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Daniella Machado
												TURMA XXVI
Problema 3 – Módulo 3								 	 Daniella Machado
“Muito estresse dá nisso” – 1º período UniEvangélica 					TURMA XXVI
Tutoria: Módulo 3 – Problema 3
Metabolismo - “Muito estresse dá nisso”.
Gordura
*Tioforase: vai gerar mais acetil coenzima A.
Jejum: exaustão de intermediários de TCA – gliconeogênese – acetil CoA - corpos cetônicos
Caracterizar os tipos de lipídios 
Os triglicerídeos e os fosfolipídios é formado por ácidos graxos, são ácidos orgânicos de hidrocarbonetos de cadeia longa.A maioria são moléculas apolares.
Colesterol não tem ácidos graxos, seu núcleo de esterol é sintetizado por porções de acido graxo, tendo propriedades físicas e químicas de outros lipídios
	
Triglicerídeos/ gordura neutra: 
Usados para fornecer energia para os diferentes processos metabólicos. 
Três moléculas de ácido graxo de cadeia longa são ligadas a uma molécula de glicerol. Os mais importantes ácidos graxos são: ácido esteárico (18 carbonos saturada com átomos de hidrogênio), ácido oleico (18 carbonos, mas uma dupla ligação no meio da ligação) e o ácido palmítico (cadeia com 16 átomos de carbono saturada).
Quilomícrons
Transporte de triglicerídeos e outros lipídios no gastrointestinal pela linfa
	Durante a digestão, a maioria dos triglicerídeos é dividida em monoglicerídeos e em ácidos graxos. Ao passar pelas células epiteliais intestinais, os monoglicerídeos e os ácidos graxos são ressintetizados em novas moléculas de triglicerídeos que chegam à linfa como minúsculas gotículas dispersas, são os quilomícrons. Uma pequena apolipoproteína (principalmente a apolipoproteína B) é adsorvida as superfícies externas dos quilomícrons. O restante das moléculas de proteína projeta-se na solução hídrica circundante e aumentam a estabilidade da suspensão dos quilomícrons no líquido linfático e evita a aderência às paredes dos vasos linfáticos.
	Outro apo C-II ativa a lipase endotelial de lipoproteínas (enzima que remove os ácidos graxos dos triglicerídeos dos quilomícrons) os ácidos graxos livres são captados pelos adipócitos para a síntese e o armazenamento como triglicerídeos e pelas células musculares para a produção de ATP e os hepatócitos removem o restante dos quilomícrons do sangue por endocitose mediada por receptor, a apo E é a proteínas de atracação.
	A maior parte do colesterol e dos fosfolipídios do trato gastrointestinal penetra nos quilomícrons. São compostos por principalmente triglicerídeos, contendo 9% de fosfolipídios, 3% de colesterol e 1% de apolipoproteína. Sendo transferidos para cima pelo ducto torácico e esvaziados no sangue venoso circulante na junção das veias jugular e subclávia.
Remoção dos quilomícrons do sangue
Depois de 1 hora de uma refeição rica em gordura, a concentração de quilomícrons no plasma pode aumentar para 1-2% do plasma total. O plasma parece turvo ou amarelado. Os quilomícrons tem meia-via de menos de uma hora, então o plasma fica claro de algumas horas.
Lipase lipoproteica
Os quilomícrons são removidos da circulação sanguínea à medida que passa pelos capilares de vários tecidos, em particular do tecido adiposo, do musculo esquelético e do coração. Esses tecidos têm a lipase lipoproteica, sendo transportada para a superfície das células endoteliais capilares, onde hidrolisa os triglicerídeos dos quilomícrons à medida que entram em contato com a parede endotelial, liberando ácidos graxos e glicerol.
	Os ácidos graxos liberados pelos quilomícrons são altamente miscíveis nas membranas das células, esses ácidos graxos podem ser usados como combustível ou sintetizados em triglicerídeos, com novo glicerol sendo fornecido pelos processos metabólicos das células de armazenamento. A lipase hidrolisa os fosfolipídios e libera ácidos graxos para serem armazenados nas células da mesma maneira.
	Depois que são removidos os triglicerídeos são removidos dos quilomícrons, os remanescentes dos quilomícrons enriquecidos com colesterol são eliminados do plasma. Esses remanescentes se ligam a receptores nas células endoteliais dos Sinusoides do fígado. A apolipoproteína E na superfície dos remanescentes de quilomícrons e secreta pelas células do fígado desempenhando um papel na depuração dessas lipoproteínas.
