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Estágio Supervisionado em Serviço Social
Nesta aula vamos estudar sobre o Estágio Supervisionado em Serviço Social. A temática será tratada preliminarmente, pois há na matriz curricular do Curso de Serviço Social uma disciplina sobre o Estágio Supervisionado e que será ofertada em período anterior a prática do estágio pelos acadêmicos do Curso de Serviço Social. Antes de adentramos na temática em questão, vamos compreender o que é o estágio.
O termo estágio, segundo Colombo e Ballão (2014), sofreu muitas mudanças ao longo do tempo: passou de uma simples atividade de acompanhamento prático a um mestre na Idade Média, para uma atividade curricular prática nos cursos ofertados pelas instituições educacionais da atualidade. Ele foi citado pela primeira vez na literatura no ano de 1080: em latim medieval stagium, significava residência ou local para morar. Este por sua vez foi originado do latim clássico stare que significava “estar num lugar” (ESTÁGIO, apud COLOMBO; BALLÃO, 2014).
Em 1630, o termo stage apareceu na literatura, em francês antigo, referindo-se ao período transitório de treinamento de um sacerdote para o exercício de seu mister. Era o período que um cônego (padre) deveria residir na igreja, antes de entrar de posse de seus direitos por completo. Daí deriva o termo “residência”, usado para indicar o estágio ou tempo de tirocínio (prática ou noviciado) para a profissionalização médica. Portanto, desde seu nascimento no latim, o termo “estágio” sempre esteve vinculado à aprendizagem posta em prática num adequado local sob supervisão (COLOMBO; BALLÃO, 2014).
No Brasil, as mudanças no conceito de estágio foram acompanhadas pela evolução da legislação educacional. Em 2008, houve a aprovação da Lei nº 11.788/2008 chamada Lei do Estágio. Para conhecer um pouco mais sobre a Lei de Estágio recomendamos a leitura da Cartilha sobre a lei do Estágio, que está disponível em: <https://www.inqc.org.br/estagios/Cartilha_Lei_Estagio.pdf (Links para um site externo.)>.
Os estudantes de cursos de graduação de nível superior que realizam o estágio são chamados de estagiários. O estágio tem por objetivo oferecer a oportunidade para o estudante colocar em prática o conhecimento construído nas aulas teóricas.
A realização do estágio acontece sob a supervisão de um profissional da área de formação do acadêmico que irá orientar o estagiário em todas as atividades desenvolvidas, para que no momento em que estiver atuando como profissional, este possa aplicar a experiência adquirida, e assim esteja menos sujeito a possíveis falhas no cumprimento de suas atribuições (COLOMBO; BALÃO, 2014).
Por meio da atuação no estágio que o aluno pode reforçar, questionar o aprendizado na prática. O estágio possibilita ainda a aquisição de novos conhecimentos por meio da vivência de situações próximas da realidade profissional. É importante termos a clareza que o estágio não deve ser utilizado como mão-de-obra precarizada, conhecida como mão-de-obra barata. A Lei do Estágio, Lei nº 11.788, de 25 de setembro de 2008, apresenta base jurídica para que o estágio permaneça vinculado ao processo educativo.
Em relação ao Estágio Supervisionado em Serviço Social, destacamos que a sua realização está pautada pela Lei 11.788, de 2008 e também pelas legislações e normativos da profissão. Destacamos a seguir como o estágio é compreendido em cada um dos instrumentos legais que compõem o tripé Projeto Ético-Político:
Lei 8.662, 1993 – Regulamenta a Profissão de Assistente Social e dá outras providências: Conforme o parágrafo único, do Art 14 dispõe que somente os estudantes de Serviço Social, sob supervisão direta de Assistente Social em pleno gozo de seus direitos profissionais, poderão realizar estágio de Serviço Social (BRASIL, 1993). Nesta lei ainda consta de que são atribuições privativas do Assistente Social o treinamento, avaliação e supervisão direta de estagiários de Serviço Social, o que significa ser um processo exclusivos aos profissionais desta área.
 
Código de Ética do Assistente Social, de 1993:
No seu art. 4., há vedações quanto a compactuar com o exercício ilegal da Profissão, inclusive nos casos de estagiários/as que exerçam atribuições específicas, em substituição aos/às profissionais e também quanto a realização de estágio em Serviço Social em instituição que não tenha em seu quadro um Assistente Social, que realize a supervisão, ou seja, o acompanhamento direto do estudante.
No artigo 21, apresenta que entre os deveres do Assistente Social estão: informar, esclarecer e orientar os/as estudantes, na docência ou supervisão, quanto aos princípios e normas contidas no Código.
Além dos artigos, é fundamental que todas as atividades e atribuições profissionais sejam orientadas nos princípios gerais do Código de Ética,
incluindo a supervisão direta realizada pelo/a supervisor/a de campo e supervisor/a acadêmico.
Diretrizes Curriculares do Curso de Serviço Social (1996)
As Diretrizes Curriculares do Curso de Serviço Social, aprovadas pela ABEPSS em 1996, apontam pressupostos, princípios e diretrizes para nortear o projeto pedagógico de cada unidade de formação profissional e tratam o estágio supervisionado como um momento ímpar do processo ensino-aprendizagem, elemento síntese da relação teoria-prática, da articulação entre pesquisa e intervenção profissional, e que se consubstancia como exercício teórico-prático, mediante a inserção do/a aluno/a nos diferentes espaços ocupacionais das esferas pública e privada (CFESS, 2013).
Sendo a formação profissional um pilar do Projeto Ético-Político do Serviço Social é essencial que a realização do estágio em Serviço Social seja realizada em conformidade com as diretrizes curriculares da ABEPSS.
A realização de estágio em Serviço Social requer também a observância à Política Nacional de Estágio (PNE), da ABEPSS.
A Política Nacional de Estágio (PNE) enfatiza, ainda, que o estágio no Serviço Social deve também se nortear por princípios que são preservadores desta lógica, quais sejam, indissociabilidade entre as dimensões teórico-metodológicas, ético-políticas e técnico-operativas; articulação entre formação e exercício profissional; indissociabilidade entre estágio, supervisão acadêmica e de campo; articulação entre universidade e sociedade; unidade entre teoria e prática; articulação entre ensino, pesquisa e extensão. (PNE, 2009, p.12-14). De acordo com a PNE a supervisão de estágio em Serviço Social deve articular docentes da unidade de formação (instituição de formação) e o/a assistente social de campo, reafirmando em toda sua processualidade o estabelecido na Resolução CFESS nº 533/2008.
Já a Resolução CFESS nº 533/2008 apresenta a classificação de estágio reafirmando a caracterização definida na Lei n˚ 11.788/2008:
Estágio curricular obrigatório: segundo a Lei, é aquele definido no projeto pedagógico do curso, cuja carga horária é requisito para aprovação e obtenção de diploma. O estágio deve compor 15% da Carga Horária do Curso. No caso do curso de Serviço Social do Centro Universitário UniDomBosco, tais prerrogativas são seguidas.
Estágio não-obrigatório: definido na Lei como sendo aquele desenvolvido como atividade opcional, acrescida à carga horária regular e obrigatória. Neste particular, enquanto órgão regulador, o CFESS define em sua Resolução as condições para a supervisão direta de estágio, considerada pela Lei que regulamenta a profissão uma atribuição privativa de assistente social. Para realização desta modalidade de estágio é necessário que sejam cumpridas as mesmas definições do estágio curricular obrigatório.
Vimos então que o estágio em Serviço Social só pode ser realizado por um estudante do Curso de Serviço Social, devidamente matriculado em instituição de ensino superior. A instituição irá em articulação com os campos de estágio firmar e garantir a realização do estágio em conformidade com as legislações existentes. É primordial destacar que para a realização do estágio curricular obrigatório é necessário:
inserção discente em atividades atinentes ao exercício da profissão;garantia de supervisão acadêmica e de campo;
exigência de relatórios semestrais e documentos de comprovação da carga horária cumprida no campo de estágio;
pré-requisitos ou co-requisitos de disciplinas que abordem conteúdos relacionados a ética profissional e fundamentos histórico-teórico-metodológicos do Serviço Social para a inserção nesta atividade;
realização de encontros (presenciais ou EAD) com docente responsável pela supervisão de estágios
observação quanto as condições éticas e técnicas do campo de estágio e da vinculação das atividades discentes previstas no Termo de Compromisso de Estágio (TCE) ao exercício da profissão Serviço Social; entre outras ações.
