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Direito Tributário: Atividade Financeira do Estado e Limitações Constitucionais

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ORDEM TRIBUTÁRIA   
DIREITO TRIBUTÁRIO I
2022 2 
Atividade financeira do Estado. Fontes do Direito Financeiro. Despesa Pública. 
Receita Pública. Crédito Público. Orçamento Público. Tribunal de contas e Lei de responsabilidade fiscal. 
Tributo e suas classificações. 
Fontes do Direito Tributário. Hermenêutica Tributária. 
Limitações constitucionais ao poder de tributar. 
Obrigação e Responsabilidade tributária.
Prof. Msc Luiza Fraga 
luizafraga2010@gmail.com 
AVISOS 
À cada aula os alunos realizarão casos concretos envolvendo de modo a associar a teoria à prática. Ao final deverá acrescentar doutrina e jurisprudência. O conjunto dos trabalhos valerão pontos que serão adicionados as avaliações (AV1, AV2) e o aluno que não adquirir a pontuação necessária para aprovação realizará a AV3.
BASE BIBLIOGRÁFICA 
ALEXANDRE, Ricardo. Direito Tributário Esquematizado. 7. ed. 
CARNEIRO, Claudio. Curso de Direito Tributário e Financeiro. 4 
CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de Direito Tributário. 25. 
Bibliografia Complementar
COÊLHO, Sacha Calmon Navarro. Curso de Direito Tributário Brasileiro. 10ª. Rio de Janeiro:
Forense, 2009. Único.
MADEIRA, Anderson Soares. Manual de Direito Tributário. 7ª edição. Rio de Janeiro: Freitas Bastos,
Programa do curso 
APRESENTAÇÕES. PLANO DE ENSINO E PROGRAMA DO CURSO. 
Apreender os principais aspectos da atividade financeira estatal. Compreender o significado dos princípios constitucionais financeiros e tributários. Identificar os limites e a importância da lei de responsabilidade fiscal. Compreender a dinâmica tributária e seus institutos básicos. 
 obrigação tributária e os deveres dela decorrentes. 
unidade 1 
1.1. Atividade financeira do Estado. Conceito. Elementos. Poder financeiro. Princípios do Direito Financeiro.  
1.2. Fontes do Direito Financeiro. Constituição financeira. Normas gerais de  Direito Financeiro. Leis Orçamentárias. 1.3. Despesa pública. Conceito e classificações. Legalidade da despesa pública. Precatórios judiciais.  
Receita pública. Conceito e classificações. Renúncia de receita.
Crédito público. Conceito e classificações. Técnicas instrumentais. 
1.4  Orçamento Público. Conceito. Processo de elaboração. 1.5TRIBUNAL DE CONTAS. Conceito e função. Controle e fiscalização. Estrutura e organização. 1.6. LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL. Histórico. Natureza jurídica. Principais regras. 1.7. Crédito público. Conceito e classificações. Técnicas instrumentais. 1.8. Orçamento público. Conceito. Processo de elaboração. 1.9. TRIBUNAL DE CONTAS. Conceito e função. Controle e fiscalização. Estrutura e organização. 
UNIDADE 2 – TRIBUTOS 
UNIDADE 3 – 
SISTEMA CONSTITUCIONAL TRIBUTÁRIO E FERELISMMO FISCAL
2.1. Tributo. Conceitos doutrinários. Conceito legal.
2.2. Classificações doutrinárias e legais. 
2.3. Espécies tributárias: ênfase da teoria tripartida e pentapartida. 
3.1. Sistema Constitucional Tributário e Federalismo Fiscal 3.2. Competência tributária: conceito, atributos e espécies. 3.3. Repartição de receitas tributárias: conceito, função, espécies e vedações.
UNIDADE 4 - Fontes do Direito Tributário. Conceito e classificações.
Espécies de fontes do direito tributário.
A constituição tributária e suas funções.
Técnica legislativa no Direito Tributário.
Normas complementares do Direito Tributário.
Hermenêutica Tributária.
 Previsão legal para as técnicas e sua crítica.
Interpretação do direito tributo tributário: 
fontes, 
métodos e 
resultados.
Integração do Direito Tributário : 
métodos 
 limites. 
Unidade 5 – limitações ao poder de tributar 
Conceito e natureza jurídica.
