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FAHESP - Faculdade de Ciências Humanas, Exatas e da Saúde do Piauí. IESVAP - Instituto de Educação Superior do Vale do Parnaíba S.A. Av. Evandro Lins e Silva, nº 4435, bairro Sabiazal - CEP 64.212-790, Parnaíba-PI CNPJ – 13.783.222/0001-70 | 86 3322-7314 | www.iesvap.edu.br FAHESP - Faculdade de Ciências Humanas, Exatas e da Saúde do Piauí. IESVAP - Instituto de Educação Superior do Vale do Parnaíba LTDA. Curso: Medicina Disciplina/Módulo: Sistema Orgânicos Integrados – TIC´s KARINA LOURANA OLIVEIRA DE QUADROS – 5º PERÍODO Acidente Vascular Encefálico PARNAÍBA SETEMBRO/2022 FAHESP - Faculdade de Ciências Humanas, Exatas e da Saúde do Piauí. IESVAP - Instituto de Educação Superior do Vale do Parnaíba S.A. Av. Evandro Lins e Silva, nº 4435, bairro Sabiazal - CEP 64.212-790, Parnaíba-PI CNPJ – 13.783.222/0001-70 | 86 3322-7314 | www.iesvap.edu.br 1. Qual Tipo de Tomografia utilizamos na avaliação do paciente com quadro agudo de AVE? (com ou sem contraste)? Na avaliação do paciente deve-se usar a Tomografia Computadorizada de crânio sem contraste. Este é o método para excluir hemorragia intracraniana e ajudar a descartar causas não vasculares dos sintomas neurológicos, como tumores cerebrais. Tem a desvantagem de ser pouco sensível para infartos pequenos, principalmente localizados em fossa posterior. Com o advento da terapia trombolítica, tem aumentado o interesse na identificação de sinais radiológicos sutis e precoces do infarto cerebral e da oclusão arterial (artéria hiperdensa) por meio da TC de crânio, além da realização do estudo arterial (angioTC de vasos intracranianos e cervicais) e estudo de perfusão. Algumas escalas, como a de ASPECTS (Alberta Stroke Program Early CT score), têm a finalidade de quantificar a área isquêmica na fase aguda do AVCi pontuando a presença de sinais de AVCi, como perda de diferenciação córtico-subcortical e hipodensidades, no território de artéria cerebral média (ACM). Uma TC de crânio normal tem uma escala ASPECTS de 10. Esse valor diminui à medida que aumenta a área isquêmica. A TC de crânio pode não mostrar alterações nas primeiras horas após o início dos sintomas. Devem ser valorizados alguns sinais precoces de isquemia, como a perda de diferenciação entre a substância branca e cinzenta dos núcleos lentiformes e o apagamento de sulcos. O achado de sinais difusos de isquemia e o acometimento de mais de 1/3 do território da ACM correlacionam-se com maior risco de transformação hemorrágica após trombólise. Na fase hiperaguda do AVCi, cada vez mais ganha importância a realização de estudo de artérias intracranianas com o objetivo de detectar oclusões proximais, nas quais a terapia endovascular tem melhores desfechos quando comparada a trombólise endovenosa. Vale lembrar que a presença de hemorragia leva a um manejo muito diferente de um exame normal ou que mostra um acidente vascular cerebral isquêmico agudo. A TCNC deve, portanto, ser obtida assim que o paciente estiver clinicamente estável. Para agilizar a investigação do AVC, um número crescente de hospitais traz pacientes com suspeita de AVC diretamente da ambulância para o scanner de tomografia computadorizada (TC), ignorando o departamento de emergência. As principais vantagens da TCNC sobre a ressonância magnética (RM) são seu amplo acesso e velocidade de aquisição. A TC imediata de todos os pacientes com suspeita de AVC também é a estratégia mais custo-efetiva quando comparada com estratégias alternativas, como a varredura de pacientes selecionados ou imagens tardias em vez de imediatas. A utilidade da TCNC para acidente vascular cerebral agudo é aprimorada pela adição de imagem de perfusão por TC (CTP) e angiografia por TC (ATC) – TC multimodal – e melhora a detecção de AVC isquêmico agudo quando comparada com a TCNC isolada. Além disso, a TC multimodal pode diagnosticar a oclusão emergente de grandes vasos (ELVO) e tanto o núcleo quanto a penumbra de um AVC isquêmico agudo. Após a intervenção endovascular, tanto a hemorragia quanto a coloração pelo contraste do tecido infartado podem ocorrer e a TC de dupla energia pode ser usada para diferenciar os dois. Vários achados na TCNC são úteis na avaliação de pacientes com suspeita de AVC isquêmico agudo, incluindo o sinal de vaso hiperdenso e sinais de infarto precoce (Carla et al. 2018) FAHESP - Faculdade de Ciências Humanas, Exatas e da Saúde do Piauí. IESVAP - Instituto de Educação Superior do Vale do Parnaíba S.A. Av. Evandro Lins e Silva, nº 4435, bairro Sabiazal - CEP 64.212-790, Parnaíba-PI CNPJ – 13.783.222/0001-70 | 86 3322-7314 | www.iesvap.edu.br 2. Quando utilizar trombólise IV? A trombólise intravenosa com ativador do plasminogénio tecidual recombinante (IV- rtPA) representa um avanço importante na terapêutica do AVC isquêmico. Apesar de ser o único tratamento farmacológico aprovado para