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Professor: Livio Mascarenhas / Aluna: Scarlett Sampaio. MATÉRIA: ZOOTECNIA DE RUMINANTES- 6ª aula Criação de ovinos e caprinos Escrituração zootécnica na Caprinocultura e Ovinocultura: · Levantamento de dados dentro da propriedade; · Identificar pontos positivos e negativos da propriedade; · Coleta de informações importantes; · (EX.: Peso ao nascimento dos animais, peso da desmama, idade da ovelha ao parir....) · Histórico da propriedade; · Suporte e ações de gerenciamento; · Monitoramento das ações planejadas; · Levantamento e interpretação dos dados. Decisões importantes: · Compra e venda dos animais; · Aquisição de insumos; (o custo com alimentação de uma propriedade equivale a 70%); · Construção; · Reforma; · Ampliações; (precisa ser o mais barato, e o mais funcional possível); Identificação dos animais: · Principal informação; · Primeira providência; Identificação com brincos: · (Hoje se usa a identificação com brinco e numeração), geralmente para identificar rebanhos comerciais. · Uma propriedade sem identificação destes animais, não há como ter tomada de decisão. · Brincos médios (durabilidade maior, numeração maior) e pequenos (durabilidade menor, usados em animais recém-nascidos); · Fixação no centro da orelha; · Custo baixo. Características da identificação: · Segura; · Permanente; · Fácil colocação; · Fácil visualização. Outras formas de identificação: Tatuagem: · Equipamento tatuador; · Identificação de números na superfície interna da orelha; · Atualmente este tipo de identificação é mais utilizado para animais de pista, animais de exposição, animais de genética. Chips eletrônicos: · A leitura eletrônica permite automatizar o manejo e indicar com precisão o rebanho, além de ajudar no controle reprodutivo, sanitário e genético. · Essa tecnologia de identificação eletrônica permite um maior e melhor controle zootécnico, com registro periódico e sistematizado de todas as informações acerca de pesagens e curvas de crescimento, reprodução, parições, produção de características, carcaça, leite além de todo o pedigree dos animais, ou seja, informações sobre os ascendentes (pais) os descendentes (filhos) e os efeitos colaterais (irmãos e primos). · O bolus, como é chamado o chip de identificação, tem 7 centímetros de comprimento e pesa cerca de 70 gramas. O acessório é composto por um microchip revestido numa cápsula de cerâmica. A aplicação é simples e rápida. Pela própria boca animal, o pesquisador ou técnico insere o bolus até ter uma certeza de que o acessório chegou ao retículo da cabra ou da ovelha. É lá que o chip conservado sem nenhum problema para o animal. · Pode ser feita também em alguma superfície do animal (pele); Coleiras: · Cordão de alumínio, envolto por uma superfície de plástico, com uma placa de numeração dentro. · Não indicados para rebanhos comerciais de pasto, animais ficam presos na cerca e podem morrer sufocados. Programas - Sistemas de gerenciamento de rebanhos (SGR): · O Sistema de Gerenciamento de Rebanhos (SGR) é um software em rede que permite o registro, armazenamento e gerenciamento das informações geradas em rebanhos de caprinos e ovinos. O software permite gerenciar informações de rebanhos de corte, leiteiros ou de dupla aptidão. · Atualmente o sistema atende aos seguintes projetos de escrituração e seleção de rebanhos: Programa de Melhoramento Genético de Caprinos e Ovinos de Corte (GENECOC), Programa de Melhoramento Genético de Caprinos Leiteiros (CAPRAGENE) e Programa de Melhoramento Genético de Ovinos Leiteiros (OVISLEITE), coordenados pela Embrapa Caprinos e Ovinos. Diferença entre caprinos e ovinos: · Os ovinos são os carneiros e ovelhas, eles podem ser categorizados como lanados e deslanados. Os ovinos precisam de um clima mais úmido. · Os caprinos, bode e a cabra, classificamos como nacionais ou exóticos. Vivem bem em áreas semiáridas. São características dos ovinos (Ovis aries): · Presença de 54 pares de cromossomos, · Superfície de face mais