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NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 1 Rede de Urgência e Emergência (RUE) SUS 1. DISCORRA SOBRE OS PRINCIPAIS FATORES QUE JUSTIFICAM A CRIAÇÃO E MANUTENÇÃO DE UMA REDE DE ATENÇÃO DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA EM SAÚDE - Por causa do crescimento populacional desordenado das cidades brasileiras ocorreram inúmeras mudanças no quadro epidemiológico ocasiodadas pelo aumento das patologias relacionadas às situações de urgência e emergência. Com o objetivo de buscar uma solução para resolver esse problema a RAS cria a Rede de Atenção às Urgências (RUE) que tem por finalidade a integração e articulação dos equipamentos de saúde objetivando a garantia e um melhor acesso nos serviços de saúde por parte dos usuários em situação de urgência e emergência. - A RUE teve que ser implementada gradativamente em todo o Brasil conforme critérios epidemiológicos e populacionais, sendo sua implantação e implementação caracterizada como uma importante estratégia para a efeitivação do SUS. - A Rede de Atenção à Urgência e Emergência é considerada pelo MS como uma rede de atenção prioritária tendo em vista que o atendimento aos pacientes graves e com problemas de natureza aguda devem ser realizados em todos os serviços de saúde do SUS 2. DESCREVA OS COMPONENTES DA RUE E SUAS INTERFACES. - Componentes da RUE: UPA, SAMU, portas hospitalares SOS, leitos de retaguarda e atenção domiciliar (programa Melhor em Casa) COMPONENTE PROMOÇÃO, PREVENÇÃO E VIGILÂNCIA À SAÚDE: - Tem como objetivo estimular e fortalecer o desenvolvimento de ações de saúde e educação permanente voltadas para a vigilância e prevenção das violências e acidentes, das lesões e mortes no trânsito e das doenças crônicas não transmissíveis, além de ações intersetoriais, de participação e mobilização da sociedade visando à promoção da saúde, prevenção de agravos e vigilância à saúde. COMPONENTE ATENÇÃO BÁSICA EM SAÚDE: - Tem como objetivo a ampliação do acesso, fortalecimento do vínculo e responsabilização e o primeiro cuidado às urgências e emergências, em ambiente adequado, até a transferência/ encaminhamento a outros pontos de atenção, quando necessário, com a implantação de acolhimento com avaliação de riscos e vulnerabilidades. COMPONENTE SERVIÇO DE ATENDIMENTO MÓVEL DE URGÊNCIA (SAMU 192) E SUAS CENTRAIS DE REGULAÇÃO MÉDICA DAS URGÊNCIAS: - Tem como objetivo chegar precocemente à vítima após ter ocorrido um agravo à sua saúde (de natureza clínica, cirúrgica, traumática, obstétrica, pediátrica, psiquiátrica, entre outras) que possa levar a sofrimento, sequelas ou mesmo à morte, sendo necessário garantir atendimento e/ou transporte adequado para um serviço de saúde devidamente hierarquizado e integrado ao SUS NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 2 COMPONENTE SALA DE ESTABILIZAÇÃO: - Deverá ser ambiente para estabilização de pacientes críticos e/ou graves, com condições de garantir a assistência 24 horas, vinculado a um equipamento de saúde, articulado e conectado aos outros níveis de atenção, para posterior encaminhamento à rede de atenção à saúde pela central de regulação das urgências. - Não se caracteriza como novo serviço de saúde para assistência a toda demanda espontânea, mas sim para garantir a disponibilidade de atendimento para estabilização dos agravos críticos à saúde COMPONENTE FORÇA NACIONAL DE SAÚDE DO SUS: - Objetiva aglutinar esforços para garantir a integralidade na assistência em situações de risco ou emergenciais para populações com vulnerabilidades específicas e/ou em regiões de difícil acesso, pautando-se pela equidade na atenção, considerando-se seus riscos COMPONENTE UNIDADES DE PRONTO ATENDIMENTO (UPA 24H: - A Unidade de Pronto Atendimento (UPA 24h) é o estabelecimento de saúde de complexidade intermediária entre as Unidades Básicas de Saúde/Saúde da Família e a Rede Hospitalar, devendo com estas compor uma rede organizada de atenção às urgências - As Unidades de Pronto Atendimento (UPA 24h) e o conjunto de Serviços de Urgência 24 horas não hospitalares devem prestar atendimento resolutivo e qualificado aos pacientes acometidos por quadros agudos ou agudizados de natureza clínica e prestar primeiro atendimento aos casos de natureza cirúrgica ou de trauma, estabilizando os pacientes e realizando a investigação diagnóstica inicial, definindo, em todos os casos, a necessidade, ou não, de encaminhamento a serviços hospitalares de maior complexidade COMPONENTE HOSPITALAR: Portas hospitalares de urgência Enfermarias de retaguarda Leitos de cuidados intensivos Serviços de diagnóstico por imagem e de laboratório Linhas de cuidados prioritárias 3. O QUE É O COMPONENTE PRÉ HOSPITALAR DA REDE DE ATENÇÃO ÀS URGÊNCIAS? - Os componentes pré-hospitalares são as unidades básicas, ambulatórios especializados, serviços de diagnósticos e terapias e unidades não hospitalares - Os serviços de atendimento pré-hospitalar móvel são o SAMU, resgate e ambulância - O componente pré-hospitalar é descrito como aquele responsável pelo atendimento em primeiro nível de atenção aos usuários cujas demandas se caracterizam por quadros que necessitam de pronto atendimento ou estabilização imediata ou mediata NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 3 4. O QUE É O COMPONENTE HOSPITALAR DA REDE DE ATENÇÃO ÀS URGÊNCIAS? - É o serviço qualificado das Portas de Entrada Hospitalares de Urgência, das enfermarias clínicas de retaguarda, dos leitos de cuidados prolongodas e dos leitos de UTI pertencentes a Rede de Atenção às Urgências - O Componente Hospitalar integra a Rede de Atenção às Urgências. A organização por meio da ampliação e qualificação das Portas de Entradas Hospitalares de Urgência, das enfermarias clínicas de retaguarda, dos leitos de Cuidados Prolongados e dos leitos de terapia intensiva, além da organização das linhas de cuidado prioritárias de traumatologia, cardiovascular e cerebrovascular tem como objetivo o cuidado integral e qualificado aos pacientes em situação de urgência e emergência. - O Componente Hospitalar deverá ser integrado e articulado com os demais componentes pertencentes a Rede de Urgência e Emergência: Promoção, Prevenção e Vigilância à Saúde; Atenção Básica em Saúde; SAMU 192; Sala de Estabilização; Força Nacional de Saúde do SUS; UPA 24h e o conjunto de serviços de urgência 24h e Atenção Domiciliar; por meio de pactuações consolidadas a partir do Plano de Ação Regional 5. EM QUAIS CASOS SE DEVE CHAMAR O SAMU? E QUANDO NÃO CHAMAR O SAMU? QUANDO CHAMAR: Na ocorrência de problemas cardio-respiratórios; Intoxicação exógena e envenenamento; Queimaduras graves; Na ocorrência de maus tratos; Trabalhos de parto em que haja risco de morte da mãe ou do feto; Em tentativas de suicídio; Crises hipertensivas e dores no peito de aparecimento súbito; Quando houver acidentes/traumas com vítimas; Afogamentos; Choque elétrico; Acidentes com produtos perigosos; Suspeita de Infarto ou AVC (alteração súbita na fala, perda de força em um lado do corpo e desvio da comissura labial são os sintomas mais comuns); Agressão por arma de fogo ou arma branca; Soterramento, Desabamento; Crises Convulsivas; Transferência inter-hospitalar de doentes graves; Outras situações consideradas de urgência ou emergência, com risco de morte, sequela ou sofrimento intenso. QUANDO NÃO CHAMAR: Febre prolongada; Dores crônicas; Vômito e diarreia; NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 4 Levar pacientes para consulta médica ou para realizar exames; Transporte de óbito; Dor de dente; Transferência sem regulação médica prévia; Trocas de sonda; Corte com pouco sangramento, Entorses; Cólicas renais; Transportes inter-hospitalares de pacientes de convênio; Todas as demais situações onde não se caracterize urgência ou emergência médica. - Nesses casos e emtodos os casos sem caracterização de urgência ou emergência, o paciente poderá ser encaminhado ao posto de saúde ou então as UPAs mais próximas 6. DIFERENCIA AS FUNÇÕES DO MÉDICO REGULADOR DO SAMU, MÉDICO