Buscar

Doenças parasitárias em felinos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 8 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Liana Ribeiro
Doença� parasitária� e� felin�
● Estilo de vida? animais com acesso
a rua ficam mais susceptíveis com
a infecção;
● Diferenciais para diversas outras
afecções;
● Sinais clínicos são inespecíficos;
● Zoonoses: sempre perguntar se o
tutor também apresenta lesão;
● Padrão lesional não é
diagnóstico, as dermatopatias
parasitárias são diagnósticos
diferenciais para todos os padrões
lesionais;
● Sempre descartar ou diagnosticar
antes de pensar em doença
alérgica;
● Sempre descartar dor: região
lombosacra;
○ Animal pode ronronar por
dor;
● Quando não encontrar ectoparasito,
realizar abordagem terapêutica,
com medicação ectoparasiticida e
observar se há melhora terapêutica;
1. Pulgas
● PULÍASE OU PULICIOSE:
Infestação da pele de cães e gatos
por C. felis;
● É considerada uma zoonose -
Condição dermatológica mais
comum em pequenos animais -
Dermatite alérgica à picada de
pulga / hipersensibilidade à picada
de pulga - Ctenocephalides felis
felis a mais comum com
prevalência de 92% em cães, e
97% em gatos;
● A saliva da pulga pode conter
substâncias irritantes ou
alergênicas PRURIDO;
● Os sinais em decorrência do
repasto sanguíneo são variáveis e
dependem do número de pulgas e
da tolerância do hospedeiro (reação
de hipersensibilidade);
● Reação de hipersensibilidade tipo I
(tipo imediato) e/ou tipo IV (tipo
tardia);
● Uma única picada de pulga não é
suficiente para causar DAAP;
● As pulgas se alimentam em 5 min
(não há produto que possa matar
todas nesse período);
● Depende do grau de
hipersensibilidade do hospedeiro,
da carga total de pulgas e da
quantidade de antígeno da pulga
injetado durante a alimentação;
● Portanto, reduzir rapidamente o
número total de pulgas e diminuir o
tempo de alimentação são as
chaves para controlar os sinais
clínicos de DAPP;
● Ctenocephalides felis;
● Mais importante diferencial da
FASS
● Em 20-30% dos casos, cães e gatos
têm doenças alérgicas
concomitantes (atopia/dermatite
alérgica a pulgas/alergia alimentar)
(Roudebush et al. 2000);
● Pode apresentar os 4 maiores
padrões reacionais:
○ Alopecia auto-induzida;
○ Prurido cérvico-facial;
Liana Ribeiro
○ Dermatose eosinofílica;
○ Dermatite miliar;
● Manobra de mackenzie: teste do
papel ou algodão molhados
revelará cor avermelhada/marrom,
pois as fezes dos parasitas possuem
hemoglobina não digerida;
● Não ver a pulga não significa que
animal não tem DAAP, animal
pode aumentar a auto higiene;
● Teste intradérmico? pode haver
falsos negativos;
○ O desafio com pulgas vivas
é mais eficaz de detectar
gatos com
hipersensibilidade;
○ Realizar controle de
pulgas!!
Tratamento, controle e prevenção
● Eliminação da pulga;
● Glicocorticoide no início, em casos
de prurido exacerbado
(desconforto, auto-mutilação) -
prednisolona 1mg/kg - 5 a 7 dias;
● Tratar piodermite bacteriana
associada - citologia!
● Em animais com doenças
imunossupressoras: pode usar
anti-histamínico;
● Fipronil (Spray 0,25% ou Spot-on
10%);
○ A partir de 2 dias de vida
(spray) ou 8 semanas
(spot-on) / fêmeas lactante;
○ A cada 30 dias
○ Evite dar banho no animal
48 horas antes e após a
aplicação;
● Spinosad (comprimidos a cada 30
dias);
● Nitempiram (comprimidos – ação
rápida em 30 min, mas só dura 2
dias);
● A partir das 4 semanas de idade e
pode ser utilizado em gestantes e
lactantes;
● Isoxazolina (Fluralaner a cada 12
semanas);
● Imidacloprida + moxidectina
(Spot-on a cada 30 dias);
● Imidacloprida + Flumetrina
(Coleiras repelentes a cada 8
meses);
● Selamectina (Spot on a cada 30
dias) - milbemax - muito eficaz!
