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1 Cistos Odontogênicos de Origem Inflamatória Cisto Radicular • Associado a dentes não vitais. Um cisto residual é um cisto radicular que permanece na mandíbula após a extração do dente afetado. • Podem ser chamados também de dentário inflamatório; cisto dentário; cisto periapical; cisto periodontal apical. • Mais comuns dos maxilares e representam cerca de 55% de todo os cistos odontogênicos, com pico de incidência na quarta e quinta década de vida e predileção pelo sexo masculino. Quase sempre está localizado no ápice do dente, mas um cisto radicular lateral pode estar associado a um canal radicular lateral. Etiologia: o revestimento epitelial deriva da proliferação dos remanescentes da bainha epitelial de Hertwig (restos epiteliais de Malassez) no ligamento periodontal como resultado da inflamação após necrose pulpar, geralmente devido à cárie dentária. Uma cavidade cística é formada como resultado da pressão hidrostática acompanhada pela reabsorção óssea. Características Clínicas: • assintomáticos, causa mais comum de expansão dos maxilares. • radiolucidez arredondada ou ovalada, unilocular, bem circunscrita/demarcada no ápice de um dente desvitalizado, com cerca de 1-2 cm de diâmetro • lesões grande também podem ocorrer. • Os cistos residuais são encontrados como áreas radiolúcidas bem definidas, em um local de extração dentária anterior. • **O cisto radicular está sempre associado a um dente não vital, e este é um critério importante para o diagnóstico. Características Histopatologicas: • parede composta por tecido fibroso inflamado ou tecido de granulação, revestido por epitélio escamoso estratificado não queratinizado. • O epitélio é proliferativo, formando um padrão de arco/árcade característico. • Cistos maduros e cistos residuais são menos inflamados e podem mostrar um epitélio fino regular. • O infiltrado inflamatório é misto e pode conter histiócitos/macrófagos espumosos proeminentes ou depósitos de cristais de colesterol com células gigantes de corpo estranho, que podem formar nódulos luminais. • Os corpos hialinos ou de Rushton são vistos e característicos, porém não específicos do cisto radicular. Outras alterações incluem metaplasia mucosas com células califormes, epitélio pseudoestratificado ciliado ou pequenas áreas de queratinização. Prognóstico e Fatores Preditivos: dependendo das características clínicas e radiológicas do espécime, as lesões apicais são tratadas por extração do dente ou apicoectomia (cirurgia para-dentária) com enucleação da cavidade cística, ou por tratamento endodôntico não cirúrgico. Embora as lesões possam persistir a recorrência de cistos residuais é rara. Corte histológico de uma cisto radicular/residual. A parede fibrosa inflamada, revestida por epitélio estratificado pavimentoso hiperplásico com projeções em arco, SETAS mostram histiócitos espumosos. B área demonstrando nódulos com deposito de cristais de colesterol. Imagem acima Cisto Radicular/Residual. Acúmulo focal de corpos hialinos no epitélio de revestimento cístico. Corpúsculos de Rushton. Imagem acima 2 Cisto Radicular. aparência radiográfica típica, demonstrando uma área radiolucida bem demarcada, no ápice de um dente não vital que foi tratado anteriormente endodônticamente. Imagem acima Cisto Radicular/Residual. Um cisto residual aparece como uma área radiolúcida, bem circunscrita no local de uma extração dentária anterior. Cistos Inflamatórios Colaterais Surgem na face vestibular das raizes dos dentes parcialmente ou recentemente erupcionados, como resultado da inflamação nos tecidos pericoronários (periocoronarite). Podem ser chamados de cisto paradental inflamatório/cisto da bifurcação bucal madibular/cisto paradental juvenil/cisto bucal infectado mandibular. Existem dois tipos principais de cistos colaterais: • cistos paradentais: surgem na distal de terceiros molares inferiores, geralmente esse dente tem sua região distal recoberta por um capuz de tecido pericoronário, onde pode se acumular microrganismo e restos de alimentos provocando assim uma inflamação na região . • cistos