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FARMACOLOGIA E ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS Tema 1: TERAPEUTICA MEDICAMENTOSA ENFERMEIRA OBJETIVOS DA AULA 1) Identificar os desafios nas ações de assistência medicamentosas 2) Avaliar o nível de compreensão da farmacoterapia 3) Conhecer os princípios gerais da administração correta de medicamentos, sua aplicabilidade e limitações. SUBTEMAS A SEREM TRABALHADOS 1.1 DESAFIOS DA TERAPÊUTICA MEDICAMENTOSA E ATUAÇÃO DA ENFERMAGEM 1.2 PRINCÍPIOS GERAIS DA ADMINISTRAÇÃO CORRETA DE MEDICAMENTOS SITUAÇÃO PROBLEMA Para que serve os fármacos? Todo medicamento é um remédio? Quais os desafios da terapia medicamentosa? Qual a atuação da enfermagem na terapêutica medicamentosa? DESAFIO Qual enfoque especial merece a segurança na terapia medicamentosa? A combinação de múltiplas drogas, gravidade e instabilidade dos pacientes, implica nos desafios da terapêutica medicamentosa? A prescrição de medicamentos pelo enfermeiro está amparada pela Lei nº. 7.498/1986? Qual a atuação da enfermagem nos desafios da terapêutica medicamentosa? Leitura dinâmica • Leia o artigo intitulado " Responsabilidade da enfermagem na administração de medicamentos: algumas reflexões para uma prática segura com qualidade de assistência, disponível em: https://www.scielo.br/j/rlae/a/8zQnSMpFD Hvp7YcDXQZFJZw/?lang=p FARMACOLOGIA Conceitos da Lei 5991/73 I - Droga - substância ou matéria-prima que tenha a finalidade medicamentosa ou sanitária; II - Medicamento - produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado, com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico; III - Insumo Farmacêutico - droga ou matéria-prima aditiva ou complementar de qualquer natureza, destinada a emprego em medicamentos, quando for o caso, e seus recipientes CONCEITOS BASICOS TÓXICO: É a droga que atuando no organismo vivo, produz efeitos nocivos. FÁRMACO: São substâncias utilizadas com intenção terapêutica ou profilática. É a droga que atuando no organismo vivo é capaz de modificar parâmetros fisiológicos. PLACEBO: É a droga inativa, ou substâncias inativas, para satisfazer a necessidade psicológica do paciente CONCEITOS BASICOS DOSE: É a quantidade de fármaco a ser administrada, a um indivíduo, que possui certo peso. MEDICAMENTO: É o preparado farmacêutico, adequado à via de administração, local de ação, etc. Pode conter um ou mais fármacos. VEÍCULO ou EXCIPIENTE: Substância que não tem atividade farmacológica. São misturados aos fármacos para obter-se a forma farmacêutica, via de administração CONCEITOS BASICOS CONCEITOS BASICOS Origem dos Medicamentos FARMACOCINÉTICA Administração, Distribuição e Eliminação dos fármacos MECANISMOS DE AÇÕES MECANISMOS DE AÇÕES 1. INÍCIO DE AÇÃO: Intervalo de tempo entre o momento em que o medicamento é administrado e o primeiro sinal de efeito 2. AÇÃO MÁXIMA: Tempo que leva para o medicamento atingir a concentração efetiva mais alta 3. DURAÇÃO DE AÇÃO: Período de tempo do início de ação do medicamento até a finalização do efeito 4. PLATÔ: Concentração sérica no sangue mantida após doses fixas e repetidas 5. FAIXA TERAPÊUTICA: Faixa de concentração plasmática que produz o efeito desejado do medicamento sem toxicidade DOSE SÉRICA DOS MEDICAMENTOS EFEITOS TERAPÊUTICOS EFEITO COLATERAL REAÇÕES ADVERSAS EFEITOS TÓXICOS Efeito Colateral X Reação adversa REAÇÕES IDIOSSINCRÁTICAS ERRO DE MEDICAÇÃO REAÇÕES ALÉRGICAS TIPOS DE REAÇÕES ALERGICAS MAIS COMUNS TIPOS DE REAÇÕES ALERGICAS MAIS COMUNS LOCAL DE AÇÃO DOS MEDICAMENTOS TOLERÂNCIA DE MEDICAMENTOS DEPENDÊNCIA DE MEDICAMENTOS FORMAS FARMACÊUTICAS E BIODISPONIBILIDADE DE MEDICAMENTOS Cada forma farmacêutica é desenvolvida para que o medicamento atinja o organismo com maior potencialidade, de forma que consiga chegar ao local