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Novos tempos, novas organizações, novos líderes A evolução histórica das empresas e do trabalho Vivemos em um tempo de grandes mudanças, só que desta vez não é apenas na sociedade, mas principalmente nas organizações. A tecnologia, a informática, a eletrônica e as comunicações são os gatilhos dessa transformação. A tecnologia da informação e da comunicação integra a maior parte da sociedade economicamente relevante, revolucionando a forma de fazer negócios e liderar pessoas. Tal como previsto em 1971, por Marshall McLuham, o mundo se transformou em uma aldeia global. O mundo mudou não só por rupturas tecnológicas, mas também por alterações sociais. Essa crescente entrada das mulheres no mercado, de forma mais rápida do que a criação de novas oportunidades de trabalho determinou importantes consequências e, sobretudo a necessidade de novos produtos e serviços que atendessem à recém-criada nova estrutura familiar, na qual marido e mulher permaneciam fora do lar o dia inteiro, trabalhando. O importante é que, considerando todo o conjunto das possíveis causas, ficava claro que era o início da formação de toda uma nova estrutura social, política, econômica e governamental. Grandes mudanças. A era do conhecimento. Em paralelo um novo modelo foi criado pela evolução da eletrônica, informática e telecomunicações. É a sociedade do conhecimento, onde a inovação, a informação e o próprio conhecimento tornam-se até mais importantes que o capital financeiro. O maior patrimônio de uma empresa é a sua base de conhecimento, embora os tradicionais sistemas de registros contábeis ainda não estejam preparados para essa nova necessidade. O conhecimento é o primeiro “artigo” na história econômica que se produz, é vendido e entregue, mas o “dono” continua com a posse dele. Isto garante e amplifica o conceito da valorização do indivíduo, pois conhecimento é gente, enquanto competência é o conhecimento aplicado. O trabalhador do conhecimento é, finalmente, o dono dos seus meios de produção e do produto do seu trabalho. Ele tem características próprias: faz seus horários e controla sua produção, sem estar subordinado a alguém que fiscalize seu trabalho; cuida do autodesenvolvimento e estabelece prioridades para a carreira, definindo os pontos que precisam ser fortalecidos... Hoje, existe dificuldade para estabelecer uma relação direta entre desempenho e produtividade de um indivíduo e o volume de sua produção, pois é o próprio trabalhador do conhecimento que define a velocidade e a produtividade dos seus meios de produção. Essa situação provoca uma inadequação dos sistemas clássicos de liderança, avaliação e remuneração. O novo modelo demanda o uso do conhecimento e da inteligência, enquanto no modelo anterior se consumia braços, pernas e boa capacidade de adaptação às regras. Esses novos tempos pedem uma nova organização das pessoas e, portanto, novos líderes. É um mundo de alta especialização. Não se aplica mais o conceito básico de subordinação. Os trabalhadores do conhecimento sabem mais do que seus chefes. As empresas se organizam por especialidades, por conhecimento, focadas na sua atividade-fim, contratando especialistas para as atividades que elas conhecem menos. A nova estrutura organizacional precisa incorporar essa flexibilidade e especialização.. O líder já não impõe o poder. Só quem aplica o conhecimento tem o poder. Liderar é influenciar e mobilizar as pessoas, para que desenvolvam motivação para fazer o que deve ser feito, com vontade e o máximo de seu potencial, para atingir os objetivos compartilhados fixados. Mudanças e produtividade As empresas se reestruturam pela necessidade de sobrevivência e, na maioria dos casos, por uma busca de aumento de produtividade e rentabilidade. Esses ganhos de produtividade se configuram por; maior volume de vendas, maior participação de mercado, maior rentabilidade e lucratividade, ou evitarão da obsolescência. Essa maior produtividade pode ser buscada por uma maior produtividade pessoal, individual, por uma adequada escolha de vida e carreira, por uma correta adequação das pessoas no grupo em equipes de alto desempenho. Finalmente a empresa pode buscar mais produtividade revisando sua teoria do negócio, sua estrutura, seu posicionamento de mercado, suas prioridades e suas estruturas de decisões. A evolução do conceito de Gestão e de Liderança 1. O que é liderança? Liderar é influenciar pessoas para que desenvolvam motivação para fazer o que deve ser feito com vontade e com o máximo de seu potencial para atingir os objetivos compartilhados fixadosLíder é quem executa a tarefa da liderança. Para Guimarães (2012) a tarefa da liderança é organizar e conduzir as pessoas, como membros de um grupo, levando-as a atingirem seus objetivos individuais, e os objetivos comuns compartilhados. Segundo Guimarães (2012), em princípio, uma empresa nada mais é do que um grupo de pessoas, no qual cada um quer buscar seu objetivo, sua autopreservação, sua sobrevivência. O objetivo de uma empresa é o objetivo de cada um de seus membros. É mais que o lucro. É, na verdade, a sua sobrevivência, sua permanência, sua continuidade como organização, de forma a permitir também a sobrevivência de cada um dos seus membros. Nesse sentido, o lucro é o indicador de que se está no caminho certo, assim como o prejuízo seria o do caminho inadequado. Em vista disso, ser líder é ser percebido com aquele que conduzirá a empresa à sobrevivência, ao lucro. . Liderança é tarefa, uma atividade. As perguntas que têm de ser respondidas são: “qual a função da liderança?” e “que características e competências fazem um líder eficaz?”