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Transtorno da Leitura d) que a leitura oral se apresente distorcida, com substituições ou omissões; e) que ocorra lentidão na leitura silenciosa e falhas na compreensão do texto. Vamos ler?? De aorcdo com uma peqsiusa de uma uinrvesriddae ignlsea, não ipomtra em qaul odrem as lrteas de uma plravaa etãso, a úncia csioa iprotmatne é que a piremria e útmlia lrteas etejasm no lgaur crteo. O rseto pdoe ser uma bçguana ttaol, que vcoê anida pdoe ler sem pobrlmea. Itso é poqrue nós não lmeos cdaa lrtea isladoa, mas a plravaa cmoo um tdoo. como desenvolver a habilidade da leitura? Leia para a criança desde muito cedo. Deixe que a criança manuseie livros cartonados, de pano ou de plástico. Ensine-o a passar as páginas e a apreciar as imagens. Ao ler para a criança, passe seu dedo indicador sobre as palavras para que ela perceba a direcionalidade da escrita, de cima para baixo e da esquerda para a direita. Apresente o livro e suas partes. como desenvolver a habilidade da leitura? Mostre e nomeie cada parte deste companheiro tão especial. Diga o nome do autor e do ilustrador, para que o pequeno comece a entender que toda aquela história foi pensada e escrita por alguém e ilustrada por alguém. Aponte para a primeira palavra do livro e diga: “É aqui que a história começa.” Livros com letras grandes atraem mais a atenção das crianças pequenas para as palavras, tenha alguns em casa. como desenvolver a habilidade da leitura? Aponte para algumas palavras, leia-as em voz alta e incentive-o a dizê-las em voz alta. Isso o ajudará a entender que você está lendo aquelas palavras no livro, não apenas contando uma historinha com base nas ilustrações. Ler um mesmo livro várias vezes também auxilia nisso. Como desenvolver a habilidade da leitura? Com crianças mais velhas, você já pode começar a apresentar os sinais de pontuação e brincar com eles. Aponte um sinal de interrogação e, exagerando na entonação da frase, mostre como ele serve para indicar uma pergunta, uma dúvida, um questionamento. Aponte o ponto de exclamação e mostre para que ele serve, explicando por que você lê as frases exclamativas com uma entonação diferente. Transtorno da Expressão Escrita O que se sabe é que “um transtorno apenas de ortografia ou caligrafia, na ausência de outras dificuldades da expressão escrita, em geral, não se presta a um diagnóstico de Transtorno da Expressão Escrita” (COELHO et al., s.d.p. 1). Estes autores ainda pontuam que as características de tal transtorno compreendem dificuldades na capacidade de escrever textos, com visíveis falhas gramaticais, ortográficas e de pontuação, desorganização textual e letras em garranchos ou ilegíveis, além de déficits de linguagem e percepto-motores. Transtorno da Expressão Escrita Dificuldade na expressão escrita apresentada pelo indivíduo interfere de modo significativo nas atividades cotidianas que requeiram habilidades de escrita, como escrever frases gramaticalmente corretas e parágrafos organizados; Na presença de algum déficit sensorial, as dificuldades de escrita excedem aquelas habitualmente a este associadas. ESTIMULAÇÃO DA LEITURA/ESCRITA Algumas atividades podem estimular o desenvolvimento da leitura e escrita, as quais, sugerimos atividades que estejam ligadas à realidade e dia a dia da criança, que despertarão maior significado para ela: a)Leitura em voz alta no final de cada dia. b)Jogos de estimulação visual como o dominó de metades, dominó de associação de ideias. c)Alfabeto e vogais de EVA para terem contato com as letras do alfabeto. ESTIMULAÇÃO DA LEITURA/ESCRITA d)Associando e aprendendo (para associar letras e figuras). e)Loto de Leitura (Associação de figuras/ palavras). f)Atividade com letras como jogo ache as palavras, soletrando, decifrando, alfabeto divertido, alfabeto alegre. g)Memória de alfabetização (Associar as letras com as figuras). h)Discriminação auditiva com treino para a escrita (para trabalhar os arquifonemas e grupos consonantais e a percepção auditiva) i)Sequência Lógica (para estimular a narração de uma história e trabalhar a noção de espaço temporal) ESTIMULAÇÃO DA LEITURA/ESCRITA Montagem de uma salada de frutas em sala de aula para as crianças que já possuem pleno domínio do alfabeto e já conseguem formar palavras. A escola solicita que cada criança traga de casa uma fruta e o professor irá descascar as que não podem ser descascadas – antes de fazer a salada de frutas com as crianças – e, as que podem, trazem descascadas. Inicialmente, vamos trabalhar o nome de cada fruta e, associar outras com a mesma inicial. Pode-se complementar a atividade, detalhando as características das mesmas. Outra sugestão é elaborar, em complementação, um jogo de memória com as frutas