onde, potencialmente, haja maior absorção em função do medicamento que se utiliza. São quatro classes principais de formas farmacêuticas, cujas divisões são apresentadas a seguir: Solidos: Pós, granulados, comprimidos, drágeas, cápsulas, supositórios e óvulos. Liquido: Soluções, xaropes, elixires, suspensões, emulsões, injetáveis, tinturas e extratos. Semissólidas : Géis, loções, unguentos, linimentos, ceratos, pastas, cremes e pomadas. Gasosa: Sprays e aerossóis. A depender da forma farmacêutica, existe um local mais adequado para administração de cada medicação. Observe no quadro a seguir: VIA ORAL via oral (boca) Comprimido, cápsula, pastilhas, drágeas, pós para reconstituição, gotas, xarope, solução oral, suspensão. via sublingual (debaixo da língua) Comprimidos sublinguais. Via parenteral (injetável) intradérmica subcutânea intramuscular endovenosa intratecal Soluções e suspensões injetáveis. Via tópica via cutânea (pele) Soluções tópicas, pomadas, cremes, loção, gel, adesivos. via nasal (nariz) Spray e gotas nasais. via oftálmica (olhos) Colírios e pomadas oftálmicas. via auricular (ouvidos) Gotas auriculares ou otológicas e pomadas auriculares. via vaginal (vagina) Comprimidos vaginais, cremes, pomadas, óvulos. via retal (ânus) Supositórios e enemas. Via respiratória ou inalatória via pulmonar (respiração/aspiração) Aerossol (“bombinha”). DIFERENÇA ENTRE AS FORMAS FARMACÊUTICAS FORMAS DOS COMPRIMIDOS FORMAS AÇÃO COMPRIMIDOS SUBLINGUAIS De forma geral, esses medicamentos têm sua ação afetada pelos ácidos estomacais, não sendo absorvidos pelo intestino. A saliva ajuda na sua efetivação e são absorvidos pela mucosa sublingual. COMPRIMIDOS REVESTIDOS DE LIBERAÇÃO ENTERICA Esses comprimidos possuem absorção intestinal; como podem lesar a mucosa gástrica ou serem inativados pelo ácido gástrico, possuem um envoltório resistente ao ácido estomacal que possibilita que cheguem intactos ao intestino, permitindo sua absorção no local certo, sem destruição do fármaco. COMPRIMIDOS MASTIGAVEIS Essa forma farmacêutica precisa ser mastigada para iniciar seu processo de metabolismo a partir da fragmentação e ação das enzimas orais, podendo ser absorvidos já desde a boca. COMPRIMIDOS EFERVESCENTES Nessa forma farmacêutica, são utilizados como excipientes os carbonatos, os bicarbonatos e as substâncias ácidas, que, ao entrarem em contato com a água, liberam gases. Esse tipo de estrutura facilita a ingestão e dissolução do princípio ativo, que inicia sua absorção na porção mais alta do estômago. COMPRIMIDOS DE AÇÃO LENTA/PROLONGADA Esse tipo de comprimido possui um invólucro, fazendo com que a liberação do fármaco seja lenta e gradual, ao longo de todo o percurso intestinal, aumentando o tempo de ação do medicamento no organismo, e, portanto, aumentando o intervalo entre as doses da medicação. DIFERENÇAS ENTRE AS FORMAS FARMACÊUTICAS MAIS COMUNS NA PRÁTICA DA ENFERMAGEM DIFERENÇAS ENTRE AS FORMAS FARMACÊUTICAS MAIS COMUNS NA PRÁTICA DA ENFERMAGEM BIODISPONIBILIDADE Se refere à velocidade e à extensão com que uma substância ativa atinge a circulação sistêmica e, consequentemente, alcança seu local de ação. Outro ponto importante nesse processo é o conhecimento sobre o limite terapêutico do medicamento, que diz respeito à concentração plasmática da medicação capaz de produzir o efeito desejado. Essa faixa ideal para a ação adequada do fármaco é chamada de janela terapêutica. EXPLICAÇÃO DO GRÁFICO O nível que fica abaixo dessa faixa é chamado de subdose – portanto não teremos o efeito desejado; o nível acima é chamado de superdose – e podemos ter exacerbação do efeito ou mesmo intoxicação pela droga, podendo ocasionar a morte. A avaliação da janela terapêutica pode ser feita mediante a análise da curva dose-resposta, ilustrada na figura anterior. CLASSIFICAÇÕES