Buscar

Slides de Aula - Unidade II

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 52 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 52 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 52 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Prof. Dr. Rodnei Pereira
UNIDADE II
Psicologia do
Desenvolvimento e Teorias
de Aprendizagem
 Teorias Psicológicas do Desenvolvimento e a sua aplicação na construção de modelos 
pedagógicos de aprendizagem.
 Modelos Pedagógicos, Epistemológicos e Psicológicos em Educação.
 Abordagem Tradicional – Snyders e Herbart.
 Abordagem Comportamental – Skinner.
 Abordagem Humanista – Rogers e Neill.
 Abordagem Psicanalítica – Freud.
 Abordagem Histórico-Cultural – Paulo Freire.
 Abordagem Construtivista – Piaget.
 Inteligência Emocional e Inteligências Múltiplas.
Conteúdo programático
 (1902-1987).
 Nasceu em Oak Pak, Illinois, nos Estados Unidos, no dia 08 de janeiro. Aos 12 anos, Rogers 
e a sua família mudaram-se para uma fazenda, onde ele passou a se interessar por 
agricultura e Ciências Naturais.
 Carl Rogers foi um psicólogo estadunidense. Desenvolveu a 
Psicologia Humanista, também chamada Terceira Força da 
Psicologia. Segundo o psicólogo Abraham Maslow, Carl 
Rogers foi um dos principais responsáveis pelo acesso e 
reconhecimento dos psicólogos ao universo clínico, antes 
dominado pela Psiquiatria Médica e pela Psicanálise. Sua 
postura esteve apoiada em pesquisas e observações clínicas.
Carl Rogers
 A Teoria Humanista de Rogers deriva de sua prática em Psicoterapia. 
 Para ele, o ser humano é essencialmente bom; em cada indivíduo há um núcleo positivo que 
caracteriza o valor pessoal e que tende a expressar-se. 
 A pessoa é mais do que um organismo biológico; é um ser humano que pensa, sente, 
escolhe, decide; é um ser com a capacidade de mudança.
 A educação deve centrar o seu processo nas necessidades do aluno.
Carl Rogers
 “Não pode ocorrer uma verdadeira aprendizagem, a não ser à medida em que o aluno 
trabalhe sobre os problemas que são reais para ele; tal aprendizagem não pode ser facilitada 
se quem ensina não for autêntico e sincero” (ROGERS, 1959, p. 232).
Relações interpessoais são fundamentais!
Para início de conversa...
 Estudo da personalidade de “dentro para fora”, enfatizando as experiências internas, os 
sentimentos, os pensamentos e o valor básico individual do ser humano.
 Há uma preocupação constante com a vida psicológica e emocional do indivíduo, com a sua 
orientação interna, com o autoconceito.
Abordagem humanista
 Motivação: força que impulsiona na direção da autorrealização, envolvendo a complexa 
interação das capacidades de uma pessoa (aluno). 
 A aprendizagem significativa, proporcionada pela motivação, favorece a conscientização de 
variadas experiências e conhecimentos, muito mais resistentes ao tempo.
Abordagem humanista
Fonte: 
https://br.deposit
photos.com/294
60297/stock-
photo-bird-
cage.html
 Todo aluno tem a potencialidade para aprender.
 A aprendizagem significativa ocorre quando o conteúdo da aprendizagem é percebido como 
relevante para o aluno.
 A aprendizagem envolve a mudança na organização do “eu” na percepção de si mesmo. 
 A autoavaliação é uma função da capacidade de cada um de valoração pessoal.
 A aprendizagem significativa é, em sua maior parte, adquirida através de atos.
Abordagem humanista
Fonte: 
https://br.deposit
photos.com/294
60297/stock-
photo-bird-
cage.html
 “Por aprendizagem significativa entendo uma aprendizagem que é mais do que uma 
acumulação de fatos. É uma aprendizagem que provoca uma modificação, quer seja no 
comportamento do indivíduo, na orientação futura que escolhe, ou nas suas atitudes e 
personalidade. É uma aprendizagem penetrante, que não se limita a um assunto de 
conhecimentos, mas que penetra profundamente todas as parcelas da sua existência” 
(ROGERS, 1959).
