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29/09/2022 12:09 Ilumno ilumno.sgp.starlinetecnologia.com.br/ilumno/schedule/resultcandidatedetailprint/7359552/58da65f4-ccf3-11ec-9d02-0242ac11001b/ 1/8 Local: Sala 1 - Sala de Aula / Andar / Polo Madureira / POLO MADUREIRA - RJ Acadêmico: EAD-IL70061--20222A Aluno: MARIO VINICIUS FERRAZ SILVEIRA Avaliação: A3 Matrícula: 20222300062 Data: 9 de Julho de 2022 - 08:00 Finalizado Correto Incorreto Anulada Discursiva Objetiva Total: 4,50/10,00 1 Código: 22408 - Enunciado: “A Alemanha produziu a filosofia da história e seu antídoto: Hegel e Ranke são, respectivamente, os maiores representantes da filosofia da história e da história científica. Foi na Alemanha, a partir do início do século XIX, que se desenvolveu a crítica histórica, que utilizava o método erudito criado pelos franceses nos séculos XVI e XVII.” REIS, J. C. A história, entre a filosofia e a ciência. 4. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2011, p. 21. Entendendo que o fragmento de texto exposto remete à construção da história científica, determine a função do historiador segundo o positivismo: a) Recuperar os eventos políticos, suas interconexões e suas tendências, por intermédio da documentação escrita e fazer-lhes a narrativa, agindo de forma neutra para que o objeto apareça e não o sujeito. b) Recuperar os eventos da nação, suas tendências e suas coligações políticas, por meio da documentação existente e fazer sua descrição de forma objetiva, agindo como um juiz que apresenta uma causa. c) Encontrar os documentos que auxiliariam na reflexão teórica resultante do estudo metódico dos fatos, contribuindo para a escrita de uma história na qual a especulação filosófica ficaria em segundo plano. d) Construir a narrativa histórica escolhendo os fatos mais significativos para a construção dessa história, com o intuito de fazer ressurgir a verdade escondida por trás dos documentos esquecidos no tempo. e) Atuar junto aos governantes, trazendo, por meio da metodologia científica herdada das ciências naturais, os fatos mais relevantes para se evitar os erros do passado, construindo, assim, um futuro livre de erros. Alternativa marcada: c) Encontrar os documentos que auxiliariam na reflexão teórica resultante do estudo metódico dos fatos, contribuindo para a escrita de uma história na qual a especulação filosófica ficaria em segundo plano. Justificativa: Resposta correta: Recuperar os eventos políticos, suas interconexões e suas tendências, por intermédio da documentação escrita e fazer-lhes a narrativa, agindo de forma neutra para que o objeto apareça e não o sujeito. O positivismo histórico lidava com os fatos políticos e com as fontes documentais escritas. Sendo assim, para escrever a história científica, o historiador deveria se posicionar de forma neutra diante desses fatos e fontes. Distratores: Encontrar os documentos que auxiliariam na reflexão teórica resultante do estudo metódico dos fatos, contribuindo para a escrita de uma história na qual a especulação filosófica ficaria em segundo plano. Errada. Uma reflexão teórica pressupõe uma análise parcial por parte do historiador, que, para construí-la, precisaria se colocar diante dos fatos, emitindo juízos e opiniões. Agindo, portanto, de forma parcial e não neutra. Construir a narrativa histórica escolhendo os fatos mais significativos para a construção dessa história, com o intuito de fazer ressurgir a verdade escondida por trás dos documentos esquecidos no tempo. Errada. No positivismo histórico, o historiador não escolhia os fatos mais significativos para a construção da história, pois os únicos fatos aceitáveis eram aqueles relacionados aos eventos políticos, os quais, por meio dos documentos, eram restituídos à sua autenticidade. Recuperar os eventos da nação, suas tendências e suas coligações políticas, por meio da documentação existente e fazer sua descrição de forma objetiva, agindo como um juiz que apresenta uma causa. Errada. A atuação do historiador não era semelhante à de um juiz. Não cabia a ele julgar