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1 Marcos Santiago – 6º semestre – Módulo 16 (Fadiga) – LPI Fármacos que interferem no metabolismo ósseo Metabolismo ósseo: Osteoblastos (células ósseas jovens, que tua na síntese do osso, ou seja, produção da matriz óssea) e Osteoclastos (atua na reabsorção óssea); Paratormônio e vitamina D – atuam juntos na regulação da homeostasia do cálcio intracelular (cálcio ósseo ou sérico) e outros processos fisiológicos. Além disso, possuem efeitos adversos e contraindicações (vit. D); Fatores que influenciam no metabolismo ósseo: Paratormônio – aumenta o recrutamento e a atividade dos osteoclastos e osteoblastos; Vitamina D – bom para o metabolismo ósseo, favorece a absorção do cálcio. Sendo sua principal fonte: solar e dieta; • A vitamina D3 ativada agem em diversos locais, principalmente no intestino (atua aumentando a absorção de cálcio na dieta) e o osso (atua aumentando o recrutamento de osteoblastos, estimulando a síntese de proteínas pelos osteoblastos e participando da mineralização da matriz óssea); • Vitamina D encontrada na dieta e ativação solar (luz UV-B, melhor incidência ao sol das 10 às 14h); Calcitonina – produzida pelas células C da tireoide, função de inibição dos osteoclastos (reabsorve cálcio), então diminui a reabsorção de cálcio = + cálcio no osso, mais resistência; Tireoide – os hormônios tireoidianos têm efeitos importantes no metabolismo ósseo, sendo visto em casos de hipertireoidismo um aumento na reabsorção óssea em detrimento de sua formação (estímulo principal aos osteoclastos), com perda de mineral ósseo; Glicocorticoides – sua atividade excessiva resulta em inibição dos osteoblastos (formação óssea), com diminuição da absorção de cálcio e da formação da matriz e estímulo aos osteoblastos; Hormônios sexuais – os estrogênios (estradiol e estrona) são importantes para o estímulo dos osteoblastos na formação óssea. Por isso, a maior incidência de osteoporose nas mulheres após a menopausa, quando a produção desses hormônios diminui drasticamente (reposição hormonal); Hormônio do crescimento (GH) – age no osso aumentando a remodelação óssea (via osteoclastos), assim como a formação óssea (via osteoblastos). Paratormônio (PTH): São receptores de cálcio extracelular da membrana, sendo acoplado a proteína G (sendo ele metabotrópico, + lento), aumentando cálcio livre intracelular, com isso, diminui a secreção de PTH pré-formado; • PTH – estimula receptores de superfície nos osteoblastos, induzindo o aumento da expressão RANKL (ligante/fator de diferenciação dos osteoclastos); OBS – uma das classes de medicamentos inibe a ligação de RANKL no receptor; • PTH – eleva a conversão 25-hidroxivitamina D em 1,25-dihidroxivitamina D (calcitriol), com isso vai aumentar a absorção de cálcio no intestino delgado. Ou seja, eleva a conversão da vit. D em forma ativa; Baixa concentração de cálcio no sangue – o paratormônio atua estimulando a liberação de cálcio pelos ossos; Alta concentração de cálcio no sangue – a calcitonina, atua inibindo a liberação de cálcio pelos ossos; O excesso de suplementação de cálcio também faz mal, uma vez que suplementar demais pode inibir o PTH, que também tem outras funções. VITAMINA D3: Precisa de luz UV-B; Melhor horário – entre 10 e 14h, por 10 a 15 minutos (proteger rosto do sol); Vitamina se armazena no fígado e em tecido adiposo; 2 Marcos Santiago – 6º semestre – Módulo 16 (Fadiga) – LPI Paciente hepatopata provavelmente tem déficit de vit. D; A vit. D armazenada cai na circulação e precisa de uma substância produzida no rim para ser ativada; Remodelagem óssea envolve: • Atividade dos osteoblastos e osteoclastos; • Ações de várias citocinas (IL-6); • Reciclagem dos minerais – cálcio e fosfato; • Ações de vários hormônios. TRATAMENTO FARMACOLÓGICO: • Mais voltado a pacientes com osteoporose; • Algumas fórmulas destroem os osteoclastos, então se o paciente está com o osso destruído esse não vai adiantar, tem que ter estimulação da produção óssea. Reposição hormonal Estrogênio/progesterona Hormônios Calcitonina de salmão Bisfosfonatos Alendronato/residronato Raloxifeno Modulador seletivo do estrogênio