DOS MEDICAMENTOS CLASSIFICAÇÕES DOS MEDICAMENTOS CLASSIFICAÇÕES DOS MEDICAMENTOS Quanto à ação, os medicamentos podem ter duas divisões, quais sejam: OUTROS TIPOS DE MEDICAMENTOS HOMEOPATICOS- O princípioda homeopatia é o da cura pelo semelhante, estimulando o organismo a reagir e criar as suas próprias defesas ALOPATIA- utilizamos uma substância para anular os efeitos, sendo comum utilizarmos a palavra “anti” para nomear as classes desse tipo de medicamento, como anti-hipertensivos, antibióticos, anti-inflamatórios etc. FITOTERAPIA-tem os mesmos objetivos que a alopatia. No entanto, seus princípios ativos provém de origem vegetal. Embora sejam considerados medicamentos menos agressivos por muitas pessoas, os fitoterápicos podem apresentar reações adversas assim como a alopatia. MEDICAMENTO MANIPULADO: aquele preparado diretamente na farmácia pelo farmacêutico a partir de fórmulas preestabelecidas em compêndios oficiais ou a partir de prescrição que estabeleça em detalhes sua composição, forma farmacêutica, posologia e modo de usar. PRINCIPAIS CLASSES DE MEDICAMENTOS ALOPÁTICOS UTILIZADOS NA ROTINA DA PROFISSÃO DE ENFERMAGEM MEDICAMENTO DE REFERÊNCIA, SIMILAR E GENÉRICO MEDICAMENTOS DE REFERÊNCIAS São conhecidos como “medicamentos de marca”, tendo sido, em geral, os primeiros de determinado tipo no mercado, desenvolvidos pelas indústrias farmacêuticas, quando não existiam outros produtos específicos para um determinado tratamento ou que tivessem determinada combinação de princípios ativos. Esses medicamentos, em geral, são protegidos por leis de patentes internacionais de produtos MEDICAMENTO SIMILAR • Contém o mesmo ou os mesmos princípios ativos, que apresenta a mesma concentração, forma farmacêutica, via de administração, posologia e indicação terapêutica e que é equivalente ao medicamento registrado no órgão federal responsável pela vigilância sanitária, podendo diferir somente em características relativas ao tamanho e forma do produto, prazo de validade, embalagem, rotulagem, excipientes e veículos, comprovada a sua eficácia, segurança e qualidade, devendo sempre ser identificado por nome comercial ou marca; • (Redação dada pela Lei nº 13.235, de 2015) MEDICAMENTO GENÉRICO Os medicamentos genéricos foram criados em 1999. Eles não possuem nome comercial e trazem no rótulo apenas o nome do princípio ativo do medicamento (“nome de sal”). Em geral, apresentam menor preço, facilitando o acesso da população. De acordo com a legislação brasileira, ainda devem apresentar uma tarja amarela em sua embalagem com a frase “Medicamento Genérico”. MEDICAMENTOS TARJADOS MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO • Quatro regras básicas para a utilização dos MIP: 1. Cuidar sozinho apenas de pequenos males ou sintomas menores, já diagnosticados ou conhecidos previamente; 2. Escolher somente medicamentos isentos de prescrição médica e registrados na ANVISA, de preferência com a ajuda de um farmacêutico, em farmácia de confiança; 3. Ler sempre as informações da embalagem do produto antes de tomá-lo, a fim de se certificar de que está fazendo uso do medicamento correto; 4. Parar de tomar o medicamento e procurar imediatamente auxílio médico se os sintomas persistirem. TARJA VERMELHA • 1. Medicamentos com tarja vermelha sinalizam que só podem ser vendidos mediante prescrição e orientação de um profissional de saúde habilitado para sua prescrição, podendo ser vendidos com ou sem retenção de receituário, mediante o tipo de substância a ser comercializada. • 2. Medicações de uso prolongado e para doenças crônicas, como os para hipertensão e diabetes, são vendidas sob prescrição sem retenção de receituário. • 3. Antibióticos, por outro lado, possuem venda restrita, portanto dependem de retenção de receituário. • 4. os medicamentos dessa classificação