os eventos ocorridos, uma vez que isso corromperia a imparcialidade que se esperava dele. Cabia-lhe, 0,00/ 1,00 29/09/2022 12:09 Ilumno ilumno.sgp.starlinetecnologia.com.br/ilumno/schedule/resultcandidatedetailprint/7359552/58da65f4-ccf3-11ec-9d02-0242ac11001b/ 2/8 assim, somente fazer com que esses eventos fossem restituídos à sua autenticidade por meio dos documentos. Atuar junto aos governantes, trazendo, por meio da metodologia científica herdada das ciências naturais, os fatos mais relevantes para se evitar os erros do passado, construindo, assim, um futuro livre de erros. Errada. Para o positivismo histórico, a reflexão subjetiva, em torno do que foi ou não errado, ou ainda quais os erros ou eventos que deveriam ser evitados, relacionava-se a uma filosofia da história, o que para esses historiadores era algo a ser evitado, exatamente para que se alcançasse a cientificidade da história. Não cabia, portanto, ao historiador atuar junto aos governantes, ainda que alguns deles se utilizassem de seus estudos para sua prática governamental. Logo, ao historiador cabia a pesquisa dos fatos. 2 Código: 22498 - Enunciado: “Furet descreveu a passagem da história narrativa à história- problema como um progresso. Mas, não descartou a arte da narrativa. Atualmente, retorna o interesse pela forma narrativa da história e há autores que afirmam que a história a mais nomológica, a mais estrutural, jamais abandonou a narração.” REIS, J. C. História & teoria: historicismo, modernidade, temporalidade e verdade. Rio de Janeiro: FGV, 2006, p. 132. A história científica adotou algumas metodologias no seu percurso. Entre elas destacam-se os modelos nomológico, compreensivo, conceitual e narrativo, sendo que o retorno a este último vem sendo sugerido nas últimas décadas. A partir do texto citado, identifique a explicação por que a narrativa, enquanto modelo de escrita da história, deveria ser retomada: a) Seria o modelo de escrita da história que melhor se adequaria aos estudos da representação, à compreensão prática do mundo, onde a ação histórica se desenrola, pois ela imita e dá forma ao fato ocorrido, assim como é recebida de forma positiva pelo público. b) Auxilia o historiador a trazer aos seus estudos as representações do pensamento humano em suas diversas concepções, o que auxilia o pesquisador a se desvencilhar dos modelos científicos de escrita da história em favor do modelo literário. c) É a linguagem da mídia. Além disso, os temas históricos têm sido objeto de interesse dos espaços de comunicação. Por isso, a história deveria retornar ao modelo narrativo para atingir as grandes massas de leitores interessadas nos temas históricos. d) Apesar de estar mais próxima da literatura, ela tem a capacidade de atingir, de forma mais ampla, os interessados no conhecimento histórico, já que facilita o entendimento dos resultados da pesquisa histórica, que são, geralmente, muito técnicos. e) Permite que o historiador descreva melhor os fatos ocorridos e estudados pela história, enquanto ciência. Além disso, ela desvia a atenção dos elementos muito eruditos que podem dificultar o processo de aprendizagem, facilitando, assim, a leitura. Alternativa marcada: e) Permite que o historiador descreva melhor os fatos ocorridos e estudados pela história, enquanto ciência. Além disso, ela desvia a atenção dos elementos muito eruditos que podem dificultar o processo de aprendizagem, facilitando, assim, a leitura. Justificativa: Resposta correta: Seria o modelo de escrita da história que melhor se adequaria aos estudos da representação, à compreensão prática do mundo, onde a ação histórica se desenrola, pois ela imita e dá forma ao fato ocorrido, assim como é recebida de forma positiva pelo público. Segundo autores como Paul Ricoeur e Chartier, a narrativa permite, de forma mais ampla, os estudos das representações, a compreensão do mundo, a imitação e a forma dos fatos ocorridos. Além disso, ela é recebida positivamente pelo público. Isso se dá porque,nas últimas décadas, a história passou a pensar seus objetos e sua escrita