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A2 - Sociolinguistica

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25/09/22, 21:12 Ilumno
ilumno.sgp.starlinetecnologia.com.br/ilumno/schedule/resultcandidatedetailprint/6960321/9b933bb0-59ae-11ea-a2a1-0242ac110039/ 1/6
Local: Sala 1 - Sala de Aula / Andar / Polo Duque de Caxias / POLO DUQUE DE CAXIAS - RJ 
Acadêmico: EAD-IL80077-20221A
Aluno: GUILHERME MANSANO 
Avaliação: A2-
Matrícula: 20201300154 
Data: 7 de Abril de 2022 - 08:00 Finalizado
Correto Incorreto Anulada  Discursiva  Objetiva Total: 10,00/10,00
1  Código: 34632 - Enunciado: Em certas variedades linguísticas, a realização de fonemas pode
mudar de acordo com o ambiente em que ocorrem na frase. Por exemplo, a realização do fonema
/l/ em final de sílaba pode se confundir com o fonema /w/, que tem som de “u”.Esse exemplo
caracteriza uma ocorrência:
 a) Da língua inglesa.
 b) De variação de registro.
 c) Do português brasileiro.
 d) De preconceito linguístico.
 e) Do português europeu.
Alternativa marcada:
c) Do português brasileiro.
Justificativa: Resposta correta:Do português brasileiro.A confusão expressa pelo exemplo é
comum na variedade brasileira da língua portuguesa, tendo sido registrada por diferentes
sociolinguistas a partir de suas pesquisas de campo. 
Distratores:Da língua inglesa. Errada. Essa ocorrência não se aplica à língua inglesa, em que o /l/
tende a ser enfatizado, embora haja diferenças locais em relação ao posicionamento na frase.De
preconceito linguístico. Errada. O preconceito é sempre estudado de forma contextualizada e não
pode ser atribuído a uma marca isolada.Do português europeu. Errada. Essa ocorrência não é
comum no português europeu, em que o /l/ tende a ser enfatizado, embora haja diferenças em
relação ao posicionamento na frase.De variação de registro. Errada. O termo registro se refere a
um grupo de variações externas da língua, enquanto a ocorrência exemplificada se refere a um
nível interno de variação.
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2  Código: 34640 - Enunciado: No português brasileiro – PB, pronomes pessoais nem sempre são
utilizados como determinantes a serviço de substantivos. Em construções como “Tu chega lá e
faz o necessário”, o interlocutor nem sempre se refere à pessoa com quem está interagindo. Em
certos contextos, “tu” pode ser substituído por “o cara”, “a galera”, “a gente”, “a rapaziada”, sem
que haja perda de sentido.Associe o exemplo exposto ao fenômeno que o caracteriza. 
 a) Utilização de pronomes pessoais para gramaticalizar.
 b) Utilização de pronomes pessoais para formalizar.
 c) Utilização de pronomes pessoais para indeterminar.
 d) Utilização de pronomes pessoais para nominalizar.
 e) Utilização de pronomes pessoais para regularizar.
Alternativa marcada:
c) Utilização de pronomes pessoais para indeterminar.
Justificativa: Resposta correta:Utilização de pronomes pessoais para indeterminar.O uso de “tu”
não se refere a uma pessoa em particular, mas a indivíduos de maneira geral, quando expostos a
uma mesma situação. 
Distratores:Utilização de pronomes pessoais para nominalizar. Errada. O “tu” não é transformado
em substantivo.Utilização de pronomes pessoais para gramaticalizar. Errada. O “tu” não sofre
alteração de classe gramatical.Utilização de pronomes pessoais para formalizar. Errada. O uso de
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25/09/22, 21:12 Ilumno
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“tu” não torna a construção mais formal.Utilização de pronomes pessoais para regularizar .
Errada. O uso de “tu” não regulariza a construção.