podem ser simples (no caso de medicações de uso prolongado) ou carbonadas, para retenção da segunda via (como os antibióticos). • 5. para os medicamentos que exigem receituário carbonado, há o seguinte aviso: “Venda sob prescrição médica. Só pode ser vendido com retenção da receita.” TARJA PRETA 1. Medicamentos com tarja preta são aqueles que precisam de maior controle e cuidado ao serem prescritos, pois podem ser tóxicos ou causar dependência, tendo, como principais efeitos colaterais, sono, esquecimento, dificuldade para se concentrar, desequilíbrio emocional e taquicardia. 2. Exigem receituário especial, controlado, que é retido no momento de sua venda, e, em geral, só podem ser prescritos por profissional médico. 3. No Brasil, a padronização de receituário para esse tipo de medicação é azul e numerada com canhoto identificado, permitindo a identificação individual do médico emitente do receituário e do usuário do sistema de saúde para quem foi emitido o receituário. MEDICAMENTOS DE DISPENSAÇÃO EM CARÁTER EXCEPCIONAL • Esses medicamentos são utilizados em doenças raras, geralmente possuem custo elevado, e sua dispensação atende a casos específicos. • Na maioria das vezes, eles são de uso prolongado, utilizados principalmente para transplantados e portadores de insuficiência renal crônica, de esclerose múltipla, de hepatite viral crônica B e C, de epilepsia, de esquizofrenia refratária e de doenças genéticas. • São medicamentos liberados pelos polos estaduais das farmácias de alto custo por meio do preenchimento de processos de medicamentos de alto custo, chamados Laudo de Solicitação, Avaliação e Autorização de Medicamento do Componente Especializado da Assistência Farmacêutica (chamada comumente de LME). • Cada medicação dispensada por meio das LME obedece a critérios e diagnósticos específicos, necessitando de exames e laudo para comprovar a necessidade de uso do medicamento em detrimento de outras já disponíveis na rede de assistência farmacêutica. MEDICAMENTOS ESSENCIAIS • São os medicamentos considerados básicos, essenciais e indispensáveis para atender à maioria dos problemas de saúde da população. • Medicamentos que fazem parte dessa lista são indicados mediante as características de cada população e as doenças que as acometem. MEDICAMENTOS DE INTERESSE EM SAUDE PUBLICA • São aqueles utilizados no controle de doenças que, em determinada comunidade, têm magnitude, transcendência ou vulnerabilidade relevante e cuja estratégia básica de combate é o tratamento dos doentes. MEDICAMENTOS PARA A ATENÇÃO BASICA • Produtos necessários à prestação do elenco de ações e procedimentos compreendidos na atenção básica de saúde. RENAME: RELAÇÃO NACIONAL DE MEDICAMENTOS ESSENCIAIS RENAME é uma publicação do Ministério da Saúde com a listagem dos medicamentos voltados para combater as doenças mais comuns que atingem a população brasileira Os estados utilizam a RENAME para elaborar suas listas de medicamentos destinados a atender às necessidades da população na atenção primária em saúde Estados e municípios têm autonomia para aumentar a RENAME de acordo com a necessidade, mas não podem diminuir os municípios possuem a REMUME, que é a Relação Municipal de Medicamentos Essenciais. A distribuição desses medicamentos é parte importante do SUS como garantia de saúde para a população. MEDICAMENTOS DE USO CONTINUO, ESPORADICO E PROLONGADO MEDICAMENTO DE USO CONTÍNUO para os remédios sem os quais a pessoa pode ter agravamento de suas condições de saúde, e quando não há data prevista para finalizar seu tratamento. MEDICAMENTOS DE USO ESPORÁDICO são aqueles que usamos esporadicamente para finalidade específica, como quando temos dor de cabeça ou febre. Eles são utilizados com frequência baixa. OS MEDICAMENTOS DE USO PROLONGADO são aqueles que serão