de outra forma, na qual a rigidez dos modelos científicos não encontra lugar entre a diversidade cultural e as concepções do mundo contemporâneo. Distratores: É a linguagem da mídia. Além disso, os temas históricos têm sido objeto de interesse dos espaços de comunicação. Por isso, a história deveria retornar ao modelo narrativo para atingir as grandes massas de leitores interessadas nos temas históricos. Errada. O retorno à narrativa não se dá em função de elementos econômicos ou massificadores para atingir os grandes públicos interessados em temas históricos. Alguns jornalistas têm escrito trabalhos com temas históricos interessados nesse fim. Porém, isso não é uma prática que possa 0,00/ 0,50 29/09/2022 12:09 Ilumno ilumno.sgp.starlinetecnologia.com.br/ilumno/schedule/resultcandidatedetailprint/7359552/58da65f4-ccf3-11ec-9d02-0242ac11001b/ 3/8 entrar como justificativa para a aceitação de um modelo de escrita para os historiadores e/ou para a história, enquanto disciplina. Apesar de estar mais próxima da literatura, ela tem a capacidade de atingir, de forma mais ampla, os interessados no conhecimento histórico, já que facilita o entendimento dos resultados da pesquisa histórica, que são, geralmente, muito técnicos. Errada. O retorno à narrativa não se dá com a intenção de facilitar o entendimento dos resultados da pesquisa histórica. O fato de uma pesquisa ser escrita na forma narrativa, não significa que seus elementos técnicos foram abandonados. Permite que o historiador descreva melhor os fatos ocorridos e estudados pela história, enquanto ciência. Além disso, ela desvia a atenção dos elementos muito eruditos que podem dificultar o processo de aprendizagem, facilitando, assim, a leitura. Errada. O retorno à narrativa não faz com que os fatos estudados sejam melhor descritos cientificamente nem traz a intenção de desviar a atenção dos elementos eruditos da ciência histórica. Seu retorno não se dá com a intenção de facilitar a leitura dos textos históricos. Auxilia o historiador a trazer aos seus estudos as representações do pensamento humano em suas diversas concepções, o que auxilia o pesquisador a se desvencilhar dos modelos científicos de escrita da história em favor do modelo literário. Errada. O retorno à narrativa significa a adoção de um modelo específico de escrita da história, capaz de auxiliar no estudo das representações. Porém, isso não significa que a história está se tornando somente um modelo literário. 3 Código: 22468 - Enunciado: “No começo dos anos 1970, duas produções coletivas buscavam dar a tônica daquilo que seus integrantes denominavam como a ʻnova história .̓ A primeira, lançada na França em 1974, tratava-se de uma coleção organizada em três volumes chama Faire de lʼhistoire. Organizada por Le Go� e Pierre Nora, cada parte estava organizada ao redor de um eixo temático e trazia uma série de artigos escritos por diferentes historiadores. A segunda produção, La nouvelle histoire, de 1978, também organizada por Le Go�, dessa vez em parceria com Roger Chartier e Jacquel Revel, já delineava de forma mais completa algumas das vertentes de investigação que sustentavam a nova perspectiva de história.” MARCZAL, E. S. Introdução à historiografia: da abordagem tradicional às perspectivas pós-modernas. Curitiba: Intersaberes, 2016, p. 78-79. Partindo da citação exposta, selecione a alternativa que sintetiza a proposta da "nova história": a) Apresenta uma proposta na qual as fontes referentes à história econômica e social perdem seu lugar. A "nova história", equivalente à terceira geração da Escola dos Annales, caracteriza-se por negar os estudos de economia e da sociedade, uma vez que eles já haviam sido esgotados. b) Apresenta uma proposta na qual as minorias passam a ser o principal objeto de estudo da história. Nesse sentido, os historiadores aplicam a esses novos temas, os métodos apropriados, desenvolvidos desde o século XIX, para se trabalhar cientificamente os objetos de forma subjetiva e engajada. c) Propôs uma maior ênfase nas questões políticas, um diálogo maior