da bifurcação bucal mandibular/ cisto da bifurcação vestibular: surgem na vestibular dos primeiros e segundos molares inferiores. Etiologia: a etiopatogenia é incerta. Os cistos colaterais inflamatórios são de origem inflamatória , associados a pericoronarite. A formação de cistos pode ser exacerbada por um crescimento negativo de esmalte na face vestibular do dente envolvido ou por impactação de alimentos. Os cistos colaterais inflamatórios tambem podem surgir do epitelio reduzido do orgão do esmalte, mas estudos recentes sugerem uma origem do epitelio sucular ou juncional. Localização: mas de 60% dos cistos colaterais ocorrem em terceiros molares mandibulares masculinos, a maioria dos restantes são casos bilaterais que são pouco comuns. Lesões na maxila são muito raras e podem surgir em associação a um canino em erupção . Caracteristicas Clínicas: • pericoronarite de longa data • dor, edema e trismo • dentes associados são vitais, • os cistos paradentarios são bem demarcados, muitas vezes cortados e sobrepostos sobre a face vestibular das raizes dos dentes. • O ligamento periodontal e a alamina dura são normais e a lesão é distinta do espaço folicular ao redor de um dente parcialmente erupicionado. • Os cistos da bifurcação bucal mandibular costumam apresentar edema, indolor, mas podem apresentar infecções com dor e supuração. • O dente geralmente é inclinado para vestibular, com bolsas periodontais profundas. • A radiologia mostra uma imagem radiolucida vestibular bem demarcada, que pode se estender até a borda inferior da mandíbula. • Uma reação periostal com formação de osso novo laminado pode ser visivel. Histopatologico: a histologia não é especifica e é indistinta da de um cisto radicular. Podem ser observados cristais de colesterol, macrófagos/histiócitos espumosos e depósitos de hemossiderina (pigmento endógeno, decorrente do extravasamento de hemácias do endotélio vascular). O revestimento pode ser fixado na junção amelocementária ou ser contínuo com epitélio dos tecidos pericoronários, formando uma invaginação ou bolsa que se projeta para baixo na raiz do dente. Prognóstico e Fatores Preditivos: os cistos inflamatórios colaterais são tratados por enucleação simples. Terceiros molares envolvidos são geralmente extraídos, mas molares envolvidos por cistos da bifurcação bucal mandibular são preservados. Cisto Paradental, aparece como imagem radiolucida na região disto- vestibular de um terceiro molar inferior parcialmente erupcionado. O ligamento periodontal e a lâmina dura estão intactos. Imagem acima 3 Cisto Paradental: aparecendo como uma bolsa aberta, composta por uma parede fibrosa inflamatória revestida por epitélio hiperplásico. Cisto da bifurcação vestibular/bucal mandibular, adjacente a raiz de um segundo molar inferior. Img ao lado Cistos Odontogênicos do Desenvolvimento Diferentemente dos cistos inflamatórios explanados e exemplificados anteriormente, os cistos odontogênicos do desenvolvimento não estão relacionados com episódios inflamatórios anteriores a apresentação cística (nestes casos as citocinas inflamatórias é que são responsáveis por emitir sinais à células-tronco, para que elas então iniciem sua proliferação e diferenciação, produzindo assim uma lesão, neste caso uma lesão cística). Alguns estudos apontam que estes cistos se originam a partir de células-tronco multipotentes presentes nos tecidos dentários, a exemplo de: restos epiteliais de Malassez, células-tronco do ectomesênquima, da lâmina dentária e do epitélio reduzido do órgão do esmalte. Essas células podem estar relacionadas tanto com a origem destes cistos quanto com a proliferação e o potencial de diferenciação celular, que podeser evidenciado no epitélio de revestimento cístico. Os cistos do desenvolvimento ocorrem em dentes vitais. Cisto Dentígero Cisto odontogênico aderido à região cervical de um dente não erupcionado e que envolve a sua coroa (na junção amelocementária). O cisto da erupção é uma variante do cisto dentígero que ocorre nos tecidos moles. Pode ser chamado também de cisto folicular. O cisto surge devido ao acúmulo de liquido