Abordagem humanista
Fonte: 
https://br.deposit
photos.com/294
60297/stock-
photo-bird-
cage.html
 Desta maneira, o professor não deve centralizar a transmissão nos moldes tradicionais 
apenas, cabe a ele criar as condições para que os alunos aprendam, com base nos seus 
interesses e por meio das suas próprias experiências.
 O professor atuará como facilitador da aprendizagem.
Abordagem humanista
Fonte: https://topptask.com/post/precisar-
el-tema-de-exposicion/1961976
 É função do professor ser facilitador da aprendizagem do aluno.
 Para facilitar o processo, é preciso desenvolver três qualidades especiais, que podem ser 
chamadas de condições facilitadoras da aprendizagem: congruência, empatia e respeito.
Educação com ênfase no processo de crescimento
 Autenticidade ou caráter verdadeiro.
 Valorização, aceitação e confiança.
 Compreensão empática.
Qualidades atitudinais positivas do facilitador
Fonte: 
https://br.deposit
photos.com/294
60297/stock-
photo-bird-
cage.html
 Para Rogers, o homem é o arquiteto de si mesmo, ou seja, é um ser em transformação e um 
agente transformador da realidade, ou seja, a ênfase está no processo e não nos estados 
finais de ser.
 A base para o desenvolvimento pleno de uma pessoa está baseada na qualidade de 
relacionamento interpessoal que ela irá experienciar e que possibilitará aos indivíduos
a autorrealização.
 O foco está na pessoa como um todo (sentimentos, atitudes, pensamentos, relacionamentos) e 
não apenas nos comportamentos.
Abordagem humanista
 Rogers afirmava que podemos e devemos acreditar em nossos próprios sentimentos 
internos, para nos guiar na direção da saúde mental e da nossa felicidade.
 Desta forma, deve-se considerar os aspectos internos e subjetivos de cada um, condenando 
a busca por referências e padrões determinados externamente.
 O autor compreendia o ser humano como capaz de traçar o seu próprio destino, 
considerando, obviamente, as implicações de suas escolhas.
Educação com ênfase no processo de crescimento
 A primeira condição para uma relação pedagógica efetiva é a crença incondicional no aluno, 
na sua capacidade para aprender e na sua tendência para o crescimento.
 Rogers buscava justamente a simplicidade e as condições mais essenciais para entender os 
processos e os fenômenos humanos.
 A educação está diretamente relacionada a tudo aquilo que envolve o crescimento pessoal, 
interpessoal e intergrupal, por meio da autodescoberta.
 A educação deve visar à autoaprendizagem tanto intelectual 
quanto emocional, criando as condições para que o aluno se 
torne capaz de tomar a iniciativa, ter responsabilidade, 
autodeterminação e discernimento.
Educação com ênfase no processo de crescimento
 Saiba aplicar os conhecimentos construídos, adaptar-se às novas situações, aos problemas, 
colaborar com os outros sem deixar de ser você mesmo.
 Para ajudar a criança a desenvolver o seu potencial máximo, os adultos precisam criar uma 
atmosfera de aceitação positiva incondicional. Uma situação em que a criança percebe que 
será aceita, não importa o que ela diga ou faça.
Educação com ênfase no processo de crescimento
Fonte: 
https://br.deposit
photos.com/294
60297/stock-
photo-bird-
cage.html
Alexander Neill (1883-1973):
 Nasceu em 1883, na pequena cidade escocesa de Forfar. Graduou-se na Universidade de 
Edimburgo com um grau de Master of Arts, especializado em Literatura Inglesa. Passou 12 
anos ensinando em escolas estaduais, na Escócia, antes de abrir a Summerhill School, da 
qual foi responsável até a sua morte, em setembro de 1973. Nesta escola, Neill colocou em 
prática um sistema de educação completamente revolucionário para a época, baseado em 
muitas das ideias sobre a Psicologia que Freud havia proclamado;
 O princípio fundamental da escola era, embora ainda seja, a 
liberdade e que o que educa não é a sala de aula, mas todo o 
ambiente que respira e envolve os alunos.
