Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
H E M O R R A G I A S N A S E G U N D A M E T A D E D A G R A V I D E Z CAUSAS Descolamento prematuro de placenta (DPP); Placenta prévia (PP); Acretismo placentário; Outras causas (mais raras) LAYANE SILVA Os vasos umbilicais cruzam o segmento inferior uterino e se colocam à frente da apresentação e esses vasos não tem proteção e rompem com mais facilidade. Sua ruptura acontece quando o cordão umbilical está passando antes da cabeça do bebê, e quando a mãe entrar em trabalho de parto, o cordão umbilical será rompido - é uma indicação de cesárea eletiva entre 34-37 semanas. RUPTURA DE VASA PRÉVIA Sangramento que ocorre na 2a metade da gestação, é necessário realizar o diagnóstico corretamente para instituir o tratamento de forma precoce e não haver perda do feto, por isso, corresponde a uma das principais emergências obstétricas. Passado de cirurgia uterina (cesárea) Trauma uterino Malformação uterina Adenomiose Doença trofoblástica gestacional Desnutrição Multiparidade Sobredistensão uterina Sinais de iminência de ruptura uterina (síndrome de Bandl-Frommel) Sinal de Bandl: distensão segmentar inferior; Sinal de Frommel: estiramento dos ligamentos redondos, desviando o útero anteriormente. Sinais de ruptura consumada: sofrimento fetal grave ou óbito; interrupção das contrações uterinas. Rompimento parcial ou total do miométrio durante a gravidez ou trabalho de parto, ocorre geralmente em uma paciente que tem uma cicatriz uterina prévia, seja por cesárea ou miomectomia, e ao útero ser contraído no trabalho de parto rompe aquela cicatriz prévia. Seus fatores de risco incluem: 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. Os sinais de ruptura uterina são: RUPTURA UTERINA O seio marginal consiste na periferia do espaço interviloso, sua ruptura ocorre quando a borda da placenta, ao se contrair no trabalho de parto, descola, rompe e causa sangramento. É um quadro semelhante a placenta prévia, porém com ultrassom normal, tem um diagnóstico de exclusão e um bom prognóstico. RUPTURA DE SEIO MARGINAL DESLOCAMENTO PREMATURO DA PLACENTA (DPP) Separação da placenta normalmente inserida, de forma parcial ou completa, antes da expulsão do feto em gestações de 20 semanas ou mais, é uma patologia grave! Os achados clínicos principais são sangramento vaginal e dor abdominal, em muitos casos, ainda pode acompanhar contrações uterinas hipertônicas e um padrão de frequência cardíaca fetal não tranquilizador (redução do aporte de oxigênio para o feto culminando no sofrimento fetal agudo). A incidência varia de 0,5-1% das gestações (sendo mais elevadas em serviços de referência), ocorrendo nas 34 semanas com parto prematuro em 50% dos casos. É uma causa significativa de morbimortalidade materna e perinatal, sendo que a taxa de mortalidade perinatal é aproximadamente 20 vezes maior em relação às gestações sem DPP (12% versus 0,6%, respectivamente) - a maioria das mortes perinatais (até 77%) ocorrem intraútero, sendo a prematuridade a principal causa de mortalidade pós-natal. EPIDEMIOLOGIA Materno: se dá principalmente pela gravidade do sangramento, podendo cursar com hemorragia, choque hipovolêmico, coagulação intravascular disseminada (CIVD) – que pode ocorrer pelo acúmulo de sangue na placenta, pois consome os fatores de coagulação, pela tentativa do corpo de coagular o sangue acumulado, levando a aumento do hematoma, sem melhora - histerectomia puerperal e obtido do paciente; Fetal: relacionado com o tamanho da área de descolamento placentário e a IG precoce (depende da reserva de oxigênio) - as principais são: prematuridade, baixo peso ao nascer, sofrimento fetal e óbito fetal. RISCOS A etiologia completa do DPP ainda não é conhecida, visto que vários distúrbios podem ser associados à sua gênese - os fatores mecânicos ou traumáticos, embora raramente associados ao DPP (menos de 2% dos casos), são os únicos que podem ser determinantes do acidente. FATORES DE RISCO Brevidade do cordão umbilical: córdão muito curto pode favorecer o descolamento Versão cefálica externa: quando o feto está pélvico e precisa girar para cefálico com manobras no abdômen, isso pode fazer com que a placenta