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Semiotécnica do Abdome

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Semiotécnica Adulto I 
 
 Luiza 
 
I. ANAMNESE 
• Identificação 
• Queixa principal e duração 
• HPMA: 
- Estabelecer relação de tempo e evolução (intensidade, 
frequência, fatores de melhora e piora, sintomas associados) 
- Interrogatório sintomatológico: alterações na deglutição, 
salivação, disfagia, afagia, odinofagia, regurgitação, azia, dor 
retroesternal, eructações, náuseas, vômitos, anorexia, 
epigastralgia, dispepsia, empachamento, hematêmese, 
melena, epigastralgia, diarreia, esteatorreia, icterícia, cólicas, 
obstipação intestinal, distensão abdominal, flatulência, 
meteorismo, abaulamentos, hematoquezia, tenesmo, puxos, 
mucorreia, enterorragia, proctalgia, emagrecimento, 
aumento de peso, etc. 
- Associação de sintomas com hábitos alimentares, tipos e 
frequência de alimentos ingeridos. 
- Investigar o hábito intestinal 
- Medicações utilizadas 
• AP: 
- Afecções atuais e uso de medicamentos com dosagem , 
operações prévias realizadas, passado nosológico, alergias, 
tabagismo, etilismo, hemotransfusões, exames realizados 
previamente, histórico de infecções, atividade física, etc. 
• AF: 
- Doenças benignas e malignas do trato digestório, operações 
realizadas em familiares. 
• ISDA: 
- Sintomatologia CV-R, G-U, endócrina, neurológica, etc. 
 
II. EXAME FÍSICO 
• Ambiente com boa iluminação 
• Paciência, sistematização e objetividade 
• Despir o paciente (uso de camisolas/lençóis) 
• Geral 
• Sinais vitais 
• Especial: 
- Inspeção 
- Ausculta 
- Percussão 
- Palpação 
 
III. BOCA E OROFARINGE 
• Inspeção: 
- Intrabucal = lábios, mucosa jugal, pálato mole e duro, língua, 
 assoalho bucal, dentes 
- Extrabucal = bola de Bichat, linfonodos superficiais, 
glândulas parótidas e submandibulares 
• Olfação 
• Uso de espátulas com iluminação 
• Palpação 
IV. ESÔFAGO 
- Inacessível ao exame físico direto 
• Inspeção: 
- Fácies desnutrida, hiperplasia das glândulas salivares, 
mucosas hipocoradas, halitose, celulites, grandes divertículos 
de Zenker 
• Palpação: 
- Linfonodomegalias cervicais 
• Rouquidão 
 
V. ABDÔMEN 
• Inspeção estática: 
- Em posição ortostática 
- Tipos de abdome (plano, globoso, batráquio, avental, 
pendular – protrusão por vísceras na parte inferior, escavado) 
- Abaulamentos, retrações, cicatrizes, diástase 
 
- Pele e anexos 
- Turgência venosa 
• Inspeção dinâmica: 
- Respiração e manobra de Valsalva (hérnias) 
- Movimentos peristálticos 
- Pulsações 
• Ausculta 
- Ambiente tranquilo/silencioso 
- Por no mínimo 2 minutos 
- Antes da palpação 
- Auscultar os 4 quadrantes 
- Identificar os ruídos hidroaéreos (frequência normal = 
5 -34/min, diminuição ou aumento) 
- Pesquisar sopro aórtico/artérias renais/ilíacas/femorais 
• Percussão 
- Em todo o abdome 
- Identificação de ar, líquido e tumorações 
- Até 3 repetições 
- Inicialmente distante da área de maior sensibilidade 
- Sons: 
*Maciço: vísceras sólidas (fígado e baço), ascite 
*Timpânico: normal (víscera oca) 
Semiotécnica Adulto I 
 
 Luiza 
 
*Hipertimpânico: meteorismo, obstrução intestinal ou 
pneumoperitônio 
*Submaciço: víscera oca com líquido ou alimento 
- Técnica: dígito-digital e 2 golpes por vez 
- Sequência: 
*Quadrantes 
*Fígado 
*Traube(vascolejo) 
*Baço 
*Manobras para ascite 
• Palpação 
 
 
• Palpação superficial 
- Tensão da parede abdominal 
- Sensibilidade 
- Presença de tumorações 
- Presença de hérnias 
- Espessura da parede abdominal 
- Temperatura 
 
 
VI. FÍGADO 
• Percussão 
Percutir o tórax anterior à direita, de cima para baixo, na linha 
hemiclavicular 
Determinar limite superior e inferior do fígado 
Medir distância entre limite superior e inferior 
Limite superior = 4º., 5º.EICD 
Distância = 6-12cm 
Hepatomegalia >12cm 
Limite superior do fígado abaixo do 6º.EICD = enfisema 
pulmonar ou cirrose hepática 
Ausência de macicez hepática = cirrose hepática, interposição 
de alça intestinal entre fígado e parede abdominal, 
pneumotórax, pneumoperitônio 
Sinal de Jobert: Hipertimpanismo em região hepática, que 
indica a presença de perfuração de víscera oca em peritônio 
livre (por exemplo: úlcera péptica). 
• Palpação 
Normal: 
- Borda anterior fina, lisa e amolecida 
- Vesícula biliar habitualmente não palpável 
- Indolor 
- Descida com a inspiração 
Técnica: 
- Mathieu-Cardarelli (mãos em garra) 
- Lemos-Torres (mão esquerda sobre a região lombar, 
apoiando as duas últimas costelas, traciona-se o fígado para 
frente, com mão direta.) 
 