retilínea; · Orelhas com formato de colher; · 3 a 32 vértebras caudais, · Perfil nasal convexo, · Chifres de seção transversal triangular espiralados, · Fossas lacrimais, · Possui um forame infraorbitário próximo a linha dos olhos; · Glândulas interdigitais, · Metacarpos e metatarsos bem reduzidos, · Cauda comprida e caída, · Ausência de odores afrodisíacos, · Bolsa escrotal arredondada, · Ausência de barba, · Lábios superiores fendidos e móveis, · As fêmeas apresentam sistema mamário com tetas curtas, · Preferência por folhas estreitas, · Andam sempre em grupo. Borrego: · Cordeiro não adulto que não está na idade de procriar. São características dos caprinos (Capra hircus): · Superfície de face mais concava; · Orelhas caídas, retraídas; · Presença de 60 pares de cromossomos, · 12 a 16 vértebras caudais, · Perfil nasal reto e aplainado, · Chifres ovalados e achatados de cima para baixo e voltados para trás, · Ausência de fossas lacrimais, · Ausência de glândulas interdigitais, · Metacarpos e metatarsos bem desenvolvidos, · Cauda curta e levantada (cauda bandeira- em pé), · Presença de glândulas de Schietzel (glândulas de odor hircino), responsáveis pela produção de odores afrodisíacos nos machos, · Bolsa escrotal estreita e ovalada, · Presença de barba, · Lábios sem fendas, · As fêmeas possuem tetas compridas, · Preferência por folhas largas, · São mais seletivos, · Dispersam-se com facilidade. Principais raças de caprinos e ovinos usadas no BRASIL: MOXOTÓ: · Pelagem branca ou baia, listra negra descendo da base dos chifres até a cavidade toráxica, podendo formar uma auréola em torno das cavidades orbitais, e descem pelo dorso do animal. · Raça de dupla aptidão (leite ou abate), hoje são usadas mais para o consumo, do que para leite. CANINDÉ: · Pelagem preta com o ventre e pernas de tonalidade vermelha- amarelada ou branca. · São animais de pequeno porte 55 cm de altura e peso médio de 40kg. · Raça de dupla aptidão (leite ou abate), hoje são usadas mais para o consumo, do que para leite. RAÇAS CAPRINAS ESPECIALIZADAS EM PRODUÇÃO DE LEITE: · SAANEN; · ALPINA. SAANEN: · Animais originários da Suíça, cujas temperaturas anuais são de 9,5ºC (clima frio); · É talvez a raça leiteira mais famosa no mundo e tem contribuído para a formação e/ou melhoramento de muitas outras raças caprinas leiteiras; · A pelagem é preferencialmente branca, mas existem indivíduos de coloração creme. · Produzem até 5 litros de leite por dia; · A média diária de leite no Brasil tem variado de 2,5 kg a 4,9 kg para uma lactação de 260 a 305 dias. ALPINA: · Animais originários da Suíça; · São animais mais adaptáveis ao nosso clima; · A pelagem em geral, é castanho- parda, com listra preta na região da nuca e dorso lombar; · O peso médio dos machos é de 65kgs, e de 45 kg para as fêmeas; · As médias de produção observadas no Brasil são as mesmas da SAANEN. ANGLONUBIANA: · Raça de origem inglesa, decorrente do acasalamento entre animais nubianos africanos, árabes e indianos e caprinos de pelo curto da Inglaterra; · Animais de cabeça pequena, bem conformada, apresentando perfil convexo; · Pelagem muito variada, animais pesados, fêmeas com 55 kg a 65 kg, já os machos 70 kg a 95 kg; · Seu leite é mais rico em gordura, cerca de 1% e sólidos totais, em relação às médias, de outras raças; · Se o produtor trabalha com produção de leite desta raça, ele utilizará menos leite para produzir queijo, quando comparado com as demais raças. · Devido a sua corpulência é considerado um animal de aptidão mista, carne e leite. MURCIANA: · É uma raça de origem espanhola encontrada em todo o país; · São originários de regiões de temperatura média anual de 17°C e de melhor adaptação ao ambiente tropical; · A coloração é preta ou acaju (acastanhada), de pele fina e de pelo curtíssimo; · O peso dos machos está em torno de 70 kg, e nas fêmeas de 50 kg; · São animais leiteiros com alta produção de leite, o que é muito expressivo devido ao seu pequeno tamanho. · Devido à alta produção de leite, sua demanda