Transporte dos ácidos graxos livres
	A gordura armazenada no tecido adiposos precisa ser utilizado em outras regiões do corpo para fornecer energia, esse transporte na forma de ácidos graxos livres é obtido pela hidrólise dos triglicerídeo de volta a forma de ácidos graxos e glicerol.
	Duas classes de estímulos possuem papel importante na promoção da hidrólise. A quantidade de glicose disponível para a célula adiposa é inadequada, então um dos produtos do metabolismo da glicose, o alfa-glicerofosfato está disponível em quantidades insuficientes. Essa substância é necessária para manter o glicerol, acontece então a hidrólise de triglicerídeos. A lipase celular hormônio-sensível pode ser ativada por vários hormônios das glândulas endócrinas, promovendo a hidrólise rápida dos triglicerídeos.
	Depois de sair dos adipócitos, os ácidos graxos ionizam-se no plasma e a porção iônica combina-se imediatamente com as moléculas de albumina das proteínas plasmáticas. Os ácidos graxos ligados dessas maneiras são os: ácidos graxos livres ou ácidos graxos não esterificados, para diferenciá-los de outros ácidos graxos (ésteres de glicerol, colesterol e outros).
	Os ácidos graxos são responsáveis por quase todo o transporte de ácidos graxos de uma região do corpo para outra.
1- A taxa de renovação de ácidos graxos é rápida: metade dos ácidos graxos plasmáticos é substituída por um novo ácido graxo a cada 2-3 minutos. Nessa taxa, quase toda a necessidade normal de energia do corpo é fornecida pela oxidação dos ácidos graxos livres transportados, sem usar carboidratos ou proteínas para obter energia.
2- Condições que aumentam a utilização para energia celular, aumentando a concentração desse tipo de ácido no sangue. A concentração pode aumentar até 5-8 vezes. Esse evento pode ocorrer em casos de inanição (estado em que o organismo carece de alguma substância) e no diabetes melito, já que a pessoa possuí pouca ou nenhuma energia metabólica dos carboidratos.
Normalmente, apenas 3 moléculas de ácido graxo se associam a cada molécula de albumina, mas se houver a necessidade de ácido graxo, ocorre o acoplamento de até 30 moléculas. Ocorrendo a variabilidade do transporte de lipídios sob diferentes condições fisiológicas.
Lipoproteínas 
Depois da remoção de todos os quilomícrons, quase 95% dos lipídios no plasma são lipoproteínas. São pequenas partículas, menores que os quilomícrons. Mas contém triglicerídeos, colesterol, fosfolipídios e proteínas.
São formadas no fígado, local que ocorre a síntese do colesterol plasmático (triglicerídeos e fosfolipídios) e pequenas quantidades de HDL são sintetizadas no epitélio intestinal durante a absorção de ácidos graxos no intestino.
Lipídios mais proteínas, que são partículas esféricas com uma camada externa de proteínas, fosfolipídios e colesterol circundando um núcleo interno de triglicerídeos e outros lipídios. As proteínas na camada externa são as apolipoproteína (apo) e designadas pelas letras A, B, C, D e E mais um número, ajudam a solubilizar as apolipoproteína nos líquidos corporais cada uma tem uma função específica.
São veículos de transporte (busca e entrega). São caracterizadas de acordo com densidade, taxa de lipídios (densidade baixa) e proteínas (densidade alta). Ácido linolênico e ácido linoleico são ácidos graxos essenciais que o corpo não consegue sintetizar.
Lipólise
Catalisada por lipases, a epinefrina/adrenalina e a norepinefrina/noradrenalina aumentam a deposição dos triglicerídeos em ácidos graxos e glicerol, esses hormônios são liberados quando aumenta o tônus simpático durante o exercício, outros hormônios também fazem parte. Já a insulina inibe a lipólise.
Função 
Transporte componentes lipídicos no sangue. As lipoproteínas (com exceção da VLDL) são importantes em diferentes estágiosde transporte de fosfolípides e de colesterol do fígado para os tecidos periféricos ou da periferia de volta ao fígado.
A densidade é ligada à quantidade de proteína.
Tipos de lipoproteínas 
VLDL (lipoproteínas de densidade muito baixa): alta concentração de triglicerídeos (50%) e concentrações moderadas de colesterol (20%) e fosfolipídios (20%) e proteínas (10%). São formadas pelos hepatócitos, contendo principalmente lipídios endógeno. 
Transportam triglicerídeos sintetizados no fígado para o tecido adiposo. Perdem os triglicerídeos conforme a seu apo C-2 ativa a lipase endotelial das lipoproteínas e os acido graxos resultantes são captados pelos adipócitos para serem armazenados ou pelas células musculares para a produção de ATP.
IDL (lipoproteínas de densidade intermediária): são VLDL só que com poucos triglicerídeos com um aumento de colesterol e fosfolipídios.
LDL (lipoproteínas de baixa densidade): derivam do IDL com a remoção de quase todos os triglicerídeos, aumento de colesterol (50%) e pouco aumento de fosfolipídios (20%). e o resto de proteínas.
 Contém uma única apolipoproteína, a apo B100, que é a proteína de atracação que se liga aos receptores de LDL nas membranas plasmáticas das células do corpo de modo que a LDL possa entrar na célula por endocitose mediada por receptor. Dentro das células, a LDL é clivada e o colesterol é liberado para atender as necessidades das células. Quando a célula atinge a quantidade necessária de colesterol ocorre um feedback negativo para inibir a síntese de novos receptores de LDL pela célula. Pode ser considerado mal por estar relacionado a aterosclerose.
HDL (lipoproteínas de alta densidade): alta concentração de proteína (cerca de 50%) e concentrações menores de colesterol (20%) e fosfolipídios (30%). Evita o acúmulo de colesterol no sangue, removendo os excessos de colesterol das células do corpo e do sangue e transportando para o fígado para ser liberado. Formado no fígado e parte no intestino.
Depósito de gordura ou tecido adiposo
	Armazenar trigiliceridios, até que sejam necessários para fornecer energia. Pode proporcionar o isolamento térmico e secretar hormônios (leptina e adiponectina), que afetam apetite e gasto de energia.
	Os adipócitos são fibroblastos modificados que armazenam triglicerídeos (forma líquida). Quando são os tecido são expostos ao frio as cadeias de ácidos graxos dos triglicerídeos celulares, tornam-se menores ou mais insaturados (diminuindo o ponto de fusão), já que apenas a gordura líquida pode ser hidrolisada e transportada para fora das células. Em adição, pode sintetizar pequenas quantidades de ácidos graxos e triglicerídeos a partir de carboidratos, que complementa a síntese de gordura no fígado.
Lipase tecidual
Tem várias lipases no tecido adiposo, algumas delas catalisam a deposição de triglicerídeos, quilomícrons e das lipoproteínas. Outras são ativadas por hormônios, causando a clivagem dos triglicerídeos, liberando ácidos graxos. 
Por causa da rapidez da troca de ácidos graxos, os triglicerídeos são renovados cerca de uma vez a cada 2-3 semanas, a gordura armazenadas nos tecidos não é mesma que foi armazenada no mês passada.
Descrever o metabolismo lipídico 
Fígado
Degradar os ácidos graxos em pequenos compostos, que pode ser usado como fonte de energia; sintetiza triglicerídeos, principalmente a partir de carboidratos, mas em menor também de proteínas; sintetiza outros lipídios a partir dos ácidos graxos, especialmente colesterol e fosfolipídios.
Aparece muito triglicerídeos quando: ocorre os estágios iniciais de inanição, no diabetes melito e quando as gorduras são usadas no lugar dos carboidratos para fonte de energia. Transporta-se então uma grande quantidade de triglicerídeos no fígado, onde começa os estágios iniciais de grande parte de degradação das gorduras. 
As células hepáticas, além de conterem triglicerídeos, contém grandes quantidades de fosfolipídios e de colesterol, sendo sintetizados pelo fígado, ademais essas células são muito mais capazes que outras células em dessaturar os ácidos graxos e, portanto, os triglicerídeos do fígado são normalmente muito mais insaturados do que os triglicerídeos do tecido adiposo. Essas dessaturação é realizada por um desidrogenase nas células do fígado.
*Lipodistrofia: atrofia ou deficiência genética de adipócitos. O excesso de gordura não é armazenado no tecido adiposo e se acumula no fígado e em menor grau em outros tecidos.
Formação de ATP
Os carboidratos são muito mais importantes que as gorduras na alimentação, sendo alguns carboidratos convertidos em triglicerídeos, armazenados e isolados na forma de ácidos graxos, sendo liberados pelos triglicerídeos para obter energia.
1- Hidrólise dos triglicerídeos em ácidos graxos e glicerol, sendo transportados para os tecidos ativos, onde são oxidados para liberar energia. Todas as células podem usar os ácidos graxos como fonte de energia (menos o tecido cerebral e as hemácias). O glicerol é modificado ao penetrar no tecido ativo pelas enzimas intracelulares em glicerol-3-fosfato, entrando na via glicolítica para quebrar glicose. Antes de serem usados como energia, aos ácidos graxos são processados na mitocôndria.
2- Transporte de ácidos graxos para a mitocôndria, usando a carnitina como carreador. Depois os ácidos graxos dentro da mitocôndria se separam da carnitina e são degradados e oxidados.
3- São os ácidos graxos degradados na mitocôndria pela liberação progressiva de dois segmentos de carbono na forma de acetil coenzima A, essa degradação é chamada de betaoxidação dos ácidos graxos. Primeiro ocorre a combinação do ácido graxo com a coenzima A para formar o acil-CoA. Depois, o carbono libera do acil-CoA graxos e liga a molécula de oxigênio, sendo o carbono beta oxidado. Em seguida, os dois carbonos do lado direito da molécula se separam para liberar acil-CoA no líquido celular, simultaneamente outro CoA liga a extremidade restante do acido graxo, formando outra acetil-coenzima A graxo (sendo mais curto). A acetil coenzima A mais curta libera outra acetil-CoA e menos dois carbonos.
4- As moléculas de acetil coenzima A formadas pela betaoxidação de ácidos graxos na mitocôndria penetram no ciclo do ácido cítrico, associando ao ácido oxacelético para formar ácido cítrico, sendo degradados em dióxido de carbono e em átomos de hidrogênio. O hidrogênio vai ser oxidado pelo sistema quimiosmótico oxidativo das mitocôndrias.
Após a degradação dos ácidos graxos em acetil coenzima-A, sua quebra final forma o ácido pirúvico e os hidrogênios extras são oxidados, sendo utilizados na oxidação dos carboidratos, liberando ATP.
Oxidação de ácidos graxos
Cada vez que uma molécula de acetil coenzima A é clivada forma flavina adenina dinucleotídio eduzidos, nitoninamida adenina dinucleotídio e H+. Totalizando um ganho final de 146 moléculas de ATP.
Quando ocorre a oxidação do hidrogênio é mais vantajosa quando é por meio da NAD.
Formação de ácido acetoacético
O fígado que quebra os ácidos graxos, mas ele próprio usa pouca para o seu metabolismo intrínseco. Quando os ácidos graxos forem divididos em acetil coenzima A, duas moléculas de acetil-CoA se condensam e formam uma molécula de ácido acetoacético, sendo transportado no sangue para outras células do corpo. Parte do acido acetoacético é convertido em ácido beta-hidroxibutírico e quantidades mínimas são convertidas em acetona.
Esses três ácidos se difundem e são transportados pelo sangue para os tecidos periféricos, entrando nas células, onde reações reversas ocorrem, os acetil-CoA são formadas, entram no ciclo de Krebs e são oxidadas. O acido acetoacético e o beta-hidroxibutírico estão em grande quantidade, mas pouco concentrados no sangue, ocorre um rápido transporte e alta solubilidade, permitindo difusão instantânea nas células.
Aminoácido – acetil-CoA – ácido graxo – triglicerídeos.
Doenças
Cetose: altas quantidades desses 3 ácidos (são os corpos cetônicos), já que o acetoacético é um cetoácido. Normalmente ocorre em decorrência do jejum, da inanição, no diabetes melito eaté mesmo em dietas cetogênicas. Ocorre por causa que os carboidratos não são metabolizados de verdade, pois a insulina está indisponível para realizar o transporte de glicose para as células.
Vários fatores hormonais: aumento da secreção de glicorticoides pela adrenal aumenta a lipólise, disponibilizando uma grande quantidade de ácidos graxos para serem usadas como fonte de energia e para as células do fígado onde vai ter a conversão em corpos cetônicos.
Esses corpos cetônicos saem do fígado e são transportados para as células. Existe uma limitação desses corpos cetônicos. O oxalacetato é necessário para ligar-se à acetil-CoA antes de ser processada pelo ciclo de Krebs e com liberação simultânea de muito corpos cetônicos as concentrações sanguíneas dos ácidos, levam a um quadro de acidose metabólica. A acetona é volátil, parte sendo expelida na expiração (hálito cetônico).
Dieta cetogênica 
O individuo usa muito mais ácido acetoacético, sendo a cetose um evento distante. Até mesmo as células cerebrais depois de algum tempo podem usar cerca de 50-75% de sua energia das gorduras.
Síntese de triglicerídeos a partir de carboidratos
Os carboidratos podem ser utilizados ou armazenados em glicogênio, sendo o excesso convertido em triglicerídeos e armazenado no tecido adiposo. A síntese ocorre no fígado, sendo posteriormente transportados pelos VLDL para o tecido adiposo, onde são armazenados.
1- Conversão dos carboidratos em acetil-CoA, ocorre durante a degradação normal da glicose pelo sistema glicolítico. Os ácidos graxos são na verdade grandes polímeros do ácido acético. Para isso acontecer, tem duas etapas, usando a malonil-CoA e a nicotinamida adenina dinucleotídio fosfato (NADPH) reduzida como os intermediários principais no processo de polimerização. Depois que as cadeias de ácidos graxos são sintetizadas cresceram até 14-18 átomos de carbono se ligam ao glicerol para formar triglicerídeos. As enzimas que provocam essa conversão são específicas para os ácidos graxos, contendo pelo menos 14 átomos de carbono. O glicerol é fornecido pela alfa-glicerofosfato (derivado da via glicolítica).
Eficiência da conversão de carboidrato em gordura
Durante a síntese de triglicerídeos, cerca de 15% da energia da glicose é perdida e os 85% são transferidos para os triglicerídeos restantes.
Importância da síntese e armazenamento das gorduras
I- Capacidade das diferentes células do corpo para armazenar carboidratos sob forma de glicogênio é pequena. Em contrapartida, pode ser armazenado muitos quilogramas de gordura no tecido adiposo. A síntese de gordura fornece um meio pelo qual o excesso de energia obtida pela ingestão de carboidratos e proteínas pode ser armazenada para uso posterior.
II- A gordura contém mais calorias de energia que o glicogênio.
A insulina é essencial para a síntese de gorduras. Sem ela, as glicoses não entram nos adipócitos nem nas células hepáticas de forma satisfatória. Uma pequena quantidade de acetil-CoA e NADP são necessárias para a síntese de gordura, podem ser derivadas da glicose. A ausência de glicose nos adipócitos reduz a disponibilidade de alfa-glicerofosfato dificulta a formação de triglicerídeos.
Síntese de triglicerídeos a partir de proteínas
Quando é ingerido um excesso de proteína, grande parte é armazenada como gordura.
Regulação dos triglicerídeos 
Existe uma economia de gordura, já que são usadas preferencialmente os carboidratos como fonte de energia.
As gorduras estão em duas formas no tecido: como triglicerídeos armazenados e pequenas quantidades de ácidos graxos livres, estando em equilíbrio constante. O excesso de alfa-glicerofosfato está presente (por causa dos carboidratos em excesso estão disponíveis), o excesso de alfa-glicerofosfato liga-se aos ácidos graxos livre e triglicerídeos para os triglicerídeos armazenados. Apenas quantidade mínimas de ácidos ficam disponíveis para serem usados como energia. A alfa-glicerofosfato é importante no metabolismo da glicose, a disponibilidade de grandes quantidades de glicose inibe o uso de ácidos graxos como fonte de energia.
Em adição, os carboidratos estão disponíveis em excesso, os ácidos graxos são sintetizados rapidamente do que são degradados, esse efeito é causado pela grande quantidade de acetil-CoA formada a partir dos carboidratos e pela baixa concentração de ácidos graxos no tecido adiposo criando uma conversão de acetil-CoA em ácidos graxos.
A primeira etapa (limitante na síntese de ácidos graxos) é a carboxilação da acetil-CoA para formar a malonil-CoA. A intensidade dessa reação é controlada pela enzima acetil-CoA carboxilase, sendo a atividade acelerada no ciclo de Krebs. Quando há uma quantidade excessiva de carboidratos é usada, os intermediários aumentam, levando ao aumento da síntese de ácidos graxos
O excesso de carboidratos atua como poupador de gordura e aumenta a reserva de gordura. Todo o excesso de carboidratos não utilizados como energia ou armazenados sob forma de glicogênio é convertido em gordura.
Ausência de carboidratos
Todos os efeitos poupadores de gordura são perdidos. A gordura é mobilizada das células adiposas e usada como fonte de energia no lugar dos carboidratos. Além disso, ocorrem alterações hormonais para promover a rápida mobilização de ácidos graxos, como a diminuição da secreção de insulina, diminuindo o armazenamento de gorduras.
Regulação hormonal na utilização de gordura
O aumento mais drástico ocorre durante exercícios intensos. Liberando a adrenalina e a noradrenalina pela medula adrenal, pela estimulação simpática. Esses dois hormônios atuam na lipase-hormônio sensível, ativando uma rápida ruptura dos triglicerídeos e mobilização dos ácidos graxos. A concentração de ácidos graxos aumenta até 8 vezes e o uso deles para obtenção de energia é aumentado. 
O estresse libera o ACTH (hormônio adrenocorticotrófico) pela adeno-hipófise, fazendo com que o córtex adrenal secrete quantidade adicionais de glicocorticoides, o ACTH e glicocorticoides ativam a lipase hormônio-sensível.
O GH também apresenta um efeito semelhante ao ACTH, podendo ter um efeito cetogênico leve. 
A tiroxina causa de maneira indireta mobilização das gorduras, aumenta a taxa geral do metabolismo energético em todas as células do corpo. Ocorre a redução na acetil-CoA e em outros intermediários.
*Síndrome de Cushing: secreção excessiva de glicocorticoides, alta mobilização das gorduras e cetose.
*Obesidade: ingestão de maior quantidade de alimento do que o corpo é capaz de utilizar como fonte de energia. A capacidade do ser humano de armazenar o excesso de energia no tecido adiposo é grande. A obesidade hereditária – mobilização ineficaz de gordura do tecido adiposo pela lipase tecidual, aumentando as reservas de gordura. Pode ser causado também por fatores genéticos que influenciam os centros de alimentação do cérebro, ou vias que controlam o gasto de energia ou que modificam o armazenamento energético.
Elucidar a atuação das lipoproteínas (tipo, função e transporte de lipídios)
Fosfolipídios 
Principais: lecitinas, cefalinas, esfingomielina. Contém uma ou mais moléculas de ácidos graxos e um radical de ácido fosfórico, com uma base nitrogenada. São lipossolúveis, transportados por lipoproteínas e usados em estruturas, como membranas celulares e membranas intracelulares.
Região hidrofílica e hidrofóbica.
Formação 
Sintetizados em todas as células do corpo. 90% são formados por células hepáticas e outras pelas células epiteliais intestinais. Quando os triglicerídeos são depositados no fígado a formação de fosfolipídios aumenta. Como o inositol é necessário para formar algumas cefalinas
Função 
1- Importantes constituintes das lipoproteínas e essenciais na formação e função da maioria dessas lipoproteínas, na ausência de fosfolipídios, anormalidades graves de transporte de colesterol e outros lipídios podem ocorrer.
2- Tromboplastina: necessária para coagulação é formada por uma das cefalinas.
3- A esfingomielina esta presente no sistema nervoso como isolamento elétrico na bainha de mielina.
4- São doadoresde radicais fosfato para reações químicas no tecido.
5- Participação de elementos estruturais: membranas celulares.
Colesterol
Absorvido pelo trato gastrointestinal para a linfa intestinal. Lipossolúvel, capaz de formar ésteres com ácidos graxos, cerca de 70% do colesterol é encontrado na forma de ésteres.
*lipidograma: mede o colesterol total (CT), o HDL e o VLDL. O LDL é calculado =CT – HDL. Quanto maior os níveis de colesterol maior o risco de doença coronariana. Se houver uma proporção entre os níveis de colesterol total e o HDL pode ocorrer o desenvolvimento da doença coronarianas.
Formação 
Absorção do colesterol pelo trato gastrointestinal – colesterol exógeno, outra quantidade maior e formada pelas células do corpo – colesterol endógeno (formado pelo fígado). Tem um núcleo de esterol (anel ciclopentanoperidrofenantreno) sintetizado por moléculas de acetil-CoA. 
O núcleo de esterol pode ser modificado por cadeias laterais para formar colesterol, ácido cólico (base dos ácidos biliares formados no fígado) e muitos hormônios esteroides secretados pelo córtex adrenal pelos ovários e testículos.
Fatores que afetam a concentração do colesterol plasmático
i- Aumento de colesterol ingerido no dia, inibindo a enzima para a síntese endógena de colesterol, a 3-hidroxi-3-metilglutaril CoA redutase (HMG-CoA redutase) criando um feedback para prevenir o aumento excessivo na concentração de colesterol plasmático.
ii- Dieta rica em gordura saturada, principalmente ao estar associada ao ganho de peso e obesidade. Esse aumento de colesterol, aumenta a deposição de gorduras no fígado, aumentando também as quantidades de acetil-CoA nas células hepáticas para produzir colesterol. Ou seja, coma pouca gordura saturada e mantenha o peso corporal normal.
iii- Ingestão de gorduras com alto teor de ácidos graxos insaturados diminui a concentração de colesterol sérico para um nível de leve a moderado.
iv- Ausência de insulina ou hormônio tireoidiano aumenta a concentração de colesterol sanguíneo, e o excesso de tiroxina diminui a sua concentração, são causados por enzimas especificas pelo metabolismo de lipídeos e taxa metabólica geral.
v- Distúrbios genéticos do metabolismo do colesterol podem aumentar o seu nível no plasma. Como a mutação no gene receptor de LDL, impedindo que o fígado remova o LDL rico em colesterol do plasma. Assim, o fígado produz quantidades excessivas de colesterol. Outra mutação é da apolipoproteína B.
Funções
Formar ácido cólico, é conjugado com outras substâncias para formar sais biliares (digestão e absorção de gorduras). A par disso, a outra parte restante pode ser usada pela glândula adrenal para formar adrenocorticais, pelos ovários para formar progesterona e estrogênio ou pelos testículos para formar testosterona. Em adição, o colesterol pode se precipitar na camada de queratina da pele, tornando-a resistente a absorção de substâncias hidrossolúveis e a ação de muitos agentes químicos (colesterol e outro lipídios, ajudando a prevenir a evaporação da água da pele.
A maior parte do colesterol é convertido em ácidos biliares e secretada no duodeno, sendo reabsorvidos no íleo e usando na bile. Sob esse prisma, agentes que combinem com os ácidos biliares e evitam a sua reciclagem na circulação (circulação êntero-hepática) pode reduzir os ácidos biliares. Assim muito mais colesterol do fígado é convertido em novos ácidos biliares.
A par disso, as estatinas inibem a hidroximetilglutaril-coenzima A redutase, a enzima limitante da síntese do colesterol, diminui a síntese do colesterol e aumenta os receptores de LDL no fígado, podendo ajudar na atenuação da inflamação endoteliais e estabilização da placa aterosclerótica.
Funções estruturais do colesterol e fosfolipídios
Estão presentes nas membranas celulares e nas organelas internas, determina a fluidez delas. As cargas polares dos fosfolipídios reduzem a tensão na interface entre as membranas celulares e os líquidos adjacentes.
 Sem contar na lenta renovação (turnover) dessas substâncias na maioria dos tecidos não hepáticos. Como por exemplo, as células cerebrais têm propriedades físicas indestrutíveis.
Aterosclerose:
Doença das artérias de médio e grande calibre, nas quais placas de ateroma ou placas ateromatosas desenvolvem-se nas paredes arteriais.
*Arteriosclerose: vasos sanguíneos enrijecidos em razão do envelhecimento.
*lesão do endotélio vascular: aumenta as moléculas de adesão nas células endoteliais e reduz sua capacidade e liberar óxido nítrico e outras substâncias que ajudam a prevenir a adesão de macromoléculas, plaquetas e monócitos ao endotélio. Depois do dano ao endotélio, os monócitos e lipídios circulantes (principalmente o LDL) começa a acumular no local da lesão. Os monócitos atravessam o endotélio entram na camada intima da parede do vaso e diferenciam-se em macrófagos, ingerindo e oxidando as lipoproteínas, tornando-se espumosos – macrófagos espumosos/células espumosas que agregam ao vaso sanguíneo e formam a estria de gordura visível.
Essas estrias crescem e os tecidos musculares lisos e fibrosos se proliferam para formar placas maiores. Ademais, os macrófagos liberam substâncias que causam inflamação e maior proliferação de músculo lisos e de tecido fibroso nas superfícies internas da parede arterial. Esses depósitos de lipídios e a proliferação celular pode ficar tão grande que as placas se destacam no lúmen da artéria e reduzem o fluxo sanguíneo, podendo obstruir completamente os vasos. Os fibroblastos também depositam grande quantidade de tecido conjuntivo denso, a esclerose pode tornar as artérias rígidas. Depois os sais de cálcio se precipitam com o colesterol e outros lipídios das placas, levando a calcificação das artérias – endurecimento das artérias.
Essas artérias perdem a maior parte de sua dispensabilidade, com áreas degenerativas em suas paredes rompem facilmente. Os locais em que as placas se projetam para os lúmens com o sangue circulante, suas superfícies ásperas podem levar ao desenvolvimento de coágulos sanguíneos (trombos ou êmbolos), provocado bloqueio súbito de todo o fluxo sanguíneo.
