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Quem não pensa, não reflete sobre a morte, acaba por esquecer da vida, morre antes, sem perceber.
O papel do CemitérioPor Rubem Alves
Psicologia Hospitalar
Teorias do Luto
“Der Mensch braucht Orte, um trauern zu können. Der Friedhof ist der Ort, wo ein jeder seine Verstorbenen in Gedanken localisiert, die sprichwörtlich letzte Ruhestätte verortet. Der Friedhof konfrontiert den Menschen ausserdem mit der eigenen Endlichkeit uns schlägt eine Brücke zwischen Leben und Tod. “
Kathrin Jütte
“As pessoas precisam de lugares para lamentar sua perda. O cemitério é o lugar onde cada um à sua localiza o falecido em pensamento, localiza o literalmente o lugar de descanso final. O cemitério também confronta o ser humano com a sua própria finitude oferecendo uma ponte entre a vida e a morte”.
(tradução livre)
O Luto
É um processo normal e esperado de elaboração de qualquer perda e é importante para a saúde mental, na medida em que proporciona reconstrução de recursos e adaptação às mudanças. Seu enfrentamento possibilita também, que conquistemos confiança de sermos capazes de superar as demais perdas, além de permitir que se encontre um lugar 
em nossas vidas para pessoas que amamos e perdemos” 
Casellato
“O processo de luto é necessário na medida em que nós precisamos dar sentido ao que aconteceu em nossas vidas e retomarmos o controle sobre nós mesmos, sobre o mundo e sobre as relações afetivas.”
O processo do LutoPsicologia Hospitalar
Teorias do Luto
Implica duas mudanças psicológicas:
* reconhecer e aceitar a realidade;
* experimentar e lidar com as emoções e problemas que advém da perda.
O trabalho de LutoPsicologia Hospitalar
Teorias do Luto
Implica um teste de realidade que revela que o objeto do investimento emocional não existe mais ou está inacessível. 
A aceitação desta realidade permite que o indivíduo possa desinvestir desta relação ou dirigir sua atenção para outras relações afetivas. Consequentemente, se reorganizar, em termos emocionais, diante do vínculo rompido e continuar a viver.
O impacto da morte sobre o Ciclo FamiliarPsicologia Hospitalar
Teorias do Luto
É o ajustamento mais difícil entre todas as transições de vida.
O impacto é intenso e frequentemente prolongado. Muitas vezes seus afetos não são reconhecidos pela família como relacionados à perda.
Negação da sociedade da morte. (“especialistas” da morte e distanciamento da família – Norbert Elias).
Fatores sociais, familiares e individuais acabam por impedir relacionamentos abertos que seriam importantes para a resolução da crise e para o funcionamento benéfico da família.
Contexto Social e Étnico da MortePsicologia Hospitalar
Teorias do Luto
Inserção da mulher no mercado de trabalho, a distanciou da tarefa de cuidar da geração prévia e da nova:
Quem cuidará dos filhos?
Quem cuidará dos doentes?
Quem cuidará dos idosos??
Culpa??
A mudança nos métodos de atendimento de saúde para lidar com a morte
Mudança na filosofia dos serviços de saúde: de uma posição patológica, centrada no atendimento hospitalar e no médico, para uma posição mais normativa, colocando a responsabilidade do cuidado e as decisões relacionadas à saúde nas mãos do indivíduo e da família. Apesar do medo inicial dos familiares (medo de não conseguir superar assistir o ente querido morrer, de ser incapaz de dar os cuidados adequados, medo do nível elevado de estresse), foram suplantados e comprovou-se que as famílias que decidiam cuidar de seus familiares, sentiam-se muito melhor após a morte do que aquelas que deixavam seus doentes no hospital. As famílias têm menos sintomas psicológicos e psicossomáticos e encaram o tempo de convívio como um período de crescimento.
A influência étnicaPsicologia Hospitalar
Teorias do Luto
Os rituais auxiliam a elaborar a morte.
A expressividade verbal também.
Grupo étnico anglo-saxão protestante não prepara as famílias para lidar com a morte e tragédias da vida.
Judeus: mais preparados para lidar com os sofrimentos inerentes à existência. Possuem vários rituais. Compartilham o sentimento e o sofrimento. Falam da morte de modo aberto e direto.
A História de perdas anteriores
Perdas passadas e a capacidade ou não da família em administrá-las ou dominá-las, 
vão possibilitar ou não a família a busca de uma resolução da nova crise.
Crises normativas podem ser vividas como perdas (abortos, adolescência dos filhos, divórcio etc.)
Momento da morte no ciclo de vidaPsicologia Hospitalar
Teorias do Luto
Quanto mais tarde no ciclo de vida, menor é o grau de estresse. 
Aceita-se melhor a morte dos idosos. Mas quanto mais se vive, maior a possibilidade de ser morrer de doença debilitante e crônica, necessitando um arranjo familiar que vá ao encontro da necessidade do idoso. Quem vai cuidar? Custos, vida profissional, tempo...
Mortes ou doenças graves cujas vítimas estão na plenitude da vida são as que provocam maior ruptura na família. 
A morte de um cônjuge idoso, deixa o outro bastante debilitado. Há pesquisas apontando para o fato de haver vulnerabilidade de suicídio no ano que se segue à morte do companheiro. Há também um aumento na probabilidade de adoecimento, especialmente entre os homens.Psicologia Hospitalar
Teorias do Luto
Psicologia Hospitalar
Teorias do Luto
A morte de uma criança afeta geralmente de forma profunda os pais. É freqüente a separação dos pais (70-90%dos casos) quando o filho está hospitalizado. Parece haver uma elaboração mais tranqüila nos casos onde os cuidados são prestados em casa.
A morte de um filho causa um impacto ainda maior quando o apego ao filho era disfuncional.
A natureza da morte
Cada tipo de morte tem implicações na reação e no ajustamento familiar.
Mortes repentinas impossibilitam o luto antecipatório. O choque é inevitável. Preparações (testamento, seguro etc.) podem estar ausentes. No entanto, poupa-se o estresse advindo de uma longa enfermidade.
Mortes por doença subjugam a família a um estresse prolongado. A incerteza (melhoras e pioras) exigem constante reorientação familiar. O sentimento de impotência diante da dor e morte aumenta o estresse. Permite preparações e possibilita o luto antecipatório.
Aborto e natimorto.
A fraqueza do sistema familiar
Há uma maior probabilidade de desenvolvimento de sintomas emocionais e/ou físicos quando os membros de uma família se mostram incapazes de falarem franca e abertamente uns com os outros sobre a morte.
A posição na família da pessoa que está morrendo ou morreu
O significado de um indivíduo para a família pode ser compreendido em termos de seu papel funcional na família e do grau de dependência emocional da família em relação ao indivíduo.
Relembrando...
O Luto é um processo que visa adaptação à perda
O processo de luto é necessário!
Depois que alguém passa por uma perda, é essencial que realize as tarefas do luto para que reestabeleça o equilíbrio.
Tarefas de luto não conluídas podem prejudicar o crescimento e desenvolvimento futuros.
Psicologia Hospitalar
Teorias do Luto
Psicologia Hospitalar
Teorias do Luto
Psicologia Hospitalar
Teorias do Luto
Teorias sobre o Luto
BOWLBY
1. Fase de torpor ou aturdimento: geralmente dura entre algumas horas até uma semana, que podem ser mesclados por acessos de raiva ou consternação;
2. Fase de anseio ou protesto, que implica em emoções fotes, com muito sofrimento psicológico e agitação física; o enlutado fica à procura da pessoa perdida;
3. Fase do desespero: em geral, após um ano, o enlutado reconhece a imutabilidae da perda, o que torna esta fase ainda mais difícil, pois implica em desmotivação pela vida, apatia e depressão. É um processo lento e doloroso, que leva a um isolamento social, bem como a alguns distúrbios psicossomáticos;
4. Fase de recuperação e restituição: a depressão e a desesperança vão, lenta e progressivamente, misturando-se com sentimentos mais positivos, a adaptação às mudanças vai sendo mais tolerada e vai tornando-se possível o investimento afetivo em novas situações e figuras de apego.
Tarefas do Processo de Luto (Worden)
Aceitar a realidade daperda: - não negar a perda.
Quando alguém morre, mesmo se a morte é esperada, há sempre a sensação de que ela não aconteceu. A primeira tarefa do processo de luto é enfrentar a realidade de que a pessoa está morta, de que se foi e não irá retornar.
Processo Dual de Lidar com a Morte (Hansson e Stroebe)
Psicologia Hospitalar
Teorias do Luto
 
(Elisabeth Kübler Ross)
Falar sobre a morte é falar essencialmente sobre a vida. Somente sabem realmente viver aquelas pessoas que aceitam naturalmente a morte. E somente saberão morrer aquelas pessoas que souberam viver. Vida e morte são duas faces de uma mesma moeda, que é a existência. Não se pode falar de uma, esquecendo-se da outra.
Psicologia Hospitalar
Teorias do Luto
Chegar à aceitação da realidade da perda leva tempo, pois envolve não só a aceitação intelectual mas também a emocional.
Rituais tradicionais como o velório, ajudam muitas pessoas enlutadas a se moverem em direção à aceitação.
Aqueles que não presenciam o enterro podem necessitar de meios externos para validar a realidade da morte (historicamente: máscara mortuária; fotografias e, atualmente velório virtual)
“A ritualização da morte é necessária porque ninguém a aceita automaticamente. Queremos vêla positivamente, como uma transformação. A ritualização está a serviço dessa transformação. Sem ela, o luto é mais penoso”.
“Nós sofremos sem os nossos mortos, mas não podemos viver com eles. O ritual serve para encontrar uma boa distância. Temos de evitar a disjunção (completa negação) e a confusão (relação ininterrupta com o morto).”
Betty Milan (psicanalista)
Elaborar a Dor da Perda: não evitar de sentir
A dor da perda, que pode ser sentida fisica, emocional e comportamental, é necessária!
É importante reconhecer e elaborar (vivenciando a dor), para que esta não se manifeste através de sintomas. Evitar a dor, prolonga desnecessariamente o tempo de luto.
Ajustar-se a um ambiente onde está faltando a pessoa que faleceu: não evitar a adaptação a perda
Em geral, leva aproximadamente três meses até que a pessoa perceba que a perda envolve assumir outros papéis, papéis assumidos anteriormente pela pessoa que faleceu (lidar com o fato de ficar sozinho, educar filhos sozinhos, viver numa casa sozinho, tratar de finanças sozinho, etc.) Isto requerer uma reorganização em vários aspectos da vida, inclusive psíquicos e emocionais. Muitas pessoas acabam descobrindo habilidades pessoais que antes passavam desapercebidas. Redefinir a perda desta forma (alguma forma de benefício), faz parte da tarefa 3.
Reposicionar (em termos emocionais) a pessoa que faleceu e continuar a vida: não evitar de amar
O luto tem uma tarefa física que precisa ser cumprida: deslocar desejos e lembranças da pessoa que sobreviveu da pessoa que faleceu. Isto não significa “esquecer” a pessoa que faleceu (isto não seria possível). Mas a disposição da pessoa que ficou viva para entrar em novos relacionamentos, depende de ela conseguir um lugar adequado para a pessoa falecida em sua vida psicológica – um lugar importante, mas que deixa espaço para outros relacionamentos.
Psicologia Hospitalar
Teorias do Luto
Psicologia Hospitalar
Teorias do Luto
Como saber se uma reação de luto está terminada?
Psicologia Hospitalar
Teorias do Luto
 
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