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Cistos Odontogênicos

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1 
Cistos Odontogênicos de Origem Inflamatória
 
Cisto Radicular 
• Associado a dentes não vitais. Um cisto residual é um 
cisto radicular que permanece na mandíbula após a 
extração do dente afetado. 
• Podem ser chamados também de dentário inflamatório; 
cisto dentário; cisto periapical; cisto periodontal apical. 
• Mais comuns dos maxilares e representam cerca de 
55% de todo os cistos odontogênicos, com pico de 
incidência na quarta e quinta década de vida e predileção 
pelo sexo masculino. Quase sempre está localizado no 
ápice do dente, mas um cisto radicular lateral pode estar 
associado a um canal radicular lateral. 
Etiologia: o revestimento epitelial deriva da proliferação dos 
remanescentes da bainha epitelial de Hertwig (restos epiteliais de 
Malassez) no ligamento periodontal como resultado da inflamação 
após necrose pulpar, geralmente devido à cárie dentária. Uma 
cavidade cística é formada como resultado da pressão hidrostática 
acompanhada pela reabsorção óssea. 
Características Clínicas: 
• assintomáticos, causa mais comum de expansão dos 
maxilares. 
• radiolucidez arredondada ou ovalada, unilocular, bem 
circunscrita/demarcada no ápice de um dente 
desvitalizado, com cerca de 1-2 cm de diâmetro 
• lesões grande também podem ocorrer. 
• Os cistos residuais são encontrados como áreas 
radiolúcidas bem definidas, em um local de extração 
dentária anterior. 
• **O cisto radicular está sempre associado a um dente 
não vital, e este é um critério importante para o 
diagnóstico. 
Características Histopatologicas: 
• parede composta por tecido fibroso inflamado ou tecido 
de granulação, revestido por epitélio escamoso 
estratificado não queratinizado. 
• O epitélio é proliferativo, formando um padrão de 
arco/árcade característico. 
• Cistos maduros e cistos residuais são menos inflamados 
e podem mostrar um epitélio fino regular. 
• O infiltrado inflamatório é misto e pode conter 
histiócitos/macrófagos espumosos proeminentes ou 
depósitos de cristais de colesterol com células gigantes 
de corpo estranho, que podem formar nódulos luminais. 
• Os corpos hialinos ou de Rushton são vistos e 
característicos, porém não específicos do cisto radicular. 
Outras alterações incluem metaplasia mucosas com 
células califormes, epitélio pseudoestratificado ciliado ou 
pequenas áreas de queratinização. 
Prognóstico e Fatores Preditivos: dependendo das características 
clínicas e radiológicas do espécime, as lesões apicais são tratadas 
por extração do dente ou apicoectomia (cirurgia para-dentária) 
com enucleação da cavidade cística, ou por tratamento 
endodôntico não cirúrgico. Embora as lesões possam persistir a 
recorrência de cistos residuais é rara. 
 
Corte histológico de uma cisto radicular/residual. A parede fibrosa 
inflamada, revestida por epitélio estratificado pavimentoso 
hiperplásico com projeções em arco, SETAS mostram histiócitos 
espumosos. B área demonstrando nódulos com deposito de cristais 
de colesterol. Imagem acima 
 
Cisto Radicular/Residual. Acúmulo focal de corpos hialinos no 
epitélio de revestimento cístico. Corpúsculos de Rushton. Imagem 
acima 
 
 
 
 
 
2 
Cisto Radicular. aparência radiográfica 
típica, demonstrando uma área radiolucida 
bem demarcada, no ápice de um dente não 
vital que foi tratado anteriormente 
endodônticamente. Imagem acima 
Cisto Radicular/Residual. 
Um cisto residual aparece como uma área radiolúcida, bem 
circunscrita no local de uma extração dentária anterior. 
 