com a antropologia, resultando nas pesquisas classificadas como sendo da história cultural e um retorno à objetividade e à imparcialidade científicas, apesar de ela aceitar pesquisas relacionadas aos temas do tempo presente. d) Propôs uma maior ênfase na questão cultural, um retorno à história política, pautada em novas bases, uma atenção aos eventos e à construção da escrita histórica como forma narrativa e um olhar mais cuidadoso aos eventos localizados em uma temporalidade mais próxima ou contemporânea. e) Propôs um olhar mais atencioso à história em um revisionismo das metanarrativas, uma busca de novas fontes que pudessem contribuir para as discussões em torno do fazer histórico e um retorno à história política, porém desvencilhada dos grandes modelos biográficos que existiam no século XIX. Alternativa marcada: e) Propôs um olhar mais atencioso à história em um revisionismo das metanarrativas, uma busca de novas fontes que pudessem contribuir para as discussões em torno do fazer histórico e um 0,00/ 1,50 29/09/2022 12:09 Ilumno ilumno.sgp.starlinetecnologia.com.br/ilumno/schedule/resultcandidatedetailprint/7359552/58da65f4-ccf3-11ec-9d02-0242ac11001b/ 4/8 retorno à história política, porém desvencilhada dos grandes modelos biográficos que existiam no século XIX. Justificativa: Resposta correta: Propôs uma maior ênfase na questão cultural, um retorno à história política, pautada em novas bases, uma atenção aos eventos e à construção da escrita histórica como forma narrativa e um olhar mais cuidadoso aos eventos localizados em uma temporalidade mais próxima ou contemporânea. A 'nova história' enfatizou a questão cultural, sendo, por isso, também chamada de 'nova história cultural', ela também resgatou a história política, que vinha sendo desprezada enquanto modelo ultrapassado, propôs um resgate da narrativa enquanto modelo de escrita apropriado à história e aceitou e difundiu a possibilidade de uma história do tempo presente. Distratores: Apresenta uma proposta na qual as fontes referentes à história econômica e social perdem seu lugar. A 'nova história', equivalente à terceira geração da Escola dos Annales, caracteriza-se por negar os estudos de economia e da sociedade, uma vez que eles já haviam sido esgotados. Errada. Apesar de privilegiar os estudos culturais, a 'nova história' não nega os estudos de economia e da sociedade. Apresenta uma proposta na qual as minorias passam a ser o principal objeto de estudo da história. Nesse sentido, os historiadores aplicam a esses novos temas, os métodos apropriados, desenvolvidos desde o século XIX, para se trabalhar cientificamente os objetos de forma subjetiva e engajada. Errada. Apesar de valorizarem as minorias, os historiadores desse grupo não propõem o uso de métodos desenvolvidos no século XIX. Propôs uma maior ênfase nas questões políticas, um diálogo maior com a antropologia, resultando nas pesquisas classificadas como sendo da história cultural e um retorno à objetividade e à imparcialidade científicas, apesar de ela aceitar pesquisas relacionadas aos temas do tempo presente. Errada. Apesar de resgatar a história política sobre outras bases, a 'nova história' não propõe uma ênfase maior a esse campo da história nem o retorno à objetividade e à imparcialidade científicas. Propôs um olhar mais atencioso à história em um revisionismo das metanarrativas, uma busca de novas fontes que pudessem contribuir para as discussões em torno do fazer histórico e um retorno à história política, porém desvencilhada dos grandes modelos biográficos que existiam no século XIX. Errada. A 'nova história' não propõe um revisionismo das metanarrativas nem o abandono dos modelos biográficos. Esses modelos apresentam-se sobre novas bases. 