entre o epitélio do órgão do esmalte reduzido e o folículo dentário e a coroa do dente não erupcionado. Epidemiologia: os cistos dentígeros representam cerca de 20% de todos os cistos odontogênicos e são o segundo cisto mais comum dos maxilares. Eles ocorrem em uma ampla faixa etária, com pico de incidência entre a segunda e a quarta década de vida. Existe um apredileção masculina, com uma proporção homem-mulher de cerca de 3:2 respectivamente. Os cistos da erupção são responsáveis por <2% dos casos e ocorrem em crianças. Localização: cerca de 75% dos cistos dentígeros estão associados a terceiros molares inferiores não irrompidos. Outros locais mais comuns em ordem decrescente de frequência são os caninos superiores e os molares superiores e segundos pré-molares inferiores. Os cistos da erupção normalmente ocorrem sobre os incisivos decíduos inferiores ou primeiros molares permanentes superiores. Características Clínicas: • não apresentam sintomas e pequenas lesões são geralmente descobertas na investigação radiográfica de um dente perdido. • pode atingir um tamanho grande e apresentar-se como uma expansão lenta da mandíbula. • Se o cisto estiver infectado, pode haver dor e inchaço. • As radiografias mostram uma radiolucidez unilocular, bem demarcada, frequentemente com uma margem cortical que circunda a coroa do dente não irrompido, que pode estar deslocado. • O cisto de erupção se apresenta como um inchanço macio e suave recobrindo um dente em erupção.geralmente é translucido, mas o trauma pode resultar em hemorragia, dando aparência de um hematoma. Macroscopia: o cisto está preso a região cervical do dente, junção amelocementária,e está ligado em parte pela coroa do dente envolvido. Histopatológico: parede não inflamada de tecido fibroso frouxo, frequentemente com uma aparência ligeiramente mixóide, revestida por epitélio regular e delgado com aproximadamente 2- 4 camadas de células de espessura. A parede (cápsula cística) pode conter restos quiescentes de epitélio odontogênico (restos epiteliais de Malassez). Alterações metaplásicas podem incluir células mucosas (células com citoplasma claro, abundante e com núcleo rechaçado para periferia) e epitélio coluna pseudoestratificado ciliado. Corpúsculos hialinos ou de Rushton também são ocasionalmente vistos. O cisto dentígero costuma estar inflamado e pode exibir hiperplasia epitelial com cristais de colesterol adjacentes. Prognóstico e Fatores Preditivos: cistos dentígeros são tratados por enucleação com retirada do dente impactado. O cisto de 2 erupção pode ser marsupializado para permitir que o dente afetado erupcione normalmente. Cisto Dentígero: A: radiografia mostrando uma área radiolúcida, bem circunscrita envolvento a coroa de um terceiro molar inferior. B amostra intacta de um dente canino; a parede cística envolve o dente na região cervical da coroa do dente (junção amelocementária). Cisto Dentígero: A corte histológico em menor aumento, evidenciando epitélio delgado, regular, com interface plana com o tecido conjuntivo adjacente SETA mostra a inserção do cisto na junção amelocementária do dente afetado. B mostra a parede cística inflamada, com tecido conjuntivo frouxo de aparência mixóide. C metaplasia mucosa presente no epitélio de revestimento. Queratocisto Odontogênico Caracterizado por um revestimento delgado (fino) e regular do epitélio estratificado pavimentoso paraqueratinizado, com células basais hipercromáticas dispostas em paliçada. Também costuma ser chamado de tumor odontogênico ceratocístico Epidemiologia: os queratocistos odontogênicos representam de 10- 20% dos cistos odontogênicos e são o terceiro cisto mais comum das mandíbulas, na parte posterior do ramo. Eles ocorrem em uma ampla faixa etária de idade, com um pico de incidência entre a segunda e terceira década de vida e um segundo pico menor entre pacientes com idade entre 50-70 anos. A maioria dos estudos encontram um ligeira predileção por homens. Até 5% de todos os queratocistos odontogênicos ocorrem como síndrome do carcinoma basocelular nevoide (síndrome de Gorlin); estes casos tendem a ser múltiplos e