 
Cistos Inflamatórios Colaterais 
Surgem na face vestibular das raizes dos dentes parcialmente ou 
recentemente erupcionados, como resultado da inflamação nos 
tecidos pericoronários (periocoronarite). Podem ser chamados de 
cisto paradental inflamatório/cisto da bifurcação bucal 
madibular/cisto paradental juvenil/cisto bucal infectado 
mandibular. 
Existem dois tipos principais de cistos colaterais: 
• cistos paradentais: surgem na distal de terceiros molares 
inferiores, geralmente esse dente tem sua região distal 
recoberta por um capuz de tecido pericoronário, onde 
pode se acumular microrganismo e restos de alimentos 
provocando assim uma inflamação na região . 
• cistos da bifurcação bucal mandibular/ cisto da 
bifurcação vestibular: surgem na vestibular dos 
primeiros e segundos molares inferiores. 
Etiologia: a etiopatogenia é incerta. Os cistos colaterais 
inflamatórios são de origem inflamatória , associados a 
pericoronarite. A formação de cistos pode ser exacerbada por um 
crescimento negativo de esmalte na face vestibular do dente 
envolvido ou por impactação de alimentos. Os cistos colaterais 
inflamatórios tambem podem surgir do epitelio reduzido do orgão 
do esmalte, mas estudos recentes sugerem uma origem do epitelio 
sucular ou juncional. 
Localização: mas de 60% dos cistos colaterais ocorrem em 
terceiros molares mandibulares masculinos, a maioria dos 
restantes são casos bilaterais que são pouco comuns. Lesões na 
maxila são muito raras e podem surgir em associação a um canino 
em erupção 
. 
Caracteristicas Clínicas: 
• pericoronarite de longa data 
• dor, edema e trismo 
• dentes associados são vitais, 
• os cistos paradentarios são bem demarcados, muitas 
vezes cortados e sobrepostos sobre a face vestibular 
das raizes dos dentes. 
• O ligamento periodontal e a alamina dura são normais e a 
lesão é distinta do espaço folicular ao redor de um dente 
parcialmente erupicionado. 
• Os cistos da bifurcação bucal mandibular costumam 
apresentar edema, indolor, mas podem apresentar 
infecções com dor e supuração. 
• O dente geralmente é inclinado para vestibular, com 
bolsas periodontais profundas. 
• A radiologia mostra uma imagem radiolucida vestibular 
bem demarcada, que pode se estender até a borda 
inferior da mandíbula. 
• Uma reação periostal com formação de osso novo 
laminado pode ser visivel. 
Histopatologico: a histologia não é especifica e é indistinta da de um 
cisto radicular. Podem ser observados cristais de colesterol, 
macrófagos/histiócitos espumosos e depósitos de hemossiderina 
(pigmento endógeno, decorrente do extravasamento de hemácias 
do endotélio vascular). O revestimento pode ser fixado na junção 
amelocementária ou ser contínuo com epitélio dos tecidos 
pericoronários, formando uma invaginação ou bolsa que se projeta 
para baixo na raiz do dente. 
Prognóstico e Fatores Preditivos: os cistos inflamatórios colaterais 
são tratados por enucleação simples. Terceiros molares envolvidos 
são geralmente extraídos, mas molares envolvidos por cistos da 
bifurcação bucal mandibular são preservados. 
 
Cisto Paradental, aparece como imagem radiolucida na região disto-
vestibular de um terceiro molar inferior parcialmente erupcionado. 
O ligamento periodontal e a lâmina dura estão intactos. Imagem 
acima 
 
3 
 
Cisto Paradental: aparecendo como uma 
bolsa aberta, composta por uma parede 
fibrosa inflamatória revestida por epitélio 
hiperplásico. 
 