a revascularização, apenas 2% - 3% dos doentes o recebem. O seu uso no idoso permanecia controverso, uma vez que os dados sobre a segurança e eficácia eram limitados. Quando a IV-rtPA foi aprovada na Europa, ficou restrita aos doentes ≤ 80 anos tratados nas primeiras três horas após início dos sintomas, o que levou a uma sub-representação da população idosa nos ensaios clínicos. A maioria dos estudos excluíram doentes com idades superiores a 80 anos, apesar destes serem frequentemente tratados com sucesso com base na toma individual de decisões. Nas recomendações de 2008, a European Stroke Organization referia que a IV-rtPA podia também ser benéfica após as três horas e podia ser usada em doentes selecionados com idade > 80 anos, apesar dessa possibilidade se encontrar fora da aprovação europeia. Já nas recomendações da American Heart Association/American Stroke Association de 2013, a idade >80 anos constituía apenas um critério de exclusão relativo para a IV-rtPA entre as 3-4,5 horas de evolução. Nas recomendações de 2016, com base nos resultados de três ensaios randomizados e 12 estudos observacionais, a mesma associação americana refere que nos doentes > 80 anos que se apresentem entre as 3-4,5 horas de evolução, a IV-rtPA é segura e pode ser tão eficaz como nos doentes mais jovens. Nesta faixa etária, o prognóstico não é só influenciado pela idade, mas também pelo elevado número de comorbilidades, maior gravidade do AVC, pior estado funcional prévi e complicações pós-AVC mais frequentes. Até metade dos doentes com idade >70 anos morrem nos primeiros 3 meses e grande parte fica com grave incapacidade funcional. O efeito benéfico obtido pela recanalização pode ser contrariado por um risco aumentado de transformação hemorrágica (TH). A idade avançada tem sido apontada como um dos principais fatores para a ocorrência de hemorragia intracraniana após IV-rtPA. De acordo com a Diretrizes para o Tratamento Precoce de Pacientes com AVC Isquêmico Agudo, vários outros fatores estão também implicados: gravidade dos sintomas, fibrilação auricular (FA), sinais de isquemia precoce na tomografia computorizada cranioencefálica (TC-CE) hiperglicemia; enfartes de grandes dimensões, níveis baixos de lipoproteínas de baixa densidade, trombocitopenia; insuficiência cardíaca, terapêutica com antiagregante plaquetar (AAP), maior tempo até ao início da IV-rtPA; angiopatia amilóide, angiopatia hipertensiva, fragilidade da parede vascular e diminuição da clearance sistémica da alteplase. Radiologicamente, a extensão da TH varia desde a hemorragia petequial (HI) sem efeito de massa até ao hematoma parenquimatoso (PH) com efeito de massa, este último associado a deterioração neurológica precoce e morte. A hemorragia intracraniana sintomática (HICS) é a complicação mais temida da IV-rtPA e está associadaa pior prognóstico. FAHESP - Faculdade de Ciências Humanas, Exatas e da Saúde do Piauí. IESVAP - Instituto de Educação Superior do Vale do Parnaíba S.A. Av. Evandro Lins e Silva, nº 4435, bairro Sabiazal - CEP 64.212-790, Parnaíba-PI CNPJ – 13.783.222/0001-70 | 86 3322-7314 | www.iesvap.edu.br ➔ Referências: - EIRA, Carla et al. Trombólise Intravenosa no Acidente Vascular Cerebral Isquémico Agudo Depois dos 80 Anos. Medicina Interna, v. 25, n. 3, p. 169-178, 2018. - DE SÁ LOURENÇO, Maria. Novas abordagens farmacológicas no tratamento de doentes com diagnóstico de AVC isquémico com contraindicação para terapêutica trombolítica. 2019. Tese de Doutorado. Universidade de Lisboa (Portugal). - Powers WJ, Rabinstein AA, Ackerson T, et al. Diretrizes para o Tratamento Precoce de Pacientes com AVC Isquêmico Agudo: Atualização de 2019 para as Diretrizes de 2018 para o Tratamento Precoce do AVC Isquêmico Agudo: Uma Diretriz para Profissionais de Saúde da American Heart Association/American Stroke Association. AVC 2019; - Kamalian S, Lev MH. Imagens de AVC. Radiol Clin Norte Am 2019; - Zerna C, Thomalla G, Campbell BCV, et al. Prática atual e direções futuras no diagnóstico e tratamento agudo do acidente vascular cerebral isquêmico. Lanceta 2018; https://www.uptodate.com/contents/neuroimaging-of-acute-ischemic-stroke/abstract/1 https://www.uptodate.com/contents/neuroimaging-of-acute-ischemic-stroke/abstract/1 https://www.uptodate.com/contents/neuroimaging-of-acute-ischemic-stroke/abstract/1 https://www.uptodate.com/contents/neuroimaging-of-acute-ischemic-stroke/abstract/1 https://www.uptodate.com/contents/neuroimaging-of-acute-ischemic-stroke/abstract/1 https://www.uptodate.com/contents/neuroimaging-of-acute-ischemic-stroke/abstract/3 https://www.uptodate.com/contents/neuroimaging-of-acute-ischemic-stroke/abstract/4 https://www.uptodate.com/contents/neuroimaging-of-acute-ischemic-stroke/abstract/4 https://www.uptodate.com/contents/neuroimaging-of-acute-ischemic-stroke/abstract/4
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