PLANTONISTA DA USA DO SAMU E MÉDICO PLANTONISTA DA PORTA DE ENTRADA DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA. MÉDICO REGULADOR: - Profissional que, com base nas informações colhidas dos usuários que acionam a Central de Regulação Médica, é responsável pelo gerenciamento, definição e operacionalização dos meios disponíveis e necessários para responder às solicitações, utilizando protocolos técnicos e da faculdade de arbitrar sobre equipamentos de saúde do sistema necessários ao adequado atendimento do paciente MÉDICO PLANTONISTA DA USA DO SAMU -Profissional médico que acompanha a viatura tribulada pelo condutor e enfermeiro MÉDICO PLANTONISTA DA PORTA DE ENTRADA DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA: - Todo paciente com agravo à saúde que tiver acesso à UPA deverá obrigatoriamente ser atendido por um médico - É obrigatória a passagem de plantão, médico a médico, na qual o profissional que está assumindo o plantão deve tomar conhecimento do quadro clínico dos pacientes que ficarão sob sua responsabilidade. - É obrigatório o registro completo da assistência prestada ao paciente na ficha de atendimento de emergência/boletim de atendimento/prontuário médico, constando a identificação dos médicos envolvidos no atendimento. - É dever do médico plantonista da UPA dialogar com o médico regulador ou de outra instituição hospitalar sempre que for solicitado ou que solicitar a esses profissionais transferências, avaliações ou internação, fornecendo todas as informações com vistas a melhor assistência ao paciente. NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 5 7. EXPLIQUE COMO FUNCIONA O ATENDIMENTO DO SAMU, DO MOMENTO DA CHAMADA, AO ATENDIMENTO DA OCORRÊNCIA, ENVIO E CHEGADA DA AMBULÂNCIA E ENCAMINHAMENTO PARA SERVIÇO HOSPITALAR. - O atendimento do SAMU 192 começa a partir do chamado telefônico, quando são prestadas orientações sobre as primeiras ações. A ligação é gratuita, para telefones fixo e mível. Os técnicos do atendimento telefônico que identificam a emergência e coletam as primeiras informações sobre as vítimas e sua localização. - Em seguida, as chamadas são remetidas ao Médico Regulador, que presta orientações de socorro às vítimas e aciona as ambulâncias quando necessário. As ambulâncias do SAMU 192 são distribuídas estrategicamente, de modo a otimizar o tempo-resposta entre os chamados da população e o encaminhamento aos serviços hospitalares de referência. - A prioridade é prestar o atendimento à vítima no menor tempo possível, inclusive com o envio de médicos conforme a gravidade do caso. As unidades móveis podem ser ambulâncias, motolâncias, ambulanchas ou aeromédicos, conforme a disponibilidade e necessidade de cada situação, sempre no intuito de garantir a maior abrangência possível. 8. NA RUE, QUAIS SÃO OS OBJETIVOS DAS UPAS 24H? - As UPAs tem o objetivo de diminuir as filas nas emergências dos hospitais, devem funioar como estruturas intermediárias entre a atenção básica e hospitalar 9. QUAIS DIAS E HORÁRIOS DE FUNCIONAMENTO DAS UPAS E QUANDO PROCURAR UMA UNIDADE DE PRONTO ATENDIMENTO (UPA 24H)? - Funcionam 24h por dia, todos os dias da semana - Quando deve procurar uma UPA 24h: Pressão e febre alta, acima de 39 ºC; Fraturas e cortes com pouco sangramento; Infarto e derrame Queda com torsão e muita dor ou suspeita de fratura; Febre acima de 39ºC; Cólicas renais; Intensa falta de ar; Convulsão; Dores fortes no peito; Vômito constante. 