANA:
· É uma raça de origem espanhola encontrada em todo o país;
· São originários de regiões de temperatura média anual de 17°C e de melhor adaptação ao ambiente tropical;
· A coloração é preta ou acaju (acastanhada), de pele fina e de pelo curtíssimo;
· O peso dos machos está em torno de 70 kg, e nas fêmeas de 50 kg;
· São animais leiteiros com alta produção de leite, o que é muito expressivo devido ao seu pequeno tamanho.
· Devido à alta produção de leite, sua demanda nutricional é maior e possuem tendência a desenvolverproblemas metabólicos.
RAÇAS CAPRINAS ESPECIALIZADAS EM PRODUÇÃO DE CARNE:
· BOER;
· SAVANA.
BOER:
· Originais da África do Sul, ancas bem separadas, musculosas e arredondadas;
· Aparelho mamário: úbere bem conformado, com bons ligamentos suspensórios;
· Pelagem: pelagem branca, vermelha variando do claro ao escuro na cabeça e orelhas, com faixa branca na face.
SAVANA:
· Originária da África do Sul, animais de pelagem branca e pele negra;
· É uma raça de grande porte, os machos podem pesar 130 kg, e as fêmeas de 60 a 70 kg.
RAÇAS NATIVAS DE OVINOS:
· MORADA NOVA;
· SANTA INÊS.
MORADA NOVA:
· As origens das raças de ovinos deslanados do Brasil não é bem conhecida;
· Animais descendentes de ovinos bordaleiros de Portugal e churros da Espanha;
· Pelagem avermelhada e branca, ausência de chifres, porém nos machos, é admitido a presença de rudimentos.
· Orelhas curtas;
· Membros finos e bem aprumados, cascos pequenos e escuros;
· Caracterizada pelo seu duplo propósito: produção de pele a carne;
· A produção de pele tem maior destaque na comercialização, em face da sua qualidade.
SANTA INÊS:
· Originário do nordeste brasileiro, é o resultado do cruzamento das raças morada nova, bergamacia e somalis;
· As características atuais dos animais são resultado do processo de seleção natural e do melhoramento genético de técnicos e criadores;
· Houve um melhoramento genético para a diminuição nas pernas destes animais, para que haja o maior acúmulo de carne na carcaça. (Maior predisposição a desenvolvimento de doenças articulares, afecções poldais).
· A pelagem é variada, sendo que comercialmente existe nos maiores criatórios uma maior preferência pela pelagem preta;
· Os machos chegam a pesar 120 a 130 kg, e as fêmeas 80 a 90 kg.
· As fêmeas se destacam pela excelente habilidade materna, prolificidade (tem a ver com fertilidade) e produção leiteira
DORPER:
· É uma raça da África do Sul;
· Foi desenvolvida para as regiões extensivas e áridas da África do Sul;
· Alta fertilidade, taxas excepcionais de reprodução e crescimento (alcançando 30/40 kg de peso vivo em 3 ou 4 meses) e alta habilidade materna.
· Cruzamento do macho dorper com a fêmea da santa Inês, agregando prolificidade, produção leiteira, e a habilidade materna, uma cruza de raça excepcional.
· Comprimento de corpo que é coberto por pêlo curto e lã;
· A raça tem a cabeça preta (dorper) ou branca (white dorper).
	OBS.: A habilidade materna expressa os cuidados relacionados com a alimentação e a proteção fornecidas pela mãe ao filhote, durante a gestação e após o nascimento. Os cuidados parentais conduzem à maior aptidão do filhote, aumentando a taxa de sobrevivência e o desempenho reprodutivo dos pais. Está relacionada a todos os aspectos da interação mãe-filho, incluindo proteção, amamentação, acolhida, dentre outros, que promovem o desmame de crias sadias e com bom desenvolvimento muscular.
Se a fêmea não possui habilidade materna, ela é tirada do rebanho e utilizada em outro lugar de produção.
SUFFOLK:
· É oriunda da Inglaterra;
· São animais robustos, de constituição robusta, com grande fecundidade e precocidade;
· Seu rendimento de carcaça atinge 50 a 60% com pouca gordura externa;
· Ganhos diários de 400g – dia a pasto;
· Muito prolífera, sendo uma das melhores para cruzamento industrial.
O que é manejo sanitário?
Diferença de um animal sadio x animal doente:
ANIMAL SADIO:
· Ativo;
· Apetite normal;
· Pelos lisos e brilhantes;
· Fezes em forma de sílabas e brilhantes;
· Ruminação ativa;
· Desenvolvimento corporal ativo;
· Mucosas rosadas, úmidas e brilhantes;
· Olhos vivos e brilhantes.
