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Geral Distinguir os grupos de doenças musculares e da junção neuromuscular que a despeito do compartilhamento de um mesmo sintoma índice (fraqueza muscular) acometem sítios terminas distintos do sistema nervoso periférico, bem como classificá-las a partir de suas apresentações fenotípicas individuais. Específico Determinar as principais etiologias no contexto da apresentação sindrômica das doenças musculares. Identificar as doenças da junção neuromuscular. Estabelecer os métodos complementares fundamentais para o diagnóstico das doenças musculares e da junção neuromuscular. DEFINIÇÃO Doenças da musculatura esquelética. Podem ser: Hereditárias Adquiridas Queixas relacionadas a motricidade Fraqueza muscular, hipotonia associado a hiporreflexia. Em fases iniciais os reflexos podem estar normais. NÃO TEM FASCICULAÇÕES Fraqueza Muscular Hipotonia Hiporreflexia Ausência de fasciculações Sensibilidade (geral e sentidos especiais), coordenação motora e funções autonômicas normais. Enzimas musculares: CPK, Aldolase, DHL, TGO – essas enzimas são liberadas na presença de lesão no músculo → valores elevados. As doenças miopáticas em geral aumentam CPK > 2000, 3000, 4000... → principalmente rabdomiólise, miopatias inflamatórias e distrofias musculares ( esses três grupos fazem aumente expressivo de CPK >30.000, 50.000) ENMG → topografar lesão Testes Enzimáticos: dosar/quantificar atividade de determinada enzima. Muito importante principalmente em Miopatias metabólicas, onde ocorre alteração de enzima. Testes Genéticos Biópsia Muscular: importante em miopatias congênitas e inflamatórias. Fraqueza muscular isolada, não progressiva (já nascem com a fraqueza) Fraqueza muscular progressiva Fraqueza muscular progressiva com miotonia (dificuldade de relaxamento da musculatura) Fenômenos episódicos (paralisia periódica/miotonia) → não há fator desencadeante. Fadiga precoce, mialgias, câimbras, mioglobinúria e rabdomiólise → geralmente temos aqui uma miopatia metabólica causando uma intolerância ao exercício. CONGÊNITAS Alteração funcional ou estrutural Sem necrose Miopatias Congênitas Doenças não degenerativas hereditárias da musculatura esquelética → não vai apresentar progressão da fraqueza Hipotonia neonatal: “bebê flácido” Fraqueza muscular de início precoce, generalizada e predomínio proximal Redução nos reflexos profundos Alterações estruturais degenerativas Distrofias musculares: CRÔNICO (distrofias musculares → TODAS hereditárias) Doenças degenerativas hereditárias da musculatura esquelética (destruição muscular: necrose → degeneração → substituição de tecido muscular por gordura e fibrose) Miopatias inflamatórias: AGUDO → se não tratada, apresenta evolução degenerativa) Dermatomiosite; Polimiosite; Miosite por corpúsculos de inclusão; Miosite Necrosante Mais comuns: dermatomiosite e polimiosite. Caracteriza-se pela diminuição da força muscular e atrofia muscular progressivas. Etiologia: herança autossômica recessiva ligada ao cromossomo X (apenas indivíduos do sexo masculino irão manifestar clínica, sempre antes) Sexo masculino com manifestações clínicas nos primeiros 5 anos de vida. Distrofia Muscular de Becker (importante diagnóstico diferencial): a única diferença é que a progressão de Becker é muito lenta e os pacientes iniciam os sintomas mais tardiamente (por volta de 9 anos ou mais) → prognóstico melhor. Proteína distrofina está totalmente ausente na DMD, já em DMB há uma disfunção da distrofina que está em quantidade menor. ❖ Ausência da proteína distrofina, localizada na membrana que reveste a superfície dos sarcômeros. ❖ Deficiência de enzimas glicogenolíticas nas fibras musculares do