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INFECÇÕES ORAIS E MAXILO FACIAIS

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INFECÇÕES ORAIS E MAXILO FACIAIS 
As bactérias estão mais resistentes ao longo do tempo 
 
Em 2011 saiu essa resolução dizendo que não se pode mais vender antimicrobianos 
(antibióticos- comprimido, pomada, qualquer coisa) sem a prescrição. Essa prescrição tem que ser 
em duas vias. 
O QUE DEVEMOS SABER SOBRE INFECÇÕES ORAIS E MAXILO FACIAIS? 
Que elas podem ser causadas por vírus (onde o vírus 
sequestra as células e começa a se replicar, mudando a sua 
programação genética), por fungos ou por bactérias (a de nosso 
interesse vai ser principalmente a streptococcus sp). 
O foco dessa aula vai ser as bactérias 
 
• Infecção 
É a invasão de tecidos corporais de um organismo hospedeiro por parte de organismos capazes de 
provocar doenças; a multiplicação desses organismos, e a reação dos tecidos do hospedeiro a estes 
organismos e às toxinas por elas produzidas. 
“ a doença é provocada pela proliferação do microrganismo e como meu organismo reage à essas 
infecções” 
Tudo relacionado a bactéria tem um curso local ou um curso 
disseminado, ele é associado a um ciclo que envolve 3 fases: 
inoculação, proliferação e inflamação. 
 
ATENÇÃO 
Terminologias importantes: (1) inoculação, (2) proliferação, (3) inflamação 
(1) Entrada do microrganismo no hospedeiro sem que a doença ocorra. 
“Momento chave em que o microrganismo tem acesso ao seu corpo, seja pelo contato, via 
sanguínea, respiratória. Nessa situação não existe nenhuma manifestação clínica visível dessa 
infecção” 
(2) Envolve a proliferação de microrganismos que desencadeiam os mecanismos de defesa do 
hospedeiro. 
“cada microrganismo (vírus, bactéria..) pode se proliferar de sua maneira, e os mecanismos de 
defesa do hospedeiro é a inflamação” 
“O que podemos ver é o produto da interação entre o microrganismo e o hospedeiro, esse 
produto é atraves da reação inespecífica mais básica do nosso sistema imunológico que é a 
inflamação, é o que conseguimos ver” 
 
(3) É uma reação inespecífica do tecido a um agente agressor, que buscam destruir, diluir ou 
isolar este agente por intermédio de reações teciduais, principalmente vasculares. Dessa 
forma, ela pode ser considerada uma reação de defesa e de reparação do dano tecidual. 
Altera a homeostase (função normal) e a morfostase (forma normal). 
“temos uma alteração da forma e da função” 
Continuação 
Terminologias importantes: (4) exsudato, (5) celulite e (6) abscesso 
(4) É o resultado de processo inflamatório que saindo de vasos sanguíneos, vem depositar-se em 
tecidos ou superfícies teciduais, sendo constituída de líquido, células/fragmentos celulares, e 
alto conteúdo proteico. Tipificado em seroso (predomina líquido amarelo-citrino), fibrinoso 
ou pseudomembranoso (predomínio de exsudato fibrinoso, aliado à presença de tecido 
necrótico, placas esbranquiçadas principalmente sobre as mucosas), hemorrágico 
(predomínio do componente hemorrágico), purulento ou sepurativo (predomínio de pus), 
necrotizante ou ulcerativo (irrevessibilidade das lesões nos tecidos – exsudatos seroso, 
fibrinoso ou purulento); 
“Dependendo da consistência do exsudato se tipifica a infecção ou condição clínica: seroso – 
componente vascular, muito visto nos cistos; fibrinoso – ex. quando existe necrose da epiderme na boca, ela 
forma esse tecido necrótico esbranquiçado que se desapega fácil, espondo o conjuntivo e levando à dor; 
hemorrágico – células sanguíneas; purulento – vai ser o foco da aula” 
PUS é o exsudato de cor amarela, ou amarelo-esverdeada, frequentemente mal-cheiroso, 
constituída por leucócitos ou glóbulos brancos em processo de degeneração, plasma, 
bactérias, proteínas e elementos orgânicos. 
“é o exsudato que é produzido depois que você tem essa inflamação dada à proliferação do 
microrganismo” 
“tanto na celulite como no abscesso tem a produção de pus, porque se não tivesse exsudato não se 
caracteriza como uma infecção, lembrando que só consigo caracterizar a partir do momento que tem o 
exsudato e sua tipificação” 
(5) Nesta infecção purulenta não há formação da membrana piogênica, a coleção de pus se 
encontra difusa sobre o tecido; além disso, há predominância dos fenômenos vasculares. O 
exsudato purulento é mais fluido e se infiltra no conjuntivo frouxo adjacente ao local 
inflamado (tecido subcutêneo). 
“ na celulite o pus se espalha por uma área maior do que o abscesso. a partir do momento que 
o organismo forma uma membrana piogênica no sentido de conter aquela infecção, então 
começa a ter um efeito de contenção e, consequentemente, armazenamento daquela 
secreção produzida, é a diferença que vai ter no abscesso” 
 