.A base da liderança eficaz é a compreensão da sua missão e também a da missão da empresa: é saber defini-la e comunicá-la de forma clara; é estabelecer metas, prioridades e padrões; é transmiti-las e conseguir influenciar e convencer. Líderes eficazes assumem a responsabilidade final e não temem os subordinados. Eles os encorajam e incentivam. Não importa o quanto sejam pessoalmente vaidosos ou humildes, os líderes valorizam sua equipe e cercam-se de pessoas independentes e autoconfiantes. Liderança é confiança e respeito. 2. Diferença entre gestão e liderança O gerenciamento consiste na coordenação e integração dos recursos, realizadas através da planificação, da organização, da direção e do controle, a fim de atingir os objetivos especificados. O gerenciamento envolve muito mais controle dos recursos, dos objetivos e das tarefas, enquanto a liderança busca influenciar o comportamento e a motivação. A função principal do líder é conciliar os objetivos gerais da organização, ou do projeto, com as metas particulares de cada indivíduo da empresa ou da equipe. Para simplificar, podemos dizer que liderar é influenciar pessoas a fazerem o que deve ser feito, enquanto gerenciar é conseguir com que elas façam bem as coisas certas, organizando, coordenando, controlando e buscando a rentabilidade. 3. Papel do líder o É muito mais que a Gestão de pessoas. o É gestão da "Base de Conhecimento". o É mobilizar as pessoas a aplicarem seus conhecimentos ... o É mobilizar as pessoas para as Mudanças. o É ajudar criar o "novo" e para isso precisa mobilizar para as mudanças, conseguir adesão, buscar sinergias, eliminar antagonismos. o É saber avaliar, conhecer para reter os melhores. Melhores sistemas, melhores produtos, serviços, .... melhores pessoas 4. Evolução dos conceitos As primeiras abordagens da liderança centraram-se na figura dos líderes e na procura das qualidades comuns a todos eles. Nessa linha, podem ser consideradas duas teorias: a dos grandes homens e a dos traços. o Teoria dos grandes homens. Aceitava a ideia de que a liderança era exercida por chefes natos, homens geniais destinados a exercer profunda influência na sociedade. O poder encarnava-seem uma reduzida quantidade de pessoas cuja herança e o destino as convertiam em líderes. o Teoria dos traços. Basicamente semelhante à anterior, enfatizava as qualidades pessoais dos líderes, que deveriam possuir certas características especiais que os faziam diferentes das demais pessoas. Os líderes já nascem com alguns atributos físicos, de personalidade e habilidades. Teorias dos estilos comportamentais Dentre as teorias do estilo comportamental destacam-se dois tipos principais. o A tipologia de Likert.. Likert procurando estabelecer relações entre o comportamento de liderança e sua eficácia, indicou como base para a classificação quatro estilos: Autoritário coercivo Autoritário benevolente, Consultivo, Participativo – O estudo realizado por Likert trazia o objetivo de definir os estilos de liderança mais apropriados ao contexto organizacional, tendo por foco a comprovação da inter-relação de como orientações comportamentais diferentes afetam situações de trabalho diversas. o Grid de gestão de Blake e Mouton. Os autores procuraram representar os vários modos de usar a autoridade ao exercer a liderança através do grid gerencial. Esta representação possui duas dimensões: preocupação com a produção e preocupação com as pessoas. Teorias dos aspectos contingenciais/situacionais Segundo as teorias contingenciais, a liderança é um fenômeno que depende do líder, dos liderados (do grupo) e da situação organizacional. Esse enfoque busca determinar o comportamento que o líder deve assumir para atingir o maior grau de eficácia em cada situação. Dois modelos se destacam. o Modelo contingencial ou do comportamento de Fiedler. Esse modelo foi elaborado a partir da identificação do modelo de liderança e da personalidade do líder por meio do LPC (Least Prefered Coworker – companheiro de trabalho menos preferido), e da definição da situação. Para Fielder (1967), três fatores situacionais determinam a eficácia da liderança. Relações líder-membro, ou seja, o grau de segurança, confiança e respeito que os subordinados têm por seu líder.Situação da tarefa, que pode ser estruturada ou desestruturada. Poder da posição, isto é, o grau de influência que o líder tem sobre as variáveis de poder. o Modelo situacional de Hersey e Blanchard (quatro estilos de liderança). Hersey e Blanchard definem liderança como o processo de influenciar as atividades de um indivíduo ou de um grupo. Para eles o líder deve adequar seu estilo de liderança de acordo com a situação, as necessidades e grau de maturidade dos liderados. O modelo elaborado por eles mostra a necessidade de resiliência do líder, considerando que resiliência é a qualidade que permite a um líder conformar seu comportamento a uma situação enfrentada, ou seja, modificar seu estilo e forma de atuação a cada situação para conseguir a melhor produtividade e a mais rápida evolução dos subordinados (Hersey; Blanchard, 1986). A Marca e o Código da Liderança A Marca da Liderança A empresa é todo o conjunto visto e percebido pelo mercado por sua atuação, sua