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APG 8 ENDOCARDITE INFECCIOSA

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APG 8 – ENDOCARDITE infecciosa
1. Compreender a epidemiologia, etiologia (quais os agentes infecciosos), fisiopatologia, manifestações clinicas, fatores de risco, complicações sem tratamento, diagnostico e medicamentos para endocardite infecciosa;
2. Entender a funcionalidade da rede de atenção primária na comunidade rural.
endocardite
epidemiologia
- A EI relacionada a bactérias orais entre brasileiros foi predominante nas próteses valvares cardíacas de adultos jovens do sexo masculino previamente acometidos por cardiopatia reumática. Streptococcus viridans foi a principal causa de EI, que foi associada a pacientes com má saúde bucal;
- Dos 100 pacientes incluídos, 70% eram do sexo masculino com idade média de 45,4 anos ao diagnóstico. Os locais mais acometidos foram as valvas aórtica e mitral, 60% nas próteses valvares cardíacas, 34% nas valvas nativas e 3% nos marcapassos. A causa mais comum de doença valvar foi cardiopatia reumática (51,9%), e as complicações mais frequentes foram lesão valvar e perivalvar (26%). Streptococcus viridans foi a espécie mais comum (96%), cárie dentária estava presente em 57% dos pacientes, 78% tinham perda dentária, 45% tinham periodontite apical e 77% estavam em risco alto/moderado para doença periodontal.
etiologia
- Fungos riquétsias (febre Q), clamídias e bactérias extracelulares;
- Streptococcus viridans: 50% a 60% dos casos de endocardite que afetam valvas lesadas ou deformadas, sendo comumente presente na microbiota oral normal;
- S. aureus: mais virulento (e comum na pele), pode atacar valvas deformadas e também valvas saudáveis e é responsável por 10% a 20% de todos os casos; ele também é o principal vilão das infecções que acometem os indivíduos que usam drogas intravenosas;
- Haemophilus, Actinobacillus, Cardiobacterium, Eikenella e Kingella: comensais da cavidade oral;
- Bacilos gram-negativos e fungos: estão presentes em casos raros;
fisiopatologia
- Infecção grave das valvas cardíacas ou do endocárdio mural que leva à formação de vegetações compostas de resíduos de trombos e microrganismos, muitas vezes associados à destruição dos tecidos cardíacos subjacentes;
- Classificada em aguda e subaguda sem uma separação bem definida;
aguda
- Microrganismo altamente virulento;
- Ataque a uma valva anteriormente normal;
- Morbidade e mortalidade altas mesmo com tratamento;
subaguda
- Microrganismos de baixa virulência que ataca um coração previamente anormal (valvas cicatrizadas e deformadas);
- Possui mesmo sem tratamento um curso demorado e responde bem a antibioticoterapia.
morfologia
VEGETAÇÕES
- Presença de vegetações nas valvas cardíacas compostas por fibrina, células inflamatórias e microrganismos;
- Valva aorta e atrioventricular esquerda são as mais comumente infectadas;
- A valva atrioventricular direita é comumente atingida em indivíduos usuários de drogas;
tipos de vegetações:
1. DRC (Doença reumática cardíaca): aparência de pequenas vegetações verrucosas e inflamatórias ao longo das linhas de fechamento valvar; à medida que a inflamação se resolve, podem resultar cicatrizes consideráveis;
2. EI (endocardite infecciosa): massas grandes, irregulares, muitas vezes destrutivas, que podem se estender das válvulas das valvas até o interior das estruturas adjacentes (por exemplo, cordas ou miocárdio);
3. ETNB (endocardite trombótica não bacteriana): pequenas ou médias vegetações brandas não destrutivas na linha do fechamento da valva;
4. ELS (endocardite de libman-sacks): vegetações inflamatórias de tamanho pequeno a médio que podem se aderir em qualquer dos lados dos folhetos valvares; elas se curam deixando cicatrizes.
ABCESSO ANULAR
- As vegetações podem únicas ou compostas, acometer 1 ou mais valvas e por fim causar erosões no tecido miocárdico causando abcesso anular;
- Na presença de êmbolos ocorrem a deposição dos abcessos que levam a infartos sépticos e aneurismas micóticos nas paredes arteriais;
Endocardite subaguda
- As vegetações possuem tecido de granulação, com a presença de infiltrados inflamatórios crônicos, fibrose e calcificação;
manifestações clínicas
- Febre (fator constante);
- Endocardite subaguda: ausência de febre (comumente em idosos), fadiga inespecífica, perda de peso, esplenomegalia (aumento do tamanho do baço), e sintomas semelhantes a gripe;
- Endocardite aguda: febre de desenvolvimento rápido, calafrios, fraqueza e cansaço, sopros em pessoas com lesão do lado esquerdo;
- Microêmbolos (sem tratamento): podem dar origem a petéquias, hemorragias no leito ungueal, hemorragias retinais (manchas de Roth), lesões eritematosas indolores na palma das mãos ou na sola dos pés (lesões de Janeway) ou nódulos doloridos nas pontas dos dedos (nódulos de Osler);
fatores de risco
Semeadura do sangue com microorganismos
- Procedimento dentário ou cirúrgico que cause bacteremia transitória;
- Injeção de material contaminado (usuário de drogas injetáveis);
- Feridas na cavidade oral, intestino ou em lesões sem importância;
outros fatores
- Coração normais podem desenvolver endocardite, mas anomalias cardíacas predispõem o paciente a esse tipo de infecção; a doença reumática cardíaca, o prolapso da valva atrioventricular esquerda, as valvas aórticas bicúspides e a estenose valvar calcificada são substratos comuns.