nutricional é maior e possuem tendência a desenvolverproblemas metabólicos. RAÇAS CAPRINAS ESPECIALIZADAS EM PRODUÇÃO DE CARNE: · BOER; · SAVANA. BOER: · Originais da África do Sul, ancas bem separadas, musculosas e arredondadas; · Aparelho mamário: úbere bem conformado, com bons ligamentos suspensórios; · Pelagem: pelagem branca, vermelha variando do claro ao escuro na cabeça e orelhas, com faixa branca na face. SAVANA: · Originária da África do Sul, animais de pelagem branca e pele negra; · É uma raça de grande porte, os machos podem pesar 130 kg, e as fêmeas de 60 a 70 kg. RAÇAS NATIVAS DE OVINOS: · MORADA NOVA; · SANTA INÊS. MORADA NOVA: · As origens das raças de ovinos deslanados do Brasil não é bem conhecida; · Animais descendentes de ovinos bordaleiros de Portugal e churros da Espanha; · Pelagem avermelhada e branca, ausência de chifres, porém nos machos, é admitido a presença de rudimentos. · Orelhas curtas; · Membros finos e bem aprumados, cascos pequenos e escuros; · Caracterizada pelo seu duplo propósito: produção de pele a carne; · A produção de pele tem maior destaque na comercialização, em face da sua qualidade. SANTA INÊS: · Originário do nordeste brasileiro, é o resultado do cruzamento das raças morada nova, bergamacia e somalis; · As características atuais dos animais são resultado do processo de seleção natural e do melhoramento genético de técnicos e criadores; · Houve um melhoramento genético para a diminuição nas pernas destes animais, para que haja o maior acúmulo de carne na carcaça. (Maior predisposição a desenvolvimento de doenças articulares, afecções poldais). · A pelagem é variada, sendo que comercialmente existe nos maiores criatórios uma maior preferência pela pelagem preta; · Os machos chegam a pesar 120 a 130 kg, e as fêmeas 80 a 90 kg. · As fêmeas se destacam pela excelente habilidade materna, prolificidade (tem a ver com fertilidade) e produção leiteira DORPER: · É uma raça da África do Sul; · Foi desenvolvida para as regiões extensivas e áridas da África do Sul; · Alta fertilidade, taxas excepcionais de reprodução e crescimento (alcançando 30/40 kg de peso vivo em 3 ou 4 meses) e alta habilidade materna. · Cruzamento do macho dorper com a fêmea da santa Inês, agregando prolificidade, produção leiteira, e a habilidade materna, uma cruza de raça excepcional. · Comprimento de corpo que é coberto por pêlo curto e lã; · A raça tem a cabeça preta (dorper) ou branca (white dorper). OBS.: A habilidade materna expressa os cuidados relacionados com a alimentação e a proteção fornecidas pela mãe ao filhote, durante a gestação e após o nascimento. Os cuidados parentais conduzem à maior aptidão do filhote, aumentando a taxa de sobrevivência e o desempenho reprodutivo dos pais. Está relacionada a todos os aspectos da interação mãe-filho, incluindo proteção, amamentação, acolhida, dentre outros, que promovem o desmame de crias sadias e com bom desenvolvimento muscular. Se a fêmea não possui habilidade materna, ela é tirada do rebanho e utilizada em outro lugar de produção. SUFFOLK: · É oriunda da Inglaterra; · São animais robustos, de constituição robusta, com grande fecundidade e precocidade; · Seu rendimento de carcaça atinge 50 a 60% com pouca gordura externa; · Ganhos diários de 400g – dia a pasto; · Muito prolífera, sendo uma das melhores para cruzamento industrial. O que é manejo sanitário? Diferença de um animal sadio x animal doente: ANIMAL SADIO: · Ativo; · Apetite normal; · Pelos lisos e brilhantes; · Fezes em forma de sílabas e brilhantes; · Ruminação ativa; · Desenvolvimento corporal ativo; · Mucosas rosadas, úmidas e brilhantes; · Olhos vivos e brilhantes. ANIMAL DOENTE: · Animal apático, isolado do rebanho; · Diminuição e/ou perda de apetite; · Queda de pelos, sem brilho e arrepiados; · Fezes pastosas, diarreias, mau cheiro, sanguinolenta e escuras; · Animal raquítico; · Caquético; · Aumento dos linfonodos; · Articulações aumentadas; · Abcessos; · Edemas. Uma das doenças que mais afeta estes animais é o ECTIMA GONTAGIOSO. Doenças: ECTIMA GONTAGIOSO · Conhecida também como boqueira, dermatite labial, dermatite pustular contagiosa, que acomete caprinos e principalmente os ovinos; · Sinais clínicos: surgimento de pequenas manchas, que evoluem nódulos, vesículas, pústulas e crostas; · Frequentemente em olhos, lábios e comissura labial; (podem acometer também membros e glândulas mamárias); · Causa dor ao animal ao se alimentar; · Animais desenvolvem anorexia, perda de peso e desidratação; · Transmissão: altamente transmissível, alta morbidade, curso agudo (50% do rebanho se infecta), animais de 3 a 6 meses são mais susceptíveis; · É um vírus, causado por um parapoxvírus da família Poxviridae; · Tratamento e controle: quarentena e isolamento (imediatamente), fornecimento de colostro das mães vacinada, vacinação, desbridamento das lesões (glicerina iodada), curativo das lesões com violeta genciana ou hipoclorito e auto-hemoterapia. · Desbridamento é um trabalho doloroso para o animal, faz se com uma bucha (lado verde), mas se não tratar o animal pode vir a óbito. (Cuidado com as moscas, se elas pousarem nessa crosta, elas podem infectar mais animais). · É uma zoonose, transmissível para os humanos. · Não há uma cura, é um tratamento paliativo, o organismo do animal aprende a conviver com aquele vírus, se uma fêmea tiver filhotes, é possível que a carga viral da doença passe para o filhote na amamentação. · Com o tratamento paliativo para reduzir a carga viral da doença, não atrapalha no consumo da carne deste animal. OBS.: Auto- hemoterapia - Ela consiste na retirada de sangue venoso do próprio animal e reaplicado na fase lateral intramuscular. Estudos dizem que melhora a imunidade do animal, se uma fez baixa a auto-hemoterapia auxilia para aumento significativo nas células imunológicas (SANTOS et al., 2011). Auxilia no tratamento do ectima contagioso. Nota-se que com algumas aplicações os animais não tinham mais a necessidade de realizar novos desbridamentos. OBS.: TODO ANIMAL NOVO NA PROPRIEDADE DEVE PASSAR POR UM PERIODO DE QUARENTENA E ISOLAMENTO, NÃO O COLOQUE DIRETO COM O REBANHO PARA NÃO TRANSMITIR DOENÇAS. LINFADENITE CASEOSA: · Conhecida como falso caroço ou falsa tuberculose; · Enfermidade infectocontagiosa crônica; · Causada por uma bactéria denominada Corynebacterium pseudotuberculosis; · Presença de abscessos em linfonodos superficiais; · Transmissão: contato com material purulento de animais infectados, contato direto com outro animal, alimento, água ou instalações contaminadas; · Sinais clínicos: falta de apetite, aumento dos linfonodos, emagrecimento, pelos arrepiados, anemia, diarreia; · Tratamento e controle: quarentena e isolamento, tratamento através da excisão de material purulento, descarte dos animais infectados, vacinação. · A distribuição da enfermidade é mundial e causa impacto econômico na caprinocultura e ovinocultura em virtude da redução na produção de lã, carne e leite, além da condenação de carcaças e couro; · A drenagem do abscesso é necessária para tornar mais eficiente o tratamento; · Animais com linfadenite caseosa não devem ser consumidos pois representam um risco à saúde humana. PODODERMATITE: · Conhecida como manqueira, podridão dos cascos, pododermatite contagiosa, ou FOOT-ROT; · Doença crônica, infecciosa e necrosante; · É caracterizada pela formação de abscessos; · Maior ocorrência no período chuvoso, devido ao calor e humidade; · Transmissão: excesso de humidade no ambiente (através de 2 bactérias dichelobacter nodosus, e fusobacterium necrophorum – que causam uma dermatite interdigital e produz toxinas que causam necrose, já a D. nodosus, com auxílio das fímbrias penetram o tecido epidérmico do casco causando necrose e descolamento da parede dos cascos.); · Sinais clínicos: apatia e perda de peso, claudicação, pastejo ajoelhado (posição de cachorro), queda na produção, descolamento do estojo córneo; · Dependendo da gravidade das lesões, o animal poderá não se manter em pé, permanecendo deitado a maior parte do