4 Código: 21998 - Enunciado: “O que é a história e o que faz o historiador? A resposta abstrata mais frequente: é o conhecimento do passadohumano, dos homens do passado, dos fatos e feitos humanos do passado.” (REIS, J. C. A especificidade lógica da história. In: Revista Varia história. N. 27, jul. 2002, p. 52. Disponível em: <https://goo.gl/VqDL7g>.) Muitos estudiosos questionaram a possibilidade de a história ter um conhecimento científico. Ao avaliar por que a definição apresentada no texto citado, com relação à especificidade do conhecimento histórico, é passível de crítica, podemos concluir que não é possível uma ciência: a) Na qual os objetos de estudo somente tenham em comum o fato de pertencerem ao passado. b) Que estude o passado, porque ele já não existe mais e, portanto, não pode ser estudado. c) Que estude o passado humano, uma vez que ele não tem mais relação concreta nenhuma com o presente. d) Que estude os homens do passado, já que não existem fontes que forneçam dados sobre eles. e) Que busque os fatos e os feitos humanos do passado, porque nem todos os fatos foram documentados. Alternativa marcada: c) Que estude o passado humano, uma vez que ele não tem mais relação concreta nenhuma com o presente. Justificativa: Resposta correta: Na qual os objetos de estudo somente tenham em comum o fato de pertencerem ao passado. O simples fato de pertencer ao passado não justifica ou não identifica objetos e fatos capazes de serem observados cientificamente. Distratores: Que estude 0,00/ 1,50 29/09/2022 12:09 Ilumno ilumno.sgp.starlinetecnologia.com.br/ilumno/schedule/resultcandidatedetailprint/7359552/58da65f4-ccf3-11ec-9d02-0242ac11001b/ 5/8 os homens do passado, já que não existem fontes que forneçam dados sobre eles. Errada. É equivocada a generalização existente na argumentação de que não existem fontes para se estudar os homens do passado. Que estude o passado humano, uma vez ele não tem mais relação concreta nenhuma com o presente. Errada. O presente, geralmente, mantém alguma relação com as ações do passado. É comum encontrarmos no passado causas ou justificativas para os problemas ou situações enfrentados no presente. Que busque os fatos e os feitos humanos do passado, porque nem todos os fatos foram documentados. Errada. O fato de que algumas ocorrências na história da humanidade não terem sido documentadas não impede que a história atue. Existem outras formas de se alcançar o conhecimento histórico, além dos documentos existentes. Que estude o passado, porque ele já não existe mais e, portanto, não pode ser estudado. Errada. O passado não existe mais, mas seus reflexos ou consequências ainda podem ser percebidos e estudados. 5 Código: 22416 - Enunciado: “No final do século XX, os grandes temas iluministas entraram em crise, pois as desgraças do século contestaram a vinda do tempo melhor, não se acreditava mais na aceleração do progresso, e o horizonte utópico se afastava quanto mais o 'progresso' avançava.” REIS, J. C. História da “consciência histórica” ocidental contemporânea: Hegel, Nietzsche, Ricoeur. Belo Horizonte: Autêntica, 2013, p. 317. No fragmento de texto, o autor trata da crise dos temas iluministas no final do século XX. Considerando o exposto, indique a alternativa que justifica a relação da crise com o fim das metanarrativas: a) Durante o século XX, o iluminismo já havia perdido seu espaço em função das diversas mudanças ocorridas nas ciências humanas e nas ciências sociais, na economia, na política, na sociologia e na história. b) O lema de "ordem e progresso" havia perdido espaço diante da crise do sistema socialista, que entendia as metanarrativas como possibilidades de leitura da organização social humana dentro do modelo econômico. c) O iluminismo é um dos mais importantes exemplos de metanarrativa, cujo fim representa a descrença do mundo pós-moderno nos modelos explicativos da história relacionados à ideia de progresso. d) A crise da pós-modernidade fez com que os historiadores reafirmassem a descrença no modelo narrativo. Por isso, o afastamento do modelo narrativo literário pelos historiadores das últimas décadas do século XX. e) Os temas iluministas referiam-se às promessas com relação ao progresso humano, sendo que as duas últimas décadas do século XX mostraram que essas promessas não se cumpriram. Por isso, o fim das metanarrativas. Alternativa marcada: a) Durante o século XX, o iluminismo já havia perdido seu espaço em função das diversas mudanças ocorridas nas ciências humanas e nas ciências sociais, na economia, na política, na sociologia e na história. Justificativa: Resposta correta: O iluminismo é um dos mais importantes exemplos de metanarrativa, cujo fim representa a descrença do mundo pós-moderno nos modelos explicativos da história relacionados à ideia de progresso. No final do século XX, as metanarrativas entraram em crise e foi preconizado o seu fim por alguns autores. Isso ocorreu diante da impossibilidade de elas continuarem sendo modelos explicativos funcionais diante da crise da pós-modernidade. Distratores: O lema de 'ordem e progresso' havia perdido espaço diante da crise do sistema socialista, que entendia as metanarrativas como possibilidades de leitura da organização social humana dentro do modelo econômico. Errada. Os temas iluministas não têm relação concreta com o sistema socialista e não foi a crise desse sistema que fez com que o lema de 'ordem e progresso' perdesse espaço. Além disso, as metanarrativas não são possibilidades de leitura da organização social humana dentro do modelo econômico. A crise da pós-modernidade fez com que os historiadores reafirmassem a descrença no modelo narrativo. Por isso, o afastamento do modelo narrativo literário pelos historiadores das últimas décadas do 0,00/ 1,00 29/09/2022 12:09 Ilumno ilumno.sgp.starlinetecnologia.com.br/ilumno/schedule/resultcandidatedetailprint/7359552/58da65f4-ccf3-11ec-9d02-0242ac11001b/ 6/8 século XX. Errada. A crise da pós-modernidade fez com que o modelo narrativo fosse repensado e retomado por parte dos historiadores. O fim das metanarrativas relaciona-se com a crise dos modelos explicativos, criados principalmente durante o século XIX, que se mostraram improdutivos durante o século XX. Mas a crise dos temas iluministas não se relaciona com a não aceitação dos modelos narrativos. Os temas iluministas referiam-se às promessas com relação ao progresso humano, sendo que as duas últimas décadas do século XX mostraram que essas promessas não se cumpriram. Por isso, o fim das metanarrativas. Errada. Os temas iluministas, apesar de lidarem com a noção de progresso em construção, não se referiam às promessas de progresso. As duas últimas décadas do século XX assistiram a queda de diversos modelos políticos, econômicos e sociais que eram defendidos por metanarrativas. Contudo, não se pode relacionar o fim das metanarrativas às promessas iluministas que não se cumpriram. Durante o século XX, o iluminismo já havia perdido seu espaço em função das diversas mudanças ocorridas nas ciências humanas e nas ciências sociais, na economia, na política, na sociologia e na história. Errada. Apesar de o iluminismo ser um movimento que teve lugar no século XVIII, grande parte das ideias defendidas pelos filósofos iluministas circularam nos séculos seguintes, tendo, assim, um papel importante também no século XX. Portanto, afirmar que a crise dos temas relaciona-se ao fim das metanarrativas, porque o iluminismo não tinha espaço no século XX, é precipitado. O que ocorreu nas duas últimas décadas desse século é que diversos modelos de metanarrativas, incluindo aqui os temas tratados pelo iluminismo, entraram em crise. Nesse sentido, pode-se relacionar o fim das metanarrativas com a crise dos modelos iluministas a partir dos anos 1980. 6 Código: 22248 - Enunciado: “O tempo é definido como o número dos movimentos naturais. Nesses movimentos, há uma abolição da diferença entre passado/presente e futuro. O ser que está no início do movimento é o mesmo que se encontra no final: não há esquecimento das condições iniciais. O tempo é o número de posições que um corpo ocupa no espaço ao longode sua trajetória.” REIS, J. C. História e teoria: historicismo, modernidade, temporalidade e verdade. Rio de Janeiro: FGV, 2006. p. 179. No texto exposto, o autor refere-se a uma das concepções sobre o tempo. Marque a opção que define e explica a qual tempo o autor se refere: a) Tempo da história. O tempo histórico não define as diferenças entre passado, presente e futuro, uma vez que todas as histórias podem ser contadas. b) Tempo da filosofia. O tempo filosófico permite ao homem preservar o entendimento das condições naturais iniciais de sua sobrevivência. c) Tempo da história. O tempo histórico trabalha sem esquecer as condições iniciais do ser, o que traz uma sensação de continuidade histórica. d) Tempo da física. Define o estado íntimo, fisiológico, das pessoas, por isso ele marca suas posições no espaço em suas vidas. e) Tempo da física. É o único que lida com os movimentos naturais, cíclicos, dos astros, o que permite a noção de continuidade. Alternativa marcada: e) Tempo da física. É o único que lida com os movimentos naturais, cíclicos, dos astros, o que permite a noção de continuidade. Justificativa: Resposta correta: Tempo da física. É o único que lida com os movimentos naturais, cíclicos, dos astros, o que permite a noção de continuidade. A única concepção de tempo que o entende a partir dos movimentos naturais e sem uma noção de ruptura entre as unidades temporais é o tempo da física. Distratores: Tempo da história. O tempo histórico não define as diferenças entre passado, presente e futuro, uma vez que todas as histórias podem ser contadas. Errada. Esse tempo trabalha com as distinções entre passado e presente. Além disso, ele não necessita dos fenômenos naturais para que se concretize. Tempo da filosofia. O tempo filosófico permite ao homem preservar o entendimento das condições naturais iniciais de sua sobrevivência. Errada. Esse tempo refere-se ao mundo íntimo de cada ser humano e não lida com condições nem com o número dos movimentos naturais dos astros. Tempo da física. Define 0,50/ 0,50 29/09/2022 12:09 Ilumno ilumno.sgp.starlinetecnologia.com.br/ilumno/schedule/resultcandidatedetailprint/7359552/58da65f4-ccf3-11ec-9d02-0242ac11001b/ 7/8 o estado íntimo, fisiológico, das pessoas, por isso ele marca suas posições no espaço em suas vidas. Errada. Esse tempo não lida com o mundo íntimo das pessoas, mas sim com os movimentos naturais dos astros e dos corpos. Tempo da história. O tempo histórico trabalha sem esquecer as condições iniciais do ser, o que traz uma sensação de continuidade histórica. Errada. Esse tempo não necessita de uma condição inicial do ser, o que chamamos de ídolo das origens. Pode-se escrever a história sem que necessariamente se tenha que retornar a cada momento à origem das coisas e sem que seja necessário buscar a continuidade dos eventos. 7 Código: 22159 - Enunciado: “Revestida a historiografia de suas novas pretensões científicas, começam neste mesmo século XIX a surgir os primeiros paradigmas historiográficos que se colocam como alternativas para os novos historiadores: o Positivismo e o Historicismo, sendo que eles não demorariam muito a serem seguidos pelo Materialismo Histórico.” BARROS, José dʼAssunção. Considerações sobre o paradigma positivista em história. In: Revista Historiar. Universidade Estadual Vale do Acaraú, v. 4, n. 4, jan./jun. 2011. Sobral-CE: UVA, 2010. ISSN 2176- 3267. Disponível em: <http://www.uvanet.br/historiar/index.php/1/article/view/49 (http://www.uvanet.br/historiar/index.php/1/article/view/49)>. Considerando a afirmativa exposta com relação aos primeiros paradigmas historiográficos, descreva as principais diferenças entre os modelos positivista e historicista. Resposta: A difernaç entre positivismo e historicismo se dá em torno de três pontos(questões) fundamentais: a possibilidade ou não de encontrar na história, padrões gerais que possam ser assimilados a leis gerias para as sociedades humanas; a necessidade ou não que a história desenvolva métodos específicos, bem diferenciados daqueles que eram empregados para as ciências naturais e exatas; a possibilidade ou não de que o historiador possa almejar uma neutralidde absoluta em relação ao seu objeto de estudo e ao conhecimento por ele mesmo produzido. Os positivistas acreditavam na possibilidade de constituir um conhecimento histporiográfico muito próximo aos das ciências naturais em questão de objetividade. Já os historicistas tendem a ir contra a "universalidade" da razão humana, enfatiza os particularismos. Cada povo tem a sua história e precisa ser constituida encima de suas especificidades. Os positivistas enfatizavam a unidade da razão e os historicistas a diversidade do mundo e dos tempos históricos. Comentários: Mario cuidado com a digitação das palavras... várias com erros Justificativa: Expectativa de resposta: O positivismo defendia a utilização de uma metodologia tomada de empréstimo às ciências naturais, uma postura imparcial por parte do pesquisador e uma abordagem objetiva dos fatos estudados. O historicismo defendia a utilização de uma metodologia própria às ciências humanas, uma postura engajada por parte do pesquisador e o entendimento de que a abordagem dos fatos deveria ocorrer de forma subjetiva. 1,50/ 1,50 8 Código: 22171 - Enunciado: “...a resposta de Dilthey ao positivismo permanece presa aos referenciais de uma cientificidade baseada na noção de metodologia. Seu objetivo era fornecer às ciências do espírito uma metodologia e uma epistemologia que, embora se adequando às suas peculiaridades próprias, fossem tão rigorosas e respeitáveis.” SÁ, R. N. de. As contribuições de Dilthey para uma fundamentação hermenêutica das ciências humanas. In. Boletim interfaces da psicologia da UFRuralRJ. p. 39. Disponível em: <http://www.ufrrj.br/seminariopsi/2009/boletim2009-1/novaes.pdf (http://www.ufrrj.br/seminariopsi/2009/boletim2009-1/novaes.pdf) >. Acesso em: 25 mai. 2017. Dilthey se preocupou em propor uma metodologia que atendesse às especificidades das ciências do espírito. Diante disso, analise sua proposta comparando as justificativas de utilização de um modelo explicativo para as ciências naturais com as de um modelo compreensivo para as ciências do espírito. 2,50/ 2,50 http://www.uvanet.br/historiar/index.php/1/article/view/49 http://www.ufrrj.br/seminariopsi/2009/boletim2009-1/novaes.pdf 29/09/2022 12:09 Ilumno ilumno.sgp.starlinetecnologia.com.br/ilumno/schedule/resultcandidatedetailprint/7359552/58da65f4-ccf3-11ec-9d02-0242ac11001b/ 8/8 Resposta: Dilthey buscou para as ciências humanas uma metodologia e uma epistemologia que tinham as suas peculiaridades e que fossem tão rigorosas e respeitáveis quanto às ciências naturais. Ele quis resgatar a filosofia da história, a partir da crítica de Kant às ciências humanas. Já na questão do modelo das ciências do espírito a proposta foi comoreender os fenômenos por meio da apreensão dos sentido, que é próprio das ciêncas humanas. Dilthey entendia a história como experiência vivida, por isso, era preciso entender o contexto histórico, que era regional e tinha fim e se opunha à vidão universalista que Hegel abraçava. Ele se aproximou do pensamento da Escola dos Annales, ou seja, estudar o homem no seu tempo. Assim, como Bloch defendia que a história era a ciência do homem no tempo. Para Dilthey a vida do sujeito, era ao mesmo tempo histórica e psicológica. Justificativa: Expectativa de resposta: Dilthey entende que a metodologia utilizada pelas ciências naturais segue o modelo explicativo, porque busca o estabelecimento das leis e das conexões causais que explicarão como o fenômeno ocorre. As ciências do espírito deveriam utilizar uma metodologia de cunho compreensivo. Esse caráter compreensivo pede uma atitude crítica associada a ele. Esse método seria, portanto, o mais apropriado às ciências do espírito porque buscam apreender o sentido dos fatos. Sendo o ser humano um ser múltiplo, formado de diversas dimensões, é necessário entender que a leitura desse ser e sua abordagemmetodológica devem passar pela compreensão do sentido dos fenômenos produzidos pelo homem e que, ao mesmo tempo, retornam a ele, produzindo vários efeitos e relações que irão influenciá-lo. É uma relação em constante movimento. Por isso, a simples explicação dos fatos não é a abordagem mais produtiva no caso das ciências do espírito, exatamente por se limitar às relações causais.
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