(6) É o acúmulo localizado de pus num tecido, formando uma cavidade delimitada por uma 
membrana de tecido inflamatório (há formação da membrana piogênica). O líquido purulento 
que a preenche se forma em virtude da desintegração e morte (necrose) do tecido original, 
microrganismo e leucótcitos. 
“preciso fazer a punção naquela região para saber se tem ou não exsudato e em qual forma, 
qual o tipo, é um passo essencial para o diagnódtico diferencial” 
Quais são as suas características? 
• 90 a 95% das infecções orofaciais são de origens odontogênicas; 
• 70% periapical (A) e 30% periodontal(B); 
“periapical - infecção através da cavitação (cárie) provocada pelo 
microrganismo (streptococcus mutans) dando acesso à polpa, levando a sua 
inflamação e necrose” 
• Infecção mista: 50% anaeróbicas; 6% aeróbicas; 44% ambas; 
• Manifestações locais: dor, edema, alongamento dental, mobilidade e 
dificuldade de deglutir; 
• Manifestações sistêmicas: febre, trismo, calafrio, dores musculares, linfoadenite cervical, 
anorexia, prostração, insônia, náuseas, vômito; 
• Complicações: trismo (muscular), bacteremia (bactéria cai na corrente sanguínea), septicemia 
(inflamação generalizada), infecção hospitalar, endocardite bacteriana, abcesso cerebral, 
fasceíte necrotizante, alteração sistêmica, óbito; 
Lembrando que o curso pode ser local ou 
disseminado, e à medida em que eles vão ganhando 
espaços esses ciclos vão sendo renovados: quando a 
cárie furou a polpa teve inoculação, proliferação e 
inflamação, na hora que saiu do ápice e caiu no osso 
alveolar de suporte o ciclo acontece de novo 
(inoculação...), quando a infecção fura o osso e cai no 
espaço fascial acontece de novo. 
Um ponto fundamental é a relação da 
musculatura: quando a raíz está aquém da musculatura 
a tendência é drenar para boca, então o curso acabou 
alí (ou você vai drenar ou o paciente vai engolir) e quando a raíz está além da musculatura a tendência é 
drenar para o espaço, então ele pode infectar a fascia e seguir a fascia inteira, até ela seguir seu curso e 
tender drenar por algum canto. 
A osteomielite é a infecção do trabeculado ósseo, então o curso ao envés de fazer uma fenestração 
(furar) e ganhar espaços, é de se acumular no osso e comer ele todo (formação de sequestros ósseos). 
Radiograficamente se difere do abscesso pela presença do sequestro ósseo, vai ter um apagamento dos 
limites, alargamentos dos espaços, imagem como ruído de traça e no centro tem uma imagem hiperdensa 
que é o sequestro (osso que necrosou e ficou preso no centro da infecção). 
Angina de Ludwig é o comprometimento, ao mesmo tempo, dos 3 espaços da região mandibular 
(submentual, sublingual e submandibular), caracterizado à uma distensão de toda parte cervical, com 
comprometimento de via aéreas, associado a manifestações sistêmicas (febre, taquicardia, dispineia). 
 
O porquê de se ser uma infecção 
mista: no início tem bactérias aeróbicas, 
depois aeróbicas e anaeróbicas (as 
aeróbicas consomem o oxigênio, vai 
necrosando, assim o meio é mais permissivo 
às anaeróbicas), até chegar em 
estritamente anaeróbicas (abscesso). 
 