ocorrer em pacientes mais jovens. Etiologia: o queratocisto odontogênico, é um cisto do desenvolvimento que surge de remanescentes da lâmina dentária. Há uma associação com mutação ou inativação do gene PTCH1 que ativa a via de sinalização SHH e resulta na proliferação aberrante do epitélio do queratocisto odontogênico. Características Clínicas: • áreas radiolúcidas indolores e são encontradas de forma acindental durante exames radiográficos, por razões outras. • Lesões grandes podem causar deslocamento dos dentes. Lesões maxilares podem deslocar a orbita e são mais frequentemente infectadas. • A radiografia mostra uma lesão radiolucida bem demarcada, com uma margem cortical. • As lesões podem ser uniloculares (com ou sem uma margem escalonada) ou multiloculares. • O corpo posterior e o ramo inferior da mandíbula são os locais mais atingidos, e as lesões geralmente circundam a coroa do terceiro molar, resultando em uma aparência semelhante com o cisto dentígero. • As lesões tendem a crescer no sentido anteroposterior, resultando em lesões grandes com relativamente pouco aumento de volume ou expansão cortical. • Cerca de 10% dos pacientes tem múltiplos queratocistos odontogênicos e metade desses pacientes possuem a síndrome do carcinoma basocelular nevoide. • Além dos vários queratocistos, pacientes com a síndrome de Gorlin podem desenvolver anomalias mentais. Histopatológico: mostra uma parede fibrosa não inflamada, revestida por um epitélio estratificado pavimentoso paraqueratinizado, regular dobrado, delgado, com 5-8 camadas de células de espessura, sem cristais de colesterol. • A superfície da paraqueratina é corrugada e a camada basal é bem definida e frequentemente com células em paliçada, com núcleos hipercromáticos e áreas focais mostrando polaridade nuclear invertida. Essas características são especificas e distinguem o queratocisto odontogênico de outros cistos mandibulares que podem demonstrar queratinização. Figuras de mitose são frequentemente visíveis, porem são normais. Lesões inflamadas perdem essas características típicas e podem ser revestidas por epitélio escamoso estratificado não especifico com algum grau de hiperplasia. Os queratocistos odontogênicos podem mostrar pequenos cistos satélites ou ilhas sólidas nas paredes ou podem ter brotamento de camada basal. Prognóstico e Fatores Preditivos: o tratamento é mais frequentemente por enucleação ou por ressecção cirúrgica para lesões grandes. Recorrência de 25% 3 Queratocisto Odontogênico: paciente com síndrome do carcinoma basocelular nevóide (síndrome de Gorlin), com múltiplos queratocistos na mandíbula e maxila. Img acima Queratocisto Odontogênico: A área radiolúcida unilocular no ângulo da mandíbula estendendo-se até a face posterior do ramo (setas). B uma lesão multilocular extensa na linha média, enchendo o corpo da mandíbula e se estendendo até o ramo, as lesões são bem demarcadas e principalmente corticalizadas. Img acima Histopatologia típica de Queratocisto Odontogênico: A camada de paraqueratina ondulada, células basais dispostas em paliçada com núcleos hipercromáticos. B áreas focais podem demonstrar inversão da polaridade nuclear da camada basal. C brotamento das células da camada basal e D cistos satélites e ilhas na capsula fibrosado cisto. Img acima Queratocisto Odontogênico Os espécimes enucleados são frequentemente fragmentados, mas mostram um aparede fibrosa não inflamada típica, com revestimento epitelial delgado, dobrado e regular. Img acima Cisto Periodontal Lateral e Cisto Odontogênico Botrioide O cisto periodontal lateral, é um cisto odontogênico do desenvolvimento, revestido por epitélio não queratinizado, ocorrendo na lateral ou entre as raízes de dentes erupcionados. O cisto odontogênico botrióide é a variante multicística do cisto periodontal lateral. E ocorrem com maior frequência em mandíbula, região anterior de molares em particular os pré-molares. Etiologia: os cistos periodontais lateral/cisto botrióide surgem de remanescentes epiteliais odontogênicos, mas a fonte é controvérsia. Pode ter origem da lâmina dentária, epitélio reduzido do orgão