Limitações constitucionais ao poder de tributar vinculadas ao valor segurança jurídica: legalidade, tipicidade e não surpresa (irretroatividade, anterioridade, noventena) função e exceções.
Limitações constitucionais ao poder de tributar vinculadas ao valor justiça: isonomia(generalidade, universalidade), capacidade contributiva (aplicações e técnicas), não confisco, neutralidade, Extrafiscalidade e não cumulatividade.
Limitações constitucionais ao poder de tributar vinculadas ao valor liberdade: vedação de limitação ao tráfego de pessoas e bens, proibição de diferença tributária em razão da origem ou destino, livre iniciativa, transparência, imunidades. 
Limitações constitucionais ao poder de tributar vinculadas ao valor federação: uniformidade geográfica, vedação de isenção heterônoma, imunidade recíproca.
Ob tributária : conceito e relação com a obrigação do direito privado
Espécies de Obrigação Tributária: obrigação principal, obrigação acessória e dever jurídico instrumental. 
Elementos da  Obrigação Tributária : hipótese de incidência. Responsabilidade Tributária: conceito e tipos de responsabilidades: 
Responsabilidade por substituição: espécies e conflitos.
Responsabilidade por transferência: espécies. 
Responsabilidade por infrações: natureza e denúncia espontânea.
 ÚLTIMO PONTO - Responsabilidade tributária 
ESQUEMATICAMENTE 
RESPONSABILIDADE
TRIBUTÁRIA 
POR TRANSFERÊNCIA 
POS SUBSTITUIÇÃO
CAUSA MORTIS 
 CISÃO/FUSÃO/INCORP
COMPRA/VENDA 
RESPONSAB CIVIL 
EMPRESARIAL/PENAL 
PARA FRENTE 
PARA TRÁS 
 AULA 1
ATIVIDADE FINANCEIRA DO ESTADO 
Introdução ao Direito Financeiro. 
Atividade Financeira do Estado. 
Conceito. 
Elementos. 
Poder Financeiro. 
Princípios do Direito Financeiro. 
Fontes do Direito Financeiro. 
Constituição financeira. 
Normas gerais de Direito Financeiro. 
Leis Orçamentárias. 
Atividade financeira do Estado.
“ Consiste em obter, criar , gerir e despender o dinheiro indispensável às necessidades , cuja satisfação o Estado assumiu ou cometeu àqueloutras pessoas de direito público. Embora expressa em dinheiro, a atividade financeira, do ponto de vista econômico, desloca do setor privado para o público, massa considerável de bens e serviços, retirando-os uns e outros ao consumo e ao investimento de particulares. “ Claudio Carneiro. Ed. Saraiva 
De forma mais simples, pode-se dizer que a Atividade Financeira do Estado é a realização de capital visando interesse público pela aplicação adequada da Receita arrecadada. 
Ricardo Lobo Torres : conjunto de ações do Estado para obtenção de receita e a realização dos gastos para atendimento das necessidades públicas. 
POLÍTICA FISCAL pode ser ter 3 funções principais. 
1ª: FUNÇÃO ALOCATIVA: fornecimento de bens públicos. 
2ª: FUNÇÃO DISTRIBUTIVA: associada à redistribuição de renda através da tributação. 
3ª: FUNÇÃO CORRESPONDE À ESTABILIZAÇÃO COM OBJETIVO DE INFLUENCIAR A
 POLÍTICA ECONÔMICA. 
Para influenciar na economia, e isso depende dos Planos de Governos pretendidos para alcançar nível de emprego, estabilidade dos preços e taxa de crescimento econômico. 
Há duas funções precípuas para os tributos no universo econômico:
criar recursos para o funcionamento do Estado e 
assegurar o equilíbrio e a orientação da economia, onde a tributação permite também alterar a distribuição de ganhos buscando uma equalização das condições. 
 Em uma perspectiva microeconômica, a transferência DE RECURSOS DO PRIVADO PARA O PÚBLICO, representada pelo tributo, são tidos como negativos para as empresas e mercado. É o que se convencionou chamar de “peso morto dos tributos” onde são vistos como um custo no processo de produção. Assim, sob este ângulo, há uma tendência natural do agente econômico reagir à tributação, seja pela evasão fiscal ilícita, seja pelo planejamento tributário.
