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ESTUDO DE CASO 3 CARDIO


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3 Estudo de Caso CARDIO 
 
3) - Paciente F.M.R., 60 anos, sexo masculino, fazendeiro, casado, 7 filhos, 9 
netos. Admitido na UTI em pós-operatório imediato de cirurgia de 
revascularização do miocárdio com utilização de circulação extracorpórea de 
65min e implante de enxerto de safena para coronária direita. Vinha há 3 meses 
apresentando dispneia aos mínimos esforços, precordialgias, epigastralgias, 
parestesias no membro superior esquerdo. Procurou o atendimento médico e foi 
encaminhado para cateterismo no qual foi evidenciado uma obstrução de 75% 
da artéria coronária direita. Antes deste período nunca havia apresentado dor 
precordial, mas há histórico de cansaço aos esforços físicos no último ano. É 
tabagista há 45 anos (12 cigarros/dia), etilista social, portador de diabetes tipo 2 
e hipertenso. Faz controle da pressão e da glicemia na UBS próxima a sua casa. 
Faz uso de catopril à noite (01cp). Nega internações ou cirurgias prévias. 
Paciente muito ansioso, irrita-se com facilidade, não segue adequadamente as 
orientações dos profissionais de saúde quanto as medicações. É sedentário, 
gosta de alimentos gordurosos e não evita os açúcares. Relata poliúria e nictúria. 
Exame Físico: Sedado (ramsay=6), ausência de reação aos estímulos táteis e 
dolorosos, mucosa ocular e oral ressecadas e hipocoradas(3+/4+), pele fria, 
anictérico e hipotérmico (35ºC), pupilas mióticas e fotorreativas. Mantendo 
acesso venoso central em Jugular E. Apresentando FO e dreno de tórax na 
região esternal com exsudação sanguinolenta, dreno mediastinal com secreção 
em grande quantidade. Intubado em VM com FIO2=100%, saturando=89%, 
tórax simétrico com boa expansibilidade, AP: MV+ com roncos bilaterais 
esparsos e secreção clara e fluída em pequena quantidade. AC: Brnf 2T S/S, 
taquicárdico (124BPM), pulsos filiformes, mantendo PAM em radial Esquerda, 
abdome globoso, normotenso e flácido, AB: RHA +, ausência de 
visceromegalias, apresentando cianose de extremidades, perfusão periférica 
prejudicada. FO em MIE (safenectomia). Urina por SVD com presença de 
hematúria e oligúria. 
Exames complementares: Glicemia Capilar = 50mg/dl; Hb = 5,0 g/dl 
 
 
 
 
 
 
 
ESTUDO DE CASO 3 
DIAGNÓSTICO 
 
1. Nutrição desequilibrada: menor que as necessidades corporais do 
doente – relacionada à própria doença e aos fatores biológicos, culturais, 
nutricionais e econômicos. 
2. Memoria prejudicada: Incapacidade de recordar ou recuperar 
informações ou habilidades comportamentais. Relacionado a prejuízo 
neurológico. 
3. Autocontrole inadequado da saúde: devido à complexidade do regime 
terapêutico, déficit de apoio social, dificuldades econômicas, déficit de 
conhecimento ou conflitos familiares. 
4. Risco de infecção: cujos fatores podem incluir alterações nas defesas do 
indivíduo (ação ciliar diminuída, estase de secreções e resistência 
diminuída), desnutrição, exposição ambiental e conhecimento insuficiente 
para evitar exposição a outros patógenos. 
5. Mobilidade física prejudicada: relacionada à dor, perda de integridade 
de estruturas ósseas, caracterizada por amplitude limitada de movimento 
e instabilidade postural. 
6. Risco de confusão aguda: relaciona à dor, infecção, mobilidade 
reduzida e medicamentos. 
7. Dor: relacionada à agentes lesivos (biológicos) e caracterizada por 
mudanças na frequência respiratória. 
8. Ventilação espontânea prejudicada: reserva de energia diminuída, 
tornando o indivíduo incapaz de manter respiração adequada para a 
sustentação da vida, fato evidenciado por pressão de oxigênio diminuída, 
saturação de oxigênio diminuída, uso de musculatura acessória, fadiga da 
musculatura acessória. 
9. Padrão respiratório ineficaz: inspiração e/ ou expiração que não 
proporcionam ventilação adequada, em razão de alteração na 
profundidade respiratória, dispneia, fase de expiração prolongada, 
ortopneia, uso de musculatura acessória. Fator relacionado – fadiga da 
musculatura respiratória. 
10. Perfusão tissular ineficaz: (cardiopulmonar) diminuição na oxigenação, 
resultando na incapacidade de nutrir os tecidos no nível capilar por 
dispneia, uso da musculatura acessória, gases sanguíneos arteriais 
anormais. Fatores relacionados – problemas de troca. 
11. Risco de infecção: risco aumentado de invasão por agentes patógenos, 
por defesas primarias inadequadas, diminuição de ação ciliar e 
pneumonia. 
 
 
 
Cuidados de enfermagem 
Monitoração cardíaca 
Sinais vitais e condições hemodinâmica durante o procedimento 
Observar circulação periférica 
Condições neurológicas 
Trocas de curativos 
Controle da medicação 
Monitorar a evolução da dor precordial e ou dos equivalentes isquêmicos. 
Monitorar o paciente, registrando os valores dos sinais a casa 2horas 
Realizar ausculta pulmonar e observar presença de crepitações a ausculta, 
descrevendo em bases, até terço médio ou ápice de campos pulmonares. 
Realizar balanço hídrico rigoroso. 
Manter meias elásticas no paciente, para prevenção de trombose venosa 
profunda. 
 
 
Observar 
Alterações no nível de consciência 
Alterações nos sinais vitais hipotensão, hipertermia, taquicardia, bradicardia e 
presença de ar – ritmias ventriculares. 
Controle de debito urinário 
Alterações na coloração e temperatura cutânea 
Monitorar ao exame físico presença de sopros e terceira bulha. 
Atentar aos cuidados gerais com acessos venosos periféricos. 
Atentar aos cuidados gerais com relação á prevenção de infecção 
Minimizar procedimentos invasivos 
Observar alterações no padrão respiratório. 
Comunicar se SatO2 < 92%. 
Realizar ausculta pulmonar e observar presença de crepitações a ausculta, 
descrevendo em bases, até terço médio ou ápice de campos pulmonares. 
Realizar balanço hídrico rigoroso.