descole Retração uterina intensa (polidramnia/gemelar) Miomatose uterina Traumatismo abdominal CAUSAS TRAUMÁTICAS DPP anterior Síndromes hipertensivas Tabagismo/Cocaína Anemia e má nutrição As síndromes hipertensivas representam a condição clínica mais frequentemente associada ao DPP, pois as mulheres hipertensas têm risco 5 vezes maior de DPP grave em comparação com mulheres normotensas. CAUSAS NÃO TRAUMÁTICAS LAYANE SILVA IIIA: Sem coagulopatia instalada; IIIB: Com coagulopatia instalada. aumento de frequência cardíaca, alterações posturais da pressão arterial e queda do nível de fibrinogênio - feto vivo, porém com vitalidade fetal prejudicada (sangramento vaginal moderado + hipertonia uterina + dor abdominal + alterações dos dados vitais + feto vivo); Grau III: óbito fetal, ocorre hipotensão arterial materna e hipertonia uterina importante (sangramento vaginal intenso + hipertonia uterina + dor abdominal + alterações vitais + feto morto), divide-se em: Consumo de álcool RPMO (ruptura prematura de membranas ovulares) Corioamnionite Idade materna > 35 anos Trombofilias Os fatores de risco para o DPP incluem a história do acidente em gravidez anterior, trauma, tabagismo, uso de cocaína, gravidez múltipla, hipertensão, pré eclâmpsia, idade materna avançada, ruptura prematura das membranas pré-termo (RPMP), placenta circunvalada, infecção intrauterina (corioamnionite), dengue, polidramnia e Doppler de uterina anormal. A causa imediata do DPP é a ruptura dos vasos maternos na decídua basal, assim, o sangue acumulado atinge a zona de clivagem decíduo-placentária e inicia a separação. O sangramento pode ser pequeno e autolimitado ou pode continuar a dissecar por meio da interface placenta- decídua, levando à separação completa ou quase completa da placenta. A porção descolada da placenta é incapaz de permutar gases e nutrientes, quando a unidade fetoplacentária restante é incapaz de compensar essa perda de função, o feto é comprometido. FISIOPATOLOGIA Grau 0: assintomática - AP da placenta com hematoma retroplacentário (retrospectiva), o anatomopatológico da placenta com hematoma retroplacentário, onde irá visualizar área pequena de descolamento que tamponou. Grau I: sangramento genital discreto sem hipertonia uterina significativa, com vitalidade fetal preservada - sem repercussões hemodinâmicas e coagulopatias materna, e o diagnóstico é realizado após o nascimento por presença de coágulo retroplacentário; Grau II: sangramento genital moderado com hipertonia uterina, há repercussões hemodinâmicas na mãe, com CLASSIFICAÇÃO O sangue chega à zona de clivagem decíduoplacentária e inicia a separação; vasos maternos se abrem e o espaço retroplacentário é invadido, em função disso, o útero reage com hipertonia, aumenta a tensão no local da coleção sanguínea, provocando descolamento de novas áreas. Parte do sangue coagula, fica aprisionada atrás da placenta e será eliminada somente após o parto (hematoma retroplacentário), outra parte descola as membranas e flui para o exterior (hemorragia externa) e o restante fica retido (hemorragia oculta) - o sangue pode alcançar a cavidade amniótica formando um hemoâmnio. MECANISMO FISIOPATOLÓGICO A DPP pode iniciar no 1o trimestre pela placentação defeituosa, que causa invasão trofoblástica deficiente, com remodelação incompleta das artérias espiraladas. ALTERAÇÕES UTEROPLACENTÁRIAS O DPP é a causa mais comum de necrose cortical aguda na gravidez ALTERAÇÕES RENAIS Eminentemente clínico, devendo nortear a conduta. DIAGNÓSTICO Hemorragia exteriorizada Hemoâmnio (sangramento no líquido amniótico) Hemorragia oculta Após o sangramento, forma o hematoma atrás da placenta que começa a vazar e escorre pelo útero e se exterioriza - logo, não é um sangue vivo,e sim um sangue coagulado (vermelho escuro). Esse sangue pode, também, cair dentro da cavidade uterina, fazendo com que o líquido amniótico fique ‘’tinto de sangue/manchado de sangue’’, que é o hemoâmnio Algumas vezes, o sangramento fica tamponado, formando apenas o hematoma retroplacentário, que é a hemorragia oculta. Geralmente são pacientes que tem hipertonia, dor muito intensa, e não está sangrando, dificultando no diagnóstico clínico. Se a