 Cisto da bifurcação 
vestibular/bucal mandibular, 
adjacente a raiz de um 
segundo molar inferior. Img ao 
lado 
Cistos Odontogênicos do Desenvolvimento 
Diferentemente dos cistos inflamatórios explanados e 
exemplificados anteriormente, os cistos odontogênicos do 
desenvolvimento não estão relacionados com episódios 
inflamatórios anteriores a apresentação cística (nestes casos as 
citocinas inflamatórias é que são responsáveis por emitir sinais à 
células-tronco, para que elas então iniciem sua proliferação e 
diferenciação, produzindo assim uma lesão, neste caso uma lesão 
cística). 
Alguns estudos apontam que estes cistos se originam a partir de 
células-tronco multipotentes presentes nos tecidos dentários, a 
exemplo de: restos epiteliais de Malassez, células-tronco do 
ectomesênquima, da lâmina dentária e do epitélio reduzido do órgão 
do esmalte. Essas células podem estar relacionadas tanto com a 
origem destes cistos quanto com a proliferação e o potencial de 
diferenciação celular, que podeser evidenciado no epitélio de 
revestimento cístico. Os cistos do desenvolvimento ocorrem em 
dentes vitais. 
Cisto Dentígero 
Cisto odontogênico aderido à região cervical de um dente não 
erupcionado e que envolve a sua coroa (na junção 
amelocementária). O cisto da erupção é uma variante do cisto 
dentígero que ocorre nos tecidos moles. Pode ser chamado 
também de cisto folicular. 
O cisto surge devido ao acúmulo de liquido entre o epitélio do órgão 
do esmalte reduzido e o folículo dentário e a coroa do dente não 
erupcionado. 
Epidemiologia: os cistos dentígeros representam cerca de 20% de 
todos os cistos odontogênicos e são o segundo cisto mais comum 
dos maxilares. Eles ocorrem em uma ampla faixa etária, com pico 
de incidência entre a segunda e a quarta década de vida. Existe um 
apredileção masculina, com uma proporção homem-mulher de 
cerca de 3:2 respectivamente. Os cistos da erupção são 
responsáveis por <2% dos casos e ocorrem em crianças. 
Localização: cerca de 75% dos cistos dentígeros estão associados 
a terceiros molares inferiores não irrompidos. Outros locais mais 
comuns em ordem decrescente de frequência são os caninos 
superiores e os molares superiores e segundos pré-molares 
inferiores. Os cistos da erupção normalmente ocorrem sobre os 
incisivos decíduos inferiores ou primeiros molares permanentes 
superiores. 
Características Clínicas: 
• não apresentam sintomas e pequenas lesões são 
geralmente descobertas na investigação radiográfica de 
um dente perdido. 
• pode atingir um tamanho grande e apresentar-se como 
uma expansão lenta da mandíbula. 
• Se o cisto estiver infectado, pode haver dor e inchaço. 
• As radiografias mostram uma radiolucidez unilocular, bem 
demarcada, frequentemente com uma margem cortical 
que circunda a coroa do dente não irrompido, que pode 
estar deslocado. 
• O cisto de erupção se apresenta como um inchanço 
macio e suave recobrindo um dente em 
erupção.geralmente é translucido, mas o trauma pode 
resultar em hemorragia, dando aparência de um 
hematoma. 
Macroscopia: o cisto está preso a região cervical do dente, junção 
amelocementária,e está ligado em parte pela coroa do dente 
envolvido. 
Histopatológico: parede não inflamada de tecido fibroso frouxo, 
frequentemente com uma aparência ligeiramente mixóide, 
revestida por epitélio regular e delgado com aproximadamente 2-
4 camadas de células de espessura. A parede (cápsula cística) pode 
conter restos quiescentes de epitélio odontogênico (restos 
epiteliais de Malassez). Alterações metaplásicas podem incluir 
células mucosas (células com citoplasma claro, abundante e com 
núcleo rechaçado para periferia) e epitélio coluna 
pseudoestratificado ciliado. Corpúsculos hialinos ou de Rushton 
também são ocasionalmente vistos. O cisto dentígero costuma 
estar inflamado e pode exibir hiperplasia epitelial com cristais de 
colesterol adjacentes. 
Prognóstico e Fatores Preditivos: cistos dentígeros são tratados 
por enucleação com retirada do dente impactado. O cisto de 
 
2 
erupção pode ser marsupializado para permitir que o dente 
afetado erupcione normalmente. 
Cisto Dentígero: A: radiografia mostrando uma área radiolúcida, 
bem circunscrita envolvento a coroa de um terceiro molar inferior. 
B amostra intacta de um dente canino; a parede cística envolve o 
dente na região cervical da coroa do dente (junção 
amelocementária).
 
 
 
