Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ENZIMAS Parte 2 UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ DEPARTMENTO DE BIOQUÍMICA E BIOLOGIA MOLECULAR DISCIPLINA: INTRODUÇÃO A BIOQUÍMICA PROFA: DANIELE DE OLIVEIRA B SOUSA Fatores que afetam a velocidade das reações enzimáticas pH ; temperatura; concentração das enzimas; concentração dos substratos; presença de inibidores. Fatores que afetam a atividade enzimática pH – variações no pH causarão alterações no estado de ionização dos componentes do sistema principalmente nas cadeias laterais dos aminoácidos no sítio ativo. Efeito do pH Efeito do pH ENZIMA pH ÓTIMO Pepsina 1,5 Tripsina 7,7 Catalase 7,6 Arginase 9,7 Fumarase 7,8 Temperatura A taxa de reação aumenta, como se observa na maioria das reações químicas; Depois de certo ponto, a estabilidade da proteína decresce devido a desnaturação térmica. Repouso (frio) – 30 C Exercício físico intenso – 42 C Tecido muscular ENZIMA TEMPERATURA ÓTIMA (°C) Pepsina 31,6 Tripsina 25,5 Urease 20,8 Efeito da Temperatura Concentração da enzima A velocidade aumenta quando se adiciona mais enzima ao sistema Concentração do substrato vo [S] Vmax Substâncias que interferem na ação de uma enzima e desaceleram a velocidade de uma reação. Podem ser endógenos ou exógenos Inibidores enzimáticos Reguladores Ex: medicamentos (sulfonamidas), pesticidas •Inibidores reversíveis – podem ligar-se à enzima e ser liberado em seguida, deixando-a em sua condição original. •Competitivo •Incompetitivo • Não-competitivo •Inibidores irreversíveis – reagem com a enzima produzindo uma proteína que deixa de ser enzimaticamente ativa de tal modo que a enzima original não pode ser regenerada. Inibidores enzimáticos Inibidor competitivo Inibidor competitivo Inibidor competitivo Inibidor competitivo Inibidor competitivo DNA polimerase viral Replicação do vírus HIV Exemplo de efeito terapêutico AZT (Zidovudine) Inibidor competitivo Envenenamento por metanol Metanol Formaldeído Álcool desidrogenase Etanol Acetaldeído Álcool desidrogenase Gráfico de Lineweaver-Burk Inibidor competitivo O efeito da inibição competitiva é o aumento da Km. O aumento da [S] supera os efeitos do inibidor e a Vmax não é afetada. Inibidor competitivo V0 = Vmax x [S] Km + [S] Km = K aparente V0 = Vmax x [S] Km + [S] Inibidor não-competitivo Não apresentam qualquer semelhança estrutural com o substrato da reação que inibem. Inibidor não-competitivo O efeito da inibição não competitiva é a diminuição da Vmax mas o Km não é afetado pois ainda produzirá metade da nova atividade máxima. Inibidor não-competitivo Metais pesados (Hg2+, Pb2+ e Ag+) Inibidor Incompetitivo O inibidor somente se liga ao complexo ES Inibidor Incompetitivo Inibidor Incompetitivo Liga-se em um sítio distinto do sítio ativo do substrato e apenas ao complexo ES. V0 = Vmax x [S] Km + ’ [S] Vmax ficará diminuída (Vmax /) Inibidor Incompetitivo O efeito da inibição incompetitiva é a diminuição da Vmax e do Km pois a [S] necessária para atingir metade da Vmax diminui por um fator ’. Inibidor misto Liga-se a um sítio distinto do sítio ativo do substrato mas, liga- se tanto à enzima livre (E) como ao complexo ES. Condição Km (mM) Vmáx (mmol/min) sem inibidor 1,0 45 + inibidor competitivo 3,0 (aumenta) 45 (constante) + inibidor não-competitivo (misto) 1,0 (constante) 10 (diminui) + inibidor incompetitivo 0,5 (diminui) 10 (diminui) Inibidor irreversível Inibidor irreversível Ex 1 - Cianeto – Inibe enzimas da cadeia respiratória Ex 2 - Pesticidas inibem o sítio da acetilcolinesterase (interação com resíduos de serina) Enzimas reguladoras Grupos de enzimas que trabalham juntas em vias seqüenciais para realizar um certo processo metabólico. Nessas seqüências o produto da reação de uma enzima é o substrato da próxima. Enzimas reguladoras – são enzimas que causam aumento ou diminuição da atividade catalítica devido a alterações conformacionais dela própria provocadas por ligação de compostos ou grupos à cadeia polipeptídica. Normalmente são enzimas que apresentam mais de uma subunidade. Enzimas reguladoras Qdo modulador = substrato – Homotrópica Qdo modulador substrato - Heterotrópica Principais classes: • Enzimas alostéricas (reguladas por modificação não-covalente); • Enzimas reguladas por modificação covalente reversível. Enzimas reguladoras Proteínas Alostéricas São proteínas que mudam de forma ou conformação quando se ligam a um modulador. Enzimas Alostéricas Enzimas alostéricas Funcionam através da ligação não-covalente e reversível de um metabólito regulador chamado modulador Possuem um ou mais sítios reguladores ou alostéricos para a ligação do modulador. Cada sítio regulador é específico para seu modulador. Enzimas alostéricas Enzimas alostéricas Enzimas alostéricas Algumas diferenças em relação às outras enzimas •Além do sítio ativo possuem um ou mais sítios reguladores ou alostéricos. •Possuem estrutura maior e mais complexa (mais de uma subunidade). •Apresentam comportamento cinético diferente. Enzima alostérica aspartato transcarbamoilase Enzimas alostéricas – Importantes nas vias metabólicas Exemplo de inibição por retroalimentação Conversão de L-treonina em L- isoleucina Enzimas alostéricas •A designação Km não existe. •Comportamento cinético sigmóide – interações cooperativas entre subunidades protéicas. Enzimas reguladas pela modificação covalente reversível Grupos químicos são ligados covalentemente e removidos da enzima reguladora por enzimas diferentes. Exemplos de grupos químicos - fosfato, adenosina monofosfato, grupos metil, etc. Enzimas reguladas pela modificação covalente reversível Zimogênio Precursor inativo da enzima que é clivado para formar a enzima ativa Enzimas reguladas pela proteólise de precursores de enzima
Compartilhar