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Estado, Política Pública e Políticas Educacionais (Auxiliar Pedagógico 2022.2 - IFSULMINAS)

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CURSO DE FORMAÇÃO INICIAL E CONTINUADA - FIC
NOVOS CAMINHOS
CURSO: Auxiliar Pedagógico
DISCIPLINA: POLÍTICAS PÚBLICAS EDUCACIONAIS
TEXTO 1- ESTADO , POLÍTICA PÚBLICAS E POLÍTICAS
EDUCACIONAIS
PROFESSOR INSTRUTOR: Andrea Margarete de Almeida Marrafon
SETEMBRO de 2022
Câmpus: POÇOS DE CALDAS
1 – O Estado e as Políticas Públicas Educacionais: considerações
introdutórias
1-1 - Origem e concepção de Estado e de política pública
Para compreendermos em que constituem as políticas públicas
educacionais, primeiramente é preciso entender o que é o Estado, o governo e a
sociedade civil. Isso implica em se perguntar, se o Estado foi sempre assim, como
o conhecemos na atualidade. A resposta é não.
O Estado passou por várias transformações, que veremos a seguir de forma
breve, pois o objetivo desta unidade curricular é de trazer algumas considerações
importantes, porém introdutórias e sintetizadas considerando as limitações de tempo
dedicadas a tratar do assunto.
Dallari (1998) argumenta que estudar a origem do Estado deve nos levar a
dois tipos de pergunta: uma a respeito da época do aparecimento do Estado; outra
relativa aos motivos que determinaram e determinam o surgimento dos Estados.
Antes de abordarmos esses dois aspectos, porém, é indispensável um
esclarecimento preliminar sobre a noção de Estado que tem sido adotada pelas
inúmeras correntes teóricas, pois em consequência de diferentes concepções, como
se verá, resultam conclusões absolutamente diversas.
Para o autor supracitado, a denominação Estado (do latim status estar
firme), significando situação permanente de convivência e ligada à sociedade
política, aparece pela primeira vez em “O Príncipe” de Maquiavel (1513), passando a
ser usada pelos italianos sempre ligada ao nome de uma cidade independente.
Durante os séculos XVI e XVII a expressão foi sendo admitida em escritos
franceses, ingleses e alemães. Na Espanha, até o século XVIII, aplicava-se também
a denominação de estados a grandes propriedades rurais de domínio
particular, cujos proprietários tinham poder jurisdicional.
De qualquer maneira, é certo que o nome Estado, indicando uma sociedade
política, só aparece no século XVI, e este é um dos argumentos para alguns autores
que não admitem a existência do Estado antes do século XVII. Para eles, entretanto,
sua tese não se reduz a uma questão de nome, sendo mais importante o argumento
de que o nome Estado só pode ser aplicado com propriedade à sociedade política
dotada de certas características bem definidas.
A maioria dos autores, no entanto, admitindo que a sociedade ora
denominada Estado é, na sua essência, igual à que existiu anteriormente, embora
com nomes diversos, dá essa designação a todas as sociedades políticas que, com
autoridade superior fixaram as regras de convivência de seus membros.
Você deve ter notado que há muitas divergências quanto à origem do
Estado, não é? O que interessa, nesse momento, é apresentar algumas
conceituações que se aproximam do objetivo desta disciplina.
Retomando Dallari (1998), o Estado pode ser definido como “A ordem
jurídica soberana que tem por fim o bem comum de um povo situado em
determinado território”.
Nesse conceito se acham presentes todos os elementos que compõem o
Estado. Pode-se afirmar que, a noção de poder está implícita na noção de
soberania, que, no entanto, é referida como característica da própria ordem jurídica.
A politicidade do Estado é afirmada na referência expressa ao bem comum,
com a vinculação deste a um certo povo e, finalmente, territorialidade, limitadora da
ação jurídica e política do Estado, está presente na menção a determinado território.
Bem, tem-se um conceito de Estado, mas você deve estar se perguntando:
Estado e Governo possuem o mesmo significado?
Para responder a essa pergunta, utilizaremos a definição construída por
Höfling (2001) que em seu artigo “Estado e políticas públicas (sociais)” enfatiza que
Estado e Governo são esferas diferentes, que se articulam. O governo
encontra-se, então, dentro de uma estrutura de Estado que atende a uma
sociedade civil (capitalista) e é permanente. O governo coloca esse Estado em
ação a partir das políticas públicas.