 
VII. BAÇO 
• Percussão 
Percutir o tórax anterior à esquerda, de cima para baixo, na 
linha hemiclavicular e axilar anterior 
Habitualmente não palpável 
Nem todo baço percutível é palpável, mas todo baço palpável 
é percutível! 
Som maciço 
Anormal: macicez 
- Esplenomegalia 
- Aumento do lobo esquerdo do fígado 
- Derrame pleural esquerdo 
• Palpação: 
Técnica: 
- Posição de Schuster (paciente em decúbito lateral direito 
com o membro inferior esquerdo fletido a 90° e o joelho, 
membro inferior direito deve estar estendido. O membro 
superior direito fica estendido enquanto o membro superior 
esquerdo deve ficar fletido sob a cabeça.) 
- Mathieu-Cardarelli 
- Bimanual (palpação pode ser realizada em decúbito dorsal. 
A manobra é bimanual, onde a mão esquerda fica localizada 
sob a área de projeção do baço pressionando-a para cima, e 
Semiotécnica Adulto I 
 
 Luiza 
 
a mão direita é quem palpa o abdome, em direção ao rebordo 
costal esquerdo, na tentativa de palpar o baço.) 
 
VIII. VESÍCULA BILIAR 
- Vesícula normalmente é impalpável 
- Pesquisa do ponto cístico ou vesicular 
- Sinal de Murphy: inspiração interrompida a palpação do 
ponto cístico (sugestivo de colecistite) 
- Sinal de Courvoisier-Terrier: vesícula grande e palpável não 
dolorosa (sugestivo de câncer de cabeça de pâncreas) 
 
IX. ASCITE 
Transudato ou Exsudato 
Causas: hemodinâmicas, metabólicas, inflamatórias, neoplási 
cas 
> 1L sinais de macicez móvel à percussão 
3-5L abaulamento do abdome 
Macicez móvel como alteração mais sensível 
Semicírculos de Skoda 
Piparote 
 
X. ABDOME AGUDO 
- Apendicite aguda 
 
* Sinal de Blumberg: dor à descompressão brusca da 
parede abdominal no ponto apendicular, mais 
conhecido como ponto de McBurney. 
*Sinal de Rovsing: Dor na fossa ilíaca direita à 
palpação da fossa ilíaca esquerda. 
*Sinal de Lapinski: Dor à compressão do ceco contra 
a parede posterior do abdome, enquanto o doente 
eleva o membro inferior direito. Pode ser indicativo 
de apendicite. 
*Sinal do Psoas: Dor à extensão da coxa direita sobre 
o quadril contra a resistência em decúbito lateral 
esquerdo. Pode ser indicativo de apendicite. 
*Sinal do obturador: para realizá-lo, com o paciente 
em decúbito dorsal, faz-se a flexão passiva da perna 
sobre a coxa e da coxa sobre a pelve, então procede-
se com uma rotação interna da coxa. É um dos sinais 
da apendicite. 
- Colecistite aguda 
- Diverticulite aguda do sigmoide 
 *Apendicite do lado esquerdo 
- Peritonite 
*Quadro clínico grave 
*Irritação do peritônio parietal por: 
- Conteúdo gástrico 
- Bile 
- Conteúdo duodenal 
- Enzimas pancreáticas 
- Líquido entérico 
- Conteúdo fecal 
- Urina 
- Sangue 
 
XI. EXAME PROCTOLÓGICO 
- Faz parte importante do exame físico 
- Inspeção 
- Palpação 
- Diagnóstico preciso em muitas situações 
 
XII. EXAME GINECOLÓGICO 
- Doença inflamatória pélvica aguda 
- Gravidez tópica 
- Gravidez ectópica 
- Apendicite aguda 
- Abscessos pélvicos 
- Peritonites 
 
Sinal de Giordano 
O sinal de Giordano é utilizado na pesquisa de pielonefrite ou 
litíase renal. Para ser detectado, deve ser realizado uma 
percussão com a mão em forma de punho no dorso do 
paciente no nível da 11° e 12° costela, com uma mão 
realizando o amortecimento. 
Sinal de Halban 
Palpação profunda no flanco direito em direção à fossa ilíaca 
direita com amão esquerda em contraposição ao toque 
vaginal uni ou bi-digital! 
Quando positivo: suspeita de doença inflamatória pélvica

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