usados por um período longo, mas com previsão de finalizar o uso em algum momento futuro TERMOS PRESCRITORES E PRESCRIÇÃO A ADMINISTRAÇÃO CORRETA DOS MEDICAMENTOS E A ENFERMAGEM Embora no Brasil os estudos sobre erros de medicação ainda sejam escassos, ao redor do mundo já existem diversos textos científicos que abordam essa questão e tentam entendermelhor como reduzir os riscos para o paciente relacionado à terapêutica medicamentosa. Em todos esses estudos, a equipe de enfermagem sempre está no foco PRINCÍPIOS GERAIS DA ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS PARA A ENFERMAGEM Uma das atividades mais desenvolvidas dentro da nossa profissão; Essa atividade requer muito conhecimento e atenção para seu desenvolvimento, pois é uma das mais passíveis de erros e de danos ao paciente, sendo, muitas vezes, também essencial para a recuperação do nosso usuário do sistema de saúde. É preciso entender que a administração dos medicamentos, os procedimentos envolvidos e as respostas orgânicas, além de englobar os riscos decorrentes do tratamento, podem provocar danos ao paciente. PRINCÍPIOS GERAIS DA ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS PARA A ENFERMAGEM ✓Compete, então, ao profissional que administra medicamentos, estar preparado para assumir as responsabilidades técnicas e legais decorrentes dos erros que possa vir a incorrer. ✓ Especificamente na enfermagem, a administração errônea de medicamentos pode incidir em três erros bastante comuns e passíveis de penalização ético-legal dentro da profissão, e, a depender do dano causado, até mesmo penalização civil. ✓ São os erros de imperícia (quando você não sabe o que está fazendo), imprudência (quando você não tem habilidade suficiente para fazer) e negligência (quando você sabe o que, por que e como fazer, mas ainda assim faz errado).C PRINCÍPIOS GERAIS DA ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS PARA A ENFERMAGEM ✓A administração de medicamentos envolve ainda mais fatores do que os discutidos até agora. ✓ É preciso que se tenha qualidade e rigorosidade também na produção, no armazenamento e na distribuição deles, pois podem ser afetados por condições do ambiente e de temperatura, como frio, calor, exposição à luz e umidade excessiva. ✓ Portanto, faz parte das funções do enfermeiro estar atento a essas condições para garantir a qualidade da medicação, incluindo a integridade de embalagens. ROTINAS DE LIMPEZA, ORGANIZAÇÃO E ASSEPSIA PARA REALIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO SEGURA DOS MEDICAMENTOS : Lavar as mãos antes e após o preparo e administração de medicamentos; Preparar os medicamentos em local apropriado e com boa iluminação, tendo à sua disposição todos os insumos necessários; Evitar distrações e interrupções durante o preparo dos medicamentos, pois elas podem aumentar a chance de erros de medicação; Preparar somente os medicamentos que você for administrar, e somente quando for administrar; ROTINAS DE LIMPEZA, ORGANIZAÇÃO E ASSEPSIA PARA REALIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO SEGURA DOS MEDICAMENTOS : 5. Observar o aspecto e características do medicamento antes de começar o preparo; 6.Manter o local de preparo de medicamentos em ordem e limpo, utilizando álcool a 70% para desinfetar a bancada; 7. Utilizar sempre bandeja ou carrinho de medicamentos devidamente limpos e desinfetados com álcool a 70% para armazenamento da medicação preparada; e 8. Conhecer e aplicar a regra dos “certos” da medicação, de forma a garantir os princípios fundamentais da segurança do paciente. REGRA DOS CERTOS DA MEDICAÇÃO Essa regra é utilizada para realizar a administração de medicamentos com mais segurança para o paciente e para o profissional que os prepara. Inicialmente, tínhamos a regra dos 5 certos, mas, hoje, com o