Ricardo Lobo Torres : Conjunto de Ações do Estado 
Para Lobo Torres o Dir. Financeiro deve ser analisado sob dois aspetos: 
Aspecto Objetivo (ordenamento): conjunto de normas e princ. que regulam a atividade financeira do estado, cabendo ao D. Financeiro disciplinar a constituição e a gestão da Fazenda Pública, estabelecendo as regras e os procedimentos para a obtenção de receita pública e a realização dos gastos para as funções de Estado. 
NA CF/88: art 163-169, além do art 192, lei 4320/64, LC 101/2000 – Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). 
Aspecto Científico (como ramo de Ciência Jurídica):conjunto de regras para justificar a realização financeira do Estado, apresentando uma nova síntese hermenêutica. 
Direito financeiro – base legal 
Aspectos constitucionais e legais do dir. financeiro – UM SUBSISTEMA CONSTITUCIONAL 
A CF/88 é a base do D.Financeiro e tem como características: rigidez, a abertura e o pluralismo. Relembrando:
RÍGIDA: somente pode ser alterada por PEC (art 60 CF); 
ABERTA: pois apresenta um sistema financeiro “problemático” , lacunoso, que exige mecanismos adicionais para corrigir qualquer falha na implantação do sistema. 
PLURALISMO: refere-se à variedade de subsistemas em que a CF/88 se desdobra. 
Para Ricardo L. Torres, a o Direito Financeiro e Tributário, dentro da CF/88, se desdobra em três principais subsistemas:
CONST TRIBUTÁRIA: insere-se nos art 145-156 e se subdivide em inúmeros outros subsistemas, abordando princípios, limitações ao poder de tributar, impostos da União, Estados e municípios. 
CONST FINANCEIRA PROPRIAMENTE DITA: insere-se nos art. 157-164 e disciplina o relacionamento financeiro governamental , repartição de receitas, crédito público e a moeda. 
CONST ORCAMENTÁRIA: prevista nos art 70-75 e 165-169 e regula o planejamento financeiro do Estado e o controle de sua execução. 
TORRES, R.L. Curso de Direito Financ.Tributário
Fontes do direito financeiro 
Discute-se as questões sobre fontes – se realmente há fontes materiais de Direito Financeiro, Doutrina não é unânime. Regra geral, tem-se: formal e fonte material. Novas formas de classificação são dadas pela filosofia do direito, teoria geral e sociologia do direito. 
			 				CF 
FONTES FORMAIS
			 Leis Infraconstitucionais. 
FONTES MATERIAIS = O Fato Gerador da Cobrança do Tributo. 
Eduardo Sabbag. Manual de D.Tributário. 
FONTES FORMAIS DO DIREITO FINANCEIRO 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
O Subsistema de Repartição de Receitas Tributárias (arts. 157 a 162); 
 o Subsistema de Empréstimos Públicos (art. 163); c) o Subsistema Monetário (art. 164); 
O Subsistema dos Orçamentos (art. 165 a 169) e 
O Subsistema de Fiscalização Contábil, Financeira e Orçamentária (arts. 70 a 75).
 B) LEIS COMPLEMENTARES (infraconstitucionais)
A CF/88 determina que, em certas hipóteses, a matéria do direito financeiro deve ser tratada através de lei complementar. EX arts. 161, 163 e 165, § 9º, da CF/88 
Atenção: pelo caput art 165/ da CF, PPA, LDO e LOA são Leis Ordinárias: 
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
I - o plano plurianual;
II - as diretrizes orçamentárias;
III - os orçamentos anuais.
Fontes DO DIREITO FINANCEIRO 
.
FONTES 
MATERIAIS 
FORMAIS 
CRFB/1988
Leis infraconstitucionais
Fato Gerador do Tributo 
LC 101/00
L 4320/64
PPA/LDO/LOA
Art 59 CCF 
DIREITO FINANCEIRO ESQUEMATIZADO 
 
DIREITO FINANCEIRO
ATIVIDADE FINANCEIRA DO ESTADO 
RECEITA 
PÚBLICA
DESPESAS PÚBLICAS
CRÉDITOS PÚBLICOS 
ORCAMENTO PÚBLICO 
Fontes formais
Lei Complementar 101/00 – LEI DE RESPONSABILIDADE FISCAL: a LRF se notabilizou pelo rigor fiscal aos gestores públicos. Trata-se de lei voltada para o planejamento, a transparência, equilíbrio das contas públicas, cumprimento de metas de resultados entre Receita e Despesas e fixação de limites e condições para Renúncias de receitas e geração de despesas. A LRF alcança a Administração Direta e parte da Administração Indireta, art. 1º, § § 2º e 3º LRF:
Art. 1o Esta Lei Complementar estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal, com amparo no Capítulo II do Título VI da Constituição.
