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Tuberculose: Causas, Sintomas e Diagnóstico

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Bactéria Mycobacterium tuberculosis
A M. tuberculosis é caracterizada por ser um bacilo causador da tuberculose no ser humano, atingindo principalmente o sistema pulmonar. Segundo Alterthum (2015), é um patógeno intracelular de macrófagos que age conforme a barreira imunológica de seu hospedeiro, tendo como fatores de virulência as fosfolipases C, lipases, esterases e proteases.  Ainda, Oliveira (2013) descreve que tal bactéria é fracamente gram-positiva, aeróbia, não apresenta cápsula, um desenvolvimento muito lento devido a composição da parede celular (descrever).
Tuberculose 
Definida como uma patologia altamente infecto- contagiosa, tendo como agente etiológico a Mycobacterium tuberculosis. Por ser uma doença contagiosa, a transmissão acontece principalmente pelo contato com partículas infectadas por meio de tosse, espirro ou perdigotos propelidos do pulmão para o ar (ALTERTHUM, 2015).
Os bacilos de M. tuberculosis ao ser inalado por indivíduos saudáveis, são inicialmente fagocitados por macrófagos alveolares e, os que sobrevivem se multiplicam no interior destes, formando lesões denominadas tubérculos. Em torno de 2-6 semanas após a infecção, inicia a resposta da infecção primária (ausência de sinais e sintomas), caracterizada pela imunidade mediada por Linfócitos T que iniciam o ataque específico às lesões formadas com o intuito de eliminar a maior quantidade de bactérias possíveis (SANTOS, 2014).
Logo após a infecção primária, segue a fase latente descrita por Santos (2014) como o estágio em que há baixo crescimento bacteriano no interior do granuloma, em um nível em que se considera o paciente portador da doença, porém está “inativada”. Quando ocorre alguma alteração do sistema imune do indivíduo como uma infecção, uso de drogas imunossupressoras, diabetes e câncer, a doença passa a ser ativada e o hospedeiro provavelmente pode vir a portar os sinais e sintomas características da tuberculose. Essa última fase é denominada de TB (tuberculose) ativa.
A tuberculose afeta principalmente os pulmões e outro órgãos, por isso recebe o nome de TB pulmonar ou TB extrapulmonar. Quanto aos sinais e sintomas da primeira, são característicos a tosse (tempo maior que 2-3 semanas) acompanhada de expectoração, febre baixa ao final da tarde, sudorese noturna, emagrecimento, fraqueza, cansaço e dores no corpo. Em relação aos sintomas da TB extrapulmonar, esses dependem do órgão acometido (BRASIL, 2017).
Com relação às medidas de prevenção da TB, recomenda- se aplicação da vacina BCG, busca ativa à domicílios pelas ACSs, identificação dos sintomáticos e assintomáticos, diagnóstico rápido, orientação das medidas de quimioprofilaxia, promoção de ações educativas por meio de palestras e atividades abertas à comunidade sobre a tuberculose (NOGUEIRA, 2020).
Figura 01- Representação esquemática da evolução fisiopatológica da tuberculose
Fonte: Google imagens. Link:https://www.sanarmed.com/o-minimo-que-voce-precisa-saber-sobre-tuberculose-na-vida-e-na-medicina-desde-o-inicio-ate-o-tratamento-colunistas
Métodos de diagnósticos da tuberculose.
Atualmente existem diversos meios de diagnóstico da TB pulmonar, entre eles o bacteriológico (solicita- se radiografia de tórax e baciloscopia do escarro para BAAR, é padrão pedir três baciloscopias de escarros em dias diferentes), radiológico para TB primária (mais eficiente em diagnósticos de tuberculose extrapulmonar), radiológico pós-primária (demonstra alterações significativas em até 80 % dos pacientes) e TCAR (tomografia computadorizada de alta resolução- recomendado em casos de baciloscopia negativa e os achados radiológicos são imprecisos) (CONDE; DETTONI, 2009).
Enquanto que para o diagnóstico de tuberculose extrapulmonar, deve-se obter primeiramente a cultura da M. tuberculosis para avaliação criteriosa via biópsia. Para a TB pleural é recomendado a cultura do microrganismo, solicitação de exame histopatológico e PCR. Na suspeição de TB de linfonodos, solicita- se BAAR (pode ser positiva) e biópsia de linfonodo (BRASIL, 2019). 
Em relação ao diagnóstico de TB- SNC, Conde e Dettoni (2009) destaca que é indicado a realização de radiografia de tórax, tomografia, ressonância, punção lombar, contagem de linfócitos, proteína e glicose, BAAR para o líquido cefalorraquidiano. Tais exames direcionam o diagnóstico diferencial de TB- SNC de meningite. Quanto a TB do trato urinário, recomenda- se a solicitação de urocultura (coleta de 3-6 coletas matinais para aumentar a precisão de encontrar a bactéria), urografia, cistoscopia e biópsia. 
Como já foi citado que a fase latente é um período em que o paciente não apresenta sinais e sintomas e o desenvolvimento bacteriano fica retardado, os exames para auxiliar nos diagnósticos se tornam mais específicos. Dessa maneira, realiza- se o requerimento de TT (tempo de trombina positivo) e ROSE (exposição a pacientes com resultados de BAAR positivo ou com tempo mínimo de 200 horas ou exposição a cultura de H. tuberculosis por pelo menos 400 horas) (BRASIL, 2019).
Ademais, Alterthum (2015) refere outros exames determinantes, porém não são específicos para cada variedade de tuberculose, são eles: exames sorológicos e laboratoriais e  avaliação da concentração de citocinas.
Referências
ALTERTHUM, TRABULSI. Microbiologia. ed. 6. São Paulo: Atheneu, 2015.
CONDE, M. III Diretrizes para Tuberculose da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia. Jornal Brasileiro de Pneumologia. v. 35, n. 10, pp. 1018-1048, Out/ Nov. 2009. Disponível em: https://www.scielo.br/j/jbpneu/a/qkP39xrRffZ3YY897pWFxVJ/?lang=en#. Acesso em: 06 de agost 2022.
SANTOS, Juliana Gonçalves dos. Análise da expressão de genes relacionados ao metabolismo do ferro em macrófagos humanos infectados com cepas de Mycobacterium tuberculosis. Dissertação (Mestre em Ciências)- Faculdade de Ciências da Saúde Farmacêuticas. Universidade de São Paulo, São Paulo, 2014. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9136/tde-27052015-150852/publico/Juliana_Goncalves_dos_Santos_ME_original.pdf. Acesso em: 06 agost 2022.
OLIVEIRA, Daniel Marques de. Mycobacterium Tuberculosis e a resistência do bacilo de Koch. Dissertação. (Mestrado)- Ciências da Saúde. Universidade Fernando Pessoa, Porto, 2013. Disponível em: https://bdigital.ufp.pt/bitstream/10284/5525/1/PPG_19627.pdf. Acesso em: 06 agost 2022.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Cartilha para o Agente Comunitário de Saúde: tuberculose. Brasília: Ministério da Saúde, 2017. Disponível em: https://central3.to.gov.br/arquivo/400709/#:~:text=unidade%20de%20sa%C3%BAde.-,Quais%20s%C3%A3o%20os%20principais%20sinais%20e%20sintomas%3F,cansa%C3%A7o%20e%20dores%20no%20corpo. Acesso em: 06 agost 2022.
NOGUEIRA, Marylin Neves. Guia de Boas Práticas na Prevenção e Controle da Tuberculose. Dissertação (Mestrado)-  Enfermagem na atenção primária em saúde no sistema único de saúde. Universidade de São Paulo, 2020. Disponível em:http://www.ee.usp.br/posgraduacao/mestrado/apostilas/Boas_Praticas_Tuberculose.pdf. Acesso em: 06 agost 2022.

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