Abordagem humanista – Neill
 Escola Summerhill, pioneira dentro do movimento das chamadas “escolas democráticas”. 
 A escola foi fundada em 1921, por Neill e a sua esposa, que tiveram como a ideia principal a 
de adaptar a escola à criança, e não a criança à escola, para que as crianças tivessem aliberdade de serem elas próprias.
Abordagem humanista – Neill
Fonte: 
https://br.deposit
photos.com/294
60297/stock-
photo-bird-
cage.html
A Summerhill School foi fundada em 1921 e está localizada na vila de Leiston, em Suffolk, 
Inglaterra. Os alunos frequentam-na entre os 5 e os 16 anos, e são alojados por faixas etárias, 
com um responsável por cada grupo. Seus principais princípios são:
 A liberdade;
 A igualdade;
 O amor;
 A vida.
Abordagem humanista – Neill
 Seu objetivo é proporcionar à criança a felicidade, a coragem e a bondade; formar um adulto 
equilibrado que não esteja sob o que marca a demagogia (segundo o Dicionário da Real 
Academia Espanhola é a degeneração da democracia, consistindo em que os políticos, por 
meio de concessões e lisonjas, aos sentimentos elementares dos cidadãos, tentam alcançar 
ou manter o poder).
Abordagem humanista – Neill
Fonte: 
https://br.deposit
photos.com/294
60297/stock-
photo-bird-
cage.html
Os objetivos da escola consistiam e, ainda hoje, consistem em:
 Fornece a liberdade à criança para que esta possa crescer emocionalmente;
 Dar poder à criança para que esta consiga viver a sua própria vida;
Abordagem humanista – Neill
Fonte: 
https://br.deposit
photos.com/294
60297/stock-
photo-bird-
cage.html
 Dar tempo à criança para que ela possa se desenvolver naturalmente;
 Possibilitar à criança uma infância mais feliz retirando os medos e a pressão por parte dos 
adultos, isto tudo com a finalidade de criar um pensador autônomo;
 Para isso, foi preciso renunciar a toda a disciplina, direção, sugestão, avaliação, moral e 
religião, assim como também à obrigação da criança comparecer às aulas;
 A escola está localizada na Inglaterra e tem, atualmente, por 
volta de 100 alunos, entre os 5 e os 16 anos; 
 Hoje, existem mais de 200 escolas espalhadas pelo mundo.
Abordagem humanista – Neill
 As crianças são divididas em três grupos etários: dos 5 aos 7 anos, dos 8 aos 10 anos e dos 
11 aos 15 anos.
 As crianças dormem na escola durante o período letivo.
 As manhãs são destinadas para as lições e as tardes são livres para as atividades diversas.
 Apesar das regras de saúde e de segurança (que foram 
impostas pelo governo inglês), existem cerca de 200 regras 
que governam a escola e que foram criadas pelos alunos, 
professores e auxiliares em uma das reuniões semanais que 
tanto tornaram esta escola famosa.
 A escola de Summerhill surge, assim, como uma instituição 
educativa, cujo modelo pedagógico aplica muitas das diretivas 
da Teoria Humanista.
Abordagem humanista – Neill
 É dada liberdade e autonomia à criança, não lhe impondo a assistência às aulas, seguindo, 
assim, uma das diretivas humanistas, confiar nas potencialidades humanas.
 A aprendizagem é participativa, a autoavaliação e a autocrítica, ou seja, é adaptada à livre 
escolha dos assuntos e do material de aprendizagem, bem como a profundidade.
 São realizadas as assembleias semanais em que todos opinam.
 As atividades são realizadas de forma coletiva, e a avaliação 
desempenha um papel secundário, sendo de principal 
importância o autoconhecimento por parte das crianças.
