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DESORDENS NEUROLÓGICAS Profª Msc Isabela Andrelino PARALISIA CEREBRAL PARALISIA OBSTÉTRICA ESPINHA BÍFIDA PARALISIA BRAQUIAL OBSTÉTRICA (PBO) DEFINIÇÃO É uma “paralisia” do membro superior que pode ocorrer na criança no momento do parto. Devida a lesão do plexo braquial (raízes e nervos responsáveis pelo movimento e sensibilidade do membro superior). Geralmente, atribuída a tração da cabeça e pescoço durante o parto. INCIDÊNCIA Um ou dois em cada 1000 recém-nascidos apresentam esta condição. ANATOMIA DOS NERVOS ESPINHAIS E PLEXO BRAQUIAL Nervos Espinhais São nervos periféricos (SNP). Conexão com a medula espinhal. São nervos mistos, responsáveis pela inervação do tronco e dos membros. 31 PARES Nervos Espinhais Tronco do nervo espinhal: Emerge do canal vertebral pelo forame intervertebral. 31 pares 8 cervicais 12 torácicos 5 lombares 5 sacrais 1 coccígeo Nervos Espinhais Plexos Nervosos Plexo: trançado. São uniões das raízes nervosas para a formação dos nervos terminais. Cinco plexos nervosos. Na região torácica não há formação de plexos. Plexos • Cervical • Braquial • Lombar • Sacral • Coccígeo PLEXO BRAQUIAL Plexo Braquial (C5-T1) TERRITÓRIO DE INERVAÇÃO CUTÂNEA DOS NERVOS Tipos de lesões nervosas periféricas Neuropraxia Axonotmese Neurotmese Classificação A PBO é classificada em: - Paralisia alta (Erb-Duchenne), - Paralisia baixa (Klumpke) - Paralisia completa; Classificação Classificação Classificação Exames Complementares Estudos radiológicos podem ser indicados com o objetivo de afastar a possibilidade de fratura de clavícula ou extremidade proximal do úmero; A eletroneuromiografia (exame que estuda a atividade elétrica dos músculos e dos nervos) pode estar indicada principalmente nos três primeiros meses, objetivando localizar a lesão e definir o grau de envolvimento dos nervos. Fatores de Risco Os principais fatores de risco para PBO são: - Recém-nascido grande para a idade gestacional; - Parto prolongado, - Baixa estatura materna; - Crânio volumoso. Prevenção O reconhecimento de bebês macrossômicos através da US facilita a decisão de indução precoce do trabalho de parto em mães diabéticas ou a indicação de cesariana para os casos de alto risco. Exame físico Mobilidade articular, Força e tônus muscular, Funcionalidade, Reflexos tendinosos, Sensibilidade. Quadro Clínico MOTRICIDADE PLEGIA/PARESIA SENSIBILIDADE ANESTESIA/HIPOESTESIA/ PARESTESIA TÔNUS HIPOTONIA Quadro Clínico TROFISMO HIPOTROFISMO REFLEXOS ARREFLEXIA/HIPORREFLEXIA COMPROMETIMENTO FUNCIONAL Prognóstico Depende do tipo de lesão; Pode ocorrer desde um discreto edema de uma das raízes até avulsão completa de todo o plexo (arrancamento); Não havendo ruptura grave de raízes, espera-se melhora importante dentro dos três primeiros meses e recuperação entre o 6º e 12º mês (75% a 80% dos casos). Tratamento OBJETIVOS Evitar / minimizar complicações OMA, circulatórias e dérmicas; Estimular a motricidade voluntária; Manter / aumentar a FM; Promover analgesia; Estimular retorno às AVD’s; Melhorar a qualidade de vida. Tratamento Analgesia (TENS, terapia manual); Dessensibilização do membro; Tratamento Mobilização passiva, ativa assistida, ativa; Alongamentos; Exercícios passivos, auto-assistidos e resistidos; Tratamento Método Kabat; (Todas as diagonais são indicadas) Eletroestimulação (FES); Tratamento Tapping (estímulo aos mecanorreceptores); Placing (técnica seletiva de ativar agonistas e antagonistas); Tratamento Treinos funcionais; Transferências e tomada de peso; Tratamento Exercícios proprioceptivos; Órtese / talas de posicionamento. Tratamento O tratamento da criança com PBO deve ter início o mais precocemente possível. Mesmo com poucos dias de vida já é possível iniciar movimentos passivos suaves e orientações quanto ao posicionamento da criança. Tratamento Posicionamento: - Na postura deitada, importante que o MS comprometido se mantenha em discreta abdução, RE e mão aberta; - Deitado sobre o lado comprometido (estímulo sensorial).