escolhidas pelas crianças , em cartolina, colocando a letra e no par, a figura da fruta. Cada criança faz a figura de sua fruta ou recorta de revista e, depois misturam-se as peças para compor o jogo, e jogarem em grupo, isto em sala de aula. Depois podem escrever todas as frutas e, o modo de preparo da salada de frutas. transtornos de aprendizagem DISLEXIA A Dislexia é a mais comum, é definida como um distúrbio ou transtorno de aprendizagem na área da leitura, escrita e soletração. É considerado transtorno de maior incidência nas salas de aula (LUZ, 2010). O termo dislexia apresenta na sua composição o prefixo “dis”, que significa distúrbio ou dificuldade; e “lexia”, do latim “lecture”, que significa leitura ou do grego “lexis” que significa palavra. Assim, tem-se o significado distúrbio da leitura ou de linguagem (LANHEZ e NICO, 2002). Dislexia A Dislexia é um distúrbio genético que dificulta o aprendizado e a realização da leitura e da escrita. O cérebro, por razões ainda não muito bem esclarecidas, tem dificuldade para encadear as letras e formar as palavras, e não relaciona direito os sons às sílabas formadas. Fatores genéticos, alterações na estrutura cerebral, dificuldades de comunicação entre os neurônios ou desenvolvimento tardio do sistema nervoso central são alguns pontos que podem explicar a existência do transtorno. Dislexia Este distúrbio é um obstáculo para a aprendizagem na medida em que impede o pleno desenvolvimento da leitura e da escrita. As crianças com dislexia apresentam dificuldades em construir e desenvolver a leitura e a escrita, mas, apesar destas dificuldades, as crianças disléxicas apresentam intelecto normal ou até mesmo superior e, por isso, podem se destacar em áreas que não dependem, exclusivamente, dessas habilidades (VIEIRA, 2008). Dislexia Juntar letras de forma aleatória são ações normais do processo de alfabetização, entretanto, essas dificuldades no disléxico são duradouras por terem causa neurológica com históricos hereditários. Podemos dizer, então, que é um transtorno de ordem neurobiológica (MANO, 2015, P. 4). Dislexia Existem dois tipos de dislexia: a de evolução e a adquirida. A primeira é congênita e hereditária. A segunda surge como consequência de traumatismo craniano, acidente vascular, derrame etc. Assim, entende-se que a dislexia, como o próprio termo indica, não é uma doença, mas um transtorno congênito ou adquirido (LANHEZ e NICO, 2002, p. 21). dislexia Segundo a definição de Lanhez e Nico (2002), os quais se baseiam na definição da International Dislexia Association, elaborada no Comitê de Abril de 1994, a dislexia é caracterizada pela dificuldade em decodificar palavras simples em uma idade em que isso não é mais aceitável. De acordo com seus estudos, a criança disléxica apresenta uma insuficiência no processo fonológico e também um atraso na aquisição e uso da linguagem. Mas não é só isso, há múltiplos fatores que justificam a presença da dislexia no indivíduo. dislexia O transtorno pode se manifestar em diferentes graus e normalmente provoca um atraso escolar, mesmo em crianças cominteligência normal ou superior. Não há cura para este tipo de problema, mas o acompanhamento multidisciplinar, com apoio pedagógico, psicológico e fonoaudiólogo, permitirá ao disléxico superar, na medida do possível, o comprometimento na escrita e na leitura. dislexia Sinais na Pré-escola: Dispersão; Fraco desenvolvimento da atenção; Atraso do desenvolvimento da fala e da linguagem Dificuldade de aprender rimas e canções; Fraco desenvolvimento da coordenação motora; Dificuldade com quebra-cabeças; Falta de interesse por livros impressos. dislexia Sinais na Idade Escolar: Dificuldade na aquisição e automação da leitura e da escrita. Pobre conhecimento de rima (sons iguais no final das palavras) e aliteração (sons iguais no início das palavras). Desatenção e dispersão. Dificuldade em copiar de livros e da lousa. Dificuldade na coordenação motora fina (letras, desenhos, pinturas etc.) e/ou grossa (ginástica, dança etc.). dislexia Sinais na Idade Escolar: Desorganização geral, constantes atrasos na entrega de trabalho escolares e perda de seus pertences. Confusão para nomear entre esquerda e direita. Dificuldade em manusear mapas, dicionários, listas telefônicas, etc. Vocabulário pobre, com sentenças curtas e imaturas ou longas e vagas. dislexia Sinais na Idade Escolar Dificuldade para soletrar. Leitura silabada. A criança não entende o que ouve. Problemas para associar os fonemas às letras e sílabas. dislexia Sinais na Idade Escolar Inversão, diminuição ou acréscimo de letras às palavras. Problemas com a coordenação motora. Dificuldades para decorar a tabuada e conceitos matemáticos. A criança não gosta de ler, especialmente se é em voz