3  Código: 35029 - Enunciado: Em nossa sociedade, é comum observarmos interações orais
caracterizadas por um alto nível de formalidade, tais como palestras, sessões de comunicação
em congressos acadêmicos, alguns tipos de conversas profissionais, entre outras. Também há
interações escritas que se destacam por sua informalidade, tais como bilhetes e notas, certos
textos literários e conversas mediadas pela internet.Avaliando o exposto, conclui-se que:
 a) A língua falada é menos formal do que a língua escrita, já que não está estruturada ao
redor de regras observáveis.
 b) A língua escrita é mais formal do que a língua falada, já que se estrutura ao redor de
regras observáveis e rígidas.
 c) Não existe relação direta entre o modo utilizado e o nível de formalidade a partir do qual
a comunicação se efetiva.
 d) Não existe relação direta entre o nível de formalidade e a situação comunicativa em que
os falantes-ouvintes atuam.
 e) O modo a partir do qual a comunicação se efetiva define o nível de formalidade a ser
adotado por falantes-ouvintes.
Alternativa marcada:
c) Não existe relação direta entre o modo utilizado e o nível de formalidade a partir do qual a
comunicação se efetiva.
Justificativa: Resposta correta:Não existe relação direta entre o modo utilizado e o nível de
formalidade a partir do qual a comunicação se efetiva. Existem duas categorias de análise da
variação de registro: a) a variação de modo e b) a variação de níveis de formalidade, que, ao
contrário do que indica o senso comum, não estão diretamente relacionadas. É a situação
comunicativa — o contexto em que a interação ocorre — que vai indicar a necessidade de
diferentes níveis de formalidade. 
Distratores:A língua falada é menos formal do que a língua escrita, já que não está estruturada ao
redor de regras observáveis. Errada. Não há relação direta entre modo e níveis de formalidade.
Além disso, a língua falada apresenta regras próprias e observáveis de estruturação, como
indicam os estudos sociolinguísticos.A língua escrita é mais formal do que a língua falada, já que
se estrutura ao redor de regras observáveis e rígidas. Errada. Não há relação direta entre modo e
níveis de formalidade. Além disso, a língua escrita não segue regras rígidas, já que sua produção
seguirá as demandas das diferentes situações comunicativas às quais fizer referência.O modo a
partir do qual a comunicação se efetiva define o nível de formalidade a ser adotado por falantes-
ouvintes. Errada. Não há relação direta entre modo e níveis de formalidade.Não existe relação
direta entre o nível de formalidade e a situação comunicativa em que os falantes-ouvintes atuam.
Errada. É a situação comunicativa — o contexto em que a interação ocorre — que vai indicar a
necessidade de diferentes níveis de formalidade.
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4  Código: 34639 - Enunciado: O Jornal Hoje (02/09/2014) entrevistou os pesquisadores que
criaram o mapa linguístico do Brasil. A reportagem mencionava “mais de 200 palavras que
mudam de estado para estado”, incluindo pernilongo/muriçoca, pão francês/cacetinho,
bombom/queimado, entre outros itens lexicais e variáveis pesquisadas.Relacione a investigação
do exemplo ao tipo de variação dialetal que ela investiga.
 a) Variação profissional.
 b) Variação de gênero.
 c) Variação regional.
 d) Variação social.
 e) Variação etária.
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25/09/22, 21:12 Ilumno
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Alternativa marcada:
c) Variação regional.
Justificativa: Resposta correta:Variação regional. Os exemplos oferecidos seguem um recorte
regional de investigação. 
Distratores:Variação etária. Errada. Os exemplos oferecidos não seguem o recorte de faixa
etária.Variação social. Errada. Os exemplos oferecidos não estão baseados em recortes por classe
social e/ou por outros fatores sociais que impliquem variação.Variação de gênero. Errada. Os
exemplos oferecidos não seguem o recorte de gênero (feminino, masculino, transgênero
etc.).Variação profissional. Errada. Os exemplos oferecidos não estão baseados em recortes por
profissão.