VO Renelato de estrôncio Protos VO Desonumab ProliaSC 6/6 meses (anticorpo monoclonal – inibe a ação dos osteoclastos) Teriparatida (1-34 PTH) SC/dia sintético Osteogênico (máximo por 2 anos) CALCIO: Dieta – 1000mg/dia 300mg – intestino; Ingestão mais baixa – maior eficiência de absorção 600mg/dia na presença de calcitriol (Vit. D) Carbonato x citrato: • Carbonato tem 40% de cálcio elementar, citrato tem em média 20% de ferro elementar; • Carbonato entrega mais cálcio, mas tem mais efeitos colaterais; • Tomar a noite e longe das refeições (o citrato pode ser junto, facilita adesão); • Vitamina K direciona o cálcio pro osso, evita o acúmulo em tecidos moles. TRH – terapia de reposição hormonal Estrógeno reduz ressorção óssea por supressão de genes que codificam RANKL e citocinas; EC – Sangramento vaginal, hipersensibilidade mamaria (dificulta adesão); Aumento risco de tromboembolia venosa – síntese hepática de fatores de coagulação; Câncer de mama; Risco supera benefício? MSRE – Moduladores seletivos dos receptores estrogênicos Agonistas ou antagonistas de receptor estrogênico; Raloxifeno – tem atividade tanto agonista, como antagonista, o efeito vai depender de onde ele se liga. Se ele se liga na região óssea, tem atividade agonista (agonista estrogênico no osso) e efeito antagonista no endométrio e nas mamas (reduz efeitos colaterais). Reduz LDL, porém não influencia em doença cardiovascular associadas a dislipidemias. BP – Bifosfonatos Tem 2 mecanismos (simples e potentes) – os compostos simples (etidronato e clodronato) são capturados pelos osteoclastos, e se acumulam e promovem sua apoptose. Os mais potentes ancoram-se nas proteínas celulares de superfícies, impedindo o ligamento dos osteoclastos ao osso; 3 Marcos Santiago – 6º semestre – Módulo 16 (Fadiga) – LPI Se concentram nos tecidos mineralizados, onde são incorporados ao mineral e permanecem biologicamente ativos e não metabolizados; Análogos de pirofosfato – Alendronato, Risendronato, Ibandronato, Pamidronato (IV), Zoledronato (IV). Atuam inibindo rapidamente a ressorção óssea acelerada causada por hiperatividade dos osteoclastos (uso em neoplasias); Os BP se concentram nos tecidos mineralizados, onde são incorporados ao mineral e permanecem biologicamente ativos e não metabolizados; Efeitos adversos: • Principais são os distúrbios gastrointestinais (especialmente esofágicos); • Um efeito raro, mas grave, é a osteonecrose da mandíbula; • A administração endovenosa rápida de bifosfonatos pode causar toxicidade renal; AGENTES ANTIRRESSORTIVOS Impedem ou interrompem a perda óssea por supressão da ressorção óssea osteoclastica; ANTAGONISTAS DE RANKL: Denosumabe Suprime ressorção óssea, interrompe a perda óssea; Uso – redução de fraturas vertebrais, não vertebrais e de quadril em mulheres com osteoporose da pós- menopausa; Reduz ressorçao em pacientes com AR; 4 Marcos Santiago – 6º semestre – Módulo 16 (Fadiga) – LPI VITAMINA K2 (MENAQUIONA) Ativa a osteocalcina, uma proteína que transporta o cálcio aos ossos e dentes; Possuem efeitos positivos sobre os osteoblastos e efeitos inibidores sobre osteoclastos; TERIPARATIDA 20mcg – 1x/dia; Quem não pode usar? • Pacientes que já tiveram diagnóstico de câncer de osso ou outros canceres que espalharam para o osso (metástase); • Doenças ósseas, incluindo hiperparatireoidismo e doença de paget; • Valores inexplicavelmente altos de fosfatase alcalina no sangue; • Crianças ou adultos jovens em crescimento; • Alta concentraçãode cálcio no sangue (hipercalcemia); • Dificuldade de autoaplicação da injeção de forteo colter pen e que não tenham ninguém que possa ajudar. BMPS – PROTEÍNAS MORFOGENETICAS ÓSSEAS • Os BMPs são glicoproteínas responsáveis pelo recrutamento de células osteoprogenitoras para os locais de formação óssea; • Mais de 20 tipos; • São fundamentais para a reparação das fraturas e durante o desenvolvimento do esqueleto ósseo; 5 Marcos Santiago – 6º semestre – Módulo 16 (Fadiga) – LPI • Se unem a específicos receptores das células mesenquimais indiferenciadas (CMI) e transformá- las em células ósseas formadoras; CORTICOIDES
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