imagem, suas marcas, o atendimento aos clientes, a rentabilidade, os dividendos, o posicionamento, o estilo de liderança, além, é claro, de seus produtos e serviços. Dessa maneira, a imagem da marca dos produtos ou serviços acaba associada à imagem da própria empresa. Ao longo do tempo, a empresa, a sua marca ou a liderança assumem uma significação simbólica. Esse significado relacionado com a imagem passa a representar a empresa. Um dos fatores-chave para a construção de uma imagem de marca e de empresa é sua liderança. E vice-versa. Uma liderança deve se adequar, ser coerente e representativa. A marca da liderança tem de ser a mesma marca da empresa. E cabe ao líder transmitir a mensagem que a empresa quer passar para os seus associados, clientes e acionistas. Para Ulrich e Smallwood (2009), todo líder tem a responsabilidade de estabelecer uma marca de liderança que sirva como orientação para o comportamento dos empregados e a forma de atuação e identidade dos líderes. O código da liderança Parte do sucesso de uma liderança deve-se ao que Ulrich, Smallwood e Sweetman (2009) chamam de código. Segundo eles, existem cinco atividades que todos os líderes devem saber fazer bem; estratégia; execução; avaliar pessoas com talento; desenvolver o capital humano, e ter proficiência pessoal.A maioria das regras e características é comum a todos os líderes eficientes e corresponde, em média, a dois terços das competências necessárias, constituindo uma espécie de código da liderança, como um código DNA. O terço restante, que é o diferencial, pode e deve variar conforme a estratégia, o momento e as expectativas da empresa, incluindo os requisitos de cada negócio ou tarefa. Os diferenciadores da liderança são os elementos ou aspectos da liderança que são alinhados de forma única para atender aos clientes e investidores de uma empresa. São os pontos customizados que um líder deve desenvolver de acordo com particularidades que existem em sua organização, mas não necessariamente estão presentes em outras organizações. As regras e características comuns do código da liderança estão estruturadas em duas dimensões: o tempo e o foco. A dimensão do tempo considera a necessidade do líder pensar e agir a curto e longo prazo. Em paralelo, os líderes eficazes precisam trazer o foco e a atenção para as pessoas, valorizando suas habilidades e competências, além de gerenciar e desenvolver talentos. As regras da Liderança – Organização Regra 1: prepare o futuro, seja um estrategista É a dimensão estratégica. Um líder estrategista precisa não só “imaginar e criar o futuro”, mas também transmitir essa visão a quem está ao seu redor e conseguir convencê-los a colaborar.. Para isso o líder precisa: o Ficar atento e vigilante a tudo o que acontece; o Atrair os melhores talentos; o Engajar todos na busca do atendimento; o Criar uma “força estratégica” o Pesquisar o que está acontecendo e o que construir no futuro. Regra 2: faça acontecer, seja um executor Para fazer as coisas acontecerem, o líder precisa ser um executor, ou seja, conseguir transformar ideias e estratégias em ações e realizações. Um gestor utiliza mais sua autoridade para conseguir um bom rendimento da equipe, enquanto um líder usa suas fontes de poder para influenciar. O desafio da liderança é conciliar as duas formas para conseguir a adesão das pessoas. Para tal precisa: o Fazer a mudança acontecer; o Ter um protocolo de decisões; o Garantir a existência da responsabilidade; o Formar equipes; o Garantir a competência técnica; o Identificar e atrair o profissional talentoso. As regras da Liderança - Pessoas Regra 3: engaje o profissional talentoso Os líderes eficazes sabem identificar, construir e envolver profissionais para obter resultados. A escolha correta deve se basear nas habilidades complementares para ocorrer sinergia e na capacidade de cada indivíduo de contribuir para alcançar as metas e os objetivos do projeto. As equipes devem ser estruturadas levando em consideração os perfis ou tendências pessoais e a personalidade dos indivíduos. Equipes de alta performance precisam ter liberdade para atuar e estabelecer seus métodos de trabalho para se tornarem capazes de executar suas tarefas e atingir suas metas. Isso depende sempre do estilo de liderança.. Para tal, o líder deve: o Saber comunicar; o Criar uma conexão; o Garantir que as pessoas tenham as competências necessárias; o Prover os recursos necessários; o Mobilizar as pessoas. Regra 4: formar a próxima geração Líderes fomentadores de capital humano desenvolvem pessoas para garantir que a empresa tenha, no futuro, um novo grupo de profissionais com as competências necessárias para o sucesso estratégico de longo prazo. Eles também precisam formar os futuros novos líderes para garantir que a empresa sobreviverá à saída ou troca de um profissional no comando, qualquer queseja ele. Para tal, o líder deve: o Conhecer a força de trabalho; o Criar uma marca da empresa, da liderança e do empregado; o Apoiar o desenvolvimento de carreira; o Encontrar e desenvolver a próxima geração de talentos; o Estimular as redes sociais e de relacionamento. Regra 5: invista em você mesmo As características e competências pessoais são fatores determinantes para as realizações e a obtenção dos resultados positivos, em conjunto com outras pessoas e por meio delas. Qualquer que seja seu estilo de comportamento, todo líder precisa ser visto como tendo a competência para conquistar