ANIMAL DOENTE:
· Animal apático, isolado do rebanho;
· Diminuição e/ou perda de apetite;
· Queda de pelos, sem brilho e arrepiados;
· Fezes pastosas, diarreias, mau cheiro, sanguinolenta e escuras;
· Animal raquítico;
· Caquético;
· Aumento dos linfonodos;
· Articulações aumentadas;
· Abcessos;
· Edemas.
Uma das doenças que mais afeta estes animais é o ECTIMA GONTAGIOSO.
Doenças:
ECTIMA GONTAGIOSO
· Conhecida também como boqueira, dermatite labial, dermatite pustular contagiosa, que acomete caprinos e principalmente os ovinos;
· Sinais clínicos: surgimento de pequenas manchas, que evoluem nódulos, vesículas, pústulas e crostas;
· Frequentemente em olhos, lábios e comissura labial; (podem acometer também membros e glândulas mamárias);
· Causa dor ao animal ao se alimentar;
· Animais desenvolvem anorexia, perda de peso e desidratação;
· Transmissão: altamente transmissível, alta morbidade, curso agudo (50% do rebanho se infecta), animais de 3 a 6 meses são mais susceptíveis;
· É um vírus, causado por um parapoxvírus da família Poxviridae;
· Tratamento e controle: quarentena e isolamento (imediatamente), fornecimento de colostro das mães vacinada, vacinação, desbridamento das lesões (glicerina iodada), curativo das lesões com violeta genciana ou hipoclorito e auto-hemoterapia.
· Desbridamento é um trabalho doloroso para o animal, faz se com uma bucha (lado verde), mas se não tratar o animal pode vir a óbito. (Cuidado com as moscas, se elas pousarem nessa crosta, elas podem infectar mais animais).
· É uma zoonose, transmissível para os humanos. 
· Não há uma cura, é um tratamento paliativo, o organismo do animal aprende a conviver com aquele vírus, se uma fêmea tiver filhotes, é possível que a carga viral da doença passe para o filhote na amamentação.
· Com o tratamento paliativo para reduzir a carga viral da doença, não atrapalha no consumo da carne deste animal.
	OBS.: Auto- hemoterapia - Ela consiste na retirada de sangue venoso do próprio animal e reaplicado na fase lateral intramuscular. Estudos dizem que melhora a imunidade do animal, se uma fez baixa a auto-hemoterapia auxilia para aumento significativo nas células imunológicas (SANTOS et al., 2011).
Auxilia no tratamento do ectima contagioso.
Nota-se que com algumas aplicações os animais não tinham mais a necessidade de realizar novos desbridamentos.
	OBS.: TODO ANIMAL NOVO NA PROPRIEDADE DEVE PASSAR POR UM PERIODO DE QUARENTENA E ISOLAMENTO, NÃO O COLOQUE DIRETO COM O REBANHO PARA NÃO TRANSMITIR DOENÇAS.
LINFADENITE CASEOSA:
· Conhecida como falso caroço ou falsa tuberculose;
· Enfermidade infectocontagiosa crônica;
· Causada por uma bactéria denominada Corynebacterium pseudotuberculosis;
· Presença de abscessos em linfonodos superficiais;
· Transmissão: contato com material purulento de animais infectados, contato direto com outro animal, alimento, água ou instalações contaminadas;
· Sinais clínicos: falta de apetite, aumento dos linfonodos, emagrecimento, pelos arrepiados, anemia, diarreia;
· Tratamento e controle: quarentena e isolamento, tratamento através da excisão de material purulento, descarte dos animais infectados, vacinação.
· A distribuição da enfermidade é mundial e causa impacto econômico na caprinocultura e ovinocultura em virtude da redução na produção de lã, carne e leite, além da condenação de carcaças e couro;
· A drenagem do abscesso é necessária para tornar mais eficiente o tratamento;
· Animais com linfadenite caseosa não devem ser consumidos pois representam um risco à saúde humana.
PODODERMATITE:
· Conhecida como manqueira, podridão dos cascos, pododermatite contagiosa, ou FOOT-ROT;
· Doença crônica, infecciosa e necrosante;
· É caracterizada pela formação de abscessos;
· Maior ocorrência no período chuvoso, devido ao calor e humidade;
· Transmissão: excesso de humidade no ambiente (através de 2 bactérias dichelobacter nodosus, e fusobacterium necrophorum – que causam uma dermatite interdigital e produz toxinas que causam necrose, já a D. nodosus, com auxílio das fímbrias penetram o tecido epidérmico do casco causando necrose e descolamento da parede dos cascos.);
· Sinais clínicos: apatia e perda de peso, claudicação, pastejo ajoelhado (posição de cachorro), queda na produção, descolamento do estojo córneo;
· Dependendo da gravidade das lesões, o animal poderá não se manter em pé, permanecendo deitado a maior parte do tempo. 