tempo. · Geralmente, observam-seaumento da temperatura, edema (inchaço) e rubor (vermelhidão) entre os cascos. Quando não tratadas, as lesões, podem evoluir, desenvolvendo a formação de material purulento e fétido e, não muito raro, o deslocamento dos cascos (forma grave da doença). · Tratamento e controle: evitar humidade, casqueamento preventivo e curativo, após o casqueamento realizar imersão do casco do animal em sulfato de cobre para estimular o enrijecimento do estojo córneo; · Uso de pedilúvios (formol 5%, sulfato de zinco 10%, cobre 5% (maior facilidade para encontrar no mercado)); · Limpar, lavar e remover todos os tecidos necrosados do casco. · Curativo com sulfato de zinco 10% ou cobre 5%, e ataduras; · Antibioticoterapia: (florfenicol, ceftiofur, penicilinas). CLOSTRIDIOSES: · Grupos de doenças mais importantes em pequenos ruminantes; · Caracterizam-se por infecções agudas, causadas por bactérias anaeróbicas e de forma esporulada; · Doença que cursa com mortes súbitas; · Transmissão: penetram através de cortes e injeções, ingestão de alimentos e água contaminada, agulha contaminada; · Bactérias do gênero Clostrídios; · Clostridium tetani: · Pode acometer animais de qualquer idade; · Ferimentos são a principal porta de entrada --> tosquia, castração, corte de cauda, descorna (proibidos se a finalidade for estética), aplicação de vacinas e/ou medicamentos; · Em filhotes, o cordão umbilical é a maior porta de entrada (cura do umbigo); · É preciso que haja uma condição de anaerobiose para proliferação, o que ocorre muito em feridas profundas; · Sinais clínicos: Rigidez muscular, perda de movimento nos membros, tremores, trismo (morder o próprio dente), timpanismo, dificuldade respiratória, incontinência urinária, resposta exagerada a estímulos sonoros e luminosos, opistótono; · Morte entre o terceiro e quarto dia do aparecimento de sinais clínicos. · Clostridium perfrigens tipo D: · Enterotoxemia que ocorre com maior frequência em caprinos e ovinos; · Habitante normal do trato gastrintestinal, proliferando-se em condições propícias; · Distúrbio alimentar: alta concentração de amido nos alimentos que estimulam a proliferação da bactéria C. perfringens tipo D. · Mudanças bruscas na alimentação --> proliferação exagerada --> alta concentração de toxinas --> absorção pelo intestino --> órgãos (cérebro, rins, pulmões e coração); · Geralmente acomete animais que estão em dietas altamente nutritivas e em condições corporais excelentes ou cabrito que recebem grandes quantidades de leite; · Óbito entre 6 e 24 horas; · Incoordenação motora, dificuldade para andar, opistótono, movimento de pedalagem. · Clostridium perfrigens tipo B ou C: · Geralmente acomete cordeiros com menos de 3 semanas de idade e com maior frequência nos lactantes; · Curso da doença varia de subagudo ou morte súbita; · Geralmente os animais evoluem para o óbito antes de 24 horas após o início dos sinais clínicos; · Diarreias com presença ou não de sangue, ausência de sinais neurológicos. Protocolo vacinal: ONFALOPATIAS: · Acomete animais na primeira semana de vida, principalmente do segundo ao quinto dia de vida; · Decorre da não cura do umbigo; · Cursa com perda de pesos e grandes prejuízos econômicos; · Etiologia multifatorial; · Tipos: · Onfalite: umbigo; · Onfaloblebite: umbigo + veia umbilical; · Onfaloarterite: umbigo + artéria umbilical; · Uraquite: umbigo + úraco + bexiga + rim. · Sinais clínicos: aumento de volume umbigo, presença ou não de exsudato (presença de secreção purulenta), abscessos hepáticos; poliartrite, pneumonia, dores abdominais, apatia, febre, diarreia. OBS.: CURA DO UMBIGO --> o processo de cura de umbigo representa um cuidado inicial extremamente importante para a saúde das leiteiras e que impacta diretamente seu desenvolvimento futuro. Recomenda-se que seja feita imediatamente após o nascimento da bezerra, imergindo o cordão umbilical até a sua base na tintura de iodo durante aproximadamente 30 segundos. A frequência mínima a ser adotada é de 2 