advento de novas medicações e formas de administrá-las, além de outros fatores, chegamos à regra dos 13 certos; porém, a mais difundida e trabalhada é a regra dos 9 certos, apresentada REGRA DOS NOVES CERTOS DA MEDICAÇÃO 1. PACIENTE CERTO : Você deve se atentar aos identificadores do paciente, dentre eles os quatro identificadores obrigatórios: nome completo, número do prontuário, nome completo da mãe do paciente e data de nascimento. A pessoa atendida deve apresentar uma pulseira de identificação com dois identificadores legíveis para avaliação do profissional de saúde. Sempre indagar ao paciente, quando possível, o seu nome completo para verificação da identificação antes do cuidado de enfermagem. Além disso, tenha atenção aos pacientes homônimos para evitar o risco de troca de medicamentos. OS NOVES CERTOS DA MEDICAÇÃO OS NOVES CERTOS DA MEDICAÇÃO OS NOVES CERTOS DA MEDICAÇÃO OS NOVES CERTOS DA MEDICAÇÃO OBSERVAÇÃO • Os profissionais de saúde podem se negar a executar uma prescrição de medicamentos. • Conforme o CEPE/2017, no Art. 46, o profissional de enfermagem deve recusar-se a executar prescrição de enfermagem ou médica, na qual não constem a assinatura e número do registro de quem prescreveu, bem como no caso de identificação de erro na prescrição e na sua ilegibilidade. Você acha que enfermeiros podem fazer a prescrição de medicamentos? A prescrição de medicamentos pelo enfermeiro está amparada pela Lei nº. 7.498/1986, que é nossa lei do exercício profissional. Ela permite que o profissional enfermeiro faça prescrição medicamentosa com base em seu conhecimento técnico-científico dentro dos programas de saúde nacionais e protocolos nacionais, municipais e institucionais. O QUE DIZ A LEI: Cabe, ainda, ressaltar a Portaria do Ministério da Saúde, GM/MS 1.625/2007, Art. 1, II, que relata o seguinte: A PRESCRIÇÃO DE MEDICAMENTOS POR ENFERMEIROS Faz parte da Consulta de Enfermagem, ação privativa da categoria, em que se aplica o Processo de Enfermagem, conforme a resolução COFEN 358/2019. É durante o Processo de Enfermagem, que envolve respaldo científico, que o enfermeiro aumenta sua autonomia no sistema de saúde e se liberta do estigma de que são simples ajudantes de médicos. Esteja atento, pois somente o Processo de Enfermagem não permite que o enfermeiro faça a prescrição de medicações. É necessária a Consulta de Enfermagem, com todas as suas etapas, incluindo o Processo de Enfermagem. A PRESCRIÇÃO DE MEDICAMENTOS POR ENFERMEIROS • Para tal atividade, é necessário que o profissional tenha o conhecimento científico aplicado tanto sobre a profissão de enfermagem em geral como das linhas de atenção em saúde e de farmacologia, em que se destaca as categorias dos medicamentos, seu perfil de ação, duração do tratamento e dosagem. A PRESCRIÇÃO DE MEDICAMENTOS POR ENFERMEIROS • Enfermeiros não são obrigados a prescrever medicamentos, visto que a legislação do exercício profissional nos ampara a fazer essa atividade de acordo com nosso conhecimento técnico- científico e pautado em protocolos. A PRESCRIÇÃO DE MEDICAMENTOS POR ENFERMEIROS PLANO NACIONAL DE SEGURANÇA DO PACIENTE No Brasil, muitas dessas medidas citadas até agora estão dispostas na RDC nº 36, de 25 de julho de 2013, que institui ações para a segurança do paciente em serviços de saúde e dá outras providências. De acordo com a RDC 36, todas as instituições de saúde devem possuir um núcleo de segurança do paciente, e, dentro do Plano de Segurança do Paciente, devem abordar as questões relativas, inclusive, às medicações. O Ministério da Saúde instituiu o Programa Nacional de Segurança do Paciente (PNSP) por meio da Portaria 529, de 1 de abril de 2013, que, pensando nos quesitos necessários para se classificar os erros na assistência à saúde que interferem na segurança do paciente, institui