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Fraturas de MMII 1 Fraturas de MMII Perda da locomoção aumenta alguns riscos: TVP E TEP Sarcopenia Infecções Pneumonia Infecção do trato urinário Quanto mais proximal, pior… As fraturas geram forças deformantes → Maior instabilidade em relação aos ossos do MMSS Fluxograma de tratamento Fraturas de MMII 2 Intra-articular redução direta + redução anatômica + estabilidade absoluta dos fragmentos = consolidação primária Extra-articular redução indireta + redução funcional + estabilidade relativa = consolidação secundária (com formação de calo ósseo) Fraturas do Fêmur Proximal A mais comum do idoso Idade: colo e transtrocanteriana ♀ Osteoporose Trauma de baixa energia (queda da própria altura) Tipos Fraturas de MMII 3 Subcapial / Transcervical / Basocervical Fraturas de MMII 4 Transtrocanteriana / Subtrocantérica Fraturas de MMII 5 Diagnóstico Exame físico Quando sem desvio: Mobilidade do quadril dolorosa Quando desviada: Encurtamento Rotação externa UFPE 2011 | Quando um paciente, vítima de colisão de veículo, apresenta o membro inferior encurtado, quadril em flexão, adução e rotação interna, deve-se suspeitar de: A) luxação anterior do quadril B) luxação posterior do quadril C) fratura da bacia D) fratura do colo do fêmur Resposta Quando desviada = encurtamento e rotação externa = luxação anterior do quadril Adução e rotação interna = luxação posterior do quadril B Radiografias Anteroposterior Perfil (casos selecionados) Tração e rotação interna (auxiliar) Fratura oculta do quadril Pistonagem no quadril dolorosa Ressonância magnética: exame de escolha Fraturas de MMII 6 Tração não tem benefício para a dor e não facilita a redução da fratura, exceto quando subtrocantérica ou contratura em flexão. Tratamento DENTRO DE 48 HORAS - É UMA URGÊNCIA- até 30% de mortalidade dentro de 1 ano em idosos Cirurgia COLO COM DESVIO = artroplastia parcial ou total → Com desvio aumenta ainda mais o risco de ter necrose da cabeça do fêmur COLO SEM DESVIO OU INCOMPLETA = osteossíntese (Ex.: parafusos canulados, parafusos deslizantes, haste cefalomedular) Profilaxia para TVP/TEP Mecânica (bota pneumática) Fraturas de MMII 7 Química (anticoagulantes) Tratar osteoporose 50000 UI vitamina D na admissão Semanal por 12 semanas, se deficiente → 1000 UI/dia no mínimo Cálcio: 1200 mg/dia Iniciar bifosfonatos dentro de 2 semanas pós fratura Fraturas da diáfise do fêmur Traumas de alta energia Homens Adultos jovens Lesões associadas: Joelho flutuante: fratura do fêmur + fratura da tíbia Lesões ligamentares Lesões dos meniscos Atendimento inicial ATLS sempre! Buscar fraturas em outros sítios Pesquisar exposição da fratura Avaliar perfusão após alinhar o membro Na dúvida, índice tornozelo-braquial < 0.9 fala a favor de lesão vascular Radiografias Anteroposterior e perfil Bacia Joelho Tratamento Fraturas de MMII 8 Fixador externo Politrauma (diminui o risco de embolia gordurosa devido a estabilização precoce) Instabilidade hemodinâmica Lesão extensa de partes moles Lesão vascular Vantagens: Melhora cuidado Facilita conversão para síntese interna Tração esquelética Alternativa ao fixador Impossibilidade do fixador Cirurgia definitiva precoce Tíbia proximal ou fêmur distal Cirurgia definitiva Não existe tratamento conservador para fratura de diáfise do fêmur Colocação de placa ou haste intramedular Fraturas do fêmur distal Epidemiologia Comum em traumas de alta energia Homens Adultos jovens A mais rara das fraturas de fêmur Incomum ter lesões associadas como lesões arteriais e ligamentares Diagnóstico Fraturas de MMII 9 Rx AP e perfil TC: tração articular - principalmente para a cirurgia Fraturas de MMII 10 Tratamento Cirurgia com colocação de placa Fraturas de MMII 11 Fraturas da patela Mecanismo Trauma direto de baixa energia que pode ser com ou sem trauma indireto (corresponde a contração do quadríceps que faz uma tração na patela e ocorre a fratura) Trauma direto de alta energia Diagnóstico Raio-X: AP, perfil e axial A patela é responsável pela mecanismo extensor do joelho sendo: 50% da força do mecanismo extensor 15º da extensão final Tratamento Conservador Se mecanismo extensor íntegro (incluindo elevar o membro com joelho em extensão e contra gravidade). Cirúrgico Se mecanismo extensor prejudicado. Fraturas de MMII 12 Fraturas da diáfise da tíbia e da fíbula Epidemiologia Traumas de alta energia → até 63% são expostas Sexo masculino, adultos jovens Esporte: futebol Lesões associadas: são comuns Síndrome do compartimento mais comum no anterior composto por: Extensor longo do hálux Extensor longo dos dedos Tibial anterior Fibular terceiro N. fibular profundo Artéria tibial anterior Bandas de tensão Fraturas de MMII 13 Lesões no tornozelo Lesões no joelho Diagnóstico Raio-X: AP e perfil Tratamento Fixador externo (linear ou circular) Cirurgia definitiva (haste de tíbia ou placa) Complicações Síndrome do compartimento Infecção Retardo de união Não união (pseudoartrose) Consolidação viciosa Quando operar a fíbula? Quando a fratura for mais distal, na região do tornozelo! Fraturas do tornozelo Mecanismo Traumas de Baixa energia: queda e esportes Mecanismo rotacional Pé supinação (virar o pé pra dentro) Diagnóstico Raio-X: AP Perfil Fraturas de MMII 14 AP + 15° de rotação interna (tira sobreposição) Tratamento Maioria é conservador com gelo suropodálico ou órtese Cirurgia: placas na fíbula e/ou parafuso no maléfico medial Fraturas do calcâneo Mecanismo Traumas de alta energia: queda de altura automobilismo Sexo masculino >60% intra-articular Lesões associadas: Até 50% Fratura vértebra lombar Fraturas da extremidade: Planalto Fraturas de MMII 15 Pilão Colo do talus Diagnóstico Rx: perfil, axial, AP do pé (principalmente para lesões associadas), Incidências de tornozelo TC: as lesões podem ser vistas mais facilmente; planejamento cirúrgico Tratamento Maioria é conservador com gesso suropodálico ou órtese Cirurgia com colocação de placa com parafusos ou fios de Kirchner Complicações Acontecem com frequência: Deiscência ou necrose de ferida (25%) Infecção Artrose subtalar: muito dolorosa Deformidade do retropé Fraturas do 5º metatarso Mecanismo Traumas de baixa energia: entorse ou queda da própria altura Trauma indireto geralmente por avulsão da base (93%) Corresponde a 68% das fraturas dos metatarsos Ocorre geralmente pela tração da banda lateral da aponeurose (fáscia) plantar e tração do tendão fibular curto Tratamento Conservador: sapato rígido ou órtese Cirurgia: osteossíntese com parafuso longo Fraturas de MMII 16 PERGUNTAS DE REVISÃO: Qual a fratura mais frequente no idoso? Resposta Fêmur proximal → intracapsulares → subcapital e transcervical Quais fraturas o tratamento cirúrgico é preferível? Resposta Fêmur e tíbia Qual a primeira atitude diante de uma fratura? Resposta ATLS
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