do esmalte ou restos de Malassez, que também foi proposto. Características Clínicas: • geralmente assintomáticos • Frequentemente, há expansão óssea, geralmente na parte vestibular . • Em radiografias o cisto periodontal lateral é unilocular e bem demarcado, muitas vezes corticada radioluscência justaposta à lateral superfície da raiz do dente. • A maioria das lesões são 1 cm de tamanho. • Os cistos odontogênicos botrióide frequentemente tem um aspecto radiográfico multilocular. Macroscopia: O cisto periodontal lateral é unicístico e pode conter fluido.O cisto odontogênico botrióide, pode mostrar uma superfície bosselated devido à presença de múltiplos compartimentos císticos. Histopatológico: a histologia do cisto periodontal lateral é característica e semelhante ao do cisto gengival do adulto. Exibe um revestimento epitelial estratificado delgado não queratinizado, normalmente constituido de uma camada única ou dupla de células, com espessamento epitelial semelhante a placas focais. Frequentemente elas tem uma aparencia espiralada e as células podem ter o citoplasma claro, devido ao acumulo de glicogenio. Separação do revestimento epitelial da parede do tecido conjuntivo é um achado comum. A parede fibrosa é inflamada, mas pode mostrar uma faixa hialina imediatamente abaixo do epitelio de revestimento cistico. A aparencia microscopica do cisto odontogênico botrióide é semelhante à do sito periodontal lateral, exceto pela presença de multiplos espaços cisticos. Prognóstico e Fatores Preditivos: O cisto periodontal lateral pode ser tratado por enucleação, sem a remoção do dente adjacente ou dentes. 4 Cisto Periodontal lateral: A revestimento epitelial é fendido e mostrar uma area de espessamento do epitélio de revestimento em forma de placa com presença de células claras. B area apresentando revestimento epitelial delgado, com apenas 2 camadas de espessura de células. Img abaixo Cisto Periodontal Lateral: radiografia mostra uma area radiolucida, bem delimitada entre as raizes do incisivo lateral inferior e o canino esquerdo. Img ao lado Cisto odontogênico Botrióide: lesão multicistica, com epitélio de revestimento semelhante ao de um cisto periodontal lateral IMG AO LADO Cisto Odontogênico Gengival Cistos gengivais são cistos odontogênicos encontrado na mucosa alveolar. Eles podem surgem em adultos e crianças, sendo em adultos mais raro. Também chamados de Cisto alveolar; Nódulos de Bohn (em bebês). Cistos gengivais são considerados cistos do desenvolvimento que surgem de remanecentes da lâmina dental nos tecidos moles gengivais ou alveolares (restos de Serres). 75% ocorrem na mandíbula na região pré-molar / canina (2150,2519). No a gengiva maxilar, cistos gengivais podem ser visto nas áreas dos incisivos e pré-molares / caninos. Eles são encontrados na superfície bucal do alvéolo em quase todos casos. Em bebês, os cistos ocorrem no rebordo alveolar edentulo da mandibula ou maxila. Caracaterísticas Clínicas: • pequenos nódulos brancos (<2 mm) na região alveolar mucosa, e muitas vezes são múltiplos. • Cistos gengivais do adulto geralmente presentes como uma elevação indolor, pequena e em forma de cúpula da gengiva inserida, parecendo uma bolha. • Lesões ocasionais são encontradas em a mucosa móvel, em sua junção com a gengiva anexada. • As lesões costumam ter um azul claro a cinza azulado, translúcido aparência, mas pode parecer claro. • As radiografias não revelam a lesão na maioria casos, embora erosão superficial do córtex ósseo subjacente pode ocasionalmente ser visto radiograficamente. Histopatológico: o cisto fica logo abaixo do epitelio oral normal e normalmente não está inflamado e é revestido por um epitelio delgado composto de uma camada unica ou duplas de células cuboidal ou pavimentosas, sem cristais de colesterol. O espessamento abrupto focal, está frequentemente presente produzindo placas que se projetam no lumen ou na parede do tecido conjuntivo. Células claras estão frequentemente presentes. Ocasionalmente, o revestimento do cisto é mais espesso e parrce estratificado pavimentoso. A parde do tecido conjuntivo pode conter ilhas