- Uso de próteses valvares representam de 10 – 20% de pré-disposição;
- Marca-passos, cateteres permanentes e lesões endocárdicas com fluxo em jato formam depósitos de fibrina e plaquetas que são focos para semeadura bacteriana;
- Neutropenia, imunodeficiência, neoplasia, diabetes melito e abuso de álcool ou de drogas intravenosas;
- Semeadura do sangue com microorganismos!
complicações (s/ tratamento)
- Glomerulonefrite: causada pelo aprisionamento glomerular de complexos antígeno-anticorpo que pode provocar hematúria, albuminúria ou insuficiência renal;
- Septicemia e arritmias;
- Êmbolos sistêmicos;
- Alta mortalidade;
diagnóstico
- Hemocultura positiva e achados ecocardiográficos;
- Critérios modificados de DUKE: 
•Um diagnóstico clínico de endocardite definida exige dois critérios maiores, um critério maior mais três menores ou cinco critérios menores.
•Um diagnóstico de possível endocardite exige a documentação de um critério maior mais um menor ou de três critérios menores.
- Hemocultura: não receberam antibióticos, devem ser obtidos três conjuntos com dois frascos de hemoculturas – separados entre si por pelo menos 2 horas – de diferentes locais nas primeiras 24 h. Se as hemoculturas forem negativas depois de 48 a 72 h, devem ser realizadas duas ou três culturas adicionais.
- Sorologia: pode ser feito na ausencia de hemocultura positiva;
- Ecocardiograma: deve ser realizada para confirmar o diagnóstico, verificar o tamanho das vegetações, detectar complicações intracardíacas e avaliar a função cardíaca;
medicamentos
- Antibiótico terapia bactericida e prolongada;
- Em casos de endocardite subaguda é indicado que os antibióticos sejam postergados até que seja firmado o diagnóstico;
ap rural
- Política Nacional de Saúde Integral das Populações do Campo e das Florestas, Portaria n 2.866, de 2 de dezembro de 2011;
- Destaca-se que a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 50% da população mundial vivem em áreas rurais e remotas e é atendida por 38% da força de trabalho de enfermagem e por menos de 25% da força de trabalho médico. A má distribuição espacial da força de trabalho em saúde representa um obstáculo à realização de cobertura universal de saúde sendo motivo de preocupações com a equidade, uma vez que afeta o acesso aos cuidados àqueles que apresentam eficiência alocativa, visto que os recursos não estão devidamente investidos nas áreas onde teriam maior impacto.
referências
KUMAR, Vinay. Robbins Patologia Básica. [Digite o Local da Editora]: Grupo GEN, 2018. E-book. 9788595151895. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788595151895/. Acesso em: 26 ago. 2022.
JAMESON, J L.; FAUCI, Anthony S.; KASPER, Dennis L.; et al. Manual de medicina de Harrison. [Digite o Local da Editora]:Grupo A, 2021. E-book. 9786558040040. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9786558040040/. Acesso em: 27 ago. 2022.
Montano, T., Wanderley, M., Sampaio, R. O., Alves, C., Neves, I., Lopes, M. A., Tarasoutchi, F., Strabelli, T., Neves, R. S., Grinberg, M., Santos-Silva, A. R., & Siciliano, R. F. (2021). Demographic, cardiological, microbiologic, and dental profiles of Brazilian patients who developed oral bacteria-related endocarditis. Oral surgery, oral medicine, oral pathology and oral radiology, 132(4), 418–425. https://doi.org/10.1016/j.oooo.2021.07.007
Oliveira, A. R. de, Sousa, Y. G. de, Silva, D. M. da, Alves, J. P., Diniz, Í. V. A., Medeiros, S. M. de, Martiniano, C. S., & Alves, M. (2020). A Atenção Primária à Saúde no contexto rural: visão de enfermeiros. Revista Gaúcha de Enfermagem, 41, e20190328. https://doi.org/10.1590/1983-1447.2020.20190328

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