● Piriproxifeno + dinotefuran
(Spot-on a cada 30 dias);
● A partir de 4 semanas de idade;
● Mata pulgas em até 6 horas, em
todos os estágios;
● O que não usar em felinos?
permetrina - pode gerar
intoxicação!!
● Tratamento deve ser feito por
pelo menos 12 semanas;
● Animal pode ter melhora clínica
em 3 semanas com redução do
prurido;
● Controle deve ser feito a longo
prazo - diminuir limiar
alergênico;
Falhas terapêuticas
● Uso incorreto e inadequado dos
ectoparasiticidas (qual
medicamento, frequência);
● Manutenção?
● Tratamento dos contactantes?
Liana Ribeiro
● Falha no tratamento ambiental?
● Variação genética na
susceptibilidade das populações de
pulgas (resistência);
Gatos indoor X outdoor
● Pulga fica mais no ambiente do que
no gato: limpeza e manejo do
ambiente (ovo, larva e pupa) - 95%
da população de pulgas estão no
ambiente;
● Tratar todos os animais da casa;
● No gato, trata a pulga adulta;
● Uso contínuo de antipulgas;
2. Escabiose felina
● Notoedres cati;
● Sarna notoédrica;
● Ácaro escavadores;
● Altamente contagiosa por contato
direto entre animais;
● Zoonose;
● Animais jovens,
imunossuprimidos;
● Os ácaros fêmeas cavam galerias
na camada córnea da epiderme
entre os folículos pilosos com
postura de ovos nos “túneis”;
● Preferência por peles glabras -
orelhas, cotovelos, abdômen e
jarretes;
● Animal pode não apresentar
prurido;
● Tratar TODOS OS ANIMAIS,
mesmo assintomáticos;
Sinais clínicos:
● 1º - borda proximal medial do
pavilhão auricular. Eles se
espalham rapidamente para a
orelha superior, face, pálpebras e
pescoço, membros e períneo;
● Eritema e pápulas;
● Prurido INTENSO e descamação;
● Exsudação linfática;
● Crostas, alopecia, sinal de
plissamento, animal com prurido
pode induzir úlcera de córnea
● Linfadenopatia periférica;
● Caso generalize, suspeitar de
doenças que causem
imunossupressão (FIV e Felv);
● Anamnese: tem contato com
outros gatos? banho e tosa?
○ Localização das cabeças:
cabeça;
○ Reflexo otopodal
presente;
○ Tem potencial zoonótico -
não completam ciclo -
lesões transitória em
humanos;
○ Presença do ácaro, ovos ou
ninfas;
● As reações em humanos ocorrem
dentro de 24 horas após breve
exposição direta e são
caracterizadas por pápulas
pruriginosas no tronco e braços -
mais intensa no calor;
Liana Ribeiro
Diagnóstico:
● Material para coleta: lâmina de
bisturi nº 15, espátula ou lâmina de
vidro, fita de acetato (ácaro fica na
lâmina), óleo mineral;
● Hidróxido de potássio para clarear
o raspado quando tem muita crosta;
Fita ou raspado??