5  Código: 35026 - Enunciado: Livros didáticos baseados na Base Nacional Comum Curricular –
BNCC precisam apoiar o trabalho com as quatro habilidades comunicativas em língua
portuguesa, além de apresentarem variações dialetais contextualizadas por uma ampla gama de
gêneros textuais multimodais. A competência linguístico-gramatical deve ser trabalhada emfunção de sua relevância em relação às atividades comunicativas propostas.Avaliando o exposto,
pode-se concluir que:
 a) De acordo com a BNCC, livros didáticos devem basear-se em exercícios de leitura que
trabalhem com a língua falada de maneira formal.
 b) De acordo com a BNCC, livros didáticos devem basear-se em gêneros textuais que
enfatizem exemplos da língua-padrão e sua utilização.
 c) De acordo com a BNCC, livros didáticos devem basear-se em textos verbo-visuais,
incentivando o reconhecimento da multimodalidade.
 d) De acordo com a BNCC, livros didáticos devem basear-se em regras gramaticais,
garantindo o trabalho com competência linguística.
 e) De acordo com a BNCC, livros didáticos devem basear-se em materiais autênticos,
apresentando textos verbais, orais e verbo-visuais.
Alternativa marcada:
e) De acordo com a BNCC, livros didáticos devem basear-se em materiais autênticos,
apresentando textos verbais, orais e verbo-visuais.
Justificativa: Resposta correta:De acordo com a BNCC, livros didáticos devem basear-se em
materiais autênticos, apresentando textos verbais, orais e verbo-visuais. Correta, porque o
conceito de autenticidade prevê que os gêneros textuais escolhidos sejam contextualizados de
acordo com sua origem (incluindo o impacto de variações dialetais e de registro expressas pelas
comunidades de fala e de prática que os produzem) e o conceito de multimodalidade, exposto no
enunciado, prevê o trabalho com textos verbais, orais e verbo-visuais. 
Distratores:De acordo com a BNCC, livros didáticos devem basear-se em regras gramaticais,
garantindo o trabalho com competência linguística. Incorreta, porque o desenvolvimento da
competência linguístico-gramatical, segundo a BNCC, deve ser trabalhada em função de sua
relevância em relação às atividades comunicativas propostas.De acordo com a BNCC, livros
didáticos devem basear-se em textos verbo-visuais, incentivando o reconhecimento da
multimodalidade. Incorreta, porque o trabalho com a multimodalidade prevê a análise de textos
verbais, orais e verbo-visuais.De acordo com a BNCC, livros didáticos devem basear-se em
exercícios de leitura que trabalhem com a língua falada de maneira formal. Incorreta, porque o
trabalho com as quatro habilidades comunicativas prevê atividades voltadas à leitura, escrita,
fala e escuta, incluindo inserções no mundo da oralidade informal.De acordo com a BNCC, livros
didáticos devem basear-se em gêneros textuais que enfatizem exemplos da língua padrão e sua
utilização. Incorreta, porque o trabalho com a variação linguística prevê a inserção de gêneros
textuais que exemplifiquem variedades não padrão da língua.
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6  Código: 34628 - Enunciado: Sociolinguistas variacionistas se dedicam à descrição da fala
característica de uma determinada comunidade linguística. Para isso, quantificam ocorrências de
padrões determinados que interessa a eles estudar (por exemplo: a concordância em sintagmas
nominais). A esses padrões, dão o nome de variáveis. Cada variável estudada pode apresentar
ocorrências diversas em um mesmo estudo (como em “as meninas” e “as menina”).O nome dado
às ocorrências que cada variável apresenta em um estudo é:
 a) Variante linguística.
 b) Variação externa.
 c) Variedade linguística.
 d) Variação interna.
 e) Variação de registro.
Alternativa marcada:
a) Variante linguística.
Justificativa: Resposta correta:Variante linguística. Variantes indicam as diferentes formas de
ocorrência de uma mesma variável estudada. Por exemplo: se o estudo se refere à variável
marcas de plural, as variantes podem ser: ocorrência ou não do “s”. 
Distratores:Variedade linguística. Errada. O termo variedade se refere ao conjunto de variantes
que representa a fala característica de uma determinada comunidade linguística.Variação
interna. Errada. O termo variação interna se refere a alterações morfossintáticas, fonéticas e
intralinguísticas em geral que podem ocorrer em qualquer ponto do estudo.Variação externa.