seguidores. Para isso, deve: o Praticar a clareza de raciocínio – livrar-se dos detalhes; o Conhecer-se; o Tolerar o estresse; o Demonstrar agilidade para aprender; o Cuidar de seu caráter e integridade; o Cuidar de si, da saúde e ter disposição; o Ter energia própria e paixão. Características e competências do Líder Competência é a capacidade de saber realizar algo, em determinadas condições, e a garantia de que se saberá repetir essa prática em circunstâncias similares, utilizando, ao mesmo tempo, os conhecimentos adquiridos previamente, ou os desenvolvidos durante as ações, o saber fazer, bem como as características e qualidades pessoais. Segundo Guimarães (2012), existem cinco competências essenciais que, mesmo não sendo características naturais, devem ser aprendidas e melhoradas. Todas as tarefas básicas da atuação de um líder nas empresas, ou seja, planejar, organizar, decidir, avaliar, liderar, comunicar, gerir, negociar, controlar, etc, pressupõe, de alguma forma, a utilização dessas cinco competências, conforme você verá a seguir. 1. Capacidade de influenciar Influenciar pessoas é a capacidade de fazer com que pessoas entendam o que você quer e acreditem em você, fazendo com que as coisas aconteçam porque você conseguiu que elas as fizessem. Cialdini (2012) é, sem dúvida, o pesquisador que mais estudou as técnicas e processos de influência e persuasão. Nas conclusões de suas pesquisas, ele identificou os seis princípios-chave para a influência social: reciprocidade, coerência, validação social (aprovação), gostar (afinidade), autoridade e escassez. o Reciprocidade: sentimo-nos obrigados a retribuir favores recebidos. a reciprocidade envolve mais que presentes e favores. Inclui também concessões e compensações que umas pessoas fazem às outras. o Coerência: sentimo-nos obrigados a cumprir o que prometemos ou a terminar o que começamos. o Validação social (aprovação): Um dos modos básicos de decisão, ou optar por uma alternativa, é a observação e a emulação do que as outras pessoas fizeram ou escolheram. o Gostar (afinidade): afinidade, empatia e afeição definem um sentimento de conexão entre as pessoas, como o “gostar” de alguém. As pessoas preferem concordar e dizer sim para aqueles de quem gostam. A cooperação é outro fator que ajuda no desenvolvimento da simpatia e afeição. o Autoridade: Ouvimos e concordamos mais facilmente com especialistas ou com quem tem posição de comando e autoridade. Diante de uma figura de autoridade, somos levados a aceitar suas opiniões e seguir suas recomendações. o Escassez: mercadorias, oportunidades e alternativas tornam-se mais desejadas se percebidas como pouco disponíveis, menos acessíveis ou escassas. 2. Capacidade de escolher e de optar É a capacidade de optar por uma alternativa e abrir mão das demais. Esta competência é essencial para a liderança, nos processos de negociação e momentos de decisão. e existem técnicas para racionalizar e garantir um pouco mais a definição de alternativas, o que facilita a escolha. Se um líder pretende melhorar sua capacidade de decidir e de escolher, é fundamental que além das técnicas e características naturais ele aprofunde o autoconhecimento e amplie sua autoconfiança. 3. Capacidade de ter empatia Empatia: é a capacidade de perceber o que os outros querem e sentem e conseguir que eles percebam o que você quer. Empatia é ser percebido (transmitir o que sou e quero), é perceber a necessidade dos outros (o que ele é e precisa) e finalmente, mesmo sem falar, estabelecer um “contrato” (eu vou fazer ou ser, o que você precisa ou quer). Comunicação é a capacidade de ouvir o que os outros querem dizer, sobretudo, aquilo que não foi dito, e de falar para os outros, o que efetivamente você quer dizer. O líder só conseguirá sucesso se desenvolver uma comunicação adequada com todos os envolvidos, sejam clientes, fornecedores, subordinados e superiores, acionistas ou investidores, e com toda a comunidade que o cerca. 4. Capacidade de gestão de emoções Outra competência essencial é a capacidade de gerenciar as reações, controlar as emoções. Isso começa sempre por manter o autocontrole. Ter autocontrole não significa eliminar os sentimentos, ou deixar de sentir, mas usar adequadamente os próprios sentimentos e não reagir descontroladamente a uma situação, ou a um fato, evitando responder sem pensar.. Autocontrole pode ser natural para as pessoas mais racionais, mas isto não quer dizer que não se possa desenvolver tal capacidade. 5. Capacidade de antecipar Antecipar é perceber hoje o que vai acontecer no futuro. O bom líder avalia e prevê o que vai acontecer. Não é aquele que apenas reage diante do que já ocorreu.. Antecipar é estabelecer prioridades e interesses. É definir aquilo que se precisa conhecer e acompanhar em detalhes, e manter uma vigília estratégica.. Portanto, para poder estar vigilante na prospecção do futuro, é fundamental definir o que é fundamental para o projeto de vida, os objetivos, e ficar atento monitorando aquilo que é importante para a carreira, a empresa etc. Técnicas para liderar - Liderança Situacional Hersey e Blanchard (1986) definem liderança como o processo de influenciar as atividades de um indivíduo ou de um grupo. O modelo situacional, elaborado pelos autores, mostra a necessidade de resiliência do líder. A resiliência é a qualidade que permite a um líder conformar seu comportamento a uma situação enfrentada, ou seja, modificar seu estilo e