A supervisão direta de estágio em Serviço Social permite a construção de uma relação indissociável entre formação profissional e o trabalho de assistentes sociais e age positivamente na formação de futuros profissionais que lutam por direitos da população. A prática do estágio em desacordo e que configure prática ilícita de estágio em Serviço Social incorre em violações às legislações existentes, cabendo às devidas punições.
Conclusão do Tema
 O Serviço Social no Brasil ao longo de sua histórica assume posições constituídas coletivamente por meio de instrumentos político-normativos estratégicos na luta pela qualidade na formação e no trabalho, e em defesa da profissão, com vistas a formar profissionais que tenham comprometimento com a qualidade dos serviços prestados à população usuária, em consonância com o Projeto ético-político do Serviço Social.
A luta pela qualidade na formação e no trabalho e a defesa e a valorização profissional passam diretamente sobre as temáticas relacionadas ao estágio supervisionado e ao processo de Supervisão Direta de Estágio que são conduzidas e debatidas entidades representativas da profissão e por toda a categoria profissional, de um modo geral.
Campanha: Sou Assistente Social e Supervisiono Estágio – A supervisão qualifica a formação e o trabalho.
A Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social (ABEPSS) lançou, no dia 8 de novembro de 2017, a campanha “Sou Assistente Social e Supervisiono Estágio – A supervisão qualifica a formação e o trabalho”. Disponibilizamos a arte da campanha, para seu conhecimento. A campanha tem por objetivo destacar, junto à categoria profissional, a relevância político-pedagógica do estágio supervisionado no processo de formação e no exercício profissional em Serviço Social. E surge como parte de uma estratégia de fortalecimento e valorização do processo de supervisão de estágio. Fonte: Conselho Regional de Serviço Social do Mato Grosso do Sul (CRESS-MS).
A supervisão de estágio é um local estratégico para defesa do projeto ético-político profissional. Para tanto é essencial a indissociabilidade entre supervisão acadêmica e supervisão de campo.
Campanha: Sou Assistente Social e Supervisiono Estágio – A supervisão qualifica a formação e o trabalho.
Questão para Simulado
De acordo com a Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social (ABEPSS, 2010, 0. 14), uma de suas premissas do estágio supervisionado do Curso de Serviço Social é oportunizar ao(a) estudante o estabelecimento de relações mediatas entes os conhecimentos teóricos-metodológicos e o trabalho profissional, a capacidade técnico-operativa e o desenvolvimento de competências necessárias ao exercício da profissão.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENSINO E PESQUISA EM SERVIÇO SOCIAL - ABEPSS. Política Nacional de Estágio (PNE). Brasília: ABEPSS, 2010. Disponível em: <http://www.cfess.org.br/arquivos/pneabepss_maio2010_corrigida.pdf BRASIL. Lei n.11.788/2008>. Acesso em 03 jul. 2020.
 
A supervisão de campo, no estágio em Serviço Social será realizada pelo: Letra C.
Comentário: De acordo com o Artigo 2. da Resolução 533, de 2008 do Conselho Federal de Serviço Social, a supervisão direta de estágio em Serviço Social é atividade privativa do assistente social, em pleno gozo dos seus direitos profissionais, devidamente inscrito no CRESS de sua área de ação, sendo denominado supervisor de campo o assistente social da instituição campo de estágio. A supervisão direta de estágio em Serviço Social é atividade privativa do assistente social, em pleno gozo dos seus direitos profissionais, devidamente inscrito no CRESS de sua área de ação, sendo denominado supervisor de campo o assistente social da instituição campo de estágio e supervisor acadêmico o assistente social professor da instituição de ensino.

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