A partir da definição de que o governo viabiliza as ações do Estado por meio
das políticas públicas, torna-se crucial para nosso estudo entender como se
constroem políticas públicas. Na concepção de Muller; Surel (2004, p. 13):
Uma política pública é formada, inicialmente, por um conjunto de medidas
concretas que constituem a substância “visível” da política. Esta substância
pode ser constituída de recursos: financeiros (os créditos atribuídos aos
ministérios), intelectuais (a competência que os atores das políticas são
capazes de mobilizar), reguladores (o fato de elaborar uma nova
regulamentação constitui um recurso novo para os tomadores de decisão),
materiais. Ela é também constituída de “produtos”, isto é, de outputs
reguladores (normativos), financeiros e físicos.
Podemos tomar como exemplo, o conjunto das decisões, medidas e ações
do Estado em matéria de política educacional, construídas a partir de textos
regulamentadores (leis, resoluções, decretos, etc) acerca dos princípios e objetivos
da educação, bem como, normas e procedimentos a respeito da formação de
professores, gestão escolar e o uso de recursos orçamentários para o pagamento de
professores, manutenção, viabilização do transporte, alimentação nas escolas,
dentre outros aparatos normativos que auxiliam na implementação,
acompanhamento e avaliação de uma política pública.
1.1 - Políticas Públicas para a educação
Na introdução do seu livro Da nova LDB ao FUNDEB (2011) o professor
Demerval Saviani salienta que, estudar uma política educacional refere-se às
medidas que o Estado, no caso, o governo brasileiro, toma relativamente aos rumos
que se devem imprimir à educação do país. No âmbito do organograma
governamental, essas medidas situam-se na chamada “área social”, configurando,
pois, uma modalidade de política social. Ao tratar a política educacional como
“social”, Saviani propõe o seguinte questionamento: Se a política é a “arte de
administrar o bem comum'', toda a política não é necessariamente social?
Bem, você já deve estar convencido que a política é algo essencial para a
manutenção dos “direitos” estabelecidos pela Constituição Federal (1988). Nesse
sentido, as políticas educacionais no Brasil ganham norteamento por meio do Plano
Nacional de Educação [PNE].
Mas você deve estar se perguntando, quando surgiu o PNE e quais são
suas funções?
O primeiro PNE foi aprovado em 2001, lei nº 010172, com vigência de
2001-2010 após a aprovação da LDB (lei 9394/96), lei que estudamos durante a
Unidade II. Esse importante documento possui caráter global, abrangente em todos
os aspectos relacionados à organização da educação nacional.
Possui também, uma natureza operacional, por incorporar definição de
ações, transformadas em metas a serem atingidas em prazos determinados dentro
do limite de vigência do plano, ou seja, dez anos (SAVIANI, 2011).
Para que as metas do PNE sejam asseguradas é preciso o esforço de
articulação, a elaboração, pelos estados, municípios e Distrito Federal, dos
respectivos planos decenais, como determina, em seu artigo 2, o PNE “A partir da
vigência desta Lei, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão, com base
no Plano Nacional de Educação, elaborar planos decenais correspondentes”.
Tratava-se, portanto, de uma tarefa de responsabilidade conjunta, envolvendo os
entes federados, especialmente estados e municípios, no tocante à educação
básica, que deveriam manter estreita articulação, com a participação da União, para
concretizar em ações e políticas os dispositivos do PNE (AGUIAR, 2010).
Você já pensou nos desafios envolvidos no cumprimento do PNE,
considerando a extensão territorial do país, além das especificidades e diversidades
que envolvem o contexto dos Municípios, Estados e Distrito Federal. Por isso, na
avaliaçãodo cumprimento das metas esses aspectos precisam ser levados em
consideração.
Com essa finalidade aconteceu entre os dias 23 e 27 de abril de 2010, a
Conferência Nacional de Educação [CONAE], por meio de uma A Portaria Ministerial
nº 10/2008 constituiu comissão de 35 membros, a quem atribuiu as tarefas de
coordenar, promover e monitorar o desenvolvimento da CONAE em todas as etapas.
Na mesma portaria foi designado o Secretário Executivo Adjunto, Francisco das
Chagas, para coordenar a Comissão Organizadora Nacional.
Nota: A Conferência Nacional de Educação - CONAE é um espaço democrático
aberto pelo Poder Público para que todos possam participar do
desenvolvimento da Educação Nacional. Está sendo organizada para tematizar
a educação escolar, da Educação Infantil à Pós Graduação, e realizada, em
diferentes territórios e espaços institucionais, nas escolas, municípios, Distrito
Federal, estados e país. Estudantes, Pais, Profissionais da Educação,
Gestores, Agentes Públicos e sociedade civil organizada de modo geral, terão
em suas mãos, a partir de janeiro de 2009, a oportunidade de conferir os rumos
da educação brasileira.