● Forma adulta (fita de acetato);
● Ovos (fita de acetato);
● Ninfa (raspado);
● Ovos (raspado);
● Fita de acetato é tão sensível
quanto o raspado;
● Dica: região entre a inserção da
orelha com a cabeça - óleo mineral
na pele e fazer escarificação ou
com fita de acetato;
Tratamento:
● Selamectina (revolution) 6 a 12
mg/kg - 2 doses de 15 em 15 dias;
● Moxidectina + imidacloprid
(advocate) spot on 30 em 30 dias,
ou 15;
● Fluralaner - tópico transdermal, - A
partir de 11 semanas idade na bula,
com peso maior que 1,2 Kg;
3. Otoacaríase:
● Otodectes cynotis;
● Sarna otodécica;
● Vive sobre a pele, com cerdas e
maiores, não são escavadores;
● Prurido na orelha e corpo;
● 70% dos casos de otite;
● Realiza toda sua biologia dentro
dos condutos auditivos;
● Se reproduz rapidamente em 15
dias completa o ciclo;
● Os ácaros se alimentos de dendritos
epidérmicos e fluido tecidual da
epiderme superficial;
● A medida que os ácaros se
alimentam, o epitélio do canal
auditivo fica irritado e o canal se
enche de cerume, sangue e detritos
de ácaros - “Borra de café”;
Sinais clínicos:
● Prurido na região de cabeça e
pescoço - cervicofacial;
● Translocação de ácaros para outros
locais;
● Eritema, exsudativo ceruminoso,
seco, de coloração acastanhada ou
enegrecida, frequentemente
bilateral;
● Otorréia borra de café;
● Alopecia;
● Dermatite miliar e lesões de cabeça
e pescoço;
● Reflexo otopodal positivo;
Liana Ribeiro
● Otohematoma (precisa drenar);
● O animal pode não ter sinal
clínico!! fazer lâmina e olhar antes
de corar;
● Prurido ótico intenso com
corrimento mínimo X Cerúmen em
excesso e ausência de prurido;
● Otoscopia (visualização direta):
nem sempre o ácaro será
encontrado na otoscopia, então
sempre fazer o parasitológico de
cerúmen, e não esquecer que a pele
também pode ser alvo dele, mesmo
o local de predileção ser a orelha;
Diagnóstico:
● Coleta parasitológico direto;
●Otoscopia + curetagem: 100% do
diagnóstico;
● Otoscopia + swab: 86%
● Swab isolado: 57%;
● Otoscopia isolado: 67%;
● Curetagem: 93%;
Tratamento:
● Ceruminolítico em casos de
cerúmen em excesso (surosolve,
otodem);
● Poderá haver infecções secundárias
- citologia sempre!! - primeiro
tratar a sarna, depois a infecção
secundária e monitorar, mas
pode-se tratar a infecção
secundária antes;
● Se no retorno o animal ainda
apresentar infecção secundária,
inicia-se o tratamento;
● Bravecto transdermal ou
revolution e ceruminolítico
associado;
● Presença de erosão:
ceruminolítico mais fisiológica;
● Sem erosão: ceruminolítico mais
ácido;
● Selamectina (revolution): duas
aplicações em 15 ou 30 dias;
● Moxidectina + imidacloprid
(advocate): 30 em 30 dias;
● Fipronil (frontline): 2 a 4
gotas/orelha e restante na cernelha;
● Fipronil spray: animais com menos
de 30 dias de idade;
4. Linxacariose:
● Alimentam-e dos pelos, estão mais
distantes da pele, e podem
sobreviver nos pelos que caem no
ambiente;
● Específicos dos felinos;
● Predisposição em felinos de pelo
longo (mais substrato para o
crescimento);
● Transmissão: contato direto ou
indireto;
Sinais clínicos:
● Pelamen com aspecto sal e
pimenta;
● Prurido presente;
● Alopecia auto induzida;
● Intensidade dos sintomas é
proporcional ao grau da infestação;
● Êmese/tricobezoar;
● Escoriações;
● Pelagem opaca;
● Alguns animais podem não ter
sinais clínicos;
Liana Ribeiro
● Lynxacarosis é um diagnóstico
diferencial importante na alopecia
auto-induzida com orientação
caudal;
Diagnóstico:
● Exame direto com lupa, fita de
acetato, pelame direto na lâmina;
● Ninfas, larvas e formas adultas já
fecha o diagnóstico;
● Vedar em caso de
encaminhamento;
● Ácaro ágil;
Tratamento:
● Fipronil (frontline) borrifando nas
orelhas e pelo corpo - 2 aplicações
15 em 15 dias;