Abordagem humanista – Neill
 Embora o próprio Neill afirme não ter se baseado em nenhuma teoria, são notórias as 
similaridades entre os seus princípios e os da Teoria Humanista, de Carl Rogers.
 Podemos constatar que a Summerhill emerge dos preceitos de liberdade da criança ser ela 
mesma, sem qualquer direção ou imposição do adulto, sendo autoconstrutora do processo 
de aprendizagem, crescendo e conhecendo-se como pessoa.
 Os efeitos desta abordagem podem ser de fundamental 
importância no processo de libertação dos indivíduos e as 
suas técnicas constituírem um valioso instrumento de 
consciencialização e de transformação individual e social.
Abordagem humanista – Neill
 A pedagogia tradicional supõe que as crianças possuem uma tendência natural ao egoísmo, 
sendo necessária uma interferência autoritária por parte da família e da escola para 
desenvolver o altruísmo. 
 Neill parte do princípio de que as crianças são egoístas, mas que crescendo sem medo, 
desenvolvem o altruísmo.
 As punições são definidas em assembleia. Em uma ocasião, um menino, que não tinha 
dinheiro para ter a sua própria bicicleta, pegou uma de outra criança para dar uma volta e 
acabou estragando-a. 
Abordagem humanista – Neill
 Método não diretivo: educação sem medo.
 Contra os alunos “presos” às carteiras.
 Educação intelectual e emocional: felicidade.
 Respeito mútuo.
 Grupos pequenos.
 Escola democrática: leis definidas em assembleias escolares.
 Crítica à sua proposta: projeto utópico.
Abordagem humanista – Neill
Com base em Carl Rogers, pode-se dizer que, para que o educador possa auxiliar no 
desenvolvimento de seus alunos, algumas atitudes essenciais são:
a) Resiliência, autoritarismo e congruência.
b) Empatia, determinismo e didática. 
c) Planejamento pedagógico, congruência e solidariedade.
d) Consciência social e empatia.
e) Aceitação incondicional positiva, empatia e congruência.
Interatividade
Com base em Carl Rogers, pode-se dizer que, para que o educador possa auxiliar no 
desenvolvimento de seus alunos, algumas atitudes essenciais são:
a) Resiliência, autoritarismo e congruência.
b) Empatia, determinismo e didática. 
c) Planejamento pedagógico, congruência e solidariedade.
d) Consciência social e empatia.
e) Aceitação incondicional positiva, empatia e congruência.
Resposta
 Sigmund Freud (1856-1939), médico neurologista e “pai” da Psicanálise.
 Nasceu na Morávia (Áustria) e morreu em Londres.
 Afirmava que sofremos de reminiscências que se curam por meio da lembrança.
 Propõe a cura pelas palavras.
 Inicia os seus trabalhos fazendo o uso da hipnose.
Abordagem psicanalítica
 Freud, com o tempo, abandona a hipnose, encorajando os seus pacientes a falarem 
livremente e a relatarem o que viessem ao seu pensamento: “associação livre”.
 1896: Freud usa, pela primeira vez, o termo “psicanálise”, para descrever os seus métodos.
 Em um primeiro momento da sua teoria, Freud construiu um modelo teórico sobre o 
inconsciente, chamado de topológico.
 Ele tratava das relações entre os três níveis de consciência da 
mente: consciente, pré-consciente e inconsciente.
Abordagem psicanalítica
 Consciente: fenômenos que podem ser percebidos conscientemente pelo sujeito (exemplo: 
o lugar onde estamos).
 Pré-consciente: fenômenos que não estão conscientes, mas que podem se tornar (exemplo: 
lembrar-se de um número telefônico).
 Inconsciente: fenômenos que não são conscientes e somente com um trabalho analítico 
podem tornar-se acessíveis (conteúdos e sentimentos mais profundos).
Abordagem psicanalítica
Abordagem psicanalítica
Fonte: acervo pessoal.
