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Cist�� Odontogênic�� -O que são cistos? ➤Cavidade patológica limitada por epitélio ➤É um tumor benigno revestido por uma membrana de tecido epitelial ➤Ocorre no interior do tecido mole ou ósseo, contendo no lúmen material fluido ou semifluido e uma cápsula externa fibrosa delimitante CISTOS ODONTOGÊNICOS . Derivadas dos restos da lâmina dentária ou do epitélio do órgão do esmalte A maioria não tem sintomatologia dolorosa Precisa de condições inflamatória para se desenvolver -Características gerais: ● Forma é de radiolucidez bem nítida e com limites precisos ● Conteúdo líquido pode ser aspirado por possuir parede delgada ● A menos que infectados são frequentemente achados em radiografias ● Raramente são grandes o suficiente para causar fratura ● Parecem azuladas quando próximos à superfície mucosa -Origem: Resultante da proliferação de remanescentes epiteliais associados à formação dos dentes. Esse epitélio compreende: lâmina dentária, órgão do esmalte bainha de hertwig 1. Restos epiteliais de Malassez: Remanescentes da bainha epitelial de Hertwig que persiste no ligamento periodontal após a formação da raiz; Ex: Cisto periapical e residual 2. Epitélio reduzido do esmalte: Epitélio residual que circunda a coroa de um dente após a formação do esmalte estar complete; Ex: Cisto da lâmina dentária do recém-nascido, periodontal lateral, gengival do adulto, odontogênico glandular e queratocisto 3. Remanescentes da lâmina dentária (restos de Serres): Ilhas e cordões de epitélio que se originaram do epitélio oral e permaneceram nos tecidos após a indução do desenvolvimento dos dentes. Ex: Cisto dentígero, de erupção e paradental Cistos inflamatórios . 1. CISTO PERIAPICAL (Radicular) Derivado dos restos de Malassez -Formação: 1. Cáries, traumas, doença periodontal 2. Morte do tecido pulpar 3. Restos necróticos são estímulos inflamatórios 4. Resposta Inflamação apical 5. Aumento de células de queratinócitos- estromas periapical 6. Proliferação de epitélio na região; 7. Por restos epiteliais de Malassez -Fases: 1. Silenciosa 2. Deformação 3. Aumento da deformação 4. Infecção Mariana Dantas Cist�� Odontogênic�� -Clinicamente: ➭+ comum que envolve os maxilares; ➭3-6 décadas de vida; ➭Acontecem em um dente desvitalizados ➭O dente de origem TVP – térmicos e elétricos; ➭Assintomático ( menos os infectados); Exacerbação – Sensibilidade; ➭Se houver destruição do tecido ósseo poderá surgir uma tumefação, flutuante e azulada. Obs: azulado - confunde com mucocele! Radiograficamente: ➭Radiolúcida, lesão unilocular, bem definida; ( Como granuloma: menores ) ➭Pode haver presença de um halo radiopaco; ➭Dependendo do tamanho pode causar deslocamento dos dentes vizinhos; ➭Elemento dentário sem vitalidade. Perda da LD; Reabsorção; ➭Pode ser observado uma lesão ocupando todo quadrante; ➭Podem envolver dentes decíduos: Associados os molares. -Histopatologia 1. O lúmen pode conter além de líquido e restos celulares, cristais de colesterol 2. Tecido epitelial estratificado pavimentoso; escamoso 3. Cápsula de tecido conjuntivo fibroso. 4. Inf. inflamatório crônico 5. Corpos hialinos - anéis colagenosos - circundando linfócitos e plasmócitos - céls. gigantes multinucleadas ao redor ] 2. CISTO RESIDUAL -Permanece no interior do osso, após exodontia de um dente ou esfoliação espontânea da raiz residual, com lesão periapical Mariana Dantas Cist�� Odontogênic�� -Geralmente assintomático -Derivados dos restos de Malassez -Em alguns casos assume dimensões suficientes para produzir destruição da cortical óssea. -Radiolúcido; Forma circular a oval; -Calcificação distrófica (radiopacidade central). -Epitélio escamoso estratificado e cápsula fibrosa com infiltrado inflamatório -SUCESSO DO TRATAMENTO: Eliminação dos microorganismos 3.CISTO PARADENTÁRIO -Cisto odontogênico incomum -Origem: ➥É de origem inflamatória; lâmina dentária ➥Origina na porção lateral de um dente PARCIALMENTE erupcionado ➥Se origina de um DENTE COM VITALIDADE; ➥Decorrente de um processo inflamatório com sede na bolsa periodontal; ➥Pela demora de erupção – Episódios de Pericoronarite DOIS TIPOS: Cisto Colateral: Vem junto do 3º molar inferior. Tratamento: enucleação com a exodontia do dente; Cisto de Bifurcação: origina junto ao 1º ou 2º molares inferiores. Tratamento: enucleação da lesão sem exodontia. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: Cisto radicular lateral Cisto dentígero -Clinicamente: ● Encontrado na vestibular ou distal; ● Doloroso; ● Aumento de volume local. ● Pacientes jovens. -Radiograficamente: ● Radiolúcida localizada mesialmente ou distal a um terceiro molar parcialmente erupcionado; ● Raízes podem estar deslocadas ● Cortical bucal pode vir expandida. -Histopatologia: -Epitélio escamoso hiperplásico, tecido conjuntivo com infiltrado inflamatório intenso e áreas de congestão e hemorragia Cistos de Desenvolvimento . Derivados do epitélio reduzido do órgão do esmalte 1.CISTO GENGIVAL DO RECÉM-NASCIDO -Clinicamente: ➭São pequenos, superficiais e com conteúdo de ceratina, encontrados na mucosa alveolar de crianças. ➭Pequenas pápulas esbranquiçadas, geralmente múltiplas; Mariana Dantas Cist�� Odontogênic�� ➭Localizadas em rebordo alveolar dos maxilares; ➭Assintomáticos; ➭Irrompem espontaneamente. -Histopatologia: ➭Cistos preenchidos com ceratina revestidos por epitélio pavimentoso estratificado 2.CISTO PERIODONTAL LATERAL -Raro -Ocorre lateralmente à raiz de um dente com vitalidade -Maior incidência em canino e pré- molar inferior -Clinicamente: ★ Assintomáticos; ★ 5º e 7º década de vida ★ Mandibula – região de molares e pré-molares ★ Maxila – região de anteriores; ★ Não há prevalência entre os sexos. ★ Em casos especiais podem surgir dor, aumento gengival por vezes flutuantes e de coloração azulada. ★ Avaliação do estado periodontal. ★ DD: Cisto Botrióide -Radiograficamente: ⇢Imagem RADIOLÚCIDA bem circunscrita, ovalada ou arredondada; ⇢Menor que 1 cm e com bordas esclerosadas; ⇢Observa-se perda da lâmina dura; -Histopatologia: 1. Revestimento epitelial com poucas camadas de células, não queratinizado, sem projeções e com focos nodulares de espessamento para o interior do lúmen. 2. Células claras ricas em glicogênio podem estar presentes; 3. O epitélio apresenta com frequência a sua separação do tecido conjuntivo subjacente 4. A cápsula pode exibir uma zona de hialinização, focos de calcificação e restos da lâmina dentária. 3. CISTO GENGIVAL DO ADULTO -Lesão incomum; -Representa a contraparte em tecidos moles do CISTO PERIODONTAL LATERAL; -Em raras ocasiões, um cisto pode ser desenvolvido na gengiva, no local do enxerto gengival, representando cisto de inclusão epitelial. ( Sendo consequência do procedimento cirúrgico); Mariana Dantas Cist�� Odontogênic�� -5º e 6º décadas de vida; -Localizados na gengiva vestibular ou na mucosa alveolar; em regiões de caninos e pré-molares. -Clinicamente: ✓Apresenta um nódulo; ✓Assintomático em forma de cúpula, menos de cm de diâmetro; ✓Cor azulada ou cinza azulada. -Radiograficamente: *Pode causar reabsorção em taça superficial do osso alveolar *Se houver ausência de maior osso (reabsorção em taça) pode argumentar que pode ser um cisto periodontal lateral, que evoluiu - para reabsorção. -Histopatologia: *Similar ao CPL *Revestimento epitelial delgado e achados com ou sem placa focais que contém células claras; *Pequenos ninhos de células claras rico em glicogênio – lâmina dura; *Pode observar tecido conjuntivo circundante; *Pode ser confundido com revestimento endotelial de vasos dilatados por ser tão delgado. 4.CISTO ODONTOGÊNICO GLANDULAR -Clinicamente: ❖ Predileção por homens; ❖ Com incidência para a 5º décadas de vida; ❖ Localização na porção anterior da mandíbula, cruzando a linha média e na maxila a região anterior é mais afetada; ❖ Com sintomatologia dolorosa, com aumento de volume e dormência. -Radiograficamente: ⇨São radiolúcidas; ⇨Uni ou multiloculares; ⇨Com margens bem definidas, corticalizadas, com expansão bucolingual; ⇨Variando de lesões pequenasa lesões bastantes destrutivas; ⇨Pode ocorrer deslocamento dos dentes e reabsorção radicular. ⇨Na Maxila poderá envolver seio maxilar. ⇨As lesões uniloculares podem se assemelhar a cisto dentígero, mas a localização é maior na região anterior e não na região de 3º molares. Mariana Dantas Cist�� Odontogênic�� -Histopatologia: ⇨O revestimento epitelial não é queratinizado e tem a interface plana com o conjuntivo; ⇨Camada superficial com células colunares ou cubóides, por vezes com cílios ou prolongamentos de filiformes e superfície corrugada; ⇨No tecido epitelial podem ser observadas estruturas pseudo glandulares, com microcistos e presença de células secretoras calciformes e material de PAS positivo. 