· Geralmente, observam-seaumento da temperatura, edema (inchaço) e rubor (vermelhidão) entre os cascos. Quando não tratadas, as lesões, podem evoluir, desenvolvendo a formação de material purulento e fétido e, não muito raro, o deslocamento dos cascos (forma grave da doença).
· Tratamento e controle: evitar humidade, casqueamento preventivo e curativo, após o casqueamento realizar imersão do casco do animal em sulfato de cobre para estimular o enrijecimento do estojo córneo;
· Uso de pedilúvios (formol 5%, sulfato de zinco 10%, cobre 5% (maior facilidade para encontrar no mercado));
· Limpar, lavar e remover todos os tecidos necrosados do casco.
· Curativo com sulfato de zinco 10% ou cobre 5%, e ataduras;
· Antibioticoterapia: (florfenicol, ceftiofur, penicilinas).
CLOSTRIDIOSES:
· Grupos de doenças mais importantes em pequenos ruminantes;
· Caracterizam-se por infecções agudas, causadas por bactérias anaeróbicas e de forma esporulada;
· Doença que cursa com mortes súbitas;
· Transmissão: penetram através de cortes e injeções, ingestão de alimentos e água contaminada, agulha contaminada;
· Bactérias do gênero Clostrídios;
· Clostridium tetani:
· Pode acometer animais de qualquer idade;
· Ferimentos são a principal porta de entrada --> tosquia, castração, corte de cauda, descorna (proibidos se a finalidade for estética), aplicação de vacinas e/ou medicamentos;
· Em filhotes, o cordão umbilical é a maior porta de entrada (cura do umbigo);
· É preciso que haja uma condição de anaerobiose para proliferação, o que ocorre muito em feridas profundas;
· Sinais clínicos: Rigidez muscular, perda de movimento nos membros, tremores, trismo (morder o próprio dente), timpanismo, dificuldade respiratória, incontinência urinária, resposta exagerada a estímulos sonoros e luminosos, opistótono;
· Morte entre o terceiro e quarto dia do aparecimento de sinais clínicos.
· Clostridium perfrigens tipo D:
· Enterotoxemia que ocorre com maior frequência em caprinos e ovinos;
· Habitante normal do trato gastrintestinal, proliferando-se em condições propícias;
· Distúrbio alimentar: alta concentração de amido nos alimentos que estimulam a proliferação da bactéria C. perfringens tipo D.
· Mudanças bruscas na alimentação --> proliferação exagerada --> alta concentração de toxinas --> absorção pelo intestino --> órgãos (cérebro, rins, pulmões e coração);
· Geralmente acomete animais que estão em dietas altamente nutritivas e em condições corporais excelentes ou cabrito que recebem grandes quantidades de leite;
· Óbito entre 6 e 24 horas;
· Incoordenação motora, dificuldade para andar, opistótono, movimento de pedalagem.
· Clostridium perfrigens tipo B ou C:
· Geralmente acomete cordeiros com menos de 3 semanas de idade e com maior frequência nos lactantes;
· Curso da doença varia de subagudo ou morte súbita;
· Geralmente os animais evoluem para o óbito antes de 24 horas após o início dos sinais clínicos;
· Diarreias com presença ou não de sangue, ausência de sinais neurológicos.
Protocolo vacinal:
ONFALOPATIAS:
· Acomete animais na primeira semana de vida, principalmente do segundo ao quinto dia de vida;
· Decorre da não cura do umbigo;
· Cursa com perda de pesos e grandes prejuízos econômicos;
· Etiologia multifatorial;
· Tipos:
· Onfalite: umbigo;
· Onfaloblebite: umbigo + veia umbilical;
· Onfaloarterite: umbigo + artéria umbilical;
· Uraquite: umbigo + úraco + bexiga + rim.
· Sinais clínicos: aumento de volume umbigo, presença ou não de exsudato (presença de secreção purulenta), abscessos hepáticos; poliartrite, pneumonia, dores abdominais, apatia, febre, diarreia. 
	OBS.: CURA DO UMBIGO --> o processo de cura de umbigo representa um cuidado inicial extremamente importante para a saúde das leiteiras e que impacta diretamente seu desenvolvimento futuro.
Recomenda-se que seja feita imediatamente após o nascimento da bezerra, imergindo o cordão umbilical até a sua base na tintura de iodo durante aproximadamente 30 segundos. A frequência mínima a ser adotada é de 2 vezes por dia, até o dia em que o umbigo seque e se desprenda do abdômen. 