paciente chega na emergência com esses 3 sinais relacionados a sangramento, é preciso examinar abdome, em seguida é feita a avaliação do tônus uterino. Se tiver sangramento + tônus uterino alterado a primeira hipótese é DPP, nesse caso, não é necessário encaminhar a paciente para USG, porque o tratamento precisa ser imediato. SANGRAMENTO Toque vaginal: sangramento genital, bolsa das águas tensa mais aumento da pressão intra-amniótica - no exame de toque, encontra-se um líquido tenso, causado pelo aumento da pressão amniótica por hematoma; Monitorização fetal: padrão não tranquilizador devido ao sofrimento fetal. A DPP também pode ocorrer de forma assintomática, com diagnóstico no intraparto e visibilidade de coágulos intrauterinos ou retroplacentários, assim, na ectoscopia pode haver petéquias, equimoses e hematomas sugestivo de CIVD e estado de pré-choque ou choque hipovolêmico - deve-se avaliar dados vitais maternos (pode estar cursando com crise hipertensiva). Paciente com DPP instável hemodinamicamente, taquicárdica e hipotensa, é uma paciente que já sangrou muito e precisa de atenção máxima. Quando há suspeita de DPP, normalmente a frequência cardíaca fetal está em um padrão não tranquilizador (padrão de sofrimento: taquicardia fetal ou bradicardia fetal ou desacelerações). EXAME FÍSICO LAYANE SILVA Choque hipovolêmico: pode levar a insuficiência renal aguda e necrose hipofisária (Síndrome de Sheehan); CIVD (coagulação intravascular disseminada): lesão tecidual/reduz fibrinogênio e causa trombocitopenia; Útero de Couvelaire: miométrio infiltrado por sangue. O sangue irrita a fibra e provoca hipertonia, e por estar totalmente embebida de sangue, ela faz atonia uterina (útero não consegue mais contrair e fica totalmente relaxado), com isso a gestante sangra mais, pois não tem a contração uterina para fazer a miotamponagem. Sempre que há suspeita de DPP, precisa romper bolsa, porque ao romper, tira a pressão intra-amniótica e favorece a circulação materno-fetal. Visa rastrear complicações da DPP, por isso, devem ser solicitados: hemograma (Hb/Ht, leucograma e plaquetas), tipagem sanguínea (grupo sanguíneo e RH), coagulograma (Tp e TTPa), rotina DHEG – doenças hipertensivas específicas da gestação (hemograma, TGO, TGP, BT e frações, uréia, creatinina, LDH e ácido úrico). EXAMES LABORATORIAIS Óbito fetal: se mais de 50% de área de descolamento; Hipertonia uterina: sangue em contato com útero/irritação uterina (útero duro); O sangue em contato com endométrio começa a se difundir e adentra o miométrio, com isso, o útero fica ‘’embebido em sangue’’, irritando sua estrutura, que contrai exacerbadamente. CONSEQUÊNCIAS A rotina DHEG (doença hipertensiva específica da gestação), rastreia síndrome HELP, pois ela causa vasculopatia que acarretará em alterações hepáticas e renais. Com feto vivo: parto via cesárea - se período expulsivo, parto via vaginal; Com feto morto: parto via vaginal - se hemorragia volumosa, parto via cesariana. A conduta deve ser individualizada e depende da extensão e classificação do DPP, comprometimento materno e fetal e IG - toda paciente com diagnóstico de DPP deve ser imediatamente hospitalizada. Conduta inicial: monitorização hemodinâmica, cateterização venosa, expansão volêmica com soro ou ringer, sondagem vesical de demora, administração de 02, solicitar reserva de concentrado de hemácia. Conduta se complicações maternas: na presença de anemia grave ou choque hemorrágico/hipovolêmico realizar transfusão de concentrado de hemácias - se sinais clínicos ou laboratoriais de CIVD realizar plasma fresco concentrado, crioprecipitado ou concentrado de plaquetas. Conduta obstétrica: SEMPRE QUE POSSÍVEL REALIZAR AMNIOTOMIA! Esta é a rotura artificial da bolsa amniótica que reduz a compressão da veia cava inferior, dificulta ampliação de deslocamento, melhora hipertonia uterina, coordena as contrações, diminui pressão intrauterina pela descompressão do hematoma, diminui risco de coagulopatia pela redução da passagem de tromboplastina para circulação materna e induz ou acelera o trabalho de parto. CONDUTA A DPP não é indicação absoluta de cesárea, o ideal é que o parto seja o mais rápido possível, logo tem situações