Cisto Dentígero: A corte histológico em menor aumento, 
evidenciando epitélio delgado, regular, com interface plana com o 
tecido conjuntivo adjacente SETA mostra a inserção do cisto na 
junção amelocementária do dente afetado. B mostra a parede 
cística inflamada, com tecido conjuntivo frouxo de aparência 
mixóide. C metaplasia mucosa presente no epitélio de revestimento. 
Queratocisto Odontogênico 
Caracterizado por um revestimento delgado (fino) e regular do 
epitélio estratificado pavimentoso paraqueratinizado, com células 
basais hipercromáticas dispostas em paliçada. Também costuma 
ser chamado de tumor odontogênico ceratocístico 
Epidemiologia: os queratocistos odontogênicos representam de 10-
20% dos cistos odontogênicos e são o terceiro cisto mais comum 
das mandíbulas, na parte posterior do ramo. Eles ocorrem em uma 
ampla faixa etária de idade, com um pico de incidência entre a 
segunda e terceira década de vida e um segundo pico menor entre 
pacientes com idade entre 50-70 anos. A maioria dos estudos 
encontram um ligeira predileção por homens. Até 5% de todos os 
queratocistos odontogênicos ocorrem como síndrome do 
carcinoma basocelular nevoide (síndrome de Gorlin); estes casos 
tendem a ser múltiplos e ocorrer em pacientes mais jovens. 
Etiologia: o queratocisto odontogênico, é um cisto do 
desenvolvimento que surge de remanescentes da lâmina dentária. 
Há uma associação com mutação ou inativação do gene PTCH1 que 
ativa a via de sinalização SHH e resulta na proliferação aberrante 
do epitélio do queratocisto odontogênico. 
Características Clínicas: 
• áreas radiolúcidas indolores e são encontradas de forma 
acindental durante exames radiográficos, por razões 
outras. 
• Lesões grandes podem causar deslocamento dos dentes. 
Lesões maxilares podem deslocar a orbita e são mais 
frequentemente infectadas. 
• A radiografia mostra uma lesão radiolucida bem 
demarcada, com uma margem cortical. 
• As lesões podem ser uniloculares (com ou sem uma 
margem escalonada) ou multiloculares. 
• O corpo posterior e o ramo inferior da mandíbula são os 
locais mais atingidos, e as lesões geralmente circundam 
a coroa do terceiro molar, resultando em uma aparência 
semelhante com o cisto dentígero. 
• As lesões tendem a crescer no sentido anteroposterior, 
resultando em lesões grandes com relativamente pouco 
aumento de volume ou expansão cortical. 
• Cerca de 10% dos pacientes tem múltiplos queratocistos 
odontogênicos e metade desses pacientes possuem a 
síndrome do carcinoma basocelular nevoide. 
• Além dos vários queratocistos, pacientes com a síndrome 
de Gorlin podem desenvolver anomalias mentais. 
Histopatológico: mostra uma parede fibrosa não inflamada, 
revestida por um epitélio estratificado pavimentoso 
paraqueratinizado, regular dobrado, delgado, com 5-8 camadas de 
células de espessura, sem cristais de colesterol. 
• A superfície da paraqueratina é corrugada e a camada 
basal é bem definida e frequentemente com células em 
paliçada, com núcleos hipercromáticos e áreas focais 
mostrando polaridade nuclear invertida. 
Essas características são especificas e distinguem o queratocisto 
odontogênico de outros cistos mandibulares que podem 
demonstrar queratinização. 
Figuras de mitose são frequentemente visíveis, porem são 
normais. Lesões inflamadas perdem essas características típicas 
e podem ser revestidas por epitélio escamoso estratificado não 
especifico com algum grau de hiperplasia. Os queratocistos 
odontogênicos podem mostrar pequenos cistos satélites ou ilhas 
sólidas nas paredes ou podem ter brotamento de camada basal. 
Prognóstico e Fatores Preditivos: o tratamento é mais 
frequentemente por enucleação ou por ressecção cirúrgica para 
lesões grandes. Recorrência de 25% 
 
3 
 
Queratocisto Odontogênico: paciente com síndrome do carcinoma 
basocelular nevóide (síndrome de Gorlin), com múltiplos 
queratocistos na mandíbula e maxila. Img acima 
 
Queratocisto Odontogênico: A área radiolúcida unilocular no ângulo 
da mandíbula estendendo-se até a face posterior do ramo (setas). 
B uma lesão multilocular extensa na linha média, enchendo o corpo 
da mandíbula e se estendendo até o ramo, as lesões são bem 
demarcadas e principalmente corticalizadas. Img acima 
 
 
Histopatologia típica de Queratocisto Odontogênico: A camada de 
paraqueratina ondulada, células basais dispostas em paliçada com 
núcleos hipercromáticos. B áreas focais podem demonstrar 
inversão da polaridade nuclear da camada basal. C brotamento das 
células da camada basal e D cistos satélites e ilhas na capsula 
fibrosado cisto. Img acima 
 
Queratocisto Odontogênico 
Os espécimes enucleados 
são frequentemente fragmentados, mas mostram um aparede 
fibrosa não inflamada típica, com revestimento epitelial delgado, 
dobrado e regular. Img acima 
Cisto Periodontal Lateral e Cisto 
Odontogênico Botrioide 
O cisto periodontal lateral, é um cisto odontogênico do 
desenvolvimento, revestido por epitélio não queratinizado, 
ocorrendo na lateral ou entre as raízes de dentes erupcionados. O 
cisto odontogênico botrióide é a variante multicística do cisto 
periodontal lateral. E ocorrem com maior frequência em mandíbula, 
região anterior de molares em particular os pré-molares. 
Etiologia: os cistos periodontais lateral/cisto botrióide surgem de 
remanescentes epiteliais odontogênicos, mas a fonte é 
controvérsia. Pode ter origem da lâmina dentária, epitélio reduzido 
do orgão do esmalte ou restos de Malassez, que também foi 
proposto. 
Características Clínicas: 
• geralmente assintomáticos 
• Frequentemente, há expansão óssea, geralmente na 
parte vestibular . 
• Em radiografias o cisto periodontal lateral é unilocular e 
bem demarcado, muitas vezes corticada radioluscência 
justaposta à lateral superfície da raiz do dente. 
• A maