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INTRODUÇÃO-AO-MEIO-AMBIENTE-E-A-SUSTENTABILIDADE_MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

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1 
 
 
 
INTRODUÇÃO AO MEIO AMBIENTE E A 
SUSTENTABILIDADE 
1 
 
 
 
Sumário 
NOSSA HISTÓRIA ............................................................................................. 2 
INTRODUÇÃO ................................................................................................... 3 
MEIO AMBIENTE ............................................................................................... 4 
Meio Ambiente e sustentabilidade ...................................................................... 4 
Os pilares da sustentabilidade ........................................................................... 5 
Preservação ambiental ....................................................................................... 6 
Meio Ambienta no Brasil..................................................................................... 7 
SUSTENTABILIDADE ........................................................................................ 7 
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E EDUCAÇÃO AMBIENTAL ............. 10 
A legislação ambiental brasileira ...................................................................... 13 
Relação entre a produção agrícola, sustentabilidade e meio ambiente ........... 15 
Ações da comunidade para superar os desafios da sustentabilidade .............. 15 
PROBLEMAS AMBIENTAIS ............................................................................ 16 
EDUCAÇÃO AMBIENTAL ................................................................................ 16 
Educação Ambiental nas escolas ..................................................................... 19 
QUESTÕES AMBIENTAIS E SUA EVOLUÇÃO .............................................. 21 
ACORDOS INTERNACIONAIS ........................................................................ 23 
PRINCIPAIS BENEFÍCIOS DE AÇÕES DE SUSTENTABILIDADE NAS 
EMPRESAS ..................................................................................................... 24 
Economia de material como aliada na gestão financeira interna ..................... 24 
Descarte de lixo e reciclagem de material no ambiente corporativo ................ 24 
Técnicas de aproveitamento de recursos naturais ........................................... 25 
Tecnologia a serviço do meio ambiente ........................................................... 25 
REFERENCIAS ................................................................................................ 27 
 
 
2 
 
 
NOSSA HISTÓRIA 
 
A história do Instituto NOSSA HISTÓRIA, inicia com a realização do sonho 
de um grupo de empresários, em atender à crescente demanda de alunos para 
cursos de Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a NOSSA 
HISTÓRIA, como entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. 
A NOSSA HISTÓRIA tem por objetivo formar diplomados nas diferentes 
áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a 
participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua 
formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, 
científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o 
saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
INTRODUÇÃO 
O homem vivia uma relação harmônica com a natureza e dela dependia 
integralmente para sobreviver. Com o desenvolvimento das ciências, a 
capacidade de compreensão do homem se expandiu e daí surgiu a ideia de 
subjugar a natureza em benefício próprio. Porém, a evolução trouxe também o 
desenvolvimento de condutas inadequadas referentes ao meio ambiente, 
especificamente, por meio do desperdício e da degradação ambiental. 
A expressão Educação Ambiental surgiu no ano de 1965, com o termo 
Environmental Education, na Conferência em Educação na Universidade Keele, 
destacando a formação de todos os cidadãos relacionada a problemas 
ambientais que envolvem a humanidade. 
A Educação Ambiental estimula a conscientização do indivíduo acerca 
dos problemas ambientais, bem como define diretrizes para combatê-los, 
principalmente por meio da conservação das reservas naturais e de sugestões 
de práticas antipoluentes. É uma vertente da Educação direcionada a assuntos 
que envolvem a interação homem-ambiente, e visa despertar uma consciência 
crítica sobre os problemas ambientais. Estimula também o indivíduo a 
desenvolver um caráter mais complexo e realista, considerando o ambiente em 
sua totalidade. Facilita a compreensão do ambiente como conjunto de relações 
entre os seres vivos e os não vivos ao conduzir esse indivíduo à percepção de 
que os problemas ambientais não podem e não devem ser tratados com 
neutralidade, mas precisam ser resolvidos com a mudança da relação entre a 
sociedade com a natureza. Esse aprendizado e essa conscientização devem ser 
abordados na infância, na fase da Educação Infantil, do Ensino Fundamental e 
Médio, pois os adultos já desenvolveram hábitos difíceis de mudar. A escola 
transforma-se, assim, no espaço mais eficaz para formar e preparar esses 
indivíduos para viver em sociedade e em seu ambiente físico. 
Entretanto, a transformação do modo de vida da sociedade, o aumento da 
violência e a explosão populacional impactaram, sobremaneira, a infância das 
crianças. O que antes era senso comum - brincadeiras nas ruas, andar de 
bicicleta, jogar futebol nos campinhos, hoje é considerado inviável, devido à 
violência nas cidades. As crianças afastaram-se do contato com a natureza e 
4 
 
 
muitos não conhecem os elementos naturais que compõem o meio que os cerca, 
somente pela televisão ou por meios eletrônicos. Diante dessa constatação, da 
escola assume um papel preponderante como recurso imprescindível para 
despertar na criança e nos jovens, futuro cidadão, o interesse e o conhecimento 
da diversidade ambiental ainda existente. 
Nesse sentido, a Educação Ambiental nas escolas atua como agente 
formador de cidadãos mais conscientes e os torna aptos a atuar na realidade 
socioambiental que os cerca. A escola, mais do que conceitos e informações, 
deve trabalhar com atitudes e ações práticas, de modo que o aluno possa 
aprender a praticar ações direcionadas à preservação e à conservação 
ambiental. No espaço escolar, o aluno complementa sua socialização, portanto, 
professores devem desenvolver a consciência de que não são os detentores do 
saber e procurar, junto a outros profissionais, subsídios para que a Educação 
Ambiental na instituição seja uma prática diária e constante e se torna um hábito 
a ser incorporado à vida cotidiana. Para isso, o professor precisa aprender e 
descobrir novas práticas pedagógicas visando despertar a consciência da 
necessidade de conservar o ambiente em que vivemos, estimulando também a 
sustentabilidade. 
MEIO AMBIENTE 
O meio ambiente é o local onde se desenvolve a vida na terra, ou seja, é 
a natureza com todos os seres vivos e não vivos que nela habitam e interagem. 
Em resumo, o meio ambiente engloba todos os elementos vivos e não-
vivos que estão relacionados com a vida na Terra. É tudo aquilo que nos cerca, 
como a água, o solo, a vegetação, o clima, os animais, os seres humanos, dentre 
outros. 
Meio Ambiente e sustentabilidade 
Podemos dizer que sustentabilidade e meio ambiente sempre “andam de 
mãos dadas”. A sustentabilidade é basicamente a capacidade que o ser humano 
5 
 
 
possui de usufruir dos recursos naturais presentes no planeta sem compromete-
los para as gerações futuras. Quando falamos de recursos naturais,estamos nos 
referindo basicamente ao meio ambiente, pois tudo que utilizamos no nosso dia-
dia depende diretamente ou indiretamente dele. Preservar o meio ambiente, 
dessa forma, se torna um dos principais princípios da sustentabilidade. 
O significado de sustentabilidade é complexo e envolve uma série de 
variáveis independentes entre si. Porém, todos os processos e aspectos sociais, 
energéticos, econômicos e ambientais estão diretamente envolvidos nesse 
conceito. 
Atualmente, as questões ambientais envolvem a sustentabilidade. A 
sustentabilidade é um termo abrangente, que envolve também o planejamento 
da educação, economia e cultura para organização de uma sociedade forte, 
saudável e justa. 
A sustentabilidade econômica, social e ambiental é um dos grandes 
desafios da humanidade. 
O termo sustentabilidade surge da necessidade de aliar o crescimento 
econômico com a preservação ambiental. 
A essa nova forma de desenvolvimento, damos o nome 
de desenvolvimento sustentável. Ele tem como conceito clássico ser aquele que 
atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as 
gerações futuras atenderem as suas próprias necessidades. 
Para que o desenvolvimento sustentável seja uma realidade é necessário 
o envolvimento de todas as pessoas e nações do planeta. As ações vão desde 
atitudes individuais até acordos internacionais. 
Os pilares da sustentabilidade 
Se atentar a detalhes relacionados à sustentabilidade e meio ambiente é 
importante para qualquer atividade exercida pela sociedade. Esses princípios se 
aplicam para qualquer empreendimento. Na agricultura, os sistemas de 
produção agrícolas sustentáveis devem seguir os chamados quatro pilares da 
6 
 
 
sustentabilidade, sendo eles: Ecologicamente correto, economicamente viável, 
socialmente justo e tecnicamente aplicável. 
Dependendo do ponto de vista, esses princípios costumam variar um 
pouco. Há ponto de vistas que sugerem o culturalmente diverso e também 
aqueles que falam apenas de três pilares (econômico, ambiental e social). 
Preservação ambiental 
A preservação do meio ambiente faz parte dos temas transversais 
presentes nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN's). 
O seu objetivo é incitar nos estudantes a importância de preservar o meio 
ambiente e os problemas causados pela intervenção humana na natureza. 
Se tratando de preservação e conservação, os termos preservação e 
conservação ambiental são constantemente confundidos. Porém, cada um deles 
possui um significado e objetivos diferentes. 
. Preservação Ambiental - É a proteção sem a intervenção humana. Significa a 
natureza intocável, sem a presença do homem e sem considerar o valor utilitário 
e econômico que possa ter. 
. Conservação Ambiental - É a proteção com uso racional da natureza, através 
do manejo sustentável. Permite a presença do homem na natureza, porém, de 
maneira harmônica. 
Um exemplo de áreas de conservação ambiental são as unidades de 
conservação. Elas representam espaços instituídos por lei que objetivam 
proteger a biodiversidade, restaurar ecossistemas, resguardar espécies 
ameaçadas de extinção e promover o desenvolvimento sustentável. 
7 
 
 
Meio Ambienta no Brasil 
No Brasil, a Política Nacional do Meio Ambiente, Lei nº 6.938, de 31 de 
agosto de 1981, define os instrumentos para proteção do meio ambiente. É 
considerada o marco inicial das ações para conservação ambiental no Brasil. 
Através dela, o meio ambiente é definido como o conjunto de condições, 
leis, influências e interações de ordem física e biológica, que permite, abriga e 
rege a vida em todas as suas formas. 
A Política Nacional do Meio Ambiente tem como objetivo a preservação, 
melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida. 
Também visa assegurar condições ao desenvolvimento socioeconômico, 
aos interesses da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida 
humana. 
A Constituição Federal Brasileira também possui um artigo que trata 
exclusivamente do Meio Ambiente. O artigo 225 cita que: “Todos têm direito ao 
meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e 
essencial à sadia qualidade de vida...”. 
Outras leis ambientais importantes que protegem os recursos naturais 
brasileiros e promovem ações voltadas à conservação e melhoria da qualidade 
de vida são: 
. Política Nacional da Educação Ambiental - Lei nº 9.795 de 1999. 
. Lei de Crimes Ambientais - Lei n.º 9.605 de 1998. 
. Política Nacional de Recursos Hídricos - Lei nº 9.433 de 1997. 
O órgão responsável pelas ações e políticas ambientais no Brasil é o 
Ministério do Meio Ambiente (MMA). 
SUSTENTABILIDADE 
O desenvolvimento econômico não representa mais uma opção aberta, 
com possibilidades amplas para o mundo. A aceitação geral da ideia de 
8 
 
 
desenvolvimento sustentável indica que se fixou voluntariamente um limite para 
o progresso material. Adotar a noção de desenvolvimento sustentável, por sua 
vez, corresponde a seguir uma prescrição política. O dever da ciência é explicar 
como, de que forma, ele pode ser alcançado, quais são os caminhos para a 
sustentabilidade. 
É preciso pensar de forma consciente em desenvolvimento econômico, 
em tecnologias, mas também em qualidade de vida e sustentabilidade ambiental. 
Nesse cenário, a sociedade precisa elaborar e implantar soluções concretas em 
que todas as esferas (econômica, política e social) por meio de esforços mútuos, 
na perspectiva de que o desenvolvimento seja sustentável. O meio ambiente não 
suporta mais tanta agressividade, nem a exploração desordenada de seus 
recursos para fins econômicos, tornando perceptíveis inúmeros problemas 
ambientais. 
Por décadas a humanidade vem usufruindo dos recursos naturais de 
forma imprudente e inconsciente, como se fossem infinitos, causando um grande 
impacto ambiental. Estudos são realizados visando solucionar os problemas 
decorrentes dessas ações, porém a sociedade precisa aprender a viver de 
maneira sustentável, aproveitando melhor os recursos naturais e com índices 
menores de degradação ambiental. Para isso, é preciso ir além dos conceitos 
existentes de sustentabilidade, é necessário estimular ações e posturas voltadas 
a repensar e refletir acerca das atitudes praticadas, bem como propor novas 
condutas que favoreçam o meio ambiente. Ao sensibilizar cada educando na 
escola por meio de uma Educação Ambiental consciente e, consequentemente, 
seu círculo familiar, estenderá o alcance dela a um maior número de possível de 
pessoas, além disso, o desenvolvimento sustentável é uma consequência do 
desenvolvimento social, econômico e da preservação ambiental. 
O desenvolvimento sustentável não refere especificamente a um 
problema limitado de adequação ecológica de um processo social, mas a uma 
estratégia ou modelo múltiplo para a sociedade, que deve levar em conta tanto 
a viabilidade econômica quanto ambiental. Num sentido abrangente, a noção de 
desenvolvimento sustentável remete à necessária mudança substancial do 
próprio processo civilizatório. Entretanto, a falta de especificidade e as 
pretensões totalizadoras tem tornado o conceito de desenvolvimento 
9 
 
 
sustentável, difícil de ser classificado em modelos concretos e operacionais e 
analiticamente precisos. Por isso, ainda é possível afirmar que não se constitui 
num paradigma no sentido clássico do conceito, mas uma orientação ou 
enfoque, ou ainda uma perspectiva que abrange princípios normativos. 
O futuro de várias espécies depende da ação humana no meio ambiente; 
a qualidade de vida da população é diferente de épocas anteriores; animais e 
algumas plantas estão extintos e o índice de poluição encontra-se em níveis 
altíssimos. Existe a incerteza de um lugar onde as gerações futuras possam viver 
com o mínimo de qualidade. O homem tornou-se incapaz de usufruir dos 
recursos naturais visando o bem comum. Nesse sentido, segundo a Carta da 
Terra Estamosdiante de um momento crítico na história da Terra, numa época 
em que a humanidade deve escolher seu futuro. À medida que o mundo se torna 
cada vez mais interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, 
grandes perigos e grandes promessas. Para seguir adiante, devemos 
reconhecer que, no meio de uma magnífica diversidade de culturas e formas de 
vida, somos uma família humana e uma comunidade terrestre com um destino 
comum. Devemos somar forças para gerar uma sociedade sustentável global 
baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais, na justiça 
econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo 
que nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com 
os outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras gerações. 
Inúmeras são as ações que o homem pode efetivar para reverter a 
degradação ambiental, começando na própria casa, ao separar o lixo para a 
coleta seletiva, não jogar lixo no chão etc. Porém, isso não é o bastante, tendo 
em vista que vivemos em uma cultura capitalista-industrial; assim, urge estimular 
um desenvolvimento sustentável, com alguns parâmetros a serem seguidos. 
 
10 
 
 
O desenvolvimento sustentável permeia métodos de construção e 
recursos que não impactam no meio ambiente, visa proporcionar qualidade de 
vida, bem como garantir um futuro melhor para a geração atual e as gerações 
vindouras. 
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL E EDUCAÇÃO 
AMBIENTAL 
Uma determinada sociedade só obtém o seu amplo desenvolvimento 
quando possui a capacidade de erradicar todos os impasses que dificultam o 
alcance aos bens e serviços básicos à vida humana. 
O homem, enquanto espécie humana inerente no meio social, tem 
necessidades básicas a serem atendidas, e para tal, este depende do sistema 
de interação entre os recursos econômicos com os elementos naturais provindos 
do meio ambiente para consecução de tal finalidade. 
Para que a sociedade possa ter suas necessidades básicas atendidas é 
necessário o desenvolvimento econômico, e para a obtenção deste objetivo foi 
desenvolvido na década de 80 um instituto denominado Desenvolvimento 
Sustentável, como sendo aquele que supri as necessidades da geração 
presente, de modo a não comprometer a possibilidade de atender às 
necessidades das gerações futuras. Porém, este conceito somente ganhou força 
a partir da Conferência Mundial de Desenvolvimento e Meio Ambiente, realizada 
no Rio de Janeiro, em 1992. 
O processo de desenvolvimento é complexo e para sua realização deve 
ser analisado uma vertente histórica e as dimensões que evidenciam sua 
sustentabilidade social, econômica e ambiental. O processo de desenvolvimento 
consiste em compreender as necessidades inerentes ao meio social em seu 
espaço e tempo, de acordo com sua cultura, bem como sua situação naquele 
determinado momento histórico, e tratar de garanti-las, partindo do entendimento 
de que os recursos naturais que utilizamos para tal finalidade são passíveis de 
esgotamento e, portanto, deverão ser empregados da forma mais benéfica e 
eficaz para as gerações atuais e futuras. 
11 
 
 
Uma das concepções da sustentabilidade é o fato de que o 
desenvolvimento, ao objetivar-se com o engendro de riquezas, tenha por 
propósito distribuí-las para melhorar a qualidade de vida da população e por 
conseguinte a qualidade ambiental do planeta. 
Em um contexto moderno, pensar o desenvolvimento sustentável é 
compreender a correlação entre progresso econômico e meio ambiente e buscar 
métodos de equilíbrio entre ambos os institutos, para que o homem enquanto ser 
social, com liberdades mínimas, isto é, com condições suficientes para 
sobrevivência, desenvolva preceitos basilares à vida social perante o 
desenvolvimento econômico, sem degradar o meio ambiente. 
Considerando o desenvolvimento sustentável enquanto direito 
fundamental, é necessário a existência de uma tutela jurídica específica e eficaz, 
que determine e enquadre normas e procedimentos de aplicabilidade concreta, 
que possa vir a garantir a execução de tal direito, bem como o controle das 
atividades humanas voltadas a este. Para tal, o direito deve adotar práticas que 
melhor conciliem o ordenamento jurídico com as possibilidades de 
desenvolvimento sustentável. 
Ante exposto, resta claro que a sustentabilidade necessita de 
instrumentos para sua efetivação. A Constituição Federal da República, em seu 
artigo 225, deixa clara sua preocupação com o desenvolvimento sustentável, e 
a atribui a este caráter de princípio fundamental. O escopo maior do 
ordenamento jurídico jurisdicional face ao desenvolvimento sustentável, é 
estabelecer parâmetros normativos que garantam os objetivos almejados pela 
proposta trazida com tal desenvolvimento, e desta forma harmonizar em termos 
de aplicação e finalidade a preservação ambiental com o desenvolvimento 
econômico. 
Tal instrumento normativo tem o intuito de desenvolver o país econômica 
e socialmente, ao passo que, ressalvada a preservação, bem como a defesa do 
meio ambiente para a presente e futuras gerações. O proposito precípuo é 
encontrar o ponto de equilíbrio entre a utilização racional do meio ambiente e a 
atividade econômica, para a consecução do progresso econômico. Desta forma, 
a constituição conclui que o meio ambiente é de uso comum do povo e essencial 
à qualidade de vida, tornando além de princípio, um direito fundamental, de 
12 
 
 
obrigação, aplicação e garantia do Estado, tal como a sua proteção. Portanto, o 
meio ambiente é um bem indisponível, devendo o interesse público preservar e 
conservá-lo de modo ecologicamente equilibrado, proporcionando uma sadia 
qualidade de vida. 
Um projeto galgado no desenvolvimento sustentável para aplicação no 
país em âmbito nacional, deve partir de debates na esfera local, com total 
participação dos diversos setores existentes neste. Os agentes que participam 
de tal discussão devem representar o poder público, a sociedade civil e o setor 
produtivo, partindo da análise dos pressupostos das três dimensões 
supracitadas que norteiam o desenvolvimento sustentável, de modo a criar um 
vínculo entre os agentes que participam de tal processo. Deve-se intentar para 
a realização deste processo de modo uniforme, pois a iniciativa em âmbito local 
pode ensejar diferença no decorrer deste, em relação ao andamento de cada 
estado e em relação ao país como um todo, e consequentemente ocasionaria 
complicações funcionais, bem como a afetação do objetivo precípuo do projeto. 
Nesta vertente é fundamental mencionar a educação como fator de 
extrema importância para consecução do desenvolvimento sustentável enquanto 
mecanismo de crescimento social. A sociedade necessita de uma educação que 
seja capaz de se comprometer com o fazer-se humano, na qualidade de ser 
passível e responsável pelas suas escolhas, bem como solidário com seu círculo 
de convivência, e desta forma, a educação enquanto produto da sociedade, é 
ferramenta importante para consolidação da proposta almejada pelo 
desenvolvimento sustentável. 
Por meio da educação ambiental, é possível incorporar as dimensões 
sociais, políticas, econômicas, culturais, ecológicas e éticas, de modo a 
promover uma ação multidisciplinar em prol da sustentabilidade prevista na carta 
magna, que significa que ao tratar de qualquer problema ambiental, deve-se 
considerar todas as dimensões. Partindo destas premissas, a educação 
ambiental tem como propósito, portanto, construir uma consciência social 
voltada a preservação ambiental, e transformar-se em filosofia de vida de modo 
a levar a adoção de práticas ambientalmente plausíveis com o contexto social 
em que vivemos, investindo nos recursos e processos ecológicos do meio 
ambiente, e desta forma, proporcionar o desenvolvimento e a escolha de planos 
13 
 
 
de ação, que venham contribuir para a formação do processode 
desenvolvimento sustentável para a melhoria da qualidade de vida social. 
Assim, fundamentando-se no ideal proposto pela educação ambiental, os 
membros desta sociedade devem entender que o Direito do amanhã deve ser 
ético e legalmente protegido sendo um direito fundamental para as gerações 
futuras. 
Atualmente, há necessidade da sociedade posicionar-se de forma 
diferente com o meio ambiente e social, e com seus modelos de produção, tendo 
em vista a sustentabilidade que preleciona às maneiras de pensar o mundo, bem 
como as formas de exercício pessoal e social na qual os indivíduos tenham 
atitudes norteadas por princípios éticos e comunidades com comprometimento 
coletivo fundamentado na tolerância e igualdade, sistemas sociais e 
organizações participativas e técnicas ambientais que reconheçam e sustentem 
processos ecológicos de apoio à vida e aos princípios basilares da vida humana. 
Portanto, a sustentabilidade se consubstancia mais que qualidade de um 
modelo de desenvolvimento, ela vai além da preservação do meio ambiente. 
Sustentabilidade enseja uma relação equilibrada consigo mesmo e com o outro 
enquanto ser humano e com o ambiente. Diante disso, não se pode falar em 
desenvolvimento sustentável sem evidenciar a importância da educação nesta 
trama, mas para impulsioná-lo é necessário um dispêndio em várias frentes, 
levando em conta todas as circunstâncias da sustentabilidade. 
A legislação ambiental brasileira 
A maioria dos nossos problemas ambientais tem suas raízes em fatores 
culturais, políticos e socioeconômicos, não podendo ser resolvidos por meios 
puramente tecnológicos. Abordar esses problemas somente sob o aspecto 
ecológico é desconhecer, ingenuamente, a realidade desfavorável que precisa 
ser modificada. Assim, para que as questões ambientais sejam compreendidas 
e visando solucionar problemas decorrentes de práticas prejudiciais ao meio 
ambiente foram elaboradas leis que garantem a obrigatoriedade da preservação 
e da sustentabilidade do meio ambiente. 
14 
 
 
No Brasil, o marco inicial mais importante e abrangente é o Código 
Florestal - Lei nº 4.771, instituída em 15/09/1965, que determina como área de 
preservação permanente as matas ciliares em torno dos cursos d’água nas 
margens dos rios, lagoas e reservatórios, matas em topos de morro e proteção 
às matas nativas. 
A Constituição Federal Brasileira de 1988 traz um avanço significativo 
relacionado às leis que instituem a preservação e a proteção ambiental. A partir 
de então, o meio ambiente passou a ser assegurado como bem comum de toda 
a sociedade, atribuindo responsabilidades ao Estado e à população. A 
Constituição Federal de Brasil (1988, título VIII, Cap. VI), institui em seu art. 225 
que: todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso 
comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder 
Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo às presentes e 
futuras gerações. 
A Lei nº 6.938/81, que instituiu a Política Nacional do Meio Ambiente, é 
uma das mais importantes leis ambientais, pois define que o poluidor passa ser 
responsável por seus prejuízos e danos ambientais, tornando-se obrigatória a 
indenização, independentemente da culpa, por agressões ao meio ambiente; tal 
lei fomentou estudos e a criação de relatórios de impactos ambientais. 
Além dessas legislações mais amplas, a Política Nacional de Educação 
Ambiental institui a Educação Ambiental como um componente essencial e 
permanente da educação em caráter formal e não formal em todo o país, 
articulada e presente em todos os níveis e modalidades de ensino, inserido de 
forma interdisciplinar e transversal ao currículo escolar. 
A discussão sobre a relação educação e meio ambiente contextualiza- se 
em um cenário atual de crise em todas as dimensões (econômica, política, 
cultural, social, ética e ambiental). Para superá-la, tem sido apresentado em 
diversos fóruns o modelo de desenvolvimento sustentável, que propõe associar 
desenvolvimento econômico com preservação do meio ambiente. Nesse sentido, 
um dos temas apresentado nesses fóruns é a Educação Ambiental como 
instrumento para alcançar os objetivos propostos. 
15 
 
 
Relação entre a produção agrícola, sustentabilidade e meio 
ambiente 
A sustentabilidade e meio ambiente tem sido um dos principais enfoques 
na agricultura nas últimas décadas. A comunidade de pesquisadores, 
agricultores, agrônomos e demais profissionais tem buscado incessantemente 
sistemas de produção agrícola que possam aliar os quatro pilares da 
sustentabilidade e ao mesmo tempo garantir a boa produtividade agrícola e o 
lucro para o produtor. 
Em um mundo industrializado e competitivo, onde a demanda por 
alimentos e maiores produções cresce cada vez mais, o cuidado e preocupação 
com o meio ambiente acaba sendo deixado de lado e o lucro econômico acaba 
se tornando o único objetivo da produção agrícola. Por esse motivo, muitas 
práticas como utilização de monoculturas de soja, revolvimentos ocasionais do 
solo e uso excessivo de pesticidas tem se tornado comum na agricultura 
principalmente no Brasil onde o ataque de pragas e doenças é intenso devido ao 
clima favorável. 
Ações da comunidade para superar os desafios da 
sustentabilidade 
Grande parte dos problemas enfrentados na agricultura podem ser 
controlados através de práticas sustentáveis de produção agrícola como o 
sistema plantio direto. Sistemas integrados de produção, como integração 
lavoura-pecuária, lavoura-pecuária-floresta e sistemas de consórcio têm se 
destacado pela sua eficiência tanto no aumento da lucratividade do produtor 
como na promoção e preservação da sustentabilidade e meio ambiente. 
No entanto são poucas as áreas que fazem o uso das técnicas, e muitas 
das que utilizam não as fazem apropriadamente. 
O aquecimento global causado pelo aumento do efeito estufa tem se 
tornado uma das principais preocupações da humanidade. Dessa forma, a 
utilização te técnicas tanto na agricultura quanto em qualquer outro setor que 
16 
 
 
promova a preservação do meio ambiente tem se tornado cada vez mais 
necessário. No artigo Agricultura Brasileira no Aquecimento Global, falamos um 
pouco mais sobre como o Brasil tem contribuindo para a sustentabilidade da 
produção agrícola e no combate ao aquecimento global, além dos desafios e 
metas a serem alcançados. 
PROBLEMAS AMBIENTAIS 
Nas últimas décadas, o meio ambiente vem sofrendo cada vez mais com 
a ação humana, uma delas é a prática da queimada. Como essa intervenção 
nem sempre é harmônica e de forma sustentável, surgem os problemas 
ambientais. 
Os principais problemas ambientais da atualidade são: 
 Mudanças Climáticas; 
 Efeito Estufa; 
 Aquecimento Global; 
 Poluição da água; 
 Poluição do ar; 
 Destruição da Camada de Ozônio; 
 Extinção de espécies; 
 Chuva Ácida; 
 Deflorestação; 
 Desertificação; 
 Poluição. 
EDUCAÇÃO AMBIENTAL 
Entende-se Educação Ambiental como o processo percorrido pelo 
educando em busca de conhecimento sobre questões ambientais, com a 
17 
 
 
finalidade de desenvolver uma nova percepção a respeito do conceito de meio 
ambiente, bem como se tornar também um agente transformador da 
conservação e da preservação dos recursos naturais. 
Para isso, a escola, por ser um espaço social e de constante 
aprendizagem, contribui para a formação de cidadãos conscientes, responsáveis 
e atentos à relação homem – ambiente. Nesse espaço, a Educação Ambiental 
tornou-se um componente essencial no processo de formação, visto que 
perpassa todos os segmentos e currículos escolares. Por se tratar de uma 
temática interdisciplinar, a EA precisa ser desenvolvida de forma contínua, 
permanente, sistemática e transversal, contextualizando tais conteúdos com a 
realidade integral do mundo contemporâneo. 
A prática de projetos e pesquisas, realizada por meio de temas geradorese estudados de maneira interdisciplinar precisa se consolidar na fundamentação 
teórica. Assim sendo, o desenvolvimento de programas de Educação Ambiental 
e a conscientização de seus conteúdos depende deste complexo processo de 
emergência e constituição de um saber ambiental, capaz de ser incorporado às 
práticas docentes e como guia de projetos de pesquisa. 
A sensibilização é um sentimento ou emoção que a escola pode provocar, 
uma vez que a EA destina-se a todos e é ofertada por meio da educação formal, 
da Educação Infantil até o Ensino Superior, inclusive na formação de professores 
e outros profissionais; e da não formal, que abrange todos os demais segmentos 
da população que dispõem de poder ou não nas áreas ambientais. No entanto, 
a conscientização vai além da sensibilização, ela provoca mudanças de 
comportamentos e concepções no indivíduo quando este aprende e compreende 
que cada ser humano integra o meio ambiente e que é necessário fazer sua 
parte em cuidar, respeitar e preservar o ambiente em que vive, de forma a 
garantir a sobrevivência para as gerações futuras. 
Com o intuito de estimular a formação de uma nova percepção individual 
e pessoal, a Carta de Belgrado considera como objetivos da Educação 
Ambiental: 
18 
 
 
Tomada de consciência: Ajudar às pessoas e aos grupos sociais a 
adquirir maior sensibilidade e consciência do meio ambiente em geral e dos 
problemas; 
Conhecimentos: Ajudar às pessoas e aos grupos sociais a adquirir uma 
compreensão básica do meio ambiente em sua totalidade, dos problemas 
associados e da presença e função da humanidade neles, o que necessita uma 
responsabilidade crítica; 
Atitudes: Ajudar às pessoas e aos grupos sociais a adquirir valores 
sociais e um profundo interesse pelo meio ambiente que os impulsione a 
participar ativamente na sua proteção e melhoria; 
Aptidões: Ajudar às pessoas e aos grupos a adquirir as aptidões 
necessárias para resolver os problemas ambientais; 
Capacidade de avaliação: Ajudar às pessoas e aos grupos sociais a 
avaliar as medidas e os programas de Educação Ambiental em função dos 
fatores ecológicos, políticos, sociais, estéticos e educativos; 
Participação: Ajudar às pessoas e aos grupos sociais a desenvolver seu 
sentido de responsabilidade e a tomar consciência da urgente necessidade de 
prestar atenção aos problemas ambientais, para assegurar que sejam adotadas 
medidas adequadas. 
Com essa perspectiva, na escola, espaço de formação e transformação, 
têm se a necessidade de assegurar que os objetivos da Carta de Belgrado sejam 
viabilizados e consolidados na prática cotidiana dos educandos, bem como 
discutidos com a comunidade. E também considerando que nesse espaço de 
vivência é necessário tratar de temas da atualidade aplicados à realidade 
cotidiana dos seus alunos, os Parâmetros Curriculares Nacionais, do tema 
transversal Meio Ambiente estabelecem que temas da atualidade, em contínuo 
desenvolvimento, exigem uma permanente atualização; e fazê-lo junto com os 
alunos é uma excelente oportunidade para que eles vivenciem o 
desenvolvimento de procedimentos elementares de pesquisa e construam, na 
prática, formas de sistematização da informação, medidas, considerações 
quantitativas, apresentação e discussão de resultados etc. O papel dos 
professores como orientadores desse processo é de fundamental importância. 
19 
 
 
Essa vivência permite aos alunos perceber que a construção e a produção dos 
conhecimentos são contínuas e que, para entender as questões ambientais, há 
necessidade de atualização constante. 
Os problemas ambientais são o resultado da exploração dos recursos 
naturais pela sociedade capitalista, bem como do consumismo e da 
industrialização, gerados pelo ser humano ao utilizá-los em seu benefício. O 
meio ambiente possui recursos finitos, até então explorados sem qualquer 
preocupação quanto à sua escassez, porém, apesar disso, o homem conseguiu 
perceber a crise ambiental, a qual efetivamente afeta toda a vida no planeta. 
Entretanto, desenvolver a criticidade é um meio para a formação dos alunos, 
oportunizando a construção do conhecimento cotidianamente. 
Educação Ambiental nas escolas 
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) surgem com a proposta de 
se trabalhar nas escolas de todo o país conteúdos base, ou seja, um só currículo 
formal, o que garantiria uniformidade no processo de ensino aprendizagem dos 
alunos. Porém, em um país com tanta diversidade, e mesmo que os PCNs 
promovam a discussão da diversidade, há determinadas peculiaridades que os 
Parâmetros não conseguem abarcar. Os conteúdos de Meio Ambiente serão 
integrados ao currículo através da transversalidade, pois serão tratados nas 
diversas áreas do conhecimento, de modo a impregnar toda a prática educativa 
e, ao mesmo tempo, criar uma visão global e abrangente da questão ambiental. 
A tendência da educação ambiental escolar é tornar-se não só uma 
prática educativa, ou uma disciplina a mais no currículo, mais sim consolidar-se 
como uma filosofia de educação, presente em todas as disciplinas existentes e 
possibilitar uma concepção mais ampla do papel da escola no contexto ecológico 
local e planetário e contemporâneo. 
A educação constitui-se na mais poderosa de todas as ferramentas de 
intervenção no mundo para a construção de novos conceitos e consequente 
mudança de hábitos. É também o instrumento de construção do conhecimento e 
a forma com que todo o desenvolvimento intelectual conquistado é passado de 
20 
 
 
uma geração a outra, permitindo, assim, a máxima comprovada de cada geração 
que avança um passo em relação à anterior no campo do conhecimento 
científico e geral. A Educação Ambiental constitui-se como uma estratégia para 
que se alcancem as mudanças desejadas na atual educação. 
A Educação Ambiental tem assumido nos últimos anos o grande desafio 
de garantir a construção de uma sociedade sustentável, em que se promovam, 
na relação com o planeta e seus recursos, valores éticos como cooperação, 
solidariedade, generosidade, tolerância, dignidade e respeito à diversidade. 
A educação ambiental na escola não deve ser conservacionista, ou seja, 
aquela cujos ensinamentos conduzem ao uso racional dos recursos naturais e à 
manutenção de um nível ótimo de produtividade dos ecossistemas naturais ou 
gerenciados pelo homem, mas aquela educação voltada para o meio ambiente 
que implica uma profunda mudança de valores, em uma nova visão de mundo, 
o que ultrapassa bastante o estado conservacionista. 
Fazendo uma leitura do PCN – meio ambiente e saúde, cujas ideias 
refletem a relação homem/natureza, destaca-se que a escola deverá, ao longo 
das oito séries do ensino fundamental, oferecer meios efetivos para que cada 
aluno compreenda os fatos naturais e humanos a esse respeito, desenvolva suas 
potencialidades e adote posturas pessoais e comportamentos sociais que lhe 
permitam viver numa relação construtiva consigo mesmo e com seu meio, 
colaborando para que a sociedade seja ambientalmente sustentável e 
socialmente justa; protegendo, preservando todas as manifestações de vida no 
planeta; e garantindo as condições para que ela prospere em toda a sua força, 
abundância e diversidade. 
O objetivo da Educação Ambiental não entra em conflito com os objetivos 
do sistema escolar, pelo contrário, ambos se direcionam para a formação integral 
do indivíduo, enquanto cidadão inserido na sociedade e no meio ambiente. A 
educação ambiental está inserida no âmbito escolar e social do indivíduo, por 
isso, torna-se necessário uma educação mais ampla com base nos problemas 
ambientais globais, mas voltada para o pensamento “inloco” na vivência e 
experiência das pessoas. 
21 
 
 
QUESTÕES AMBIENTAIS E SUA EVOLUÇÃO 
Desde o decorrer dos primeiros períodos da história a preocupação com 
a preservação ambiental já era nítida, e desta forma o conflito entre crescimento 
econômico eproteção ambiental esteve presente ao longo dos séculos. O 
aumento de bem-estar social proporcionado pelo vigoroso crescimento, bem 
como desenvolvimento econômico mundial ocorrido no século XX, é ameaçado 
pelas transformações ambientais ocorridas, em sua maioria, pela consequência 
das práticas deliberadas das ações humanas. 
No Brasil, desde o período colonial, já existiam instrumentos normativos 
que objetivavam proteger os recursos ambientais, no entanto, naquele momento 
a preocupação era de preservar em função de interesses econômicos provindos 
da exploração ambiental. Tal posicionamento perdurou até a década de 60, onde 
houveram mudanças drásticas na legislação ambiental com a criação do 
Estatuto da Terra em 1964, e posteriormente o novo Código de Defesa Florestal 
em 1965, o que demostrava uma preocupação ambiental com o impacto das 
atividades antrópicas em relação ao meio ambiente. 
A década de 70 trouxe consigo um propósito voltado a regulamentação e 
controle ambiental, sobretudo com a conferência de Estocolmo, que influenciou 
e viabilizou um posicionamento para que as nações começassem a estruturar 
seus órgãos ambientais e a estabelecer suas legislações, objetivando o controle 
da poluição ambiental. Tal conferência teve impacto na sociedade brasileira e 
resultou na criação da Secretaria Especial do Meio Ambiente (SEMA), que 
assumiu a incumbência de fixar normas e modelos relativos à preservação do 
meio ambiente. 
Somente em 1981, tal posicionamento tornou-se mais concreto e efetivo 
com o estabelecimento da Política Nacional do Meio Ambiente, prevista na lei nº 
6.938, que fora sancionada pelo Congresso Nacional, e continha em seu texto 
normativo preceitos estabelecendo a descentralização das ações, atribuindo aos 
Estados e Municípios a função de executores de medidas e providências para a 
proteção ambiental, bem como a conceituação de Estudos de Impacto Ambiental 
e de Relatório de Impacto Ambiental, institutos que posteriormente tiveram 
fundamental importância nas medidas de controle e preservação ambiental. 
22 
 
 
Ainda na década de 80, a proteção ambiental, que era vista sob uma 
perspectiva defensiva, baseadas apenas no estrito cumprimento das legislações 
até então desenvolvidas, estimulando soluções meramente corretivas, passou a 
ser considerada como uma necessidade do ponto de vista econômico, pois reduz 
o desperdício de matérias-primas e transmite uma boa imagem para a empresa 
que adere a proposta ambientalista. Desta forma a preocupação com 
preservação se globaliza no final daquele período, tendo como marco o Relatório 
de Brundtland, responsável pela disseminação do conceito de Desenvolvimento 
Sustentável, e agiu de modo a fazer uma alerta as nações para a busca de meios 
alternativos a consecução d e tal desenvolvimento. 
Com o advento da Constituição da República promulgada em 1988, a 
preocupação com a preservação ambiental ganhou um instrumento normativo 
especifico e com força hierárquica sobre as demais normas infraconstitucionais, 
sintetizado o artigo 225 deste diploma legal, e em seu texto é nítida a influência 
do conceito de Desenvolvimento Sustentável trazido pelo Relatório de 
Brundtland, vislumbrando a coletividade social direito fundamental ao meio 
ambiente equilibrado, e aderindo a este caráter de fundamentalidade, ao passo 
que ter direito ao meio ambiente equilibrado reside no fato de tal direito ser 
indispensável a uma qualidade de vida benéfica, ao qual, por sua vez, se torna 
um meio essencial para condições de uma vida digna. 
No ano de 1992, a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio 
Ambiente e Desenvolvimento, também conhecida Rio-92, foi realizada na cidade 
do Rio de Janeiro, e teve grande importância para o movimento de proteção 
ambiental, pois resultou na criação da Agenda 21 e a Carta da Terra, contudo, 
fora a partir deste movimento que surgiu uma nova forma de abordagem, o foco 
passou a ser o aperfeiçoamento de todo o processo produtivo, objetivando 
reduzir o impacto ambiental como um todo, exercendo de forma viável uma 
gestão ambiental. 
Neste prisma, é necessário voltar-se ao direito ao meio ambiente 
equilibrado, enquanto direito fundamental, garantido constitucionalmente e 
galgado sob perspectiva do desenvolvimento sustentável, direito este, 
categoricamente discutido no percurso histórico social, no que toca a sua 
23 
 