Evita o surgimento de patologias do ambiente externo para o meio interno do animal. Curar e secar o umbigo significa evitar a entrada de agentes causadores de diversas doenças, e garante a redução de doenças e de mortalidade. 
· ONFALITE:
· Toxemia aguda;
· Sensibilidade dolorosa a palpação;
· Depressão;
· Febre;
· Não mama.
· Aumento de volume umbilical, com presença de secreção purulenta.
· ONFALOBLEBITE:
· Toxemia crônica (1 a 3 meses de idade);
· Aumento do volume umbilical;
· Presença de secreção purulenta ou não;
· Septicemia e abscessos hepáticos.
CORDÃO UMBILICAL DIRETAMENTE LIGADO AO FÍGADO - FIGADO CHEIO DE ABCESSOS DEVIDO A MAL CURA DO UMBIGO
· ONFALOARTERITE:
· São menos comuns;
· Abscessos surgem ao longo das artérias umbilicais;
· Toxemia crônica;
· Subdesenvolvimento;
· Poliartrite.
EDEMA NAS ARTICULAÇÕES
· URAQUITE:
· Ascendência para bexiga;
· Evolução para cistite e piúria;
· Sensibilidade dolorosa a palpação;
· Prostração;
· Febre.
· PROFILAXIA (medidas de prevenção e preservação): Ambiente limpo; ingestão de colostro nas primeiras horas (até 6 horas após o nascimento); Corte do umbigo (2 Dedos acima da linha do umbigo); Cura do umbigo (solução iodo %) até que caia. 
· Tratamento: tricotomia, antissepsia, incisão, drenagem do abscesso, limpeza e curativo da ferida, antibioticoterapia, antiflamatórios, em alguns casos precisam passar por procedimentos cirúrgicos.
PROCESSO CORRETO DE CURA DO UMBIGO X PROCESSO INCORRETO DE CURA DO UMBIGO, É IMERGIR O UMBIGO DENTRO DA SOLUÇÃO E NÃO COLOCAR A SOLUÇÃO DENTRO DA CAVIDADE ABDOMINAL DO ANIMAL.
VERMINOSES:
· Parasitas gastrointestinais;
· Habitam rúmen, retículo, abomaso e intestinos;
· Perdas de produtividade e economia;
· Alta morbidade e mortalidade de até 30%;
· Gera injurias na mucosa do animal, tudo que ele ingere não consegue absorver;
· Sinais clínicos: apatia, perda de peso, anemia, edema submandibular, pelo grosso e sem brilho, diarreia, retardo no desenvolvimento e morte.
· Transmissão: animais em áreas superlotadas e pequenas, pastagens contaminadas, infecção da ingestão de larvas L3 nas pastagens.
· Medidas de controle: 
· Tratamento curativo: vermifugação dos animais com sinais clínicos de verminose;
· Tratamento supressivo: vermifugação em curto período de tempo;
· Tratamento tático: compra de animais, mudança de pastagens;
· Tratamento estratégico: depende do conhecimento da epidemiologia dos parasitos, das interações com os hospedeiros no ambiente e sistema produtivo.
· Controle integrado da verminose: atacar a doença de diferentes formas e reduzir ao máximo o uso de vermífugos;
· Escolher corretamente o grupo químico do vermífugo;
· Implantar na propriedade o método FAMACHA e o descarte orientado dos animais que receberam 8 ou mais doses de vermífugo no período de 6 meses;
· Adotar as práticas de redução da contaminação das pastagens.
TIPOS DE VERMIFUGOS USADOS ATUALMENTE NA CRIAÇÃO DE OVINOS E CAPRINOS
	O que é o método de FARMACHA --> avalia a coloração da mucosa ocular, deve ser utilizado apenas para os ovinos, pois os caprinos possuem uma coloração diferente da mucosa.
Vermifugação tática: (TÁTICAS QUE ERAM UTILIZADAS ANTES)
· Vermifugação emergencial para os animais que apresentam sinais visíveis da verminose (emagrecimento, anemia, papeira, diarreia, queda na produção de carne ou leite);
· Vermifugue os animais de compra antes de incorporá-los no rebanho;
· Vermifugue as fêmeas gestantes 15 dias antes do parto;
· Vermifugue as fêmeas 15 dias antes da estação de monta, evitando vermifuga-las no terço inicial da prenhez (primeiros 45 dias) para evitar problemas com a cria.
VALE A PENA VERMIFUGAR? É MELHOR PREVENIR OU REMEDIAR?
Prevenção:
· Higiene e profilaxia da instalação dos animais;
· Profilaxia: (creolina- 20 litros de água, 20 ml de creolina), (amônia quaternário de acordo com as recomendações do fabricante), ou (água sanitária- 20 litros de água + 400 ml de água sanitária).
· Cal virgem.

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