5.QUERATOCISTO -Derivado da lâmina dentária -Natureza destrutiva, agressiva e elevado potencial de recorrência; -Grande potencial de crescimento -RECIDIVA MUITO COMUM -Possível associação com a síndrome do carcinoma nevoide basocelular -Clinicamente: ★ Idade variável ★ Mandíbula > maxila ★ expansão ou perfuração das corticais ósseas ★ Lesões pequenas- assintomática, descobertos apenas no exame de imagem; ★ Lesões grandes- maiores podem causar dor, edema e drenagem, mas também pode ser assintomáticos; ★ Os dentígeros e radiculares - estão associados a expansão óssea. O querato não causa expansão óssea -Radiograficamente: • Área radiolúcida, com margens escleróticas frequentemente bem-definidas, podendo estar associada à coroa de um dente não-irrompido em até 40% dos casos (pode ser idêntico a um cisto dentígero). • Lesões grandes podem ser multiloculadas reabsorvendo as raízes de dentes adjacentes, mas isso é menos comum do que ocorre nos cistos dentígeros e radiculares. DD: Cisto dentígero, radicular e periodontal lateral -Histopatologia: 1. Apresenta parede fina, tendo na superfície interna uma camada de poucas células (de 5 a 8 camadas celulares) de epitélio pavimentoso estratificado, com presença de paraqueratina (80% dos casos), mas às vezes de ortoqueratina 2. Camada basal com ausência de projeções, apresenta camada paliçada de células epiteliais. Mariana Dantas Cist�� Odontogênic�� 3. Pequenos cistos, cordões ou ilhas satélites de epitélio odontogênico podem ser observadas na cápsula fibrosa. 4. Apresenta uma fina cavidade cística com limitante epitelial escamoso estratificado e junção epitélioconjuntiva plana. Observou-se separação do limitante epitelial da cápsula fibrosa e presença de células paraqueratinizadas e ortoqueratinizadas, achatadas, em paliçada, de aparência corrugada na superfície luminal. 5. Camada basal com células de núcleo hipercromático dispostas em paliçada. 6. Cistos satélites também foram observados A- Cavidade cística preenchida por paraqueratina B- Epitélio cístico pavimentoso estratificado; espessura regular C- Cápsula fibrosa com ausência de céls. inflamatórias -Tratamento: • Enucleação, seguida ou não por curetagem. • Marsupialização (Lesões maiores) • A maioria das recidivas (5 a 62%) é clinicamente evidente após 5 anos da cirurgia Cistos de desenvolvimento 1.DENTÍGERO -Envolve a coroa de um dente não erupcionado; aderido a junção cemento-esmalte -Derivados da lâmina dentária -Clinicamente: →+ Homens; jovens →Pode ocorrer uma queixa de aumento de volume e dor em caso de infecção -Radiograficamente: →A lesão mostra uma área radiolúcida, unilocular associada a coroa de um dente incluso; →Bordas escleróticas, bem definidas; →Expansão das corticais ósseas e consequentemente deformidade local podem aparecer em alguns casos em razão do crescimento da lesão; -Histopatologia: ✶Cápsula fibrosa delicada aderida à junção cemento esmalte do dente; ✶Com revestimentos epitelial com poucas camadas de células (Epitélio pavimentoso estratificado de 2-3 camadas de células) , não queratinizado, sem projeções e frequentemente ausente em extensas áreas; ✶Cápsula fibrosa densa com mínimo infiltrado inflamatório. ✶É comum a descontinuidade do revestimento epitelial – epitélio destacado da cápsula Mariana Dantas Cist�� Odontogênic�� ✶O lúmen pode conter cristais de colesterol 2.CISTO DE ERUPÇÃO -Surge sobre um dente prestes a erupcionar; -Se desenvolve a partir do epitélio do órgão do esmalte após formação do esmalte; -Clinicamente: ● Apresenta-se como um aumento de volume de consistência mole; ● Localizado em mucosa gengival que recobre a coroa de um dente decíduo ou um dente permanente em erupção; ● Dilatação geralmente por acúmulo de líquido no espaço folicular; ● Afetam crianças (incisivos decíduos e molares permanentes); ● Frequentemente é translúcido, devido ao trauma pode acumular sangue no fluido cístico e ter coloração azulada ou marrom arroxeada . ● Tratamento: ulectomia -Histopatologia: ⇨Revestimento originado do epitélio reduzido do órgão do esmalte, não ceratinizado; ⇨2-3 camadas de células; ⇨Presença de células inflamatórias agudas; ⇨Uma rede de proliferação de células endoteliais. Mariana Dantas
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