forma de atuação de acordo com a circunstância para conseguir a melhor produtividade e a mais rápida evolução dos subordinados. Ainda segundo Hersey e Blanchard (1986), a escolha da forma de atuação e do estilo comportamental mais adequado depende da avaliação da maturidade profissional e psicológica do líder e dos liderados. Maturidade profissional corresponde à existência de competência técnica e de experiência, adquiridas e aplicadas na realização de um trabalho. Já a maturidade psicológica pressupõe disponibilidade e vontade de assumir responsabilidades inerentes à execução de tarefas na busca de alcançar objetivos definidos. Considerando-se as definições de maturidade profissional e psicológica, podemos distinguir quatro níveis de maturidade geral do liderado, quer se trate de um indivíduo ou de um grupo. o M 1 – Maturidade baixa. A pessoa apresenta competência técnica e experiência profissional baixas, assim como pouca disponibilidade e vontade de assumir responsabilidades. O colaborador terá necessidade de receber indicações precisas sobre o trabalho a ser executado, assim como sobre métodos, normas e procedimentos mais adequados. o M 2 – Maturidade média/baixa. A pessoa apresenta competência técnica e experiência profissional baixas, mas mostra disponibilidade e vontade de assumir responsabilidades. Os colaboradores, por não terem a competência e a experiência, têm necessidade de desenvolvimento, treinamento e supervisão próxima do líder. o M 3 – Maturidade média/alta. A pessoa apresenta boa competência técnica e experiência profissional, mas com baixa autoconfiança; não mostra vontade de assumir responsabilidades. Os colaboradores são muito capazes para executar, porém não demonstram determinação para fazê-lo por falta de motivação e/ou por insegurança. Têm necessidade,portanto, de segurança e encorajamento. O líder deve estar junto. o M 4 – Maturidade alta. A pessoa apresenta boa competência técnica e experiência profissional, além de muita disponibilidade e vontade de assumir responsabilidades. Os colaboradores são autônomos e estão aptos a estabelecer objetivos e definir métodos. Têm necessidade apenas de que lhes estabeleçam linhas gerais de referência e que os limites lhes sejam claramente determinados. O líder não deve estar próximo. Ao considerar a forma de atuação e as necessidades, os estilos comportamentais e de liderança podem ser classificados em quatro categorias. o Estilo 1 - diretivo, no qual o líder planifica a maior parte dos trabalhos e toma a maioria das decisões. A comunicação flui numa só direção: do líder para colaboradores. o Estilo 2 - persuasivo, no qual é o líder quem toma as decisões e estabelece o plano, mas o faz após conversar com os colaboradores e levar em consideração as sugestões dadas. A comunicação é feita em dois sentidos: o líder informa e escuta.. Ele dá suporte e encoraja com feedbacks positivos e trata as pessoas com respeito e igualdade. o Estilo 3 - participativo, no qual o líder comunica o que espera, tanto em relação ao resultado como aos métodos. Encoraja os colaboradores a planificarem e estruturarem o trabalho em função do direcionamento geral estabelecido. o Estilo 4 - delegador, no qual o líder fornece apenas definições gerais sobre o trabalho a ser feito. Permite aos colaboradores montarem a estrutura e definirem a forma de trabalho. Interage raramente, e só o faz para comunicar objetivos e metas, para realizar controles informais ou quando é solicitado pelos colaboradores. Com base no nível de maturidade de cada indivíduo, ou do grupo, e nos estilos de liderança, o líder deve conformar sua atuação ao modelo mais adequado para cada caso e situação, por exemplo: o Para o nível de maturidade M 1, baixa, o estilo mais adequado a ser adotado é o diretivo; o Para o nível de maturidade M 2, média/baixa, o estilo mais adequado é o persuasivo; o Para o nível de maturidade M 3, média/alta, o estilo mais indicado é o participativo. o Para o nível de maturidade M 4, alta, o estilo mais adequado a ser adotado é o delegador. A única forma para evitar os erros e excessos é estar atento e aberto à opinião de terceiros que tenham liberdade de avaliar uma atuação. O mesmo líder, com o mesmo grupo, terá, portanto, de se adaptar e utilizar modelos e estilos diferentes de acordo com cada situação, cada tarefa, cada momento – e assim por diante. Para visualizar as relações entre os estilos do líder e os modelos adequados conforme os níveis de maturidade, observe a figura a seguir. Figura – Estilos comportamentais e de liderança. A Liderança positiva A “Liderança Positiva” é, segundo Guimarães (2012), composta por um conjunto de práticas e de estratégias que podem ajudar aos líderes a fazer com que as equipes possam alcançar resultados espetaculares e desempenho muito além do esperado. A liderança positiva mostra que para obter resultados excepcionais, os líderes devem aprender a criar um ambiente extremamente positivo no trabalho. Eles devem desenvolver uma Comunicação Positiva. Líderes devem aprender a elogiar e promover emoções positivas como a compreensão, compaixão, otimismo, gratidão e perdão. Devem desenvolver e incentivar as relações de apoio mútuo em todos os níveis, e fornecer aos funcionários um senso profundo de significado e propósito do trabalho. Para Guimarães (2012) a liderança positiva é um novo modelo e forma de liderança. Na Liderança Positiva o ambiente é de desenvolvimento de emoções positivas como a compaixão, o otimismo, a gratidão e o perdão, incentivando as relações de apoio mútuo em todos os níveis, e fornecendo aos funcionários um senso profundo de significado e propósito. É a orientação na direção das forças ao invés das fraquezas, do otimismo e não do pessimismo, do apoio ao invés da crítica. É colocar ênfase na comunicação positiva, no otimismo, nas forças e nas possibilidades de soluções. Não é ignorar erros, mas construir soluções positivas. É muito mais do que ser “legal”, amigo, carismático, confiável. É conhecer e saber usar as forças e os aspectos positivos das pessoas e da empresa. 