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Sinalização celular. Replicação, transcrição e tradução. 
Assim como os seres organizados, as células se comunicam. No caso dos mamíferos, estes usam os órgãos 
dos sentidos para se comunicar. As células necessitam de substâncias químicas que fazem a intermediação 
entre as células comunicantes. 
A comunicação celular é conhecida por quimiotaxia. 
Figura-1 Sinalização celular 
 
Fonte: Profº Igor Duarte 
 
A sinalização celular envolve o envoi da química sinalizadora, o meio pelo qual essa sinalização vai chegar 
até a célula alvo e a célula alvo propriamente dita. 
Na figura acima vemos uma célula emissora enviando uma química sinalizadora (em vermelho) e a 
química se ligando no receptor da célula alvo. 
A célula alvo compreende a mensagem e age de acordo com a sinalização. 
Um dos melhores exemplos de sinalização celular é a contração uterina durante o parto. Neste caso, as 
células da glândula hipófise localizada no cérebro libera o hormônio ocitocina (oxitocina) no sangue. Como 
apenas as células uterinas possuem receptores para ocitocina, este irá se ativar e contrair, iniciando o 
trabalho de parto. 
Figura-2 Sinalização a longas distâncias 
 
Fonte: Profº Igor Duarte 
 
Após a recepção do sinal, a célula traduz o sinal e age. No caso do útero, suas células agiram contraindo. 
Existem basicamente 5 tipos de sinalização celular: 
-Endócrina 
-Parácrina 
-Autócrina 
-Neuronal 
-Dependente de contato 
Vamos discutir todas nesse modulo iniciando pela sinalização endócrina. 
-Sinalização endócrina. 
O termo endócrino refere-se ao Sistema de glândulas que liberam hormônios. Hormônios são 
sinalizadores químicos das células. 
Este tipo de comunicação permite 2 ou mais células se comunicarem a longas distâncias. O exemplo do 
útero na figura 2 é um tipo de comunicação endócrina. 
Nesse tipo de comunicação, sempre se utiliza a corrente sanguínea. Neste caso, o sangue é o principai 
meio pelo qual o hormônio vai chegar até a célula alvo. 
Figura 3 Sinalização endócrina 
 
Fonte: Profº Igor Duarte 
Outro exemplo de sinalização endócrina se dá pela liberação do hormônio adrenalina pelas glândulas 
suprarrenais. As células alvo como as do coração irão reagir a esta sinalização accelerando os batimentos. 
 
Sinalização Parácrina 
A molécula sinalizadora é liberada no meio extracelular, ativando somente células vizinhas e que 
expressam o receptor para o ligante. Este tipo de sinalização é muito comum nos processos alérgicos e 
 
inflamatórios. Como exemplos de ligantes envolvidos na sinalização parácrina podem citar a histamina e 
as citocinas. Neste tipo de comunicação as células se comunicam num local específico. 
 
Figura 4 Sinalização Parácrina 
 
Fonte: Profº Igor Duarte 
Neste tipo de sinalização, pode até haver uma circulação sanguínea próxima, mas não será necessária. A 
célula sinalizadora libera a química no meio externo e esta química irá ativar as células vizinhas. Quando 
a histamina é liberada na região, ocorre a ativação das células vizinhas que respondem dilatando os vasos. 
 
Sinalização Autócrina 
Sinalização Autócrina. Neste tipo de sinalização, a molécula sinalizadora é liberada no meio extracelular, 
através de exocitose, ativando a própria célula que liberou o ligante. Esta forma de sinalização celular é 
comumente encontrada em células do sistema imunológico, onde podemos destacar a citocina IL-2,que 
controla, entre outros fatores, a proliferação celular em resposta a um estímulo antigênico. 
Basicamente, a célula ativa a si própria. Se não for assim, não haveria uma resposta. 
 
 
 
 
Figura 5 Sinalização Autócrina 
 
Fonte: Profº Igor Duarte 
 
Sinalização neural (sináptica) 
A molécula sinalizadora é liberada no meio extracelular, ativando somente uma única célula, que se 
encontra presente na junção sináptica. Neste caso, a molécula sinalizadora é denominada 
neurotransmissor. A célula sinalizadora é sempre uma célula nervosa, e a célula-alvo pode ser outra célula 
nervosa, uma célula muscular ou uma célula glandular endócrina, por exemplo. São diversos os 
neurotransmissores envolvidos na sinalização sináptica, entre os quais podemos destacar: a acetilcolina, 
a dopamina, a serotonina, a noradrenalina entre outros. 
Figura 6 Sinalização neuronal 
 
Fonte: Profº Igor Duarte 
 
Sinalização dependente de contato 
Sinalização Dependente de Contato. Neste tipo de sinalização tanto os ligantes quanto os receptor são 
proteínas integrais da membrana plasmática. Não ocorre liberação do ligante para o meio extracelular. 
Em alguns casos, um segundo mensageiro é transmitido de uma célula para outra, através de canais 
protéicos (junções comunicantes) presentes nas membranas das duas células. Um bom exemplo de 
sinalização dependente de contato se dá quando um leucócito reconhece uma célula contaminada ou 
envelhecida tocando-a, esta entende que é hora de iniciar apoptose (morte celular). 
 
Figura 7 Sinalização dependente de contato 
 
Fonte: Profº Igor Duarte 
 
DNA. 
As células eucarióticas humanas possuem uma fita de DNA, onde as informações sobre as características 
dos tecidos são armazenadas. 
O DNA (ácido desoxirribonucleico) é um tipo de ácido nucleico que possui destaque por armazenar a 
informação genética da grande maioria dos seres vivos. 
Essa molécula é formada por nucleotídeos e apresenta, geralmente, a forma de uma dupla-hélice. Nos 
organismos eucarióticos, o DNA é encontrado no núcleo da célula e nas mitocôndrias. 
Composição do DNA 
O DNA é composto por nucleotídeos: 
Adenina 
Timina 
Citosina 
Guanina 
 
Adenina sempre faz par com a Timina 
Citosina sempre faz par com a Guanina. 
Figura 8 DNA 
 
Fonte: Profº Igor Duarte 
 
Figura 9 DNA x RNA 
 
Adaptado de: https://www.technologynetworks.com/genomics/lists/what-are-the-key-differences-between-dna-and-rna-296719 
 
A fita de DNA se condensará no período de duplicação formando os coromossomos. 
A seguir veremos os níveis de condensação cromossômica. 
Figura 10 Condensação do DNA 
 
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Cromossomo 
 
1- Fita de DNA. 
2- Fita de DNA enovelando-se sobre as histonas. 
3- Formação do centrômero do cromossomo. 
4- Cromossomo em fase final de condensação 
5- Cromossomo. 
 
Algumas doenças estão diretamente ligadas ao número de cromossomos como a síndrome de Down. 
Neste caso, trata-se de uma trissomia do cromossomo 21. 
Obs: As células humanas possuem 23 pares de cromossomos. 
 
Transcrição gênica 
Para realizar a cópia do DNA (informação genética), faz-se necessário a abertura da fita dupla hélice 
através de uma enzima chama de Helicase. 
Além da abertura da fita dupla, esta produz uma fita de RNA com a cópia perfeita do gene. 
 
Figura 11 Fita de DNA sendo aberta 
 
Autor desconhecido 
O RNA se liga ao DNA fazendo uma cópia perfeita. Esta copia é enviada ao ribossomo para tradução e 
produção da proteína. 
Nas próximas aulas discutiremos a duplicação do DNA. 
 
Objetivos. 
-Compreender os tipos de sinalização celular 
-Conhecer as principais químicas sinalizadora 
-Estudar a composição do DNA