● Selamectina (28 dias de intervalo);
● Ácaro superficial de haste de pelo,
então a terapia tópica é mais
eficiente do que a sistêmica;
● Tratar todos os contactantes;
5. Queiletielose:
● AGENTE ETIOLÓGICO:
Cheyletiella spp;
● Contagiosa e zoonose;
● Realizam toda sua biologia sobre o
hospedeiro;
● Parasitam a camada mais
superficial da pele, se alimentando
dela;
● São espécies não específicas,
podem parasitar vários
hospedeiros;
● Agentes etiológicos não
específicos: Cheyletiella yasguri
(cães), Cheyletiella blakei (gatos),
Cheyletiella parasitivorax
(coelhos);
● Ácaro superficial e não escavador ;
● Não associado ao folículo piloso;
● Possui garras nos palpos (estruturas
na cabeça dos ácaros que
equivalem as antenas nos insetos) e
essas garras que provocam prurido
e inflamação (sem exsudação) no
hospedeiro parasitado, com
formação de caspas grandes
(micáceas);
● Sobrevivem até 2 semanas fora do
hospedeiro, preocupar-se com
ambiente nesse caso;
● Sarna das caspas andantes
(movimentam as caspas);
Sinais clínicos:
● Descamação intensa (caspas),
disqueratinização;
● Prurido intenso dorsal;
● Alopecia auto-induzida por
arrancamento;
● Dermatite miliar;
● Áreas alopécicas e eritematosas;
● Podem ser assintomáticos - tratar
todos os animais;
Liana Ribeiro
Diagnóstico:
● Parasitológico direto;
● Lupa;
● Pente fino: coletar o produto da
descamação (onde estão os ácaros),
colher o material e levar para a
lâmina de vidro com óleo mineral
ou soro fisiológico, ou usar fita de
acetato;
● EPF (animal se lambe e pode
ingerir);
● Diagnóstico terapêutico;
Tratamento:
● Selamectina;
● Moxidectina - imidacloprida;
● Fipronil;
6. Sarna demodécica:
● Faz parte da flora natural;
● Demodex Gatoi: mais curto e
pequeno;
● Fica no extrato córneo, na
superfície da epiderme e não no
folículo;
● Prurido;
● Altamente contagioso;
● Resistência aos glicocorticóides
(65%);
● Padrão lesional pode ser uma
alopecia simétrica;
● Sinais clínicos de prurido, alopecia
e escoriações no abdômen ventral,
coxas, flancos, cabeça e pescoço;
● Demodex cati: mais longo;
● Não contagiosa;
● Influência imunológica;
● Encontrado nos folículos capilares
e nas orelhas;
● Doença pode ser localizada ou
generalizada;
● Associada a imunossupressão:
HAC, diabetes, neoplasias, fiv e
felv, toxoplasmose, LES;
● Prurido intenso (por reações de
hipersensibilidade);
● Alopecia por auto traumatismo
(região abdominal ventral e
flancos);
● Escoriações;
Liana Ribeiro
● Descamação, eritema e dermatite
miliar;
● Otite externa ceruminosa;
Diagnóstico:
● EPRC (superficial para d gatoi);
● Tricograma, fita adesiva;
● EPF;
● Exame histopatológico;
● Exames complementares;
Tratamento:
● Evitar corticóides devido a
imunossupressão;
● Moxidectina e imidacloprida com
aplicações semanais - 8 a 10
aplicações no total;
● Bravecto transdermal;
7. Pediculose felina:
● Piolho;
● Hospedeiro obrigatório -
sobrevivem alguns dias se
separados do hospedeiro;
● Prurido leve a moderado;
● Pode ser assintomática;
● Face, pina, região dorsal é mais
relatado, mas pode ter no corpo
todo;
● Pode cursar com alopecia,
escoriações e infecções
secundárias;
● ANEMIA;
● Superlotação e condições precárias
de higiene;
Tratamento:
● Individual;
● Tratamento de todos os
contactantes;
● Fipronil, selamectina, moxi com
imidacloprida;
● Tosa dos animais;
Diagnóstico terapêutico??
● Pode e deve ser feito em casos de
suspeita;
● Variação dos sinais clínicos -
padrão lesional não é diagnóstico;
● É importante identificar e tratar as
complicações secundárias do
prurido, incluindo ectoparasitas e
infecções;
● O diagnóstico das doenças
pruriginosas é clínico e requer
exames complementares;
● O melhor tratamento depende de
um diagnóstico correto;

Continue navegando