 
A infecção á comeu toda a coroa, já levou à 
inflamação, é possível ver alargamento na radiografia, 
consequentemente uma drenagem, causando um aumento 
de volume da hemifaceesquerda, associada a uma causa que 
é a presença dessas raízes no paciente. 
 
 
 
A Celulite tem consistência firme, bastante 
disseminada, dura, dói, é quente, com vermelhidão. Em 
um dia já chegou a isso, é rápida, grande, intensa, 
basicamente feita por aeróbicos, a evolução vai colocando 
anaeróbios também, até chagar ao Abscesso (só 
anaeróbicos). 
 
 
 
Osteomielite causada por radiação, paciente com 
câncer em língua. Aspecto de rúido por traça, sequestro 
ósseo, caminho de drenagem, biofilme gigante. 
Teria que ampliar essa lesão na pele, lavar, deixar 
uma via constante de drenagem e ao mesmo tempo 
impedir que infecte a pele. Abriu a região (da lesão 
dentro da boca) fez uma ressecção marginal do osso 
mais necrótico e limpou até baixar um pouco mais, ao 
mesmo tempo já remove a maioria dos dentes (a 
osteoradionecrose já aconteceu mesmo, então tem que 
empedir que se alastre). 
 
Quais são os agravos que podemos encontrar? 
Fasceite Necrotizante: Essa bactéria vai comendo a face do 
paciente, podendo chegar até a região do mediastino. A bactéria 
come o que da sustentação à pele, então a necrose da pele 
acontece depois que a necrose da fáscia aconteceu, e quando 
chegar no mediastino o paciente pode morrer ( é o que mais 
acontece). 
 
 
 
Abscesso Cerebral: Isso aconteceu depois de uma 
craniectomia, podemos ver pus no seio frontal, etmoidal, na 
região posterior da órbita 
 
 
 
Infecção Hospitalar por Pseudomonas: quem 
manipulou essa paciente no hospital não lavou as 
mãos e a pseudomonas comeu o lábio dela. Isso é 
depois de 5 cirurgias plásticas. 
Lavar as mãos, utilizar material estéril, ter uma 
cadeia de assepsia eficaz e manter ela sempre para 
que não tenhamos esse tipo de situação. 
 
 
Qual a terapêutica adotada pelos profissionais? 
CIRÚRGICA: 
Abscesso e celulite não se trata só com medicamento, mas 
também com cirurgia, na verdade ela que resolve. 
A base terapeutica nesse caso é acessar, fazer uma via de 
drenagem, colocar um dreno, remover a causa e fazer a medicação. 
MEDICAMENTOSA: 
A medicação é uma coisa que corre paralelamente, ela só não resolve o problema do paciente. 
❖ Pacientes sem histórico de alergia aos derivados de penicilina 
Amoxicilina cap. 500mg – 1 cap. De 8/8horas, durante 7 dias V.O. ou associações como Amoxicilina 
875mg de 12/12 horas + Metronidazol de 8/8horas 
❖ Pacientes com histórico de alergia aos derivados de penicilina 
Clindamicina comp. 300mg – 2 comp. De 8/8horas, durante 7 dias V.O 
Azitromicina comp. 500mg – 1 comp./ dia, durante 3 dias V.O 
Fazer bochecho de clorexidina de 7 a 14 dias no máximo ou gel (0,12%) que pode ser mais tempo porque fica 
só naquela região 
Quais são algumas perguntas importantes? 
Se é o mesmo grupo de microrganismos que causa cárie dental, causa também a infecção maxilofacial, 
porque não tratamos pacientes com cárie fazendo amoxicilina 500mg 8/8 7d? 
BACTÉRIA x BIOFILME 
Uma mudança de paradigma 
“Na boca estamos falando de bactérias que estão dentro 
do biofilme, então temos que entender a infecção oral e maxilo 
facial como sendo mediada por esse biofilme, e o tratamento de 
infecção com biofilme é totalmente diferente de infecção de 
bactéria planctônica” 
“O biofilme que é o problema, nesses casos, e o seu 
tratamento é químico e mecânico (PQM). Então eu tenho que 
remover todo o biofilme, limpar, deixar a superfície lisa e aí fazer 
a medicação para, primeiro, evitar que tenha uma bacteremia e, segundo, que uma nova bactéria venha 
colonize e gere um novo biofilme” 
“De 3 a 5 dias tem celulite e de 5 a 7 tem abscesso, então se passar antibiótico e pede para o paciente 
voltar em 7 dias você perde a evolução – lembrando que isso para casos de infecções orais e maxilo faciais” 
 