Papel do colesterol e lipoproteínas na aterosclerose
a) Aumento de lipoproteínas de baixa densidade, como a elevada concentração de LDL (ingestão de gorduras saturas e inatividade física).
b) Hipercolesterolemia familiar: genes defeituosos para formação de receptores de LDL nas superfícies da membrana. O fígado não consegue absorver tanto IDL como LDL. Sem essas absorções a maquinaria do colesterol das células hepáticas se descontrola, produzindo novo colesterol, não dependendo da inibição por feedback quando tem muito colesterol. Pode ser a mutação do gene PCK9/ pró-proteina enzimática convertase subtilisina/kexina tipo 9, que liga ao receptor de LDL. E induz mudança conformacional que leva à sua destruição, reduzindo a absorção de LDL e aumentando o colesterol plasmático. É comum essa mutação.
c) HDL pode absorver cristais de colesterol que estejam depositando nas paredes arteriais, ou seja proteção contra aterosclerose, podendo inibir o estresse oxidativo e a prevenção da inflamação de vasos sanguíneos.
Fatores de risco
Hipertensão, diabetes, hiperlipidemia, tabagismo, sobrepeso, ser homem, o excesso de nível de ferro.
Prevenção 
Manter um peso saudável, ativo e ingerir dietas com gorduras insaturadas com baixo teor de colesterol; prevenir a hipertensão arterial; controlar a glicose sanguínea e abandonar o tabagismo.
Diferenciar os tipos de gorduras
Gordura insaturada
Encontrada em alimentos e óleos de origem vegetal. Conhecida como gordura “saudável”. Apesar de ser “saudável”, você só deve comer esse nutriente com moderação (pequenas quantidades e com pouca frequência). Mesmo sendo “saudável”, se ingerida em excesso ou com muitas frequências, pode provocar ganho de peso, o que interfere em outros aspectos da saúde.
Existem dois tipos de gordura insaturada, e ambos são “saudáveis”: a gordura monoinsaturada e a poli-insaturada.
Gordura monoinsaturada
Os alimentos que contêm gorduras monoinsaturadas diminuem ocolesterol LDL (lipoproteína de baixa densidade) no sangue. O colesterol LDL é conhecido como colesterol “ruim”. Os alimentos que contém gorduras monoinsaturadas também aumentam o colesterol HDL (lipoproteína de alta densidade), ou colesterol “bom”. Isso significa que gorduras monoinsaturadas são gorduras “boas” para quem tem doenças cardíacas.
Gordura poli-insaturada
Assim como alimentos que contém gorduras monoinsaturadas, os alimentos com gorduras poli-insaturadas diminuem o colesterol LDL (lipoproteína de baixa densidade) no sangue e aumentam o colesterol HDL (lipoproteína de alta densidade), ou colesterol bom. Isso significa que tanto gorduras monoinsaturadas como poli-insaturadas são gorduras “boas” para pessoas com doenças cardíacas.
Gordura saturada
Encontrada principalmente em todos os produtos de origem animal e óleos tropicais, como manteiga de cacau, óleo de palma, coco e óleo de coco, óleo de semente de palma. Ligações simples.
Todos os produtos de origem animal têm colesterol (produtos de origem animal incluem carnes, peixes, ovos e laticínios).
Alimentos com alto teor de gorduras saturadas aumentam o colesterol LDL (lipoproteína de baixa densidade, o colesterol ruim) no sangue.
 As gorduras saturadas são conhecidas como gorduras “não saudáveis”.
Gordura trans
As gorduras trans. são produzidas quando uma gordura saudável (por exemplo, um óleo) passa por um processo químico chamado de “hidrogenação parcial”.
Para fazer isso, os fabricantes adicionam átomos de hidrogênio (daí o termo hidrogenação) a um óleo saudável (por exemplo, óleo de soja, de canola ou azeite de oliva). Com processo, o óleo líquido se torna uma gordura sólida e dura.
A hidrogenação impede a separação da gordura e pode melhorar a textura e a aparência de um produto, bem como a sensação provocada por ele.
As gorduras trans. aumentam o colesterol LDL (lipoproteína de baixa densidade, ou o colesterol ruim) e diminuem o colesterol HDL (lipoproteína de alta densidade, o colesterol bom) no sangue. As gorduras trans. são conhecidas como gorduras “não saudáveis”. É melhor evitar alimentos com altos níveis de gorduras trans. ou comê-lós apenas raramente.
As gorduras trans. são também chamadas de óleo ou gordura vegetal parcialmente hidrogenada.
Bibliografia
Guyton
Tortora
 Capítulo 11 – Nutrição: Gorduras e colesterol
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