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Ordenações Filipinas

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Ordenações Portuguesas 
As leis eram faladas nos pelourinhos (um mastro com a cruz de Malta). Esses pelourinhos 
representavam o poder português, as punições de pessoas também ocorriam debaixo 
desses locais. 
Houve um pedido da comunidade para que as leis fossem compiladas em um livro – as 
ordenações – para facilitar o acesso. 
Assim nasceram as ordenações, compilados de leis escritas. 
I. Ordenações afonsinas: 
Promulgadas por Afonso V em 1446. Eram manuscritas. Encontra-se dívidas em uma 
estrutura que se repetiu ao longo das demais ordenações: cinco livros. 
II. Ordenações manuelinas: 
Promulgadas por D. Manuel I em 1523. Eram impressas. Organização e conteúdo 
semelhantes as afonsinas, porém com a produção de outras eis esparsas. 
III. Ordenações Filipinas: 
Promulgadas por D. Felipe I de Portugal durante o período da união ibérica. As 
ordenações Filipinas foram aplicadas no Brasil (1603) por mais de 300 anos 
(vigorando até 1916, já na república). 
Atua no pluralismo jurídico. 
• Primeiro livro: temas relacionados à burocracia administrativa (pública) e 
judicial da coroa portuguesa. 
 
• Segundo livro: regulando os privilégios das nobrezas, tanto da nobreza civil 
(senhores feudais e de terras) quanto da nobreza religiosa (bispos, prelados). 
 
• Terceiro livro: tratava do direito processual civil. Trata das regras que eram 
aplicadas aos processos que tramitavam na coroa. 
O Ius propium português era constituído por: lei, stylo (jurisprudência) e costume. O Ius 
commune (direito subsidiário) seria aplicado quando uma conduta não for tratada por 
leis, stlos ou costumes. Em última instância prevalece o Ius proprium vinculado ao poder 
do rei. 
Direito canônico: pecado / Direito romano: não pecado 
Caso não encontrassem uma solução nesses dois, procuraria na Doutrina dos 
romanistas (professores). A lei escolheu dois professores como fonte, Bartolo e Acurcio. 
Caso não achassem em nenhum dos dois, era encaminhado para o rei, que iria resolver 
o caso. Essa solução iria servir de base para casos semelhantes, criando um 
precedente. Vários precedentes formam uma jurisprudência 
• Quarto livro: trata do direito civil. Uma curiosidade, é o menor dos livros, isso se 
deve por causa do CJC, que já era muito complexo sobre esse tema. 
@SOFII.STUDIES 
 
• Quinto livro: direito criminal. O objetivo dessa análise é a percepção que esse 
direito criminal pré-moderno é diferente do penal de hoje. 
Crimes prescritos que protegem a ordem religiosa vigente (prática da blasfêmia ou da 
bruxaria, por exemplo), protegem os interesses da coroa (crime da maledicência do rei 
– lesa majestade: traição ao rei), crimes comuns na sociedade (furtos e roubos). 
A verificação da qualidade da pessoa poderia modificar a sanção e o tempo de 
punição. Tinha intuito de incidir sobre a alma do delinquente depois de morto. 
Era comum a punição decair sobre outras pessoas (pais do delinquente). 
• Do crime de Lesa Magestade: condenavam a traição, era como se fosse uma 
doença, a doença de lepra 
@SOFII.STUDIES

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