§ 1o A responsabilidade na gestão fiscal pressupõe a ação planejada e transparente, em que se previnem riscos e corrigem desvios capazes de afetar o equilíbrio das contas públicas, mediante o cumprimento de metas de resultados entre receitas e despesas e a obediência a limites e condições no que tange a renúncia de receita, geração de despesas com pessoal, da seguridade social e outras, dívidas consolidada e mobiliária, operações de crédito, inclusive por antecipação de receita, concessão de garantia e inscrição em Restos a Pagar.
§ 2o As disposições desta Lei Complementar obrigam a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.
§ 3o Nas referências:
I - à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, estão compreendidos:
a) o Poder Executivo, o Poder Legislativo, neste abrangidos os Tribunais de Contas, o Poder Judiciário e o Ministério Público;
b) as respectivas administrações diretas, fundos, autarquias, fundações e empresas estatais dependentes;
DIFERENÇAS 
Fontes formais
LEI 4.320/64. ainda na CF/46, pela recepção constitucional, é uma Lei ORDINÁRIA. . Muito embora a 4320/64, que estatui normas gerais de direito financeiro seja formalmente LO, ela tem status de Lei Complementar, já que a sua matéria possui essa reserva dada pela CF. Nesse sentido a ADI n.º 1.726-5/DF, que lhe reconheceu a materialidade de lei complementar, art 146 CF/88:
Art. 1º Esta lei estatui normas gerais de direito financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal, de acordo com o disposto no art. 5º, inciso XV, letra b, da Constituição Federal.
Art. 2° A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e despesa de forma a evidenciar a política econômica financeira e o programa de trabalho do Governo, obedecidos os princípios de unidade universalidade e anualidade.
Art. 3º A Lei de Orçamentos compreenderá todas as receitas, inclusive as de operações de crédito autorizadas em lei.
LEIS ORDINÁRIAS: nesse ponto, não há qualquer especificidade. as leis ordinárias são comumente utilizadas em direito financeiro, destacando-se aqui as principais leis como dessa categoria: Lei do Plano Plurianual (PPA), Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA). 
 CF/88 Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
I - o plano plurianual;
II - as diretrizes orçamentárias;
III - os orçamentos anuais.
ORÇAMENTO PÚBLICO 
 RECEITA PÚBLICA 
 
	
 
 RECEITA 
 
 
ORIGINÁRIA: atos de gestão do poder público. Decorrem do patrimônio publico imobiliário do Estado. Tb chamada Rec Economia Privada
DERIVADA: decorrem de atos de império (ius imperium). Deriva do patrimônio de particulares. Ex: penalidades pecuniárias, multas.
EXTRAORDINÁRIA: caráter menos constante e, por não estarem previstas, permitem ao Estado intervir no patrimônio do particular. Ex: art 148 154 II CF 
ORDINÁRIA : entrada constante, periódica e permanente. 
Lei 4320/64
Receita corrente e de capital – lei 4320/64 
OUTRA DEFINIÇÃO PARA RECEITA CORRENTE E DE CAPITAL
Não é pertinente à natureza do que é pago, mas a sua periodicidade.
CORRENTE: IPVA, IPTU, IR, pois há previsibilidade orçamentária. Pode ser feito um planejamento com o quanto será arrecadado. Aluguéis de imóveis públicos, participações em Soc de Economia Mista (não tem nat tributária). 
DE CAPITAL: São receitas pontuais. Não são previsíveis, mas uma vez sendo receita, serão utilizadas. Venda de imóvel inservível, pagamento de precatórios judiciais. De natureza tributária: ITBI, ITC, ITD(CM),
Art 11 lei 4320/64 receitas em Direito Financeiro 
Art. 11 - A receita classificar-se-á nas seguintes categorias econômicas: Receitas Correntes e Receitas de Capital.
Receitas Tributárias 
Receitas de Origem Não Tributária 
HÁ RECEITAS CORRENTES E DE CAPITAL EM AMBAS AS NATUREZAS
Principais aspectos sobre receita pública 
CLASSIFICAÇÃO DAS RECEITAS	
	A Receita Pública possui várias classificações, nas leis 4320/64 e na LC 101/2000. Abaixo:
RECEITAS ORDINÁRIAS E EXTRAORDINÁRIAS: 
Leva em consideração a periodicidade com que a receita adentra aos cofres públicos. 
Ordinárias: são as que têm entrada constante, periódicaou permanente. Anualmente previstas e são usadas para despesas regulares do Estados. 
Extraordinárias: são aquelas cuja entrada não tem previsão, menos constantes. Surgem em caráter excepcional, podendo ser as situações previstas nos artigos 148, II ou 154,II CF/88. 
CLASSIFICAÇÃO DAS RECEITAS	
RECEITAS ORIGINÁRIAS E DERIVADAS. Leva em conta a origem da receita.
 ORIGINÁRIA: é aquela que tem origem no próprio patrimônio público imobiliário do Estado, daí também ser chamada de receita de economia privada. Nestes casos, o ente público atua como empresário através de um acordo de vontades, e não por meio de ato de império, não há coerção na sua instituição. O Estado não age com ius imperium. Ex: locação de bens públicos. 
DERIVADA: é aquela arrecadada compulsoriamente por imposição do Estado, através de seu poder de império, também chamada receita de economia pecuniária e seu inadimplemento submete-se às penalidades pecuniárias.
RECEITAS CORRENTES E DE CAPITAL. LEI 4320/64 (alterada pela LC 101/2000)
Não é função de lei trazer definições, mas a lei 4320 trouxe uma classificação de receitas correntes e de capital muito boa. 
Receita Corrente: previsto no art 11, § 1º , é considerada aquela decorrente de tributos, de execuções fiscais, exploração de bens estatais, etc. Esta receita visa atender despesas correntes conforme a Lei Orçamentária. 
Receita de Capital: previsto no art 11, § 2º , visa atender despesas de capital. No §4º há o detalhamento das subespécies das receitas correntes e das receitas de capital. 
Art 11 lei 4320/64 DESPESAS em Direito Financeiro 
Art. 12. A despesa será classificada nas seguintes categorias econômicas: 
			 			 Despesas de Custeio 
DESPESAS CORRENTES 	 Transferências Correntes 
 Investimentos
			
DESPESAS DE CAPITAL Inversões Financeiras 
			 Transferências de Capital 
Definições 
Despesas de Custeio as dotações para manutenção de serviços anteriormente criados, inclusive as destinadas a atender a obras de conservação e adaptação de bens imóveis.
Transferências Correntes as dotações para despesas as quais não corresponda contraprestação direta em bens ou serviços, inclusive para contribuições e subvenções destinadas a atender à manutenção de outras entidades de direito público ou privado.
Investimentos as dotações para o planejamento e a execução de obras, inclusive as destinadas à aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas, bem como para os programas especiais de trabalho, aquisição de instalações, equipamentos e material permanente e constituição ou aumento do capital de empresas que não sejam de caráter comercial ou financeiro.
DEFINIÇÕES 
Inversões Financeiras as dotações destinadas a:
I - aquisição de imóveis, ou de bens de capital já em utilização;
II - aquisição de títulos representativos do capital de empresas ou entidades de qualquer espécie, já constituídas, quando a operação não importe aumento do capital;
III - constituição ou aumento do capital de entidades ou empresas que visem a objetivos comerciais ou financeiros, inclusive operações bancárias ou de seguros.
Transferências de Capital as dotações para investimentos ou inversões financeiras que outras pessoas de direito público ou privado devam realizar, independentemente de contraprestação direta em bens ou serviços, constituindo essas transferências auxílios ou contribuições, segundo derivem diretamente da Lei de Orçamento ou de lei especialmente anterior, bem como as dotações para amortização da dívida pública.