alta. A escrita é lenta e desordenada. dislexia Apesar de apresentarem dificuldades nos processos relacionados a leitura, escrita, soletração e ortografia, os disléxicos possuem altos níveis de inteligência e altas habilidades em áreas específicas. Para Lanhez e Nico (2002) ao simplesmente afastar as crianças disléxicas das salas de aula, sem considerar suas necessidades educacionais e habilidades específicas a instituição escolar acaba contribuindo para o desperdício da capacidade produtiva de cerca de 15% da população mundial. dislexia Além disso, é imperativa a adoção de uma perspectiva preventiva relacionada às dificuldades escolares. Tal perspectiva deve estar estruturada na identificação precoce, a ser realizada nos primeiros anos de escolarização (VIEIRA, s.d). Nesse processo é fundamental o diálogo entre o professor com preparação conceitual para lidar com o distúrbio, da família, o psicopedagogo e profissionais da saúde envolvidos no processo terapêutico, tais como médicos, psicólogos e fonoaudiólogos, todos buscando a otimização das habilidades dos educandos com distúrbios e dificuldades de aprendizagem. Dislexia é genética? Pesquisadores que estudaram gêmeos idênticos descobriram que onde um gêmeo é disléxico, o outro terá chance de 55 a 70% de apresentar dislexia, Esta pesquisa mostra que há uma forte influência genética, mas que o ambiente e as experiências de vida também desempenham um papel no desenvolvimento dos sintomas. (Harlaar, 2010) Dislexia é genética? A dislexia provavelmente não é causada por um único gene, mas por uma combinação de características genéticas. Os traços também podem ser expressos de forma diferente entre diferentes pessoas. Por isso, é improvável que haja algum teste genético para diagnosticar a dislexia. Na melhor das hipóteses, o perfil de DNA de uma pessoa pode ajudar a determinar se eles têm um maior risco de desenvolver dislexia. (Shaywitz, 2003) Dislexia é genética? Naturalmente, se houver história familiar de dislexia, esta é uma informação valiosa para tomar decisões em relação ao tratamento, especialmente se a criança parece estar enfrentando dificuldades ou frustração durante os primeiros anos escolares (Dehaene, 2012.) Como é o processamento do cérebro durante a leitura? O cérebro é composto de dois diferentes caminhos para a leitura de palavras, um em uma posição mais temporal e outra mais ventral no cérebro. O caminho temporal localiza-se principalmente na região média do cérebro (tecnicamente a região parietotemporal, logo acima e um pouco atrás da orelha). O caminho inferior ou ventral passa próximo da base do cérebro. O local em que dois lobos cerebrais, o occipital e o temporal se encontram (região chamada de área occipitotemporal), é uma região de intensa atividade, que atua como um núcleo para o qual as informações oriundas de diferentes sistemas sensoriais convergem e onde, por exemplo, todas as informações relevantes sobre uma palavra - sua aparência, seu som e seu significado são reunidas e armazenadas (SELIKOWITZ, 2001). Como é o processamento do cérebro durante a leitura? Com base nesse conceito, podemos perceber que a criança primeiro analisa a palavra, lê corretamente várias vezes, depois forma um modelo neural dessa palavra, como uma assinatura cerebral, que reflete a ortografia, pronuncia o significado da palavra e só assim a armazena no sistema occipitotemporal. Posteriormente, basta que visualize a palavra para que o sistema automaticamente ative e recupere as informações relevantes da escrita. Concomitantemente, enquanto a criança lê, o cérebro funciona em grande velocidade, fazendo associações e buscando as palavras em sua base de dados já armazenada. Como é o processamento do cérebro durante a leitura? Leitores proficientes ativam sistemas neurais altamente interconectados, que envolvem regiões das áreas posterior e anterior do hemisfério esquerdo. Inicialmente, o circuito inclui regiões responsáveis pelo processamento visual dos grafemas (letras) e suas características gerais (linhas, curvas, formatos) no occipitotemporal, depois a conversão dos grafemas em fonemas (sons correspondentes) e a compreensão das palavras na Área de Wernicke e, em seguida, a articulação das palavras na área motora da fala (Área de Broca), de acordo com Shaywitz (2003). Como é o funcionamento do cérebro de um disléxico? As diferenças estruturais entre o cérebro dos leitores proficientes e dos portadores de dislexia concentram-se fundamentalmente no lobo temporal. Além da simetria incomum dos lobos temporais, o cérebro de leitores disléxicos tem alterações na citoarquitetura, sendo observadas também alterações do cerebelo e de suas vias (ROTTA; OHLWEILER; RIESGO, 2006). Como é o funcionamento do cérebro de um disléxico? Atualmente todos os estudos de imagem cerebral revelam que a dislexia está relacionada com uma subativação na região temporal posterior esquerda e que a região do córtex frontal inferior esquerdo (área de Broca) é frequentemente ativada durante a leitura ou nas atividades fonológicas (DEHAENE, 2012). neurologista Encaminha para exames de imagem. Atuará com medicamentos, quando necessários, visando melhorar alguma comorbidade, tal como a hiperatividade, desatenção, depressão, etc. Não existe medicamento específico para dislexia. Contando Histórias Durante a contação de histórias, você pode ler para ele ou até mesmo contar uma história que saiba de cor utilizando materiais como personagens e fazendo sons das situações de maneira lúdica onde eles mesmos irão criar suas imagens mentais do que está sendo contato. Para o disléxico, é importante que ele mesmo crie suas imagens mentais e não apenas seja mostrado para ele uma imagem pronta, aprendem melhor assim. Ao término abra um diálogo sobre o que ele entendeu e em seguida o estimule a colocar em um papel com suas palavras (mesmo que no começo sejam poucas, a medida que o estímulo aumenta mais irá fazer, não se preocupe no primeiro momento que ele escreva muito, um pouco todo dia é muito melhor que muito apenas uma vez). teatro Essa é uma habilidade maravilhosa a serdesenvolvida, caso ele não goste de desenhar, ele pode se expressar com seu corpo. Começando com a leitura das histórias, caso não se sinta estimulado a fazer o seu, ele pode começar encenando. Mesmo que não encene com palavras, ele pode começar utilizando a pantomima (teatro sem palavras, apenas com gestos), para vê se você que assiste consegue entender sem que ele diga nada. Teatro Ele faz o roteiro da peça (mesmo que pequena), chama amigos, primos, irmãos (quem tiver perto, se for sozinho, utiliza os bonecos mesmo, nada impede a criatividade de um disléxico). Sugere a ele que dirija toda a peça e depois é apresentada. Aos poucos ele vai colocando as falas, ou não, deixe ele a vontade para criar e se desenvolver. Se der certo, sua oratória e desenvoltura também serão desenvolvidas de maneira incrível. Aulas cantadas Já é do conhecimento geral que a música é uma importante aliada no tratamento de vários “males”. Ela é responsável pelo desbloqueio do sistema nervoso, pela atuação no sistema cardiopulmonar, entre outras áreas do organismo. Aulas cantadas Associe o som e depois o grafema que está sendo trabalhado. Por exemplo: /P/: Música: mamãe eu quero Papai eu posso? Papai eu posso? Papai eu posso pintar? Pegue o pincel Pegue o pincel Pois na parede eu pretendo passar Jogos eletrônicos A utilização de jogos eletrônicos como alternativa para diminuir os efeitos da dislexia também é uma ótima ideia. Os games são responsáveis por proporcionar mais atenção aos pequenos. Uma pesquisa divulgada no jornal Current Biology mostrou que os jogos de ação induziram as crianças a terem tanto a velocidade quanto o tempo de reação mais aprimorados, o que possibilitou melhoria na leitura. Claro que no ambiente escolar é preciso dosar a intensidade dos jogos. No entanto, como complemento às atividades pedagógicas, os games podem ser grandes aliados. https://institutoneurosaber.com.br/?p=8823 Caça-palavras, forca e palavra- cruzada As atividades que fizeram parte de nossa infância ainda continuam especiais. Caça-palavras, forca e palavra-cruzada permanecem eficazes para se trabalhar a habilidade das crianças e ajudá-las a diminuir os efeitos da dislexia em sua vida. https://institutoneurosaber.com.br/?p=10589 Conteúdos da Escola Todas essas dicas, ele pode usar com os conteúdos da escola também. Aproveita uma aula de ciências, geografia, história, português, inglês e até matemática, para acomodar o conhecimento utilizando essas técnicas. Mostre para ele como aprender pode ser divertido e gostoso e que a dislexia não é falta de inteligência. Ele pode ser o que quiser, talvez só precise perceber que tem infinitas possibilidades e saindo da caixinha tradicional ele pode aprender mais do que imagina. Acreditar que é possível é o primeiro passo, o resto vem com dedicação, entusiasmo e prazer em aprender. Orientações aos pais e professores O tratamento para casos de dislexia é algo que deve ser levado como um trabalho que exige paciência, pois é gradativo. Mesmo que ainda hoje não exista uma cura para o transtorno, é verdade que as intervenções são excelentes para o desenvolvimento das crianças. O apoio da família e do professor são indispensáveis para o desenvolvimento e sucesso do tratamento. Os familiares e professores devem incentivar cada sucesso obtido, tendo sempre muita paciência, lendo e se informando sobre o assunto.
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