10. CITE E EXPLIQUE OS TIPOS DE UNIDADES MÓVEIS DE ATENDIMENTO AS URGÊNCIAS E EMERGÊNCIAS. UNIDADE DE SUPORTE BÁSICO DE VIDA TERRESTRE(USB): - viatura tripulada por no mínimo 2 (dois) profissionais, sendo um condutor de veículo de urgência e um técnico ou auxiliar de enfermagem; NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 6 UNIDADE DE SUPORTE AVANÇADO DE VIDA TERRESTRE (USA): - viatura tripulada por no mínimo 3 (três) profissionais, sendo um condutor de veículo de urgência, um enfermeiro e um médico; EQUIPE AEROMÉDICO: - aeronave com equipe composta por no mínimo um médico e um enfermeiro; EQUIPE DE EMBARCAÇÃO: - equipe composta por no mínimo 2 (dois) ou 3 (três) profissionais, de acordo com o tipo de atendimento a ser realizado, contando com o condutor da embarcação e um auxiliar/ técnico de enfermagem, em casos de suporte básico de vida, e um médico e um enfermeiro, em casos de suporte avançado de vida; MOTOLÂNCIA: - motocicleta conduzida por um profissional de nível técnico ou superior em enfermagem com treinamento para condução de motolância; VEÍCULO DE INTERVENÇÃO RÁPIDA (VIR): – veículo tripulado por no mínimo um condutor de veículo de urgência, um médico e um enfermeiro. 11. CITE E EXPLIQUE OS TIPOS DE UPA. UPA PORTE I: - tem de 5 a 8 leitos de observação. Capacidade de atender até 150 pacientes por dia. População na área de abrangência de 50 mil a 100 mil habitantes. UPA PORTE II: - 9 a 12 leitos de observação. Capacidade de atender até 300 pacientes por dia. População na área de abrangência de 100 mil a 200 mil habitantes UPA PORTE III: - 13 a 20 leitos de observação. Capacidade de atender até 450 pacientes por dia. População na área de abrangência de 200 mil a 300 mil habitantes. 12. DISCORRA SOBRE AS RECOMENDAÇÕES DO SUPORTE DE VIDA BÁSICA DO SAMU. - O Suporte Básico à Vida é um grupo de ações e procedimentos, executados por uma pessoa leiga, mas com treinamento ou por um profissional da área da saúde, cujo objetivo é dar o primeiro atendimento a uma vítima até a chegada do suporte avançado à vida - O SBV é essencial até a chegada da equipe médica com o Suporte Avançado À Vida (SAV), uma vez que o SBV tem por objetivo manter a perfusão cerebral ou pressão de perfusão coronária, com intuito de restabelecer um retorno de circulação espontâneo NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 7 - O SBV apresenta prioridades, as quais são: Reconhecimento e acionamento imediato do serviço de médico de emergência; Ressuscitação cardiorrespiratória imediato e de qualidade; Rápida desfibrilação; Suporte Avançado à Vida PROTOCOLO SAMU: 1) AVALIAÇÃO PRIMÁRIA DO PACIENTE Para essa avaliação inicial, é necessário chegar a responsividade do paciente, bem como a expansão torácica. Além disso, é necessário verificar a permeabilidade das vias aéreas e corrigir situações de risco, com elevação do queixo, cânula orofaríngea, aspiração, retirada de próteses bucais, por exemplo. Em seguida, avaliar o padrão respiratório do paciente, estado circulatório e estado neurológico do paciente. No caso do padrão respiratório, a frequência cardíaca deve ser examinada (pulso), sendo administração de oxigênio uma ação possível. Por sua vez, o estado circulatório é avaliado no que se refere à presença de hemorragias e o estado neurológico com a escala de Glasgow e reatividade pupilar. 2) AVALIAÇÃO SECUNDÁRIA Nessa avaliação, a oximetria pode ser medida, bem como a glicemia, quando possível, e os membros superiores e inferiores investigados. A avaliação secundária é importante, mas não é essencial, sobretudo se o paciente está em estado crítico e essa avaliação atrasará seu transporte. 3) MANOBRAS DE RESSUSCITAÇÃO CARDIORRESPIRATÓRIA Se ainda o SAV não foi chamado, o profissional da área da Saúde deve imediatamente acionar o serviço médico adequado. Além disso, um desfibrilador externo automático (DEA) deverá ser providenciado. Posicionar o paciente em decúbito dorsal em superfície plana e rígida. Checar o pulso, se ausente ou presente. Se ausente, iniciar as manobras de ressuscitação cardiorrespiratória de imediato: 30 compressões eficientes (100 a 120/min), deprimindo o tórax de 5 a 6 mm, com retorno completo; Duas insulflações eficientes; Assim que o DEA estiver disponível, ligar o aparelho e seguir as recomendações do DEA, colocando os eletrodos no local correto. Interromper as compressões somente quando o aparelho solicitar. Seguir as orientações do DEA, verificando o pulso do paciente. O paciente deve ser imobilizado, conforme a situação. Por exemplo, em casos de traumas automobilísticos, é importante colocar o colar cervical antes de mover o paciente para o transporte. A comunicação é sempre feita em alça fechada, ou seja, feita por um líder com ordens claras, nominais e precisas. O objetivo é maior efetividade na comunicação durante situações de emergências, minimizando erros. NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 8 13. DISCORRA SOBRE AS RECOMENDAÇÕES DO SUPORTE DE VIDA AVANÇADA DO SAMU, DISTINGUINDO O ATENDIMENTO À PCR DO ATENDIMENTO AO POLITRAUMATIZADO (PLT). - O SAV envolve: 1. Ressuscitação cardiopulmonar (RCP) de alta qualidade. 