epiteliais semelhante a placas epiteliais. Os cistos gengivais do lactente raramente são observados histologicamente, mas a maioria parece ser revestida por um epitelio queratinizado delgado. Prognóstico e Fatores Preditivos: em adultos o tratamento é simples, geralmente a excisão cirurgica é o tratamento de escolha curativa. A recorrencia não foi relatada. Os cistos gengivais do bebe involuem ou desaparecem espontaneamente e não precisam ser tratados. Cisto Gengival do Adulto, apresentando-se como uma lesão img abaixo Cisto gengival do adulto: A espessamento semelhante a placas tem uma aparência espiralada, observa-se células claras basilares, no epitélio de revestimento delgado. B- mostra revestimento epitelial delgado, plano com a interface do conjuntivo com áreas de espessamento focal espiralada. Img AO LADO 5 Cisto Odontogênico Glandular: do desenvolvimento com características epiteliais que simulam a diferenciação da glândula salivar. Chamado também de cisto sialo- odontogênico. Localização: o cisto odontogênico salivar ocorre exclusivamente na mandíbula, com cerca de 75% dos casos. Lesões na maxila tendem a ocorrer anteriormente. Características Clínicas: • aumento de volume indolor. • As radiografia revelam uma lesão radiolucida unilocular ou multilocular bem definida, que pode ter uma borda recortada. • está tipicamente associado a raízes de vários dentes, e o deslocamento dentário ou reabsorção radicular é comum. • extrema cautela deve ser exercida em seu diagnóstico quando a lesão está em uma relação dentígera e lesões mandibulares podem atingir um tamanho grande e podem cruzar a linha média. Histopatologia: espessura variável do epitélio que reveste o cisto, 2-3 camadas de células pavimentosas ou cuboidais e epitélio estratificado pavimentoso mais espesso e uma camada luminal de células cuboidais a calunares baixas, as vezes referidas como células de hobnail, presentes pelo menos focalmente. Microcistos intraepiteliais, metaplasia apócrina das células luminais, células claras nas camadas basais e parabasais, projeções papilares, células mucosas. Podem ter algumas semelhanças com o carcinoma mucoepidermoide central, muito cuidado deve ser tomado na interpretação das biopsias incisionais. Prognóstico e Fatores Preditivos: a enucleação é o tratamento mais comum para os cistos odontogênicos glandulares, mas está associada a uma alta taxa de recorrência. A recorrência pode ser tardia, com um estudo relatando um tempo médio para primeira recorrência em oito anos. Por esse motivo, a pesquisa tem sido defendida, particularmente para lesões graves e multiloculares. Cisto Odontogenico glandular: A- revestimento epitelial de espessura variável, com uma camadaluminal proeminente de células colunares , as chamadas células de hobnail. B- microcistos e ductos proeminentes são comumente vistos. C- uma área que mostra ductos e cílios proeminentes. Img acima Cisto odontogênico glandular: radiografia mostra uma extensa lesão multilocular, cruzando a linha média, preenchendo o corpo da mandíbula. Img acima Cisto Odontogênico Calcificado O cisto odontogênico calcificante é um cisto simples revestido por um epitélio semelhante a um ameloblastoma, que contém mutações focais de acumulação de células fantasmas. Sinônimos: tumor odontogênico cístico calcificante, cisto odontogênico de células fantasmas calcificantes; cisto de Gorlin. Etiologia: o cisto odontogenico calcificante faz parte de um grupo de células fantasmas, de lesões da mandíbula, junto com tumor odontogenico de células fantasmas e carcinoma odontogenicode células fantasmas. Tem havido um debate considerável sobre se é uma neoplasia ou um cisto do desenvolvimento. Com base em seu comportamento e suas características clinico-patológicas, o cisto odontogenico calcificante é agora considerado um cisto de desenvolvimento que surge da lamina dentaria. Localização: o cisto odontogenico calcificante pode surgir em qualquer mandíbula, geralmente nas regiões anteriores. As lesões associadas ao odontoma tem uma predileção pela região anterior da maxila. Lesões ocasionais , em ate 10%, são extraosseas