 
juridicidade e aplicabilidade, o que demonstra sua essencial importância nos 
campos de estudo, interpretação e aplicação no meio social. 
ACORDOS INTERNACIONAIS 
Dada a urgência e a preocupação mundial com os problemas ambientais 
e os impactos dele decorrentes, surgiram vários acordos e tratados 
internacionais. Eles propõem novos modelos de desenvolvimento, redução da 
emissão de gases poluentes e conservação ambiental. 
A preocupação ambiental vem sendo tratada no âmbito internacional 
desde a realização da Conferência de Estocolmo, em 1972. Após isso, ganhou 
novamente destaque na Conferência das Nações Unidas para o Meio Ambiente 
e Desenvolvimento (RIO-92 ou ECO-92), com a aprovação da Agenda 21. 
Outros importantes tratados e acordos internacionais voltados ao meio 
ambiente são: 
Protocolo de Montreal - objetivo de reduzir a emissão de produtos que causam 
danos à camada de ozônio; 
Protocolo de Kyoto - objetivo de mitigar o impacto dos problemas ambientais, por 
exemplo, das mudanças climáticas do planeta terra; 
Rio +10 - Cúpula Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentável: definição de 
ações voltadas para a preservação ambiental e aspectos sociais, especialmente 
de países mais pobres; 
Rio +20 - Conferência da ONU sobre o Desenvolvimento Sustentável: 
reafirmação do desenvolvimento sustentável aliado à preservação ambiental; 
Acordo de Paris - objetivo de conter o aquecimento global e reduzir as emissões 
de gases do efeito estufa; 
Agenda 2030 - objetiva orientar as nações do planeta rumo ao desenvolvimento 
sustentável, além de erradicar a pobreza extrema e reforçar a paz mundial. 
24 
 
 
PRINCIPAIS BENEFÍCIOS DE AÇÕES DE 
SUSTENTABILIDADE NAS EMPRESAS 
Economia de material como aliada na gestão financeira 
interna 
Quando a empresa opta por uma gestão consciente de material de 
produção, está desenvolvendo não só uma ação sustentável, mas também um 
plano de redução de gastos que pode significar um aditivo no orçamento total. 
O uso consciente de materiais e insumos gera uma redução de sobras, o 
que, dentro do ambiente corporativo, é de grande importância. Para integrar tal 
ação, os responsáveis pela área devem investir em treinamento de mão de obra, 
com a qualificação dos funcionários das áreas atingidas e em tecnologia, que 
pode apresentar novas metodologias de utilização e controle. Essa ação 
colabora com a sustentabilidade ambiental e ajuda o empreendedor. 
Descarte de lixo e reciclagem de material no ambiente 
corporativo 
Em alguns casos, a sobra de material é inevitável, mas isso não deve 
significar um descarte irresponsável. A separação correta dos excessos e a 
condução adequada dos mesmos contribui para o desenvolvimento sustentável 
da empresa. 
Pontos de coleta e avaliação de itens que podem ser reutilizados ou 
reciclados devem estar no contexto das ações internas. Neste caso, os 
funcionários devem ser orientados para realizar a separação in locu. A 
reciclagem pode abranger desde copos descartáveis até materiais industriais e 
de escritório. 
Os copos plásticos também podem ser eliminados através da distribuição 
de canecas ou copos individuais. A empresa pode utilizar também de coletores 
25 
 
 
locais de reciclagem, dentro da própria comunidade inserida, o que faz com que 
cumpra de modo saudável seu papel social. 
Os itens que não forem recicláveis poderão ser direcionados para um 
sistema de compostagem, que poderá fomentar com insumos de base 
orgânica uma horta ou jardim da própria empresa. Isso é ser sustentávele 
colaborar com boas práticas. 
Técnicas de aproveitamento de recursos naturais 
Ainda no plano de sustentabilidade ambiental, uma empresa consciente 
deve buscar projetos que conduzam a um conceito onde possa se beneficiar da 
própria natureza, usufruindo do que ela oferece de melhor. A utilização, por 
exemplo, de energia solar como fonte de energia limpa é uma boa medida. Além 
de ser uma prática sustentável adotada em diversos países, essa fonte pode 
significar uma redução considerável de gastos com contas de energia elétrica. 
O sol, além da energia limpa, também pode estar presente em ambientes 
no espaço físico da empresa, como em salas de reunião e refeitórios, onde a 
claridade pode ser destacada com mudanças simples na arquitetura local, como 
a abertura de janelas maiores ou telhas de vidro, que favoreçam a iluminação 
natural. 
Ações simples de sustentabilidade transformam o âmbito corporativo, 
propiciando o desenvolvimento sustentável daqueles que adotam uma proposta 
de crescimento consciente, em conjunto com seus colaboradores. 
Tecnologia a serviço do meio ambiente 
As tendências tecnológicas acompanham as boas práticas. Ao pensar em 
contenção de resíduos, podemos incluir papéis de divulgação de produtos e uso 
interno. Uma tendência crescente é a criação de aplicativos que facilitem a 
comunicação entre as pessoas, no próprio computador ou painel de avisos, de 
maneira rápida e limpa. 
26 
 
 
Novas tecnologias que favoreçam a redução do consumo de água é 
uma grande aliada ao ambiente corporativo. Além da conscientização dos 
colaboradores, ajuda com a manutenção do meio, diminuindo impactos e os 
gastos excessivos. 
Uma outra tendência é a utilização de roupas de material com tecnologia 
biodegradável, que deve ser adotada no uniforme dos colaboradores. Estimular 
o conhecimento de novos materiais e a quebra de paradigmas é um grande 
passo para o sucesso de práticas de sustentabilidade ambiental. 
Vale lembrar que todas as ações devem ser promovidas e explicadas aos 
funcionários, para que o esclarecimento dos temas possa induzir à 
conscientização e interação ambiental. As empresas também podem ser 
importantes influenciadoras na vida de seus clientes. Ao produzirem produtos 
com ênfase em processos sustentáveis, materiais que não agridam o meio 
ambiente, e serem representadas por ações que colaborem para um 
desenvolvimento sustentável, podem induzir clientes e colaboradores às práticas 
colaborativas de consciência ambiental. 
É papel do governo e das empresas colaborarem para que a comunidade 
esteja envolvida em ações de educação ambiental e desenvolvimento 
sustentável, como forma de usufruir daquilo que a natureza nos oferece, sem 
extinguir recursos preciosos, que influenciam diretamente em nossa qualidade 
de vida. Toda a sociedade deve estar unida em busca de uma maior proteção 
do meio ambiente. Com ações simples, uma pessoa pode mudar sua realidade. 
Com atos em massa, todos podemos mudar o mundo. 
 
 
 
 
 
 
 
27 
 
 
 
REFERENCIAS 
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SITE SUTENTÁVEL. Sustentabilidade ambiental: o que é? Disponível em: < 
https://sitesustentavel.com.br/sustentabilidade-ambiental-o-que-e-tipos-e-
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