2. Desfibrilação. 3. Dispositivos de via aérea avançada e oxigênio. 4. Acesso venoso e drogas. 5. Dispositivos de compressão mecânica. 6. Dispositivos de oxigenação por membrana extracorpórea. 14. QUAL A DEFINIÇÃO DA SALA DE ESTABILIZAÇÃO (SE) E ONDE ELA PODERÁ SER ALOCADA? - A Sala de Estabilização é um equipamento de saúde que deverá atender às necessidades assistenciais de estabilização do paciente grave/crítico em municípios de grandes distâncias e/ou isolamento geográfico, bem como lugares de difícil acesso considerados como vazios assistenciais para a urgência e emergência. Deverá se organizar de forma articulada, regionalizada e em rede. - A SE deve ser localizada em unidades ou serviços da Rede de Atenção à Saúde, devendo ser observados os seguintes requisitos para a sua implantação: I - cobertura regional do componente SAMU 192 para a localidade de instalação da SE ou configuração da SE como base descentralizada do componente SAMU 192, de suporte avançado ou básico de vida, garantindo complementaridade da assistência local ou por telemedicina; II - localização da SE em Município que ocupe posição estratégica em relação à Rede de Atenção às Urgências, objetivando menor tempo-resposta para atendimento e encaminhamento aos demais serviços de saúde referenciados do Plano de Ação Regional; III - configuração da SE como serviço de apoio ao atendimento, transporte e/ou transferência de pacientes críticos/graves em locais com grande extensão territorial ou de característica rural ou com isolamento geográfico de comunidades; IV - instalação da SE em serviços de saúde, públicos ou filantrópicos, preferencialmente em Hospitais de Pequeno Porte, habilitados ou não, com até 30 (trinta) leitos e fora da área de abrangência de UPA 24 horas, podendo também ser instalada em outras unidades tipo Unidade Básica de Saúde (UBS) e Unidade Mista, desde que garantidas as condições para seu funcionamento integral por 24 horas em todos os dias da semana; V - presença de equipe mínima de saúde composta por um médico, um enfermeiro e pessoal técnico com disponibilidade para assistência imediata na SE aos pacientes críticos/graves admitidos, nas 24 (vinte e quatro) horas do dia e em todos os dias da semana; e NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 9 VI - treinamento e qualificação da equipe atuante na SE para atendimento de urgências. 15. DE ACORDO COM AS RESOLUÇÕES CFM N.º 2.077/2014, QUE TRATA RESPECTIVAMENTE, DA NORMATIZAÇÃO DO FUNCIONAMENTO DOS SERVIÇOS HOSPITALARES DE URGÊNCIA, JULGUE E EXPLIQUE O ITEM A SEGUIR. SEGUNDO A PRIMEIRA RESOLUÇÃO, TODO PACIENTE ADMITIDO EM UMA UNIDADE DE PRONTO-ATENDIMENTO (UPA) OU UM SERVIÇO HOSPITALAR DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA DEVERÁ SER SUBMETIDO A UM ACOLHIMENTO COM CLASSIFICAÇÃO DE RISCO. APÓS TAL CLASSIFICAÇÃO, CASO O PACIENTE SEJA CONSIDERADO COMO DE MENOR NÍVEL DE GRAVIDADE EM AVALIAÇÃO FEITA POR UM PROFISSIONAL NÃO MÉDICO E O SERVIÇO DE ORIGEM ESTEJA SOBRECARREGADO, ELE PODERÁ SER ENCAMINHADO A OUTRA UNIDADE DE SAÚDE PARA AVALIAÇÃO. ESTA AFIRMATIVA ESTA ( ) CERTA ( X ) ERRADA QUAL É O TIPO DE CLASSIFICAÇÃO DE RISCO UTILIZADA NAS UPAS? COMO ELA FUNCIONA? 