• Estima-se que 65% a 80% de todas as infecções bacterianas humanas estão relacionadas com 
o biofilme 
 
• A prevalência de biofilmes em cistos periapicais, abcessos e granulomas foi de 95%, 83% e 
69,5%, respectivamente 
 
• Os mecanismo de resistência em biofilmes são diferentes dos plasmídeos já conhecidos, 
transposons, e as mutações que conferem resistência inata de células bacterianas individuais. 
“ o biofilme forma um ecossistema em que uma bactéria ajuda a outra, existe uma cobertura 
glicoproteica envolto desse sistêma que empede que o antibiótico penetre profundamente e 
mate as bactérias – então o biofilme é a capsula de sobrevivência da bactéria” 
 
• Microbiologistas ambientais estimam que apenas 2% das bactérias que ocorrem na natureza 
pode ser cultivado no laboratório. 
 
• Estudos in vitro têm mostrado que os antibióticos podem matar as bactérias em um biofilme, 
mas a concentração inibitória mínima (MIC) é de 1000 a 1500 vezes a dose necessária para 
matar bactérias planctónicas. “mata o paciente com a toxicidade do antibiótico antes de 
matar a bactéria” 
 
• Além disso a resistência contra os antibióticos convencionais, biofilme bacteriano também 
mostra a resistência à defesas do hospedeiro. Contra bactéria do biofilme a IgG é ineficaz 
 
• O tratamento adequado das infecções consiste na remoção da causa por extração dentária, 
tratamento de canal, tratamento periodontal, incisão e drenagem de abcesso ou tratamento 
médico de suporte, incluindo antibióticos. “ a sequência é: 1 remover a causa, 2 drenar se 
tiver abscesso e 3 prescrever” 
 
• Antibióticos podem melhorar os sintomas do paciente, matando as bactérias planctônicas que 
causam uma bacteremia, mas se a infecção é causada por um biofilme, os antibióticos por si 
só não irá efetivamente curar o paciente. 
 
Os dentes devem ser extraídos imediatamente na presença de pus? 
• A remoção do dente responsável em ser a fonte da infecção favorece um caminho para a 
drenagem de pus através alvéolo, o que resulta em uma resolução rápida da infecção 
 
• Um dente necrosado, desprovido de fornecimento de sangue e celulose gangrenosa, age 
como um “corpo estranho” e como um “meio de cultura” e deve ser removido o mais rápido 
possível 
 
• (n=988 dentes inclusos) Relatos de casos isolados de disseminação sistêmica da infecção 
resultando em morte foram provavelmente causados por atraso na extração de dente, em 
vez de o próprio processo de extração 
 
• (n=720 pacientes) Extração de dentes infectados/abscedados tão cedo quanto possível evita a 
propagação da infecção em espaços fasciais e, portanto, reduz o desconforto do paciente 
 
• Vários autores têm demonstrado em sua experiência clínica que o medo da propagação da 
infecção ou medo de causar uma infecção com risco de vida é injustificado e sem uma 
verdadeira relação de causa e efeito 
 
• (RCT – 350 pacientes – 2 grupos: imediato x 4 dias) Postergar uma extração levou a infecção 
mais grave, o que exigiu uma cirurgia mais extensa. Atualmente, a maioria dis cirurgiões 
entendem que uma combinação de extração cirúrgica e antibióticos pode ser curativa e que a 
espera vigilante, mesmo com antibióticos, não é mais aceitável 
 
• Quanto mais tempo um dente necrosado permanece, mais provável será a disseminação para 
um espaço fascial, aumentando morbidade e mortalidade possível. Extração precoce, 
juntamente com a incisão e drenagem, e antibióticos quando indicados, acelera a 
recuperação 
 
 
Qual uma sugestão de protocolo? 
Vejam no fluxograma que se está em 
estágio de inoculação ou de abscesso 
sempre começa pela remoção da causa e, 
consequentemente, parte para antibióticos 
orais, cuidado de suporte, controle 
sistêmico, hidratação e nutrição. 
Se tiver sucesso em 72 horas você 
parte para um cuidado restaurador, se não 
tiver tem que encaminhar para um cirurgião 
que vai internar o paciente e fazer 
medicação endovenosa. 
 
Qual é o protocolo de atendimento? 
• Determinar a severidade da infecção; 
• Avaliar as defesas do paciente; 
• Decidir a melhor abordagem; 
• Tratar cirurgicamente; 
• Dar o suporte medicamentosoadequado; 
• Escolher e prescrever o antibiótico mais adequado; 
• Administrar o antiobiótico da forma correta; 
• Avaliar o paciente frequentemente. 
Como determinar a severidade? 
A severidade vem do comprometimento de vias aéreas superiores, nesses casos, é uma infecção 
grave. 
Que fatores comprometem a defesa do paciente? 
• Diabetes 
• Desidratação/desnutrição 
• Alcoolismo; 
• Terapia anti-neoplásica 
• Transplante de órgãos 
• AIDS 
• Doença renal crônica 
• Câncer 
Quando internar o paciente? 
• Temperatura corpóra > 38° ; 
• Desidratação/ desnutrição 
• Obstrução de vias aéreas; 
• Comprometimento dos espaços cervicais; 
• Progressão muito rápida da infecção; 
• Necessidade de anestesia geral; 
• Necessidade de controle da alteração sistêmica. 
Como administrar o antibiótico? 
Depende do que você vai ter e da escala. O carro chefe é Amoxicilina associada ao Metronidazol em 
casos mais graves. 
Quando rodar o antibiótico? 
• Alergia ou intolerância; 
• Antibiograma; 
• Paciente não melhora mesmo após a remoção do dente; 
• 48 a 72h do uso do antibiótico sem melhora. 
Motivo pelo qual o tratamento falha? 
• Drenagem inadequada; 
• Imunossupressão /queda das defesas; 
• Presença de corpo estranho; 
• Paciente não faz o antibiótico de forma prescrita; 
• Dosagem baixa do antibiótico; 
• Antibiótico não chega ao local; 
• Diagnóstico errado da infecção; 
• Prescrição do antibiótico errado. 
Como monitorar o paciente? 
A gente controla o paciente pedindo os exames. 
 
Como tratamos um Abscesso? 
Abscesso em boca: Incisão com uma lâmina – mais inferior 
na parte superior e mais superior se for na parte inferior. 
A partir daí ampliar o espaço com uma pinça hemostática e 
esperar ele drenar, colocar um dreno e fixá-lo na região 
 
 
Abscesso em face: temos que lembrar do nervo facial e das 
cicatrizes, então temos que seguir planos, as zonas de reforço da pele a gente não corta, não faz 
transversalmente a elas. A partir daí faz o procedimento propriamente dito que é expandir e deixar drenar, 
colocar o dreno. 
Seleção do material: 
• Seringa de 20ml 
• Agulhas 40x12 
• Dreno de Penrose ou Dedo de luva 
 
Faz a punção e colhe o exsudato 
Paralelamente pegar o pus que colheu e mandar para 
cultura e pedir antibiograma 
 
Qual o passo a passo? 
• 1º Exame clínico e identificação da causa 
• 2ª Seleção de exame complementar – pode fazer com ultrassom 
• 3º Antisepsia com clorexidina 2% + anestesia (bloqueio de campo em volta) 
• 4º Punção + diérese incisa (incisão 
• 5º Diérese romba (coloca a pinça fechada e depois abre a pinça) 
• 6º Ordenha 
• 7º Toalete da cavidade com água oxigenada – pega a gase abre e transforma em uma tripinha, 
pega oxigenada e coloca nessa gase, pega a gase com uma hemostática e leva à cavidade e 
roda lá dentro, mata as bactérias (anaeróbicas) 
• 8º Confecção e colocação do dreno (corta o dedo de uma luva, abre e pega um fio de nylon 
4.0 e coloca lá dentro, fixa o dedo dentro com nylon e sutura) 
• 9º Sutura 
• 10º Curativo (esse curativo fica durante os momentos iniciais, geralmente é trocado no outro 
dia, e a medida que vai ficando úmida vai trocando até ficar sequinha, aí então mantém só um 
curativo superficial para quando volta só fazer os cuidados finais) 
1º 2º 3º 
 
 4º 5º 6º 
 
7º 8º 9º 10º

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