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❖ ORIENTAÇÕES PARA A PROVA → NÃO ESQUECER DE: 1. Chegar pontualmente no horário previsto da aula 2. Estar de jaleco, ir com roupas adequadas para uma prática (não ir de calça com rasgados, pois isso em ambiente hospitalar é um meio para facilitar entrada de germes), estar de máscara e calçado fechado (Não serve crocs) 3. Não usar relógio, pulseiras, anéis, colares e outros adornos 4. Olhar e verbalizar se o local está iluminado 5. Higienizar as mãos 6. Identificar-se para o paciente 7. Dar sempre os comandos para o paciente realizar as manobras (como se fosse um atendimento real) 1. INSPEÇÃO ESTÁTICA E DINÂMICA: a) Forma: regular ou irregular? Simétrico ou assimétrico? b) Volume: globoso, plano, escavado, em avental? c) Observar se tem abaulamentos ou retrações? d) Hérnias? Diástase? Realizar manobras de Valsalva e Smith bates e) Observar se tem cicatrizes? Estrias? Presença de algum sinal visível? EX: Sinal de Grey-Turner – presença de equimoses em flancos: indicativo de hemorragia intraperitoneal ////// Sinal de Cullen – presença de equimoses em região periumbilical: indicativo de hemorragia intraperitoneal→ Sinais que podem estar presente por exemplo na PANCREATITE NECRO HEMORRÁGICA, além de outras patologias que ocasionem essa hemorragia f) Inspiração e expiração→ faz uso de musculatura abdominal? Se sim, pode ser indicativo de sofrimento respiratório g) Tem circulação colateral? h) Tem movimentos peristálticos visíveis? EXAME FÍSICO ABDOMINAL 2. AUSCULTA: a) Lembrar que deve ser feita logo após a INSPEÇÃO para não haver comprometimento caso fizesse palpação ou percussão, devido movimentação de alças intestinais b) Auscultar os 4 quadrantes em sentido horário, e normalmente se ausculta 5 a 34 RHA por minutos c) Importante na suspeita de íleo paralitico (RHA AUSENTES) e Obstrução Intestinal (RHA aumentados devido as alças intestinais tentarem vencer a barreira da obstrução) d) Sopros→ nas topografias de vasos→ em caso de aneurisma/ ou alguma patologia nos mesmos e) SEMPRE TENTAR AUSCULTAR os Locais dos principais vasos → artéria aorta abdominal, artérias renais D e E, ilíacas D e E, Femorais D e E 3. PERCUSSÃO: a) Decúbito dorsal→ pesquisa de hipertimpanismo, percutir os lugares comuns e incomuns de haver macicez PESQUISA DE ASCITE: ➢ Manobra de Piparote: corresponde a um teste para verificar a presença de ascite bastante volumosa → É realizada por meio da colocação das mãos do paciente na forma vertical no sentido da linha médio-esternal, enquanto o médico examinador coloca suas mãos nas regiões laterais do abdome. Dessa forma, o examinador com apenas uma mão percute a lateral do abdome, e caso haja ascite, ele sentirá a vibração do líquido ascítico no outro lado do abdome. ➢ OBS: Piparote→pesquisa de ascite de grande volume (abdomes volumosos, tensos, brilhosos) ➢ Macicez móvel: é utilizada para um grau mais leve de ascite, em que se pede para o paciente ficar em decúbito lateral direito e esquerdo enquanto se percute a região lateral e central do abdome. Caso haja a presença de ascite, ao realizar a percussão, será perceptível a presença de som timpânico na lateral e som maciço no centro, isso acontece porque ao ficar em decúbito o líquido ascítico vai se deslocar conforme a gravidade. ➢ Semicírculo de Skoda: consiste em deixar o paciente em decúbito dorsal, em que ao percutir a região central do abdome obtém-se som timpânico, enquanto na periferia há som maciço pela presença do líquido ascítico. É uma técnica para verificação de uma ascite leve a moderada ➢ OBS→ Semicírculo de skoda e macicez móvel → para pesquisa de ascite de pequeno e moderado volume→ quando o abdome é fica mais volumoso mais em quadrantes inferiores/ainda não está tão tenso b) Realizar no sentido Horário • Percussão do fígado/ hepatimetria→ dá para saber mais ou menos o tamanho dele→ percurtir lobo esquerdo e direito→ orienta o tamanho do fígado (Lobo direito: 6 a 12 cm/Lobo esquerdo: 4 a 8 cm) c) Sinal de joubert→ Quando durante a percurssão a macicez na região hepática é substituída por hipertimpanismo→ ocorre no pneumoperitônio (ar na cavidade abdominal)→prováveis causas de pneumoperitônio: úlcera perfurada, gravidez ectópica rota, peritonite espontânea por bactérias produtoras de gás... d) Pode haver timpanismo parcial na topografia do fígado se houver interposição de alças ou pneumotórax e) Sinal de Torres-Homem→ dor intensa, despertada pela percussão abdominal de áreas da zona de projeção do fígado, →indicativo de abscesso hepático, amebiano ou bacteriano. Pode indicar também abscesso subfrênico (coleção purulenta situada abaixo do diafragma em regiões conhecidas anatomicamente como espaços subfrênicos) f) Espaço de traube→ DELIMITAÇÕES→ Rebordo costal esquerdo/ linha axilar anterior/6º Espaço intercostal esquerdo→ normal que seja timpânico→se houver esplenomegalia importante ou alguma massa nesse local ele terá som maciço g) Punho percussão renal→ na região lombar direita e esquerda (abaixo da 12ª costela/na altura dos flancos/ entre a 12ª costela e cristas ilíacas)→ a procura do sinal de Giordano (dor durante durante a punho percussão) se positivo fala a favor de pielonefrite (LEMBRAR QUE COSTUMA TER DISÚRIA, POLACIÚRIA E SINAIS SISTÊMICOS COMO FEBRE, ÑÁUSEAS, MAL ESTAR...) 4. PALPAÇÃO→ Superficial/Profunda/Órgãos específicos: a) Mostrar respeito e empatia b) Realizar em sentido horário c) Palpar as 9 regiões d) Sempre deixar o ponto doloroso por último e) Veja sensibilidade, resistência da parede abdominal f) Palpou alguma massa? Local? consistência? Mobilidade? Tem pulso nela? g) Pontos dolorosos→ PRINCIPAIS: • Ponto epigástrico: sensível na úlcera péptica em atividade; • Ponto cístico: situa-se no ângulo formado pelo rebordo costal direito com a borda externa do músculo reto abdominal ou também pode falar que se situa na interseção da linha hemi clavicular direita com o rebordo costal direito. Deve ser palpado em busca do Sinal de Murphy (palpar o ponto cístico e pedir para o paciente inspirar, se sinal de Murphy positivo, ele tem parada da inspiração e refere dor)→ pode estar presente PRINCIPALMENTE na colecistite aguda • Ponto de McBurney: traça uma linha que une a espinha ilíaca ântero-superior direita à cicatriz umbilical, divide essa linha em 3 pontos , e o ponto de Mcburney fica a 2/3 da cicatriz umbilical→ O Sinal de Blumberg → dor a descompressão súbita nesse ponto → comum na apendicite ou outras causas de peritonite • Pontos ureterais: podem estar dolorosos na presença de cálculos ou infecções mais graves h) Palpação de hérnias para quantificar os tamanhos→ exemplos: umbilicais, inguinais, incisionais i) Palpação do Fígado: Técnica de Lemos-Torres →ideal que peça o paciente para inspirar→tenta palpar regularidade da superfície, sensibilidade, consistência, presença de nodulações. e Mathieu tenta palpar a borda hepática j) Manobra do Rechaço: Um paciente com ascite volumosa, ao tentar palpar o fígado pode sentir a sensação de que o órgão está “móvel”, isso devido a grande quantidade de líquido ao redo k) Palpação do baço: lemos torres e Mathieu na posição de shuster (ATENÇÃO ÁS IMAGENS DA POSIÇÃO) l) Palpação da vesícula Biliar: Sinal de courvoisier terrier→ Vesícula biliar palpável e indolor (vesícula endurecida—fala a favor de câncer de cabeça de pâncreas ou neoplasia de vesícula, principalmente se paciente com icterícia) m) Palpação do Ceco→ Quadrante inferior direito/ fossa ilíaca direita n) Palpação do cólon→ Um pouco mais difícil devido localização mais posterior o) Palpação dos Rins → Devido serem mais posteriores também dificulta a palpação, principalmente se paciente tiver mais panículo adiposo 5. PRINCIPAIS SÍNDROMES ABDOMINAIS: PESQUISA DE APENDICITE→ Sinalde Blumberg – descompressão brusca dolorosa – dor após a retirada de uma compressão lenta e profunda no ponto de mcburney Sinal de Rosving – palpação profunda e contínua na fossa ilíaca esquerda que produz dor intensa na fossa ilíaca direita ( palpar fazendo movimentos circulares para haver deslocamento de gases que piora o quadro de dor em FID) Sinal do Obturador – dor na região de FID durante a rotação interna e externa da coxa previamente fletida até o seu limite: indicativo de apendicite Sinal de Lapinsky (ou do Psoas): dor em FID, devido à compressão do M. psoas. enquanto se eleva para trás o membro direito estendido (paciente em decúbito lateral esquerdo) ABSCESSO HEPÁTICO/ ABSCESSO SUBFRÊNICO→ Sinal de Torres-Homem – dor intensa, despertada pela percussão abdominal de áreas da zona de projeção do fígado FECALOMA→ Sinal de Gersuny – crepitações que ocorrem ao comprimir a fossa ilíaca esquerda (deslocamento da mucosa aderida à superfície do fecaloma) PNEUMOPERTIÔNIO→ Sinal de Jobert – sons timpânicos ao invés de maciços na região da linha hemiclavicular direita – área hepática: indicativo de ar livre na cavidade abdominal (perfuração de víscera oca, pneumoperitônio) COLECISTITE → Sinal de Murphy – dor intensa, interrupção da respiração e contratura de defesa quando é pressionado o ponto cístico (borda subcostal direita – região da vesícula biliar): indicativo de colecistite PIELONEFRITE→ Sinal de Giordano – dor à percussão na região lombar: indicativo de processo inflamatório retroperitoneal HEPATOPATIA CRÔNICA→ Icterícia, ascite, circulação colateral, telangiectasias, edema de membros inferiores, ginecomastia, baqueteamento digital, eritema palmar HÉRNIAS ABDOMINAIS→ Manobra de Valsalva: deve-se primeiro manter paciente sentado ou deitado, respirando profundamente e em seguida, é necessário fechar a boca, apertar o nariz com os dedos e forçar a saída de ar, não deixando-o escapar, durante uns 10 segundos. Manobra de Smith-Bates: o Paciente em decúbito dorsal pede-se para elevar a cabeça e o tórax como se tentasse levantar, ou os membros inferiores → serve para pesquisa de hérnias e diástase abdominal NEOPLASIA DE CABEÇA DE PANCREAS/ VESÍCULA→ Sinal de Corvoisier-Terrier: vesícula biliar palpável, endurecida e indolor + icterícia
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