PPA – LDO – LOA 
PPA plano plurianual 
O planejamento é a primeira etapa do Processo Orçamentário. Nesse nível, não há ainda uma grande preocupação com a quantificação física e financeira das metas de governo. O governo precisa fazer grandes investimentos para atender a sociedade brasileira, por exemplo, construção de rodovias e hidrelétricas, reforma de aeroportos, restauração de bibliotecas e museus, etc. Para esses grandes investimentos públicos, o poder executivo federal elabora, a cada quatro anos, um planejamento, que é discutido e aprovado como lei pelo poder legislativo federal (congresso nacional). Esse planejamento é chamado de PLANO PLURIANUAL (PPA) e define, para um período de quatro anos, as grandes prioridades nacionais e regionais, com metas para cada área de atuação (saúde, educação, saneamento, transporte, energia, etc. 
A vigência do PPA inicia no primeiro ano de mandato, o Chefe do Poder Executivo elabora o seu planejamento de gastos e, com isso, estabelece o que pretende executar, em termos de obras e serviços públicos. A CF/88 determina que nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no PPA ou sem lei que autorize a sua inclusão, sob pena de crime de responsabilidade, conforme definidos na lei 10.028/2000, conhecida como Lei de Crimes Contra as Finanças Públicas.
Plano plurianual 
Art § 165 CF/88: Leis de iniciativa do poder executivo estabelecerão
I - o plano plurianual – vigência de 4 anos 
II - as diretrizes orçamentárias – vigência de 1 ano 
III - os orçamentos anuais – vigência de 1 ano 
§ 1º a lei que instituir o Plano Plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as Diretrizes, Objetivos e Metas (D.O.M.) da administração pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. 
§ 2º a lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento
...........................................
§ 5º A lei orçamentária anual compreenderá:
I - o orçamento fiscal referente aos poderes da união, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público
II - o orçamento de investimento das empresas em que a união, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto
III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo poder público.
Leis ordinárias 
Plano plurianual 
Enquanto o governo elabora seu planejamento para os próximos quatro anos, ele está executando o último ano do PPA de seu antecessor, isto é, ao assumir o governo, o chefe do poder executivo herda um ano de planejamento do governo anterior. Em resumo, apesar de o PPA ser elaborado para um período de quatro anos, ele não coincide com o Mandato Do Chefe Do Poder Executivo. A figura a seguir exemplifica:
Ex: Eduardo Paes está viveu seu 1º ano de mandato a LOA votada por Crivela. 
................ou seja: 
No adct
CF/88 
Art. 35 [...] 
§ 2º - até a entrada em vigor da Lei Complementar a que se refere o art. 165, § 9º, I e II, serão obedecidas as seguintes normas:
 I– o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício financeiro do mandato presidencial subsequente, será encaminhado até quatro meses antes do encerramento do primeiro exercício financeiro e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa.
LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS – LDO 
Antes de se fazer o orçamento de cada ano, o Poder Executivo Federal prepara e encaminha para ser discutida no Poder Legislativo Federal (Congresso Nacional) outra lei, chamada Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). 
A LDO é a norma que estabelece metas e prioridades para o exercício seguinte, inclui as despesas de capital (investimento) para o exercício subsequente , orienta a lei orçamentária anual (LOA), dispõesobre mudanças na legislação tributária, estabelece a política de aplicação das agências de fomento e define as metas fiscais. 
O planejamento precisa ser ajustado a cada ano, de acordo com as necessidades e metas do governo para o ano seguinte. É Governo eleito quem diz quais são as despesas mais importantes para cada ano, ou seja, é a LDO que faz a ligação entre o plano estratégico de médio prazo, PPA, com o plano operacional de curto prazo, representado pelo LOA. 
LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS – LDO 
Também traz uma série de regras para elaborar, organizar e executar o orçamento, além de definir as prioridades que deverão estar contempladas na LOA. 
Ex: reajuste do salário mínimo, quanto o governo deverá poupar a cada ano para pagar a dívida pública, eventuais alterações na cobrança de tributos, regras temporárias caso o orçamento não seja aprovado até o final do ano.
 A LDO define as políticas de Investimento das Agências Oficiais de Fomento o BNDES e o Banco da Amazônia. Essas instituições utilizam Recursos Públicos Federais para financiar projetos que promovam o desenvolvimento do Brasil. 