em que fazer o parto vaginal será a melhor escolha, por exemplo, se a gestante chegar em período expulsivo e dá o diagnóstico de DPP, faz parto vaginal pois será mais rápido do que levar a paciente para a cesárea. PLACENTA PRÉVIA Placenta prévia é aquela que se insere no segmento inferior do colo do útero, localizando-se muito próxima (parcialmente) ou encobrindo (totalmente) o orifício interno do colo uterino. É uma das causas mais importantes de sangramento na 2a metade da gestação e está associada a significativa morbimortalidade materna e fetal. Placenta prévia: presença de tecido placentário recobrindo total ou parcialmente o orifício interno do colo do útero Placenta de inserção baixa: borda placentária insere-se no segmento inferior do útero e localiza-se há 2 cm de distância de Orifício Externo (OI) do colo. É importante diferenciá-la da placenta de inserção baixa, que é aquela que se insere no segmento inferior do colo do útero, MAS não chega a atingir o orifício interno do colo – localiza-se a 2 cm de distância. Pela Febrasgo, ambos os diagnósticos só devem ser dados após 28 semanas de gestação, mas é possível ocorrer mudança dessa classificação ao longo da gestação ou durante o trabalho de parto. Pela FEBRASGO, ambos os diagnósticos só devem ser dados após 28 semanas de gestação. A incidência varia na literatura de 0,26-1%, esta incidência parece estar aumentando em consequência do maior número de cesáreas nos últimos anos - o curto intervalo de tempo interpartal também está associado ao aumento do risco. A placenta prévia aumenta o risco de hemorragia antes, durante e após o parto, risco de acretismo placentário e apresentações fetais anômalas e risco de complicações EPIDEMIOLOGIA LAYANE SILVA neonatais (menor apgar, maior internamento em UTI neonatal, anemia, síndrome do desconforto respiratório, ventilação mecânica, hemorragia ventricular). Patogênese desconhecida Ocorre quando a placenta se implanta em áreas pouco vascularizadas na parte superior do útero mais implante do trofoblasto em direção à parte inferior do útero, assim, a placenta desvia-se da área de inserção primitiva e procura áreas com melhores condições de nutrir o ovo, expandindo- se superficialmente - com o aumento da área placentária, há maior probabilidade de alcançar o orifício cervical. FISIOPATOLOGIA O diagnóstico só deve ser dado após 28 semanas da gestação - se diagnosticada antes de 28 semanas em paciente assintomática e repetir USG após 28 semanas. Número de cesáreas prévias Gestações múltiplas Antecedente de placenta prévia Número de curetagens uterinas Idade materna avançada (> 55 anos) Multiparidade Tabagismo (risco 2 vezes maior) Um dos fatores mais significantes é o antecedente de cesáreas prévias, mas outros fatores incluem: FATORES DE RISCO Aumento do segmento inferior do útero; Crescimento do tecido trofoblástico em direção ao fundo do útero; Cerca de 90% daqueles diagnosticadas antes de 20 semanas, desaparecem antes do parto. MIGRAÇÃO PLACENTÁRIA Sangramento indolor, de coloração vermelho vivo, de início súbito, que tende a se repetir/reincidente e se agravar/progressivo. DIAGNÓSTICO CLÍNICO Realizar sinais vitais; Exame obstétrico cuidadoso: palpação abdominal (tônusuterino normal); Exame especular para avaliação do colo. EXAME FÍSICO Parto: hemorragia tende a crescer com progresso da dilatação, que é proporcional à superfície da placenta descolada. Secundamento: acretismo, retenções placentárias e deficiente miocontração do segmento inferior. A palpação pode identificar estática fetal alterada: situações oblíquas e transversas (15%), apresentação pélvica (15%) e cefálicas altas, pela interposição da placenta entre a cabeça e o andar superior da bacia. A ausculta do abdome revela batimentos cardíacos e a cardiotocografia mostra boa vitalidade fetal. Puerpério: restos placentários podem ficar aderidos e se infectar pela proximidade entre zona de inserção e vagina - subinvolução uterina e anemia favorece infecção puerperal. Não realizar toque vaginal, pois pode desencadear sangramento intenso. USG: o diagnóstico é baseado na identificação de tecido placentário recobrindo ou próximo ao OI do colo uterino, por meio de exame de imagem, mais comumente USG transvaginal - Doppler deve ser realizado para pesquisa de acretismo placentário e vasa prévia. Se diagnosticada placenta prévia antes de 28 semanas em paciente assintomática, deve repetir USG de 28 semanas. EXAMES COMPLEMENTARES Manter estabilidade hemodinâmica materna: hidratação/avaliar necessidade de hemotransfusão; Avaliação do bem-estar fetal com CTG; Reserva de concentrado de hemácias; Determinar necessidade de parto cesáreo imediato. A conduta depende da idade gestacional, intensidade da hemorragia e presença ou não do trabalho de parto. Pacientes assintomáticas: acompanhamento ambulatorial com orientação de abstinência sexual, evitar atividade física e sinais de alarme/riscos, seguimento ultrassonográfico (32 a 36 semanas) e parto realizado com 37 semanas (pela FEBRASGO); Pacientes sintomáticas: hospitalização e monitorização materno-fetal: CONDUTA Idade gestacional < 34 semanas: realizar corticoide Estabilidade materna Ausência de sofrimento fetal - Placenta prévia: cesariana; - Placenta de inserção baixa: ponderar riscos e benefícios do parto vaginal com a paciente. Distância entre a borda da placenta e o orifício interno de maior que 1 cm: menor risco de sangramento. MANEJO EXPECTANTE LAYANE SILVA Progressivo; Repetição; Espontâneo, Vermelho vivo, Indolor, Ausência de hipertonia USG não esclarecedora; Placenta prévia com predomínio posterior; Avaliar profundidade de invasão se placenta percreta. lacunas irregulares, aumento da vascularização e fluxo turbulento ao Doppler - são indicações de RNM: 1. 2. 3. Complicações: hemorragia, necessidade de hemotransfusão, lesão de órgãos alvos vizinhos e histerectomia. Parto realizado em centro de referência (com equipe multidisciplinar), com planejamento cuidadoso para reduzir a mortalidade se hemorragia maciça, deve-se recomendar via de parto cesariana com 36-37 semanas (segundo a FEBRASGO), reservar hemocomponentes e ter 1 vaga em UTI para casos complicados. CONDUTA Trabalho de parto ativo Sofrimento fetal Hemorragia grave com instabilidade hemodinâmica apesar das medidas clínicas Sangramento significativo > 34s MANEJO ATIVO: INDICAÇÕES DE CESARIANA ACRETISMO PLACENTÁRIO Acreta (63%): invade o miométrio; Increta (15%): invade a serosa Percreta (22%): passa da serosa. Consequência da placenta prévia, observa-se a aderência anormal da placenta no miométrio com ausência parcial ou total da decídua basal e desenvolvimento anormal da camada fibrinóide. Assim, a placenta acreta adere ao miométrio, a increta invade o miométrio e a percreta ultrapassa o miométrio, atingindo a serosa e, eventualmente, estruturas adjacentes como a bexiga, ureter, intestino e omento. Pode ocorrer aderência de todos os cotilédones (acretismo total), de alguns (acretismo parcial) ou de um ou parte de um deles (acretismo focal). Incidência da placenta acreta (mais comum) é de 1.2500, e o número de acretismo placentário nos últimos anos vem aumentando, ademais, o sangramento da placenta prévia pode ocorrer a partir do final do 2o trimestre e início do 3o. trimestre, sendo imotivado, indolor e intermitente. EPIDEMIOLOGIA Cesárea anterior Curetagem uterina Miomectomia Cirurgia vídeo-histeroscópica Irradiação pélvica Idade materna acima de 35 anos Multiparidade Ablação endometrial Embolização uterina 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. FATORES DE RISCO Na placenta prévia que não sangra, suspeitar de acretismo, e também no momento da tentativa de deslocamento que pode resultar em hemorragia profusa - pode haver hematúria durante a gestação (invasão da bexiga). QUADRO CLÍNICO O diagnóstico pré-natal é importante para o planejamento do parto, e, na presença de placenta prévia e cesárea anterior, é importantíssimo avaliar a possibilidade de acretismo, para isso o obstetra deve solicitar ultrassonografia e/ou ressonância magnética. DIAGNÓSTICO Na USG (sensibilidade de 77-93% e especificidade de 71- 96%) busca-se perda do espaço hipoecoico retroplacentário, adelgaçamento do miométrio subjacente, irregularidade na interface útero e bexiga, protrusão da placenta para bexiga, EXAME COMPLEMENTAR DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
Compartilhar