Buscar

Câncer de tireoide - P2 - M1 - P3

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Câncer de tireoide - P2 - M1 -
P3
01. Esclarecer a tireoidite de
hashimoto e sua relação com o
câncer de tireoide
Tireoidite de Hashimoto:
- Doença multifatorial caracterizada
por ataque imunológico aos
folículos tireoidianos com
anticorpos, o que afeta a função
de produção hormonal da tireoide.
- Possui influência de fatores
genéticos, ambientais, hormonais e
imunológicos.
- Acontece por causa de um defeito
na tolerância imunológica que leva
a uma destruição inflamatória e
prejuízos na função de produzir e
secretar T3 e T4, havendo
infiltração linfocítica difusa, fibrose
e atrofia do parênquima da
glândula → ataque imunológico
anormal contra antígenos
tireoidianos mediados por
linfócitos T e B → as células TCD4+
são os principais responsáveis pela
inflamação, porque ativam células
T citotóxicas, macrófagos e
estimulam a produção de
anticorpos pelas células B.
Relação entre o TH e o CPT (carcinoma
papilífero da tireóide):
● O carcinoma papilífero é a
mais comum neoplasia
maligna na tireóide.
● A tireoidite de Hashimoto é
a doença autoimune mais
comum e uma das doenças
endocrinológicas mais
frequentes.
- A associação entre TH e CPT foi
feita pela primeira vez em 1955.
- O conceito de inflamação crônica
como fator de risco para o
desenvolvimento de neoplasias já é
bem estabelecido. No entanto, a
relação causa-efeito ainda é
incerta.
- As publicações a respeito
baseiam-se em estudos com
pacientes que passaram por
tireoidectomia e casos submetidos
à punção aspirativa com agulha
fina (PAAF)
02. Entender o hipotireoidismo
Funcionamento da tireóide:
- Anatomia:
→ Normalmente possui dois lobos,
mas algumas pessoas possuem
três, que aumentam em tireoidites
autoimunes.
- Histologia:
→ O tecido é composto de folículos
arredondados que envolvem o
lúmen contendo colóide, os
tireócitos. Entre os folículos estão
os parafoliculares, produtoras de
calcitonina.
- Fisiologia:
→ O iodo (na forma de iodeto ou
iodato) é ingerido, absorvido pelo
trato gastrointestinal e distribuído
pelo líquido extracelular. Esse iodo,
para ser transportado até o
tireócito, se liga ao simportador
sódio-iodo; dentro do tireócito, o
iodo é oxidado pela enzima
tireoperoxidase (TPO); o composto
resultante se liga a tireoglobulina
(TGB). Como resultado desse
processo, formam-se os hormônios
T3 e T4, secretados no lúmen
folicular.
- Os hormônios (T3 e T4) são
lipossolúveis, logo, precisam de
uma proteína de transporte, a TBG
(globulina de ligação da tiroxina).
- Controle: hipotálamo e hipófise
pelo eixo
hipotálamo-hipófise-tireóide.
- Ação: T3 atua controlando o
metabolismo geral e T4 é um
pré-hormônio normalmente
convertido em T3 nos tecidos.
Hipotireoidismo primário:
- Deficiência na síntese e secreção
dos hormônios T3 e T4 pela
glândula tireóide, que ocorre por
disfunções intrínsecas da mesma.
- Apresenta TSH acima dos valores
de referência e níveis de T4 e T3
abaixo. Isso porque há redução do
feedback negativo sobre a hipófise
e consequente aumento da
secreção de TSH.
- Mais prevalente no sexo feminino.
Quadro clínico:
- Redução metabólica, que se
manifesta por hipoatividade
generalizada, associada ao
acúmulo de glicosaminoglicanos no
interstício dos tecidos.
- Cansaço, fraqueza muscular,
câimbras, irregularidade
menstrual, intolerância ao frio,
ganho de peso, infertilidade,
letargia e dificuldade de
concentração, ressecamento na
pele, bócio, edema de face e mãos,
engrossamento da voz,
hiporreflexia, bradicardia,
hipertensão arterial, bradipneia,
galactorreia.
Diagnóstico: principalmente TSH e T4
livre.
- TSH elevado e T4L reduzido:
glândula não responde ao TSH.
Primário.
- TSH elevado e T4L normal: T4L se
mantém normal às custas de um
TSH muito alto. Subclínico. O
paciente ainda não descompensou,
mas pode evoluir.
- TSH reduzido e T4L reduzido: o
eixo não responde. H central.
- Exames:
. Anti TPO: presença de anticorpos
antitireoidianos. Confirma o
diagnóstico de tireoidite crônica
autoimune.
. USG: a glândula pode estar com
tamanho aumentado, reduzido ou
inalterado.
. Anemia normocrômica e
normocítica, hiponatremia,
elevação de creatina quinase e
hipercolesterolemia também são
achados.
Tratamento:
- Reposição hormonal pela
levotiroxina, preferencialmente
pela manhã em jejum, 30 a 60min
antes de comer (porque a
absorção depende da acidez do
estômago).
03. Compreender o carcinoma
papilífero de tireoide (PTC)
- Apresenta disseminação lenta e
insidiosa (parece benigno, mas
pode ser ou tornar-se grave).
Disseminação por via linfática.
- Quase sempre pode ser totalmente
curado pela tireoidectomia total,
seguido ou não de ablação do
parênquima tireoidiano residual
através de iodo radioativo.
- É o que mais tem associação com a
exposição à radiação, sobretudo
na infância.
- Histopatologia: podem conter os
corpos psamomatosos que são
calcificações laminadas
concêntricas que podem ser
encontradas em associação com
células tumorais, dentro dos vasos
linfáticos ou dentro do estroma
tumoral.
- Apresenta bom prognóstico,
sendo infrequente a mortalidade.
04. Citar os tipos de câncer que
acometem a tireoide
- A maior parte das neoplasias
malignas da tireóide se origina nas
células foliculares, podendo ser
bem diferenciadas, pouco
diferenciadas e carcinoma
anaplásico (indiferenciado).
- Bem diferenciados: Carcinoma
papilífero da tireóide e Carcinoma
folicular da tireóide (convencional
e oncocítico).
- Anaplásico (indiferenciado):
altamente agressivo e geralmente
leva o paciente à morte cerca de 1
ano após o diagnóstico.
- Pouco diferenciado: intermediário
entre o carcinoma bem
diferenciado e o anaplásico.
- Papilífero: Tipo mais comum
(cerca de 8 de 10 pessoas com
câncer). Geralmente cresce
lentamente e muitas vezes se
espalha para os gânglios linfáticos
no pescoço. Se detectado no início
(com menos de 1 cm), apresenta
até 100% de chances de cura.
Dificilmente espalha para pulmão e
ossos.
- Folicular: Raramente se espalha
para os linfonodos, mas pode se
espalhar para pulmões e ossos. A
idade do paciente típico está entre
40 a 60 anos. Maior associação
hemafogenica.
- Medular: Muito menos comum.
Pode ocorrer repetidamente em
membros da mesma família. Pouco
diferenciado.
- Anaplásico: Menos comum e mais
agressivo. É comum retornar após
o tratamento e as chances de
sobreviver mais de 6 a 12 meses é
muito baixa. Afeta mais homens do
que mulheres e é muito raro em
pacientes jovens.
05. Discutir os exames e os
principais tipos de tratamento
a serem realizados
Exames:
- Dosagem de TSH: principal exame
para diagnóstico do
hipotireoidismo e hipertireoidismo.
Os valores de referência variam de
acordo com a faixa etária e
presença ou não de gestação. O
resultado alterado não significa
necessariamente a presença de
doença, por isso é necessário
refazer a dosagem em um
intervalo de 3 a 6 meses.
- T4 livre
- T3 total e/ou livre: não é
adequada para detectar o
hipotireoidismo.
- Anticorpos anti peroxidase (Anti
TPO), anticorpos
antitireoglobulina (Anti-Tg),
anticorpos anti-receptores de
TSH (TRAb): detectam doenças
auto-imunes como doenças graves
da tireoide e tireoidite de
hashimoto.
- Ultrassonografia, punção
aspirativa por agulha fina e
biópsia: identificação da natureza
do nódulo (benigno ou maligno).
- Triagem neonatal: deve ser
realizada no recém nascido entre o
3º e 6º dia de vida. Consiste na
dosagem do TSH e/ou T4 total.
Tratamentos:
- Levotiroxina: deve ser tomada
todos os dias em jejum. A
levotiroxina atua da mesma forma
que a tiroxina endógena que é
convertida no fígado e nos rins em
T3, o seu metabólito ativo.
- Iodoterapia: administração por
via oral, do iodo-131, que é um
elemento radioativo. O preparo
inclui uma dieta pobre em iodo por
aproximadamente duas semanas
antes e o aumento do TSH
(suspendendo a reposição
hormonal ou injeções de TSH). A
tireoide e o câncer captam o iodoradioativo. Assim, o iodo-131 leva a
radiação às células tumorais,
causando destruição. Utilizado nos
tumores bem diferenciados.

Continue navegando