CONSCIENTE
PRÉ-CONSCIENTE
INCONSCIENTE
SUPEREGO
EGO
ID
Freud desenvolveu outro modelo para o inconsciente chamado de modelo dinâmico: id, ego e 
superego, que representam as instâncias e as dimensões do nosso mundo mental:
 Id: é a fonte de prazer (libido). É formado pelos instintos, impulsos orgânicos e desejos 
inconscientes. Ele é regido pelo princípio do prazer;
 Ego: cuida de nossa vida cotidiana, dos relacionamentos sociais e é regido pelo princípio da 
realidade, ou seja, ele consegue retardar a possibilidade de prazer, visando à harmonia entre 
o id. As exigências do superego e os interesses do próprio ego;
 Superego: corresponde à parte moral da mente humana e 
representa os valores da sociedade.
Abordagem psicanalítica
 Quando há um conflito entre as instâncias, surge a ansiedade.
 Na sequência, o mecanismo de defesa do ego é acionado, com a finalidade de camuflar ou 
tirar da consciência os conteúdos que geram a dor psíquica.
 Os mecanismos de defesa do ego tem como função principal favorecer que os nossos 
desejos inconscientes possam ser expressos.
Abordagem psicanalíticaAbordagem psicanalítica
Habitualmente:
Pressão
(Superego)
Frustação
(Id)
Conflito
Id X Superego
Tensão
(Ego)
“Escape”:
Comportamento agressivo
Álcool/Drogas
Mecanismos de defesa do Ego
(contenção das pulsões)Fonte: acervo pessoal.
 Mecanismos de defesa: manter a integridade do ego.
 A Teoria Freudiana busca sempre dois princípios que se opõem, lutam e movimentam, 
proporcionando o desenvolvimento do indivíduo. 
 Para frente ou para trás, é o conflito e o movimento dele resultante que fazem o indivíduo 
sair do lugar. Caso contrário, estaria fadado à permanência e à imutabilidade.
 Quando esses conflitos são muito intensos ou a repressão é muito rígida, pode ocorrer o 
desenvolvimento de neuroses e psicoses. 
 De modo sucinto, no primeiro caso, ocorrem os sintomas 
(como as crises de pânico, os comportamentos compulsivos e 
as ideias obsessivas), mas não há um rompimento da relação
com a realidade.
 Já nas psicoses, essa ruptura ocorre, podendo haver,
por exemplo, a produção de delírios e alucinações.
Abordagem psicanalítica
 A libido (energia afetiva que mobiliza o sujeito na perseguição de seus objetivos) se apoia e 
busca a satisfação em diferentes partes do corpo ao longo do crescimento. 
 Essas partes são chamadas de “zonas erógenas” e caracterizam cada fase de 
desenvolvimento infantil: fase oral, fase anal, fase fálica, período de latência
e fase genital.
Abordagem psicanalítica
Abordagem psicanalítica
Fonte: acervo pessoal.
Estágios de desenvolvimento – Freud
Estágio Idade Zona erógena Conflito Consequências
Estágio
Oral
0-18
meses
Boca Desmame
Dependência, agressividade
verbal, gosto pela
discussão e tendência
exagerada pela
satisfação oral
Estágio
Anal
18 meses
- 3 anos
Ânus
Aprendizagem
do controle da
defecação
Tendência para a crueldade,
violência e rebeldia
Estágio
Fálico
3-6 anos Órgãos genitais
Complexo de
Édipo e Electra
Personalidade bipolar
e falta de maturidade
no plano afetivo
Estágio
de Latência
6-11 anos
Centra-se no
mundo físico e
social, e não no
seu corpo
Não existe
nenhum
conflito
Não há fixação alguma
Estágio
Genital
Após a
puberdade
Órgãos genitais
Preocupação
com o bem-estar
sexual da
pessoa amada
Capacidade de amar
e cuidar, e ultrapassagem
da sexualidade
autoerótica
 Freud utilizou o termo “erógeno” para se referir às partes do corpo; ele queria frisar que a 
elas se associavam às experiências de prazer e/ou desprazer, para além de um exercício 
apenas funcional e mecânico.