tipo II, que são fibras indispensáveis para a produção de força pelos músculos; ❖ Diminuição do número de fibras musculares, aumento e atrofia das fibras, necrose, sinais de fagocitose, infiltração gordurosa e aumento do tecido conjuntivo - músculos são substituídos por tecido adiposo e conjuntivo. Quedas frequentes; Dificuldade para correr e para subir escadas - 3 anos de idade; Pseudo-hipertrofia das panturrilhas → musculo necrosando, sendo destruído e substituído por gordura e fibrose; Alterações da Coluna Vertebral → o que causa fraqueza e atrofia da musculatura paravertebral → crianças com lordose, escoliose e necessitam de acompanhamento ortopédico → pode causar alterações respiratórias. Marcha sobre o hálux → Fraqueza da musculatura que realiza dorsiflexão; Sinal de Gowers (não é patognomônico de DMD) criança “escala” em si mesma até conseguir ficar em pé Leve deterioração intelectual; (controverso) Miopatia cardíaca → cardiomiopatia dilatada (mais comum em DMD, em DMB é mais comum arritmias cardíacas); Fraturas patológicas devido à osteoporose → OSTEOPOROSE NÃO É COMPLICAÇÃO DE DUCHENNE! É UMA COMPLICAÇÃO DO TRATAMENTO! Contraturas articulares graves → dificuldade de mobilização; Complicações respiratórias → maior causa de óbito em pacientes com Duchenne (sobrevida média: 20 anos) Anamnese + CPK + Teste Genético (conf) Objetivo: melhorar qualidade de vida. MEDICAMENTOSO Corticóides: Deflazacorte (menos efeitos colaterais) Prednisolona Início precoce → assim que diagnosticado. Função: aumentar tempo de deambulação, sobrevida, adiar complicações cardíacas e respiratórias. (Não há como evitar, mas é comprovado que pacientes sem tratamento com corticoides perdem motricidade e necessitam de cadeira de rodas mais precoce, por volta de 8 anos de idade) com corticoide: 14, 15 anos. Complicação do uso: osteoporose, Cushing, hipertensão, aumento dos níveis de glicose, retinopatias... Realizar anualmente DMO, avaliação cardiológica (eco, ecg), oftalmológica, espirometria, ... SUPORTE Evitar Sobrecarga muscular Prevenção de deformidades Tratamento respiratório Adaptações para atividades Suporte cardiológico Prevenção de Osteoporose ❖ Adultos ❖ Afeta face, musculatura proximal de membros superiores e distal de membros inferiores. ❖ Pés, cintura escapular, face. ❖ Pacientes que não conseguem assobiar, usar canudos, dificuldade para encher a boca de ar, fraqueza em franzir a teste, movimentar as pálpebras. ❖ Poupa músculo deltoide ❖ Mialgia ❖ Fraqueza pode ser assimétrica (na maioria dos casos é SIMÉTRICA) ❖ Surdez ❖ Poucas complicações cardíacas e respiratórias. ❖ Fenômeno de Antecipação → a cada familiar descendente portado, a doença começa a se manifestar mais precoce. Clínico Aumento de CPK Confirmação: teste genético! Suporte: fisioterapia, terapia ocupacional. Tipo 1 Fraqueza muscular distal e miotonia. Arritmias Comprometimento Respiratório Catarata (precoce, pacientes jovens) Calvície Alterações Cognitivas Endocrinopatias: DM Distúrbios do Sono Constipação Intestinal DIAGNÓSTICO: teste genético. TRATAMENTO: Acompanhamento Tipo 2 Fraqueza muscular proximal Mialgia. DNA (teste genético)*padrão ouro* Eletroneuromiografia (ENMG) → miotonia Doença autoimune inflamatória Quadro agudo de fraqueza proximal e simétrica. Mais comum em mulheres, a partir da segunda década de vida. Comum pacientes serem acompanhados pela reumatologia Comum associação com outras doenças AI Associação com doença intersticial pulmonar → causando fibrose → dificuldade respiratória. QUANDO SUSPEITAR? Mulheres jovens que subitamente iniciam quadro de fraqueza muscular proximal e simétrico (quadro agudo - dias de evolução) e mialgia Dosar CPKQuadro de fraqueza muscular semelhante à Polimiosite. Alterações cutâneas (Sinal de Gottron, Heliótropo, eritema em áreas expostas ao sol) Ocorre tanto em adultos quanto em crianças Mais comum em mulheres. Associação com malignidade e doença intersticial pulmonar. Todo paciente diagnosticado com dermatomiosite precisa ser investigado para neoplasia → sd paraneoplásica Sinal de Gottron + Heliótropo + Eritema em áreas expostas ao sol + quadro de fraqueza muscular proximal e simétrica + mialgia Atinge mais comumente pacientes acima de 50 anos de idade. Fraqueza muscular e atrofia da musculatura flexora dos punhos e dedos das mãos, e quadríceps. Não faz padrão simétrico, bilateral Paciente fica com dificuldades para fletir o punho, fletir os dedos, extensão da perna Disfagia (dificuldade de engolir, as vezes apresentando também atrofia de língua) Sem tratamento adequado. DIAGNÓSTICO ▪ Biópsia Muscular ▪ CPK (elevada) ▪ ENMG dos músculos proximais ▪ HIV ▪ HTVL ▪ Anti-Jo (anticorpo presença nas doenças pulmonares intersticiais) TRATAMENTO (poliomiosite e dermatomiosite) ▪ Corticoide ▪ Pulsoterapia com corticoide ou imunoglobulina, na fase AGUDA. ▪ Methotrexate (fase CRÔNICA) ▪ Azatioprina ▪ Tacrolimus, Ciclofosfamida, Ciclosporina, Micofenolato (FENÔMENOS PERIÓDICOS) ❖ Alterações em diferentes genes de canais iônicos. ❖ Fenômenos periódicos não alteram CPK ❖ Hereditário ❖ Miotonias Não Distróficas (dificuldade de relaxamento da musculatura sem distrofia) Miotonia Congênita Paramiotonia Congênita ❖ Paralisias Periódicas (alguns dias sem movimentar) Hipercalemia Hipocalemica Miotonia Congênita ❖ Doença de Thomsen (Dominante) ❖ Doença de Becker (Recessiva) ❖ Fenômeno do warm-up → aquecimento (paciente inicia com dificuldade em abrir e fechar as mãos, mas ao repetir por vezes esses movimentos <como exercitar> a dificuldade passa) ❖ Pode ocorrer fraqueza muscular: nos músculos em que a miotonia está presente ❖ Mutação no gene CLCN1,cromossomo 7,canal de cloro. Paramiotonia Congênita Dominante Não ocorre fenômeno do warm-up (ocorre o oposto Paciente piora quanto mais força a ação. Sintomas pioram com o exercício e com o frio Mutacão SCN4A, canal de sódio. Diagnóstico: teste genético Paralisia Periódica Hipercalêmica Autossômica Dominante Primeira década de vida Quadro que desencadeia uma fraqueza muscular importante > procura atendimento médico Faz quadros agudos com muita dor muscular e dificuldade para se movimentar NÃO ELEVA CPK Mutação em genes dos canais de sódio Deflagrada durante repouso após atividade física. Diagnóstico: teste genético Periódica Hipercalemia Paciente vai ao pronto-socorro, informa ser portador de paralisia periódica e está com sintomas após atividade. Você dosa o potássio → elevado Como reduzir? → Glicose + insulina (10x10) Hipocalêmica → repõe potássio FAGIDA PRECOCE, MIALGIAS, CÂIMBRAS, MIOGLOBINÚRIA E RABDOMIÓLISE ➔ Pensar em miopatias metabólicas ➔ Alteração nas enzimas/ptn estrutural ou canal, que é importante para funcionamento do músculo Glicogenoses → paciente não consegue utilizar o glicogênio para gerar força Lipidoses → não consegue utilizar os lipídeos Mitocondriais → mitocôndria com disfunção Quadros que fazem paroxismo, intolerância a atividade física precoce durante o exercício → carboidrato → Glicogenose FRAQUEZA MUSCULAR OU FADIGA PRECOCE MIALGIAS PÓS EXERCÍCIOS OU CÂIMBRAS MIOGLOBINÚRIA FVFCDC PRECOCE DURANTE EXERCÍCIO MODERADO OU INTENSO MATABOLISMO DE CARBOIDRATOS TARDIO DURANTE EXERCÍCIO PROLONGADO OU NO REPOUSO MATABOLISMO DE LIPÍDEOS PRECOCE DURANTE EXERCÍCIO INCAPAZ DE MANTER A ATIVIDADE POR FRAQUEZA CADEIA RESPIRATÓRIA 5D'S: Diarreia Disfagia Disartria Diplopia Disautonomia
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