vezes por dia, até o dia em que o umbigo seque e se desprenda do abdômen. Evita o surgimento de patologias do ambiente externo para o meio interno do animal. Curar e secar o umbigo significa evitar a entrada de agentes causadores de diversas doenças, e garante a redução de doenças e de mortalidade. · ONFALITE: · Toxemia aguda; · Sensibilidade dolorosa a palpação; · Depressão; · Febre; · Não mama. · Aumento de volume umbilical, com presença de secreção purulenta. · ONFALOBLEBITE: · Toxemia crônica (1 a 3 meses de idade); · Aumento do volume umbilical; · Presença de secreção purulenta ou não; · Septicemia e abscessos hepáticos. CORDÃO UMBILICAL DIRETAMENTE LIGADO AO FÍGADO - FIGADO CHEIO DE ABCESSOS DEVIDO A MAL CURA DO UMBIGO · ONFALOARTERITE: · São menos comuns; · Abscessos surgem ao longo das artérias umbilicais; · Toxemia crônica; · Subdesenvolvimento; · Poliartrite. EDEMA NAS ARTICULAÇÕES · URAQUITE: · Ascendência para bexiga; · Evolução para cistite e piúria; · Sensibilidade dolorosa a palpação; · Prostração; · Febre. · PROFILAXIA (medidas de prevenção e preservação): Ambiente limpo; ingestão de colostro nas primeiras horas (até 6 horas após o nascimento); Corte do umbigo (2 Dedos acima da linha do umbigo); Cura do umbigo (solução iodo %) até que caia. · Tratamento: tricotomia, antissepsia, incisão, drenagem do abscesso, limpeza e curativo da ferida, antibioticoterapia, antiflamatórios, em alguns casos precisam passar por procedimentos cirúrgicos. PROCESSO CORRETO DE CURA DO UMBIGO X PROCESSO INCORRETO DE CURA DO UMBIGO, É IMERGIR O UMBIGO DENTRO DA SOLUÇÃO E NÃO COLOCAR A SOLUÇÃO DENTRO DA CAVIDADE ABDOMINAL DO ANIMAL. VERMINOSES: · Parasitas gastrointestinais; · Habitam rúmen, retículo, abomaso e intestinos; · Perdas de produtividade e economia; · Alta morbidade e mortalidade de até 30%; · Gera injurias na mucosa do animal, tudo que ele ingere não consegue absorver; · Sinais clínicos: apatia, perda de peso, anemia, edema submandibular, pelo grosso e sem brilho, diarreia, retardo no desenvolvimento e morte. · Transmissão: animais em áreas superlotadas e pequenas, pastagens contaminadas, infecção da ingestão de larvas L3 nas pastagens. · Medidas de controle: · Tratamento curativo: vermifugação dos animais com sinais clínicos de verminose; · Tratamento supressivo: vermifugação em curto período de tempo; · Tratamento tático: compra de animais, mudança de pastagens; · Tratamento estratégico: depende do conhecimento da epidemiologia dos parasitos, das interações com os hospedeiros no ambiente e sistema produtivo. · Controle integrado da verminose: atacar a doença de diferentes formas e reduzir ao máximo o uso de vermífugos; · Escolher corretamente o grupo químico do vermífugo; · Implantar na propriedade o método FAMACHA e o descarte orientado dos animais que receberam 8 ou mais doses de vermífugo no período de 6 meses; · Adotar as práticas de redução da contaminação das pastagens. TIPOS DE VERMIFUGOS USADOS ATUALMENTE NA CRIAÇÃO DE OVINOS E CAPRINOS O que é o método de FARMACHA --> avalia a coloração da mucosa ocular, deve ser utilizado apenas para os ovinos, pois os caprinos possuem uma coloração diferente da mucosa. Vermifugação tática: (TÁTICAS QUE ERAM UTILIZADAS ANTES) · Vermifugação emergencial para os animais que apresentam sinais visíveis da verminose (emagrecimento, anemia, papeira, diarreia, queda na produção de carne ou leite); · Vermifugue os animais de compra antes de incorporá-los no rebanho; · Vermifugue as fêmeas gestantes 15 dias antes do parto; · Vermifugue as fêmeas 15 dias antes da estação de monta, evitando vermifuga-las no terço inicial da prenhez (primeiros 45 dias) para evitar problemas com a cria. VALE A PENA VERMIFUGAR? É MELHOR PREVENIR OU REMEDIAR? Prevenção: · Higiene e profilaxia da instalação dos animais; · Profilaxia: (creolina- 20 litros de água, 20 ml de creolina), (amônia quaternário de acordo com as recomendações do fabricante), ou (água sanitária- 20 litros de água + 400 ml de água sanitária). · Cal virgem.