Errada. O termo variação externa se refere a alterações de registro e dialetais em geral que
podem ocorrer em qualquer ponto do estudo.Variação de registro. Errada. O termo variação de
registro se refere a alterações de nível de formalidade ou de modo que podem ocorrer em
qualquer ponto do estudo.
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7  Código: 35072 - Enunciado: Baseando-se no conceito de língua-em-uso, a sociolinguística
brasileira desenvolveu uma série de pesquisas que contribuíram para o ensino de português nas
escolas. Sua metodologia descritiva observou o uso cotidiano de nosso sistema de pronomes, a
constituição de sujeitos, verbos e objetos, a utilização de operadores argumentativos, entre
outros fenômenos. Estudos de caráter pragmático se referem à variação no significado de certas
expressões, dependendo do uso que se faça delas. Em uma conversa, a expressão “quer dizer”
pode ser utilizada para reiterar algo, por exemplo (FREITAG, 2001; 2007).Avalie, justificando seus
argumentos, de que maneira as pesquisas da sociolinguística brasileira contribuíram com a
construção de planos de aula para o ensino de língua portuguesa.
Resposta:
A sociolinguística brasileira contruibuiu bastante no que diz respeito ao papel do professor de
ensino de línguas de maneira geral, eu diria. Hoje percebemos a importância de não ter como
foco unicamente o que chamamos de norma culta, uma vez que outras variações linguísticas
estarão presentes no dia-a-dia dos nossos alunos. Seja na informalidade, nas gírias, ou em
diversos contextos onde aluno precisa aprender a adequar o seu discurso. Inclusive isso nos
ajuda a perceber também como ao longo dos anos, a língua sofre variações e perceberemos na
sala de aula novos termos e expressões utilizadas de determinada maneira por nossos alunos. 
Além disso, mostrar toda a existência dessa variação para os nossos alunos permitirá que eles
sejam capazes de desenvolver ao longo dos seus anos escolares habilidades como interpretar e
argumentar. Quando ensinamos focados na norma padrão,até mesmo os nossos alunos que se
destacarem nas nossas disciplinas talvez tenha dificuldade de interpretar um texto com uma
variação diferente, ou mesmo dificuldade de defender determinado ponto de vista. 
E vale ressaltar que apresentar essas diferentes usos da língua de maneira adequada em sala de
aula, contribuirá para que os nossos alunos percebam que as variações por eles utilizadas não
estão erradas. Elas são apropriadas no seu contexto social e que é claro, ele precisará ser capaz
de ajustar o seu discurso sempre que estiver dentro de um contexto diferente do que está
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acostumado. Isso farácom que a sensação de exclusão diminua e que se tenha na verdade uma
sensação de pertencimento, afinal somos todos brasileiros, nos comunicamos de maneira efetiva
e sabemos que tais preconceitos linguísticos contribuem demais para a segregação das classes
sociais.
Comentários: Excelente!
Justificativa: Expectativa de resposta:Podemos nos valer das contribuições da sociolinguística
brasileira de diferentes maneiras em sala de aula. Em primeiro lugar, nosso objeto de trabalho,
como professores de língua portuguesa, já não está restrito a textos representantes da
modalidade escrita ou mesmo dos registros mais formais da língua. Mesmo que adotemos uma
estratégia exclusivamente focada no que tradicionalmente chamamos de norma culta, a
oralidade e a informalidade estarão presentes na língua falada por alunos e por nós mesmos em
sala de aula. Ao trabalharmos com a norma culta, precisamos agir, muitas vezes, como
mediadores entre a norma utilizada pelos alunos e aquela que pretendemos apresentar.