16. O MÉDICO REGULADOR DA CENTRAL DE REGULAÇÃO MÉDICA DO SAMU ENVIOU DUAS DAS MOTOLÂNCIAS PARA ATENDER UM ACIDENTE COM MÚLTIPLAS VÍTIMAS DEVIDO COLISÃO FRONTAL DE CARRO X ÔNIBUS, POIS ESTAS UNIDADES ERAM AS DISPONÍVEIS AS MAIS PRÓXIMAS DO LOCAL. A EQUIPE É A PRIMEIRA AMBULÂNCIA DO SAMU A CHEGAR À CENA DO ACIDENTE. OS POLICIAIS QUE JÁ SE ENCONTRAVAM NO LOCAL HAVIAM REALIZADO OS PROCEDIMENTOS ADEQUADOS PARA GARANTIR A SEGURANÇA DA CENA. AO CHEGAREM, DEVIDAMENTE PARAMENTADOS COM OS SEUS EPI`S (EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL), UM DOS ENFERMEIROS FOI AVALIAR O MOTORISTA DO CARRO E SE DEPAROU COM ALGUNS SINAIS SUGESTIVOS DE UM PNEUMOTÓRAX HIPERTENSIVO. O QUE ELE DEVE FAZER A SEGUIR? - Quando suspeitar de pneumotórax hipertensivo? Trauma torácico associado obrigatoriamente a sinais de choque descompensado (hipotensão) e alguns dos seguintes sinais e sintomas abaixo: NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 10 • lesões externas na região torácica (equimose, hiperemia ou ferimento local); • dispneia (desconforto respiratório); • taquipneia (FR > 28 IPM) ou bradipneia (FR < 8 IPM); • hipóxia ou cianose; • respiração superficial; • queixa de dor torácica; • sinais clínicos precoces: murmúrio vesicular alterado (diminuído ou ausente); timpanismo alterado (aumentado mas de difícil detecção); • sinais clínicos tardios: ingurgitamento das veias jugulares externas; desvio da traqueia para o lado contralateral à lesão e sinais de choque. - Conduta: 1. Realizar avaliação primária (Protocolo AT1) com ênfase para: • presença de dispneia (desconforto respiratório); • presença de taquipneia ou bradipneia; • murmúrio vesicular e percussão alterados; • presença de hipóxia ou cianose (e outros sinais de choque); • detecção/suspeição do quadro. 2. Realizar a descompressão torácica de alívio. 3. Administrar O2 em alto fl uxo para manter SatO2 ≥ 94%. 4. Monitorizar a oximetria de pulso. 5. Considerar ventilação sob pressão positiva com BVM com reservatório, caso não mantenha ventilação ou oxigenação adequadas. 6. Considerar uma via aérea avançada, caso os métodos descritos anteriormente não tenham sucesso em manter uma ventilação ou oxigenação adequadas. 7. Realizar avaliação secundária (Protocolo AT2). 8. Monitorizar o ritmo cardíaco. 9. Instalar acesso venoso. 10. Realizar a reposição volêmica, se necessária, conforme protocolo do choque (Protocolo AT4 ). 11. Realizar a mobilização cuidadosa e considerar a imobilização adequada da coluna cervical, tronco e membros, em prancha longa com alinhamento anatômico, sem atraso para o transporte. 12. Realizar contato com a Regulação Médica para defi nição do encaminhamento e/ou unidade de saúde de destino. NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 11 17. QUAIS TIPOS DE PACIENTES, O MÉDICO DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA DEVE SOLICITAR VAGA ZERO PARA ENCAMINHAMENTO\INTERNAÇÃO? - A Portaria no 2.048/02 do Ministério da Saúde atribui ao médico regulador do Sistema de Urgência e Emergência o grau de autoridade regulatória e determina que o mesmo não deve aceitar a inexistência de vagas nos hospitais de referência, “mesmo na situação em que inexistam leitos vagos para a internação dos pacientes (a chamada “vaga zero” para internação)”. Assim, a portaria autoriza o médico regulador a encaminhar pacientes graves para hospitais de referência, mesmo que superlotados, sem vagas e sem a menor condição de atendimento - Pacientes instáveis, portadores de doenças de complexidade maior que a capacidade resolutiva da UPA, em iminente risco de vida ou sofrimento intenso, devem ser imediatamente transferidos a serviço hospitalar após serem estabilizados, se necessário utilizando a “vaga zero”. - A “vaga zero”é um recurso essencial para garantir acesso imediato aos pacientes com risco de morte ou sofrimento intenso, devendo ser considerada como situação de exceção e não uma prática cotidiana na atenção às urgências - O encaminhamento de pacientes como “vaga zero” é prerrogativa e responsabilidade exclusiva dos médicos reguladores de urgências, que obrigatoriamente deverão tentar fazer contato telefônico com o médico que irá receber o paciente no hospital de referência, detalhando o quadro clínico e justificando o encaminhamento proveniente da UPA
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