1. A liderança positiva e as estratégias para desenvolvê-la Para conseguir implantar os novos conceitos é preciso ir além da mudança de comportamentos e atitudes, questionar crenças e valores. Ter a coragem de acreditar que se pode ir além, confiar na capacidade das pessoas, nas possibilidades do virtuosismo e da excelência acima do limite. As quatro estratégias para implantar uma liderança positiva são: o Cultivar um clima positivo o Desenvolver Relacionamentos positivos o Ter uma comunicação positiva o Criar significados positivos 2. Cultivar um clima positivo Pesquisas comprovam que a existência de clima positivo onde prevalecem emoções positivas conduz à otimização da atuação dos indivíduos e dos grupos, e ao atingimento de desempenhos positivos acima do normal. A criação de um clima positivo é fortemente influenciada pela atuação do líder. Líderes afetam o clima organizacional pela forma como induzem, desenvolvem e demonstram emoções positivas. Induzir e fomentar emoções positivas (alegria, confiança, amor, apreciação, etc.) e reduzir emoções negativas (medo, raiva, ansiedade, etc) provoca um aumento significativo da capacidade cognitiva, da retenção de informações, da criatividade, e da produtividade, das pessoas. 3. Desenvolver Relacionamentos positivos Promover desempenhos significativos do ponto de visto fisiológico, psicológico, emocional e organizacional. Pessoas, em grupo, quando dão e recebem amor, suporte, encorajamento, e tem as suas necessidades psicológicas e emocionais atendidas reciprocamente, se sentem mais seguras e têm suas performances e produtividades aumentadas. Duas atividades são fundamentais para desenvolver relacionamentos positivos: construir redes de energia positiva e reforçar pontos fortes. Para construir redes de energia positiva os líderes têm de ser não só energizadores positivos, ou seja, otimistas, confiáveis, desprendidos, atuando como centros de influência e fonte de informação, mas também devem saber identificar e construir redes com outros energizadores positivos. Estes trazem benefícios para a organização porque incentivam desempenhos superiores, ajudando os outros a se tornarem também energizadores positivos. Os líderes positivos precisam saber identificar e evitar energizadores negativos – indivíduos críticos, pessimistas, egoístas, inflexíveis – que esgotam a energia, os bons sentimentos e entusiasmo dos outros. Finalmente, o líder positivo tem de evitar a existência de energizadores negativos. Reforçar pontos fortes para promover os relacionamentos positivos reside no reforço de pontos fortes individuais e organizacionais. Identificar e construir redes sobre os pontos fortes trazem muito mais benefícios do que descobrir e corrigir fraquezas e fragilidades. Em uma organização onde os empregados têm a chance de fazer o seu melhor e demonstrar suas forças, a produtividade. A atuação dos líderes na valorização das forças e na celebração dos acertos resulta num aumento muito grande na produtividade e no desempenho dos indivíduos e do grupo. 4. Ter uma comunicação positiva Uma comunicação positiva ocorre quando uma linguagem afirmativa e apoiadora substitui uma linguagem crítica e negativa O fator mais importante no prognóstico da performance organizacional. A maneira mais objetiva para um líder conseguir implantá-la é usar ele mesmo uma forma positiva de comunicação, minimizando críticas e expressões negativas e substituindo-as por uma abundância de feedbacks positivos e expressões de suporte e apoio, de forma autêntica e sincera. O comportamento do líder é contagioso, e tem umefeito exponencialmente multiplicador no grupo e na organização. 5. Criar significados positivos A busca de um sentido na vida é uma necessidade humana universal e a relação entre esse sentido e o significado do trabalho é fator fundamental. Do ponto de vista sociológico e psicológico, existem três tipos de representação e significados individuais para o trabalho. Pessoas definem seu trabalho como o emprego, como a carreira, ou como a vocação. Os que consideram seu trabalho como um emprego buscam apenas os ganhos financeiros e materiais. Não conseguem um nível de satisfação pessoal e vão buscar interesses e realizações em atividades extraprofissionais. Por outro lado, os indivíduos que são orientados pela carreira, são motivados para o sucesso. Eles trabalham para conquistar prestígio, poder e reconhecimento, buscando progresso e promoção por uma atuação cada vez melhor. Finalmente, a orientação na qual o trabalho é uma vocação, caracteriza pessoas que trabalham por um benefício intrínseco e propósitos profundos. Consideram o trabalho inerentemente realizador e buscam recompensas muito além dos benefícios pessoais ou financeiros. O líder positivo deve fazer com que todos trabalhem com um sentido e um propósito, como uma vocação. Mobilização de pessoas – Equipes de alto desempenho A pergunta clássica em liderança é: “O que se pode fazer para motivar pessoas para atingirem desempenhos muito acima do normal?”