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Resposta celular induz lesões onde o antígeno penetra (formação de granulomas); O antígeno pode ser injetado (picada de inseto) ou absorvido pela pele (dermatite de contato); Exemplos: esquistossomose (ovo do parasita pode desencadear a formação de granulomas no fígado), tuberculose (calcificação na tentativa de neutralizar a micobactéria) e neurocisticercose (calcificação no SN na tentativa de neutralizar o cisticerco). Pode ser alérgica, mediada por IgE (leite, ovos) ou não (glúten); Pode não ser alérgica, no caso das intolerâncias alimentares, em que não há a enzima responsável por digerir tal substância (intolerância a lactose). Imunologia dos Transplantes Processo de retirada de órgãos, tecidos ou células, chamados enxertos, de um indivíduo e inserção destes em um indivíduo (geralmente) diferente; Doador é o indivíduo que fornece o enxerto e receptor ou hospedeiro é o indivíduo que recebe; Existem vários tipos de transplantes, são eles: ✓ Ortotrópico, que vai ser inserido no mesmo local anatômico; ✓ Heterotrópico, que vai ser inserido em uma localização diferente; ✓ Autólogo, em que doador e receptor são o mesmo indivíduo; ✓ Heterólogo, em que doador e receptor são indivíduos diferentes; ✓ Sinérgico, em que doador e receptor são gêmeos monozigóticos; ✓ Alogênico, em que o doador e o receptor são indivíduos diferentes, mas apresentam a mesma espécie; ✓ Xenogênico, em que o doador e o receptor apresentam espécies diferentes. Transplantes alogênicos são os mais comuns e os xenogênicos possuem a maior probabilidade de rejeição; A rejeição de enxertos apresenta características de resposta imune adaptativa (células de memória e linfócitos); Algumas nomenclaturas: ✓ Aloantígeno: molécula reconhecida como estranha; ✓ Aloanticorpo: anticorpo contra os antígenos do enxerto; ✓ MHC alogênico: MHC do enxerto; ✓ Célula T alorreativa: linfócitos T do hospedeiro que reagem contra os antígenos do enxerto; ✓ Célula B alorreativa: linfócitos B do hospedeiro que reagem contra os antígenos do enxerto. Principal componente do sistema imune responsável pela rejeição é o MHC (HLA); Genes idênticos possuem o mesmo MHC, então linfócitos não irão reagir; Ana Karoline Tavares – M43 MHC são genes polimórficos herdados de ambos os pais e expressos de maneira codominante; Enxertos transplantados de pais para filhos não sofrem rejeição, já os transplantados de filhos para pais sofrem; Em indivíduos com genes e, consequentemente, MHC diferentes, o enxerto introduzido desencadeia uma rejeição através de uma reação para destruí-lo; Por ser mediado pelo sistema adaptativo, o processo de rejeição demora dias; Após uma rejeição de primeira fase, a de segunda fase ocorrerá mais rapidamente; Reconhecimento direto: APC (com moléculas de MHC intactas) do doador é reconhecida pela célula T alorreativa do hospedeiro, que ativa células NK, provocando lise das células do enxerto; Reconhecimento indireto: MHC alogênico é tratado como qualquer antígeno proteico estranho. As moléculas de MHC do doador (alogênicas) são capturadas e processadas pelas APC do receptor, e os peptídeos derivados dessas moléculas são expressos por moléculas de MHC próprias; No reconhecimento indireto, APC do receptor apresentam MHC do enxerto aos LTCD4, que podem ativar macrófagos (citocinas inflamatórias e lesão celular) ou linfócitos B (anticorpos e lesão celular). A resposta das células T a um enxerto pode ser iniciada tanto no enxerto quanto nos linfonodos que drenam esse órgão; APC do doador podem migrar para os órgãos linfoides secundários (linfonodos regionais) e serem reconhecidas pelas células T do receptor (reconhecimento via direta); APC do receptor migram para o enxerto ou os aloantígenos trafegam para os linfonodos e são capturados por APC do receptor (reconhecimento via indireta); Existem duas vias de ativação dos LT alorreativos, são elas: ✓ LTCD4 alorreativo se diferencia em células efetoras produtoras de citocininas, que lesam os antígenos; ✓ LTCD8 alorreativo se diferencia em células T citotóxicas, que destroem as células que expressam o MHC aloantigênico. Baseados no curso temporal; Hiperaguda: reação de hipersensibilidade tipo 2, ocorre minutos a horas após o transplante. Anticorpo reconhece e se liga ao aloantígeno, ativando o sistema complemento, causando dano endotelial, inflamação e trombose nos vasos sanguíneos. O órgão enxertado sofre necrose isquêmica irreversível; Ana Karoline Tavares – M43 Aguda: reação de hipersensibilidade tipo 2, ocorre dias a semanas após o transplante. Células T reconhecem os aloantígenos, recrutam células inflamatórias (neutrófilos e macrófagos), causando dano celular parenquimal e inflamação intersticial (endotelite). Ocorre ativação do sistema complemento, oclusão trombótica e necrose da parede do órgão enxertado p mediada por células T alorreativas e anticorpos; Crônica: reação de hipersensibilidade tipo 4, ocorre cerca de 6 meses a anos após o transplante. A tolerância é rompida, aquele órgão que era reconhecido como self passa a ser não self e é lesado pelo sistema imune. Não possui causas claras e é caracterizado por fibrose vascular (citocinas estimuladoras de fibroblastos, formando t. conjuntivo), podendo causar oclusão total do vaso. Inibidores da via de sinalização das células T; Antimetabólitos: toxinas metabólicas que matam as células T em proliferação são utilizadas em combinação com outros fármacos; Bloqueio de função ou depleção de anticorpos antilinfocitos: anticorpos que reagem com estruturas da superfície de células T e destroem ou inibem as células T são usados no tratamento da rejeição aguda; Bloqueio da coestimulação: fármacos que bloqueiam as vias de coestimulacão de células T reduzem a rejeicão aguda; Fármacos que afetam aloanticorpos e células B alorreativas; Anti-inflamatórios: usados para reduzir a reacão inflamatória aos aloenxertos de órgãos; Corticoides em doses imunossupressoras: reduz as chances de rejeição. Forma de transplante baseado na transferência do sangue total ou de células sanguíneas; Antígenos ABO são expressos em todas as células, por isso deve-se ter cautela para não realizar transfusões com tipos de sangues não compatíveis; Anticorpos do receptor identificam os antígenos do doador e iniciam resposta imunológica; Em transfusões erradas, ocorre ligação de anticorpos às células sanguíneas transfundidas, gerando fagocitose extensiva de hemácias opsonizadas, ativação do complemento, lise intravascular, coagulação intravascular e hemorragia. Transplante de células hematopoiéticas pluripotentes; Utilizado em casos de leucemias e imunodeficiências; Células NK possuem papel mais evidente na rejeição de medula transplantada. Células do doador atacam as células do receptor, ou seja, o órgão rejeita o receptor; Células T enxertadas atuam contra os aloantígenos do hospedeiro; Causa morte de células epiteliais na pele, no fígado e no TGI na fase aguda e fibrose e atrofia dos órgãos na fase crônica. Ana Karoline Tavares – M43
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