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Impotência coeundi - inabilidade à cópula, geralmente associada a redução completa do interesse sexual - problemas de cascos, estresse térmico etc, fazem com que o animal tenha dificuldade na cópula - a produção de espermatozoides é normal FATORES QUE INTERFEREM NA COBERTURA - problemas visuais - olfativos: feromônios, reações de Flehmen - auditivos: vocalização dos reprodutores - endócrinos: testosterona e equilíbrio hormonal - genéticos: zebuínos e taurinos (os taurinos possuem uma libido muito maior) - ambientais: temperatura, umidade, frio (estresse térmico) - Variações individuais - inibição da sexualidade: dominância, agressividade e aprendizado sexual (equinos na presença de um garanhão, se sentem inibidos) - Nutrição: deficiência ou excesso - Alterações no sistema locomotor (manejo e instalações inadequadas – escorregadias) - Doenças sistêmicas - Idade (diminuição da testosterona, senilidade, diminuição da condição corporal) - Deficiencias hormonais: testosterona, gonadotrofinas, hipotireoidismo etc Medidas terapêuticas de acordo com o problema específico do animal que está se recusando a montar: - tratamento das alterações do casco, adaptação ao calor, cuidados com a vagina artificial, hormonioterapia com testosterona e GnRH PROBLEMAS RELACIONADOS AO PÊNIS • Traumas (cópula) - hematomas - edema prepucial e prolapso peniano - repouso sexual - compressas e lavagens prepuciais com antisséptico • Hematocele – sangramento que envolve o testículo e que é delimitado por sua túnica (túnica vaginais) – principal causa: trauma, neoplasia ou inflamações crônicas BALANOPOSTITE - processo inflamatório que acomete o pênis e prepúcio - Tritrichomonas foetus - HerpesvÍrus bovino tipo I (vulvovaginite pustular) - Campilobacteriose e Tricomonose: 56% dos gados no MS estão contaminados SINTOMAS: úlceras da mucosa, dor, relutância em acasalar TRATAMENTO: antibioticoterapia, lavagens tópicas, debridamento da ferida, repouso sexual ACROBUSTITE - processo inflamatório crônico que acomete a extremidade do prepúcio - estreitamento do óstio prepucial - não exteriorização do pênis - prolapso da mucosa prepucial + trauma - ZEBUÍNOS: possuem prepúcio pendular, que pode raspar no capim e fazer micro cortes diários propiciando micro inflamações todos os dias SINTOMAS: dor, lesões na mucosa prepucial, fimose ou parafimose TRATAMENTO: cirúrgico, antibioticoterapia, lavagens tópicas, repouso sexual e debridamento da ferida FIMOSE Diminuição do diâmetro do óstio prepucial, impedindo a exposição peniana SINTOMAS: gotejamento da urina, balanopostite, edema prepucial, incapacidade de acasalar TRATAMENTO: correção cirúrgica PARAFIMOSE Incapacidade de retorno peniano após a sua exposição, ficando este garroteado pelo óstio prepucial SINTOMAS: laceração peniana em diferentes graus e gangrena TRATAMENTO: redução do edema, recolocação manual, amputação parcial do prepúcio NEOPLASIAS PENIANAS São mais raras Bovino – fibropapiloma - Resolução espontânea - Remoção cirúrgica ou descarte da reprodução TVT canino Nos machos • 81,5% no bulbo do pênis • 25,9% no corpo do pênis • 9,9% na glande do pênis • Locais extra genitália: mucosa nasal, oral, conjuntiva ocular e pele Possui um diagnóstico mais difícil e demorado SINAIS CLÍNICOS – menos frequentes • Disúria (bacteriúria e retenção urinária) 5,4% • Metástases (linfonodo regional principalmente) • Fraqueza 4,6% • Úlceras em região perianal 2,1% • Anorexia 1,7% • Constipação • Parafimose (0,8%) • Recusa ao acasalamento (0,4%) • Perda de peso (0,4%) • Distocia EXAMES COMPLEMENTARES Citologia aspirativa por agulha fina • células ovais, frequentes figuras de mitose, cromatina condensada, um ou dois nucléolos, grânulos e agrupamento celular • múltiplos vacúolos citoplasmáticos (especialmente, fase R) • resultado melhor que a histologia DIAGNÓSTICO Anamnese - idade, hábito de vida, histórico reprodutivo SINAIS CLÍNICOS - dos mais comuns aos mais raros EXAMES COMPLEMENTARES Citologia e histologia Citogenética e técnicas biomoleculares TRATAMENTO QUIMIOTERAPIA - melhores resultados, com remissão de até 100% - agentes anti-mitóticos - ciclofosfamida, metotrexato, vimblastina, vincristina, doxorrubicina, associados ou não • SULFATO DE VINCRISTINA - dose: 0,025mg/kg IV, 1 vez por semana até 2 semanas após a remissão tumoral (8 aplicações) - mais de 2000 neutrófilos segmentados Importante fazer exames semanais para saber se pode ser realizada a quimioterapia, quando alterar, sempre pular 1 semana antes da próxima aplicação Impotência generandi - incapacidade de fecundação, tendo ocorrido cópula, por distúrbio ejaculatório ou de sêmen - qualidade ruim do sêmen (espermatozoides com defeito, problemas nas glândulas seminais, infecções etc) LESÕES EM ESCROTO Causas: - Trauma - Ectoparasitas - Doenças autoimunes: pênfigo - Doenças infecciosas - Intoxicações por aflatoxinas - Dermatite de contato SINAIS CLÍNICOS - prurido e edema escrotal - auto-mutilação - aumento de temperatura local (compromete a espermatogênese) - lesões ulcerativas CONSEQUÊNCIAS um problema no escroto pode não comprometer somente o escroto, e sim levar a consequências no tecido do testículo. • o impacto do aumento de temperatura no escroto vai perdurar durante 2 meses por conta do tempo de espermatogênese, pois todas as células que estão se formando foram comprometidas - repetir espermograma do animal para saber se a consequência desse problema vai ser permanente ou não. TRATAMENTO: identificar a causa! - lavagem tópica com antissépticos - pomadas cicatrizantes com antibióticos - parasiticidas - alteração do manejo – evitar confinamento - controle silagem e ração - controle sanitário HIDROCELE / HEMATOCELE Acúmulo de fluidos entre as túnicas escrotais (rara) - Transudato (soroso): hidrocele quando o fluído é mais aquoso - Sangue: hematocele quando tem sangue na cavidade escrotal - Alterações hemodinâmicas (ascite/anasarca) - Alterações oncóticas - Traumatismos - Hemoperitôneo TRATAMENTO: definir a etiologia - punção - exemplo: Filhote com alteração congênita hepática, de vascularização hepática, gerando vários desequilíbrios em relação a pressão oncótica gerando muita ascite. → esse líquido passa e acumula também no escroto HÉRNIA INGUINO ESCROTAL • Causas: - envelhecimento/genética - aumento de volume abdominal - Pode ocorrer consequência na reprodução e no quadro gastrointestinal (necrose das alças intestinais, constipação) • DIAGNÓSTICO - exame físico e ultrassom • TRATAMENTO - correção cirúrgica LESÕES NO TESTÍCULO • Alterações hereditárias - criptorquidismo - hipoplasia testicular • Alterações degenerativas - degeneração testicular • Alterações inflamatórias - orquite • Alterações neoplásicas - Sertolinoma - Leydigoma - Seminomas CRIPTORQUIDISMO *TESTÍCULO ECTÓPICO Falha no deslocamento de um ou ambos os testículos da cavidade abdominal para o escroto • Classificação - unilateral direito ou esquerdo - bilateral • Causas - hereditário - gubernaculum testis SINTOMAS - geralmente é unilateral - ectopia: abdominal ou inguinal - testículo ectópico é menor e com consistência alterada (aspecto mais gorduroso) DIAGNÓSTICO Exame clínico e palpação retal Teste estimulação endócrina (hCG) Dosagem estrógenos conjulgados (para saber se o animal tem anorquidismo – não possui testículo – porém é muito raro TRATAMENTO Orquiectomia bilateral – ou laparoscopia A tendencia é se tornar uma neoplasiacaso não retire HIPOPLASIA TESTICULAR Subdesenvolvimento testicular por um gene recessivo de penetrância incompleta (graus de expressão) • PATOGENIA - baixa migração de células germinativas - pouca divisão celular após a colonização - total ou parcial - incidência maior em bovinos • SINTOMAS - diminuição da circunferência escrotal (uni ou bilateral) - assimetria - sêmen: volume norma, astenospermia, teratospermia cabeça e medusas • DIAGNÓSTICO - exame físico - perímetro escrotal - espermiograma • CONSEQUÊNCIAS - bilateral severa: esterilidade - unilateral moderada: sêmen de baixa qualidade • TRATAMENTO - genético: descarte DEGENERAÇÃO TESTICULAR - Importante impacto na pecuária - Frequente - Anormalidade durante o ciclo espermático: • Diminuição do número de células • Diminuição funcional do testículo • Maior sensibilidade do epitélio seminífero CAUSAS - Senescência - Abalos à termorregulação - Hipertermia sistêmica - Distúrbios circulatórios - Desequilíbrio nutricional ou hormonal - Agentes químicos ou físicos - Varicocele / dermatite - Doença autoimune QUADRO CLÍNICO INICIAL - Discreta redução do perímetro escrotal - flacidez testicular - astenozoospermia (espermatozoides não tem motilidade suficiente para fecundar) - teratospermia - oligospermia - subfertilidade QUADRO CLÍNICO AVANÇADO - atrofia testicular - consistência firme do testículo (calcificação) - medusa - azoospermia (ausência de espermatozoides no sêmen) - infertilidade DIAGNÓSTICO - histórico clínico - espermiograma anterior - palpação testicular - perímetro escrotal - ultrassonografia TRATAMENTO - retirar a causa base - suplementação com vitamina A, E, selênio, zinco etc HIPOPLASIA X DEGENERAÇÃO ORQUITE Inflamação testicular aguda ou crônica, uni ou bilateral, infecciosa ou apenas inflamatória no caso de traumas CAUSAS - Traumática - Infecciosa - Brucelose, tuberculose, Actinomyces pyogenes, estreptococose e piroplasmose • AGUDA - aumento do perímetro escrotal - dor e aumento de temperatura local - alteração no estado geral - hipertermia - leucócitos e bactérias seminais • CRÔNICA - diminuição do perímetro escrotal - sem sensibilidade - degeneração e atrofia TRATAMENTO PRIMEIRO entender a causa base de tudo - antibioticoterapia - anti-inflamatórios - compressas quentes - suporte - descarte em casos de brucelose
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