Portanto, se investigarmos, a fundo, as variações presentes na fala de alunos, teremos mais e
melhorescondições de indicar como podem “transportar” um determinado significado de uma
norma à outra. Em segundo lugar, o trabalho com expressões representativas da diversidade
linguística brasileira transforma a sala de aula em espaço de prática para futuras interações em
língua falada. Mesmo os alunos que alcançam as maiores notas em língua portuguesa na escola
costumam ter dificuldades na hora de interpretar ou argumentar por meio da oralidade. O
desenvolvimento desse tipo de competência faz parte do escopo da disciplina. No entanto, é
comum que professores validem como “matéria” apenas o que diz respeito aos modos escritos
de comunicação, desconsiderando, assim, uma ampla gama de funções importantes da
língua.Em terceiro lugar, a inserção de textos representativos de diferentes comunidades de fala
e de prática permite que o professor trabalhe com a língua deixando claro que não existem
formas mais ou menos avançadas de comunicação. Esse é um viés de extrema importância, já
que vivemos em um país onde o desenvolvimento da leitura e da escrita ainda é um enorme
desafio. Alunos submetidos a uma visão de língua que exclua suas próprias vivências
comunicativas podem não se sentir encorajados a ler, escrever ou mesmo falar. Caso
compreendam aquilo que se entende por norma culta como a única norma possível ou existente,
tanto alunos quanto professores tendem a não ver suas falas como parte da língua. Nesse
sentido, qualquer coisa que venham a produzir — desde uma simples conversa até um texto
complexo — não será validada como digna de nota ou reconhecimento. Essa concepção tem um
impacto profundo na construção identitária de falantes-ouvintes brasileiros que, muitas vezes,
chegam a dizer que não sabem falar português, apenas porque sua forma de expressão não se
adéqua ao modelo proposto pela norma-padrão. Os efeitos desse fenômeno têm alcance amplo
e duradouro, determinando: quem tem ou não o direito de falar em ambientes educacionais e
profissionais; que tipo de texto é considerado culto, proveniente da cultura letrada e, portanto,
apto para publicação e divulgação irrestrita; quais são e como serão distribuídas as
oportunidades de trabalho em nosso país (já que aqueles que não se adéquam à norma
costumam ser considerados aptos apenas ao exercício de atividades com remuneração mais
baixa), entre outros.Por conta dessas três contribuições primordiais, é possível entender que
estudos baseados na descrição da variação linguística apoiam o desenvolvimento de aulas de
língua portuguesa na escola.
8  Código: 35062 - Enunciado: A noção de comunidade de prática tem sido bastante aplicada a
pesquisas em diferentes áreas das ciências humanas — tais como a educação, a comunicação
social e a administração —, uma vez que sua abrangência não se limita ao estudo da língua
falada. No âmbito da sociolinguística interacional, o conceito de comunidade de prática apoia
uma visão ampla acerca dos motivos pelos quais certos grupos se comunicam de maneiras bem
específicas, ultrapassando questões regionais, etárias e étnicas.Caracterize as comunidades de
prática, em relação à fala em uso.
Resposta:
1,50/ 1,50
25/09/22, 21:12 Ilumno
ilumno.sgp.starlinetecnologia.com.br/ilumno/schedule/resultcandidatedetailprint/6960321/9b933bb0-59ae-11ea-a2a1-0242ac110039/ 6/6
As comunidades de prática são desenvolvidas através de um interesse comum de aprendizagem,
ou seja, desenvolvendo atividades e práticas que unem as pessoas envolvidas. Eles podem por
exemplo desenvolver os próprios termos e expressões que podem ou não ser utilizados dentro
de seus discursos, criando assim um linguajar prórprio que pode ser dificil de entender caso você
não faça parte destes grupos.
Justificativa: Expectativa de resposta:Comunidades de prática se constroem ao redor de um
interesse de aprendizagem em comum, não necessariamente escolarizado, realizando ações em
conjunto — práticas que unem seus participantes e estabelecem formas específicas de
comunicação. A partir de suas tarefas e interesses compartilhados, membros da comunidade de
prática podem desenvolver um linguajar próprio que pode ou não ser utilizado em outros
ambientes e nem sempre é de fácil compreensão para quem não experiencia suas atividades.

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