a seguinte nomenclatura: • V – Cultura de Segurança: configura-se a partir de cinco características operacionalizadas pela gestão de segurança da organização: a) cultura na qual todos os trabalhadores, incluindo profissionais envolvidos no cuidado e gestores, assumem responsabilidade pela sua própria segurança, pela segurança de seus colegas, pacientes e familiares; b) cultura que prioriza a segurança acima de metas financeiras e operacionais; c) cultura que encoraja e recompensa a identificação, a notificação e a resolução dos problemas relacionados à segurança; d) cultura que, a partir da ocorrência de incidentes, promove o aprendizado organizacional; e e)cultura que proporciona recursos, estrutura e responsabilização para a manutenção efetiva da segurança; e • VI – gestão de risco: aplicação sistêmica e contínua de iniciativas, procedimentos, condutas e recursos na avaliação e controle de riscos e eventos adversos que afetam a segurança, a saúde humana, a integridade profissional, o meio ambiente e a imagem institucional. • (MS / PNSP - Portaria 529 de 2013). PLANO NACIONAL DE SEGURANÇA DO PACIENTE Assim, o Plano Nacional de Segurança do Paciente está alinhado à Aliança Mundial para a Segurança do Paciente, criada em outubro de 2004 pela Organização Mundial da Saúde com o objetivo de dedicar atenção ao problema da segurança do paciente no mundo todo. A Aliança promove diversos estudos mundialmente e prioriza ações que tenham impacto na redução de danos causados pela assistência em saúde, elencando algumas metas para se ter uma assistência mais segura de acordo com os levantamentos mundiais. PRÁTICAS SEGURAS PARA PRESCRIÇÃO DE MEDICAMENTOS As prescrições, quanto ao tipo, classificam-se como: 1. URGÊNCIA/EMERGÊNCIA: quando indica a necessidade do início imediato de tratamento. Geralmente, possui dose única (ANVISA, 2013); 2. PRO RE NATA ou CASO NECESSÁRIO: quando o tratamento prescrito deve ser administrado de acordo com uma necessidade específica do paciente, considerando-se o tempo mínimo entre as administrações e a dose máxima (ANVISA, 2013); 3. BASEADA EM PROTOCOLOS: quando são preestabelecidas com critérios de início do uso, decurso e conclusão, sendo muito comum em quimioterapia antineoplásica (ANVISA, 2013); PRÁTICAS SEGURAS PARA PRESCRIÇÃO DE MEDICAMENTOS As prescrições, quanto ao tipo, classificam-se como: 4. PADRÃO: aquela que inicia um tratamento até que o prescritor o interrompa; padrão com data de fechamento: quando se indica o início e fim do tratamento, sendo amplamente usada para prescrição de antimicrobianos em meio ambulatorial (ANVISA, 2013); 5.VERBAL: utilizada em situações de emergência, sendo escrita posteriormente, possuindo, em decorrência, elevado risco de erros e deverá ser restrita às situações para as quais é prevista (ANVISA, 2013) PRÁTICAS SEGURAS PARA PRESCRIÇÃO DE MEDICAMENTOS Quanto à origem, a prescrição pode ser (ANVISA, 2013): • ambulatorial; • hospitalar; • proveniente de outro tipo de estabelecimento de saúde Quanto à origem, a prescrição pode ser (ANVISA, 2013): • ambulatorial; • hospitalar; • proveniente de outro tipo de estabelecimento de saúde REFERÊNCIAS REFERÊNCIAS REFERÊNCIAS • BARBOZA, F. Farmacologia para Concursos, 2022 . Disponível em:<https://www.grancursosonline.com.br/aluno/curso/s/farmacologia- para-concursos-professoraFernandabarboza?c=ZY6Hyju256M%3D • BRASIL. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Protocolo de segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos. Brasília: ANVISA, 2013. Disponível em: https://edisciplinas.usp.br/pluginfile. php/2777470/mod_resource/content/1/2013%20Protocolo%20de%2 0seguran%-C3%A7a.pdf; • RESOLUÇÃO COFEN 311/2007. Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem.
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