A Comissão Organizadora Nacional é integrada por representantes das
secretarias do Ministério da Educação, da Câmara e do Senado, do Conselho
Nacional de Educação, das entidades dos dirigentes estaduais, municipais e
federais da educação e de todas as entidades que atuam direta ou indiretamente na
área da educação.
Bem, agora que você conheceu a relevância do PNE e do CONAE para a
elaboração, o desenvolvimento e a avaliação das políticas educacionais no Brasil,
precisamos nos apropriar do PNE que está em vigência, desde o ano de 2014 e se
estende até o ano de 2024 e que foi aprovado pela lei 13.005/2014.
Após extensas discussões empreendidas no CONAE delineou-se as metas
para a educação nacional, abrangendo todos os níveis de ensino. No Quadro 1,
estão descritas as vinte metas estabelecidas no PNE.
Quadro 1- Metas definidas pelo PNE, vigência de 2014 a 2024.
META 1 - Universalizar, até 2016, a educação infantil na pré-escola para as
crianças de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de idade e ampliar a oferta de educação
infantil em creches de forma a atender, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) das
crianças de até 3 (três) anos até o final da vigência deste PNE.
META 2 - Universalizar o ensino fundamental de 9 (nove) anos para toda a
população de 6 (seis) a 14 (quatorze) anos e garantir que pelo menos 95%
(noventa e cinco por cento) dos alunos concluam essa etapa na idade
recomendada, até o último ano de vigência deste PNE.
META 3 - Universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população
de 15 (quinze) a 17 (dezessete) anos e elevar, até o final do período de vigência
deste PNE, a taxa líquida de matrículas no ensino médio para 85% (oitenta e
cinco por cento)
META 4 - Universalizar, para a população de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos
com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou
superdotação, o acesso à educação básica e ao atendimento educacional
especializado, preferencialmente na rede regular de ensino, com a garantia de
sistema educacional inclusivo, de salas de recursos multifuncionais, classes,
escolas ou serviços especializados, públicos ou conveniados.
META 5 - Alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do 3º (terceiro) ano
do ensino fundamental.
META 6 - Oferecer educação em tempo integral em, no mínimo, 50% (cinquenta
por cento) das escolas públicas, de forma a atender, pelo menos, 25% (vinte e
cinco por cento) dos (as) alunos (as) da educação básica.
META 7 - Fomentar a qualidade da educação básica em todas as etapas e
modalidades, com melhoria do fluxo escolar e da aprendizagem de modo a atingir
as seguintes médias nacionais para o Ideb.
META 8 - Elevar a escolaridade média da população de 18 (dezoito) a 29 (vinte e
nove) anos, de modo a alcançar, no mínimo, 12 (doze) anos de estudo no último
ano de vigência deste Plano, para as populações do campo, da região de menor
escolaridade no País e dos 25% (vinte e cinco por cento) mais pobres, e igualar a
escolaridade média entre negros e não negros declarados à Fundação Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE.
META 9 - Elevar a taxa de alfabetização da população com 15 (quinze) anos ou
mais para 93,5% (noventa e três inteiros e cinco décimos por cento) até 2015 e,
até o final da vigência deste PNE, erradicar o analfabetismo absoluto e reduzir em
50% (cinquenta por cento) a taxa de analfabetismo funcional.
META 10 - Oferecer, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento) das matrículas de
educação de jovens e adultos, nos ensinos fundamental e médio, na forma
integrada à educação profissional.
META 11- Triplicar as matrículas da educação profissional técnica de nível médio,
assegurando a qualidade da oferta e pelo menos 50% (cinquenta por cento) da
expansão no segmento público.
META 12 - Elevar a taxa bruta de matrícula na educação superior para 50%
(cinquenta por cento) e a taxa líquida para 33% (trinta e três por cento) da
população de 18 (dezoito) a 24 (vinte e quatro) anos, assegurada a qualidade da
oferta e expansão para, pelo menos, 40% (quarenta por cento) das novas
matrículas, no segmento público.
META 13 - Elevar a qualidade da educação superior e ampliar a proporção de
mestres e doutores do corpo docente em efetivo exercício no conjunto do sistema
de educação superior para 75% (setenta e cinco por cento), sendo, do total, no
mínimo, 35% (trinta e cinco por cento) doutores.
META 14 - Elevar gradualmente o número de matrículas na pós-graduação de
modo a atingir a titulação anual de 60.000 (sessenta mil) mestres e 25.000 (vinte
e cinco mil) doutores.
