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Le Bon e Gabriel Tarde Le Bon pretende que estaria assistindo a um desaparecimento da personalidade consciente, com a emergência de uma “era das multidões”. Tarde resiste a tal ideia, pretendendo que o novo tempo seria a era do público, ou dos públicos, distinguindo vigorosamente o público, ou os públicos, das massas, ou das multidões. Abre-se aí um espaço para uma distinção fecunda e interessante entre o público e a multidão. Le Bon O que caracteriza uma multidão: Espécie de alma coletiva, que faz com que alguém sinta, pense e proceda de uma maneira diferente daquela pela qual sentiria, pensaria e procederia isoladamente. Registra que as multidões acumulam não a inteligência, mas a mediocridade, e que do ponto de vista racional, são sempre inferiores a um homem considerado isoladamente; do ponto de vista dos sentimentos e dos atos, podem ser melhores ou piores. Identifica certas características fundamentais nas multidões, tais como a impulsividade, a instabilidade, a irritabilidade, a sugestionabilidade e a credulidade. Gabriel Tarde Ao refletir sobre o mesmo fenômeno social, elabora o conceito de público, ou de públicos, e garante que, da multidão ao público, a distância é imensa. Entende o público como uma coletividade puramente espiritual, como uma disseminação de indivíduos cuja coesão se dá de maneira inteiramente mental. Multidão x Público Multidão estaria associada às forças da natureza. O público seria tributário da criação da imprensa, da emergência dos meios de comunicação. Multidões ou as massas são necessariamente dependentes de um líder ou de um condutor. A influência no nascimento dos públicos estaria associada muito mais fortemente aos chamados “publicistas”, que podem ser jornalistas, radialistas, escritores, artistas, políticos, intelectuais…
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