e são encontradas nas regiões anteriores de qualquer mandíbula. Características Clínicas: • aumento de volume geralmente indolor da região acOmetida pela lesão. • Radiografias revelam região radiolúcida bem definida, que geralmente é unilocular deslocamento dos dentes e reabsorção óssea são comuns. • Cerca de metade de todos os casos tem quantidades de tecido calcificado ou um odontoma associado. Lesões 6 extraósseas se apresentam como aumento de volume gengival as vezes com dor e sensibilidade. Histopatologia: revestido por um epitélio de espessura variável. Algumas áreas podem ter apenas algumas células espessas mostrando alterações escamosas. No entanto a principal característica diagnostica é a presença de uma camada basal bem definida de células colunares em paliçada e uma camada espessa sobrejacente semelhante ao reticulo estrelado do órgão do esmalte com acumulo focal de células fantasmas que podem se calcificar. Muitas lesões apresentam projeções luminais de células fantasmas ou de proliferações epiteliais semelhantes a ameloblastoma. Podem ser vistas pequenas ilhas de epitélio satélite ou células fantasmas na capsula fibrosa. Uma quantidade variável de dentinoide é as vezes depositada adjacente ao limite epitelial. Em cerca de 20% dos casos, tecidos duros de tal semelhantes ao odontoma são encontrados. Ocasionalmente áreas semelhantes a fibroma ameloblastico, fibro-odontoma ameloblastico ou tumor odontogenico adenomatoide pode ser detectado. Cisto Odontogenico Calcificante: radiologia mostra uma típica área radiolucida, bem demarcada. A- reabsorção dentaria pode ser vista. B- focos de tecido calcificao no interior da lesão. Imgs acima Prognóstico e Fatores Preditivos: a enucleação é uma escolha de tratamento. A recorrência é rara, e tem sido reportada em <5% dos casos. Cisto Odontogenico calcificante: A- o revestimento varia em espessura de apenas algumas camadas de células (superior), a espessura em ameloblastoma inferior. Há uma camada basal em paliçada e acúmulos focais de células fantasmaspodem ser vistos nas paredes(seta); pequenas áreas escamosas também são observadas. B- acúmulos focais de células fantasmas podem ser vistos em todo o revestimento epitelial, e pequenas camadas de dentinoide são visíveis na parede (canto superior direito). C- células fantasmas acumulam-se no revestimento e formam nódulos, observar áreas de calcificação. Cisto Odontogênico Ortoqueratinizado É um cisto do desenvolvimento predominantemente revestido por epitélio estratificado escamoso ortoqueratinizado. Etiologia: cistos odontogênicos orto-queratinizados tem uma origem incerta. Uma possível origem são os remanescentes epiteliais da lâmina dentária. Caracteristicas Clinicas: • aumento de volume indolor. • Encontrados com frequencia na mandíbula e nas suas porções posteriores. Pode haver casos multplos e bilaterais. Quase metade das lesões estão associadas a um dente impactado assemelhand-se a um cisto dentígero • A radiologia mostra uma lesão radiolúcida unilocular bem demarcada, muitas vezes com uma lesão corticada na margem. Histopatológico: tecido fibroso não inflamado, parede revestida por epitélio delgado e regular, 5-8 camadas de células espessura, mas sem cristas. A superfície exibe ortoqueratinização, com uma camada de células granulares proeminentes. Ao contrário do queratocisto odontogênico, a superfície de queratina não é corrugada, mas é espessa. As células basais são planas ou cuboidais, mas não mostra paliçada ou núcleos hipercromaticos. As áreas focais podem ser não queratinizadas ou paraqueratinizadas, essas áreas que constituem o epitélio do revestimento estão frequentemente associadas a inflamação. Prognóstico e Fatores Preditivos: o tratamento é por enucleação. A recorrência é rara, há reportagem de recorrência em <2% 7 Cisto Ortoqueratinizado- a radiologia mostra uma área radiolucida unilocular bem demarcada, associada a um terceiro molar não irrompido. Cisto odontogenico ortoqueratinizado- revestimento epitelial delgado e regular com a camada espessa de ortoqueratina.
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