META 15 - Garantir, em regime de colaboração entre a União, os Estados, o
Distrito Federal e os Municípios, no prazo de 1 (um) ano de vigência deste PNE,
política nacional de formação dos profissionais da educação de que tratam os
incisos I, II e III do caput do art. 61 da Lei n 9.394, de 20 de dezembro de 1996,
assegurado que todos os professores e as professoras da educação básica
possuam formação específica de nível superior, obtida em curso de licenciatura
na área de conhecimento em que atuam.
META 16 -Formar, em nível de pós-graduação, 50% (cinquenta por cento) dos
Professores da educação básica, até o último ano de vigência deste PNE, e
garantir a todos (as) os (as) profissionais da educação básica formação
continuada em sua área de atuação, considerando as necessidades, demandas e
contextualizações dos sistemas de ensino.
META 17 - Valorizar os (as) profissionais do magistério das redes públicas de
educação básica de forma a equiparar seu rendimento médio ao dos (as) demais
profissionais com escolaridade equivalente, até o final do sexto ano de vigência
deste PNE.
META 18 - Assegurar, no prazo de 2 (dois) anos, a existência de planos de
Carreira para os (as) profissionais da educação básica e superior pública de todos
os sistemas de ensino e, para o plano de Carreira dos (as) profissionais da
educação básica pública, tomar como referência o piso salarial nacional
profissional, definido em lei federal, nos termos do inciso VIII do art. 206 da
Constituição Federal.
META 19 - Assegurar condições, no prazo de 2 (dois) anos, para a efetivação da
gestão democrática da educação, associada a critérios técnicos de mérito e
desempenho e à consulta pública à comunidade escolar, no âmbito das escolas
públicas, prevendo recursos e apoio técnico da União para tanto.
META 20 - Ampliar o investimento público em educação pública de forma a atingir,
no mínimo, o patamar de 7% (sete por cento) do Produto Interno Bruto - PIB do
País no 5o (quinto) ano de vigência desta Lei e, no mínimo, o equivalente a 10%
(dez por cento) do PIB ao final do decênio.
Fonte: Elaborado pela autora, com dados do Plano Nacional de Educação (2014-2024). Site:
<https://pne.mec.gov.br/18-planos-subnacionais-de-educacao/543-plano-nacional-de-educacao
-lei-n-13-005-2014#publicacoes.>
Você deve estarpensando de que maneira a União, em conjunto com os
entes federados, buscam meios de alcançarem as metas estabelecidas. Para ajudar
você a compreender melhor, foram elencadas, no próprio documento, 254
estratégias que norteiam o percurso rumo à materialização das metas definidas no
PNE.
Foi instituído também, o Plano de Ações Articuladas (PAR) constituindo-se
numa estratégia de assistência técnica e financeira que consiste em oferecer aos
entes federados um instrumento de diagnóstico e planejamento de políticas
educacionais. O PAR foi concebido como uma ferramenta de gestão a ser utilizada
por municípios, estados e pelo Distrito Federal por um período de quatro anos. Pelas
suas características sistêmicas e estratégicas, o PAR favorece a continuidade das
ações educacionais, inclusive durante mudanças de gestores, constituindo-se como
importante elemento na promoção de políticas de Estado na Educação.
O FNDE é o órgão responsável pelo gerenciamento tático e operacional dos
Módulos do PAR no Sistema Integrado de Monitoramento, Execução e Controle do
Ministério da Educação (Simec). Além disso, cabe às áreas técnicas do FNDE e do
MEC a análise da coerência entre o que foi solicitado e os dados do Censo Escolar,
verificando a viabilidade e a necessidade das demandas de acordo com o
diagnóstico da realidade local informada pelos órgãos municipais e estaduais. A
partir dessa validação, tem-se o PAR para o município, o estado ou o Distrito
Federal.
Além do PAR, criou-se a Rede de Assistência Técnica para monitoramento e
avaliação dos planos estaduais, distrital e municipais de Educação em parceria com
o Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) e a União Nacional de
Dirigentes Municipais de Educação (Undime), com o objetivo de prestar assistência
técnica às comissões coordenadoras e às equipes técnicas responsáveis pelo
processo de monitoramento e avaliação dos planos de educação nos estados, no
Distrito Federal e nos municípios, com base nas orientações e documentos
elaborados pelo MEC e pactuadas com o Consed e com a Undime.
Dado o exposto, é possível reconhecer que a construção do PNE
representou um avanço na materialização do que se quer em termos
educacionais para o país. Há muito o que fazer, sobretudo pós-pandemia, que
de acordo com as pesquisas, revelou um aumento das desigualdades
educacionais e sociais.

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