Duas funções da LDO, estabelecidas pela CF/88: 
fixar parâmetros para que os poderes da União elaborar suas propostas de orçamento; 
 estabelecer parâmetros e autorizar concessão de vantagem ou aumento de remuneração aos servidores dos poderes da União e do MP; ressalvam-se, nesse caso, as Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista.
Lei Orçamentária Anual
A LOA é o orçamento público propriamente dito. É discutida e aprovada todo ano, trazendo a programação dos gastos governamentais em cada área, além da previsão das receitas para custear esses gastos. 
É preciso termos previstas as receitas e despesas as quais estimamos. Esse planejamento não pode ser rígido, porque determinadas receitas podem não se realizar, ou chegar a valores menores do que o esperado, ao passo que despesas imprevistas podem surgir, etc. 
Portanto, é preciso ter flexibilidade e traçar prioridades claras para fazer os ajustes entre o orçamento previsto e o orçamento realizado, de acordo com as despesas de fato ocorridas.
COMPOSIÇÃO DA LOA 
ORÇAMENTO PÚBLICO É UM ÚNICO DOCUMENTO ESTRUTURADO EM TRÊS PARTES: 
Orçamento Fiscal, Orçamento da Seguridade Social e Orçamento de Investimento. 
Orçamento Fiscal: se refere aos poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da Adm. Direta e Indireta, Fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público. 
O Orçamento de Investimento: representa a parte da lei que registra os investimentos (aquisição de bens componentes do ativo imobilizado) das empresas em que a União, Direta ou Indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto, mas apenas das empresas estatais independentes, aquelas que não necessitam de recursos fiscais do governo para manter suas atividades. Ex: Petrobrás, Eletrobrás, BB e CEF.
 
O Orçamento da Seguridade Social: abrange todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da Adm. Direta ou Indireta, bem como os Fundos e Fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público, nas despesas relacionadas à Saúde, Previdência e Assistência Social, nos termos do § 2º, art. 195 CF/88. Os pagamentos de aposentadorias, pensões e benefícios, assim como os gastos com hospitais, medicamentos e programa bolsa família são exemplos de despesas desse orçamento. 
NA CF – A LOA 
CF/88 
Art. 165 […] 
§ 5º a Lei Orçamentária Anual compreenderá:
 I– o orçamento fiscal referente aos poderes da união, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo poder público; 
II–o orçamento de investimento das empresa sem que a união, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; 
III – o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgão se ela vinculados, a administração direta ou indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo poder público
Relação entre ppa – ldo – loa 
4 anos 
1 ano 
1 ano
Caso concreto AULA 1 
Determinado governador do Estado do Acre está em forte debate com a Assembleia Legislativa. Apesar de ter sido eleito em primeiro turno com uma expressiva maioria de votos, sua Assembleia é hoje composta em maioria considerável pela oposição .ressentida por não ter reeleito o antigo governador, candidato da situação. Diante deste conflito político, o governador não consegue aprovar a lei orçamentária que se manifesta compatível com suas propostas. Sendo assim, decide baixar o orçamento por medida provisória. Deputado da oposição se recusa a votar a medida provisória e levanta argumentos tecnicamente adequados. Pergunta-se: 
Quais seriam estes argumentos?
Pode o governador editar medida provisória? 
Cabe medida provisória em Direito Financeiro. 
GABARITO 
os argumentos do Deputado são: 
a Constituição da República, em seu art. 62, veda a edição de Medida Provisória que tenha por objeto lei orçamentária anual. Esta matéria somente poderá ser objeto de lei ordinária. 
b) a medida provisória é uma espécie legislativa de exceção e sua edição pelos chefes do executivo estadual e municipal não está literalmente prevista pela Constituição da República, sendo controversa a sua aplicação por simetria. Entretanto, admite-se a sua edição pelo governador do Estado quando a Constituição Estadual expressamente prevê e na matéria que ela prevê. 
c) Não há propriamente uma vedação quanto à edição de medida provisória em Direito Financeiro, com exceção das questões relativas às leis orçamentárias e tal como previsto no art. 62 §1º d da Constituição.
Projeto de loa – ploa 
 
O projeto de LOA é encaminhado ao Poder Legislativo para discussão nas comissões e aprovação do Plenário, com ou sem emendas. A última fase da LOA é a implementação e a execução do orçamento. A figura a seguir mostra a distinção de informações sobre previsão de receita constante no ploa e na LOA, em nível federal.