. Na verdade pode-se dizer que não se motivam pessoas. As razões da motivação são características intrínsecas, que dependem de valores e desejos egoístas e pessoais. O que se pode fazer é mobilizar indivíduos a usarem sua motivação intrínseca para fazer aquilo em que acreditam ou que precise ser feito. Não existe fórmula mágica, e o mais sensato é combinar ações e atitudes essenciais ao comportamento humano mais profundo, utilizando várias abordagens e técnicas. Isoladamente, cada uma delas já é boa, mas combinadas podem trazer os resultados necessários. 1. Uma Causa e a existência de um líder. O que Mobiliza as pessoas por objetivos extraordinários? São dois os fatores básicos para a mobilização: o Uma Causa - uma razão que justifique a luta o Uma Pessoa - uma liderança que as conduza E o ideal é quando ambos ocorrem juntos; uma Causa que justifique e uma Liderança que a personifica. Disponibilidade dos recursos necessários Além disso, convém salientar que os fatores básicos da produtividade e da eficácia são a existência e a disponibilidade de todos os recursos necessários à execução das atividades, desde os mais básicos – saúde, alimentação, ambiente correto, ferramentas adequadas, etc. – até os mais complexos como competência, autoestima, condições psicológicas, entre outros. Somente a partir disso é que se pode estruturar um programa de mobilização de pessoas. Também é bom ressaltar que os pontos a seguir não estão ordenados por grau de importância, apenas foram agrupados de forma lógica. 2. O conceito de comunidade Comunidade: sentir-se incluído O primeiro ponto é o conceito de comunidade, o sentimento de pertencer a um grupo, a uma equipe, a um projeto. E para que isto seja verdade as pessoas devem se sentir identificadas com as escolhas, ou definições, e participando das decisões. É fundamental o líder criar situações que permitam a cada um dos membros de sua equipe vincular os benefícios da ação conjunta com vantagens pessoais que possa obter, e que consigam responder internamente à questão: “O que eu ganho com isto?”. 3. A comunicação Comunicação: sentir-se informado Outro ponto é a comunicação, que responde e atende à necessidade do indivíduo de se sentir informado, sabendo o que faz, por que faz, para quem e para que faz e, sobretudo, que resultados são esperados do grupo como um todo e dele em particular. Com isto, consegue-se manter elevado o nível de mobilização dos que permanecem na empresa. 4. A importância na comunidade Significado: sentir-se importante Esse fator é o permitir que as pessoas se sintam importantes na comunidade. Para isto, é fundamental que o projeto – ou a tarefa – seja apresentado como uma “missão”, na qual o participante se identifique com a figura do “herói”, ou seja, que possa passar aos outros a ideia de que a atuação dele é essencial para chegar à vitória, para a obtenção dos resultados previstos. Essa forma de raciocínio faz parte do inconsciente coletivo. Nas histórias, lendas e mitos humanos, sempre existiu a figura do herói romântico e ético que luta por causas nobres. O projeto ou a ação deve, portanto, aparecer como uma resposta, como a solução de um problema, ou vitória sobre uma ameaça. Apresentado como “missão”, o projeto ou tarefa conseguirá o empowerment dos executantes na linha de frente. Eles poderão se identificar, mais facilmente, com a responsabilidade de atingir os resultados esperados – serem percebidos como importantes é a melhor das recompensas intrínsecas. 5. A escolha e definição dos participantes da equipe Crenças e valores: sentir-se escolhido Esse ponto é a percepção clara da escolha e definição dos participantes da equipe. É mais um dos mitos clássicos, o dos escolhidos, nós e eles. É ilusão tentar mobilizar pessoas que tenham posturas e valores divergentes dos esperados pelo projeto e pelo grupo. Na análise da sociodinâmica dos atores, relacionando sua atitude em relação ao projeto, que varia de forte sinergia (apoio e iniciativa) até o antagonismo (oposição e objetivos opostos), teremos sempre as oito possibilidades de agrupamento, de engajados a revoltados, como já citado anteriormente. Essa análise facilita a escolha. Em resumo, fica fácil concluir que é importante trabalhar com os engajados e apoiadores (triângulo de ouro), pois trarão os hesitantes e os passivos para o grupo. Não se deve permitir que permaneçam na equipe os opositores declarados e os revoltados, sobretudo se tiverem projetos próprios com objetivos conflitantes. Excluindo esses atores, mostra-se aos demais, claramente, que eles são os escolhidos. Os resmunguentos e os divididos sempre poderão ser úteis, porque suas dúvidas e críticas alertam para dificuldades e armadilhas. 6. O reconhecimento e recompensa Recompensa: sentir-se reconhecido e recompensado O último e mais importante fator mobilizador é reconhecer e recompensar o esforço e o atingimento de resultados. Isso responde às fundamentais necessidades humanas. O reconhecimento deve ser público, mostrado e visto. Até mesmo deve ser estabelecido um sistema de gestão de momentos e eventos, em que se possa dar ênfase e premiar a contribuição dos “heróis”, além de criar e manter o clima de desafio e aventura que justificará novas recompensas. Mas, cuidado, o reconhecimento deve ser, obrigatoriamente, percebido como justo e justificado. As pessoas são muito afetadas por esses momentos e eventos, sobretudo se houver uma percepção de injustiça ou iniquidade. Caso a relação retribuição-contribuição dos premiados seja vista como injusta pelos não contemplados. Cabe ressaltar que a recompensa deve fazer sentido para o premiado e ser feita com a “moeda” que o motiva, seja ela qual for: dinheiro, status, cargo, qualidade de vida, segurança etc. Isto pressupõe que o líder esteja próximo e conheça as pessoas, mas também que o “pacote” estabelecido pela empresa seja flexível e faça uso das inúmeras possibilidades, formas e “moedas” de recompensa. Por fim, é importante criar critérios de recompensa considerando as três possibilidades de incentivo: financeiro, moral e social. Clássico e simples, o primeiro incentivo individual é o financeiro, mas deve sempre ser dado como premiação quando um objetivo comum, claramente estabelecido, for atingido. Depois, vem o incentivo moral. As pessoas assumem compromissos com base nos valores morais e culturais do grupo. Cabe ao líder valorizar, reconhecer e reforçar os comportamentos adequados, em eventospúblicos ou em comunicações, nas quais a figura do profissional é exposta como modelo e seu comportamento é enaltecido. Esse tipo de incentivo é fundamental. Para concluir, temos os incentivos sociais. Correspondem à criação de modelos de recompensa que levem a controles, restrições e pressões da comunidade sobre os indivíduos que, por sua atuação inadequada, podem comprometer o reconhecimento e a recompensa de cada um dos membros do grupo. Liderando o processo de Mudanças Organizacionais 1. Quais são os Fatores de sucesso para a mudança Existem erros comuns na gestão da mudança. Eles podem ser sintetizados nos 8 erros abaixo: 1. Permitir complacência excessiva; 2. Falhar na criação de uma coalizão; 3. Subestimar o poder da Visão; 4. Comunicar a Visão de forma ineficiente; 5. Permitir que obstáculos bloqueiem a nova Visão; 6. Falhar na criação de vitórias a curto prazo; 7. Declarar vitória prematuramente; 8. Negligenciar a incorporação das mudanças à cultura corporativa. Para se conseguir implantar com sucesso um processo de mudanças organizacionais deve-se seguir os 8 passos do processo da mudança organizacional, tal com definidos por Kotter (1997). 1. Estabelecimento de um senso de urgência; 2. Criação de uma coalizão administrativa; 3. Desenvolvimento de uma Visão Estratégica; 4. Comunicação da Visão da mudança; 5. Desenvolver “empowerment” para ações abrangentes; 6. Realizações de conquistas a curto prazo; 7. Consolidação de ganhos e produção de mais mudanças; 8. Estabelecimento de novos métodos na cultura. 2. Um dos passos mais importantes é o Estabelecimento de um senso de urgência. Na verdade pode-se dizer que sem um sentido de urgência fica praticamente impossível mobilizar as pessoas para a mudança. Para criar esse senso de urgência é preciso: o Criar e comunicar uma visão de mudança. o Criar comprometimento o Evitar a procrastinação o Evitar a complacência 3. Desenvolvimento de uma Visão e Estratégia O estabelecimento da Visão é a definição de como será a organização após a implantação do processo de mudança. É a definição de como será o futuro da empresa e de cada uma das pessoas que a compõe. A natureza de uma Visão Eficaz pode ser definida como sendo: o Imaginável; como pode ser nosso futuro o Desejável; boa para todos; o Viável; objetivos realistas e factíveis o Concentrada; focada, clara, direta o Flexível; adaptável de acordo com possibilidades e necessidades o Comunicável; facilmente explicável e bem compreendida. 4. Comunicação da Visão da mudança Mas não basta ter-se definido a Visão. É necessário saber e conseguir comunica-la adequadamente. O poder da visão só existe quando ela é conhecida e entendida por todos. Uma boa comunicação pode representar 50% das possibilidades de sucesso. As características que definem uma comunicação eficaz pode ser resumida nos seguintes pontos: o A comunicação precisa ser clara, direta e objetiva o A comunicação precisa se simples e feita nas várias linguagens o A comunicação deve usar metáforas, analogias e exemplos o A comunicação deve ser ampla e em todos os fóruns possíveis o Deve ser repetida, repetida, repetida... o Finalmente, deve responder a todas as dúvidas. 5. O que fazer para desenvolver “empowerment” para ações abrangentes o Remoção das barreiras estruturais Estrutura, cultura, valores, modelo decisório, características dificultam/impossibilitam a implantação da visão o Oferecer o treinamento - Habilidades Falta das habilidades e competências essenciais. Prover formação nas técnicas mas também no comportamento necessário. o Alinhamento dos Sistemas de RH e de Informações com a Visão Recrutamento, Avaliação, reconhecimento, recompensas, remunerações, promoções ... o Como lidar com chefias e supervisores problemáticos Enfrente o problema dos chefes inadequados. 6. Estabelecimento de novos métodos na cultura o A mudança cultural “vem no fim” e não em primeiro. É a última tarefa depois dos processos novos implantados; o Depende dos Resultados. Os novos métodos só entram na cultura após “terem dado certo”; o Exige “muita conversa”. Sem muita instrução as pessoas não assumem o novo jeito; o Vai envolver “rotatividade”. Quase sempre trocas de pessoas precisam ser feitas.
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