 A descoberta da diferença sexual anatômica da criança não depende de sua observação, 
mas da passagem pelo Complexo de Édipo (processo através do qual uma menina se 
“define” como mulher e o menino como homem), depois de terem extraído das relações 
com o pai e a mãe as referências necessárias a essa definição.
 A criança descobre as diferenças que a angustiam; é essa 
angústia que a faz querer saber.
Abordagem psicanalítica
 Freud chamou a atenção da sociedade para que tal curiosidade das crianças não fosse 
sufocada por atitudes e valores moralistas, excessivamente repressores (por exemplo, 
ameaçando cruelmente as crianças quando mostravam a necessidade de conhecer e 
manipular o seu corpo, incluindo os órgãos genitais).
 Ele entendia que a mesma curiosidade sobre si, sobre o próprio corpo e sobre os corpos de 
outras pessoas (principalmente as diferenças entre os sexos) iria servir de motor para a 
curiosidade posterior diante de conteúdos escolares, de tal modo que se a criança fosse 
excessivamente tolhida no início, isso poderia refletir em um bloqueio no aprendizado futuro.
Abordagem psicanalítica
 Para Freud, as primeiras investigações são sempre sexuais e não podem deixar de sê-lo; o 
que está em jogo é a necessidade que a criança tem de definir o seu lugar no mundo. E esse 
lugar é, a princípio, um lugar sexual.
 Esse lugar sexual é situado, a princípio, em relação aos pais, ou melhor, em relação àquilo 
que os pais esperam que ele seja.
O “de onde viemos” equivale a “qual é a minha origem em relação ao desejo de vocês”?
Por que me puseram no mundo, para atender a quais 
expectativas e esperando que eu me torne o quê?
Abordagem psicanalítica
 Espera-se que, ao final da época do conflito edipiano (+ ou - por volta dos 7 anos) a 
investigação sexual caia sob o domínio da repressão, mas não em sua totalidade, parte dela 
“sublima-se” em “pulsão” de saber, associada às “pulsões de domínio” e às “pulsões de ver”. 
 As investigações sexuais são reprimidas, e não é a educação a maior responsável por isso. 
As crianças deixam de lado a questão sexual por uma necessidade própria e inerente
à sua constituição.
 Para Freud, a educação deveria auxiliar a criança a aprender a dominar os seus instintos, 
sendo capaz de reprimi-los e redirecioná-los.
 Ele acreditava que, para que um professor seja ouvido por seu 
aluno, ele precisa estar revestido de uma importância, de 
modo que a relação entre um professor e um aluno não esteja 
no valor dos conteúdos cognitivos transmitidos, mas sim no 
campo estabelecido entre os dois.
Abordagem psicanalítica
 Esse campo é formado pelas relações afetivas entre ambos, semelhantes à relação afetiva 
primitivamente dirigida ao pai. É esse campo que estabelece as condições para o aprender, 
sejam quais forem os conteúdos transmitidos.
 Freud acreditava que um professor pode tornar-se a figura a quem serão endereçados os 
interesses de seu aluno, porque ele é o objeto de uma transferência, e o que se transfere 
são as experiências vividas primitivamente com os pais ou as figuras correlatas.
 O aluno transfere para o professor os sentimentos carinhosos 
ou agressivos da sua relação com os pais. Conscientemente 
ou não, o professor utiliza a ascendência que, assim, adquire 
sobre o aluno para transmitir os ensinamentos, os valores
e as inquietações.
Abordagem psicanalítica
 Esse lugar ocupado pelo professor é irreal, baseado em desejos e experiências 
inconscientes; ele precisa ser capaz de, aos poucos, desocupá‐lo, tornando o aluno capaz 
de ser o seu próprio mestre, de sair dessa posição de dependência inconsciente e 
necessária, para uma posição ativa, de senhor dos próprios desejos e das opiniões.
 Cabe ao professor renunciar a um modelo determinado por ele, aceitar o modelo que o aluno 
lhe confere ser investido pelo seu desejo e conduzi‐lo à conquista de uma real autonomia.
 Caso contrário, se subjugar o aluno impondo os(as) seus/suas 
próprios(as) valores e ideias, ou seja, impor‐lhe os seus 
próprios desejos, impedirá a possibilidade de aprendizagem do 
aluno. O aluno irá aprender os conteúdos, gravará e 
memorizará as informações, mas não será um sujeito 
pensante e autônomo.
Abordagem psicanalítica
 Para Freud, a prevenção não se dá de forma definitiva, pois o conflito é parte da constituição 
do nosso psiquismo e da nossa personalidade.
 Cabe ao educador desenvolver um olhar diferenciado sobre a criança em constituição, mas 
também criar “uma abertura para fazer de sua prática uma interrogação permanente, capaz 
de provocar uma mudança de posição junto à criança que é atendida, cuidada e educada”.
Abordagem psicanalítica
Freud não tem escritos específicos, mas gostava de pensar nos determinantes psíquicos que 
levam alguém a ser um “desejante de saber”. A respeito da abordagem psicanalítica aplicada à 
aprendizagem, podem-se considerar corretas:
I. No início do desenvolvimento, o conhecimento ocorre por meio das “investigações sexuais 
infantis”, ou seja, na busca da criança em compreender o seu lugar sexual no mundo 
(menino/menina; feminino/masculino);
II. O ato de aprender pressupõe uma relação com outra 
pessoa, a que ensina. Para aprender é necessária a 
presença de um professor, colocado em determinada 
posição, que pode ou não propiciar a aprendizagem. Para 
que seja ouvido, deve estar revestido por seu aluno de uma 
importância especial;Interatividade
III. A relação entre o professor e o aluno não está no valor dos conteúdos cognitivos 
transmitidos, e sim no campo que se estabelece entre o professor e o seu aluno, nas 
relações afetivas entre ambos, uma relação afetiva primitivamente dirigida ao pai. É nesse 
campo que se estabelecem as condições para o aprender, sejam quais forem os 
conteúdos transmitidos. Em Psicanálise, esse campo chama-se transferência.
Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s):
a) I e III.
b) II e III.
c) Apenas a I.
d) Apenas a III.
e) I, II e III.
Interatividade
Freud não tem escritos específicos, mas gostava de pensar nos determinantes psíquicos que 
levam alguém a ser um “desejante de saber”. A respeito da abordagem psicanalítica aplicada à 
aprendizagem, podem-se considerar corretas:
I. No início do desenvolvimento, o conhecimento ocorre por meio das “investigações sexuais 
infantis”, ou seja, na busca da criança em compreender o seu lugar sexual no mundo 
(menino/menina; feminino/masculino);
II. O ato de aprender pressupõe uma relação com outra 
pessoa, a que ensina. Para aprender é necessária a 
presença de um professor, colocado em determinada 
posição, que pode ou não propiciar a aprendizagem. Para 
que seja ouvido, deve estar revestido por seu aluno de uma 
importância especial;
Resposta
III. A relação entre o professor e o aluno não está no valor dos conteúdos cognitivos 
transmitidos, e sim no campo que se estabelece entre o professor e o seu aluno, nas 
relações afetivas entre ambos, uma relação afetiva primitivamente dirigida ao pai. É nesse 
campo que se estabelecem as condições para o aprender, sejam quais forem os 
conteúdos transmitidos. Em Psicanálise, esse campo chama-se transferência.
Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s):
a) I e III.
b) II e III.
c) Apenas, a I.
d) Apenas, a III.
e) I, II e III.
Resposta
 MIZUKAMI, M. da G. N. Ensino: as abordagens do processo. São Paulo: EPU, 2013.
 ROGERS, C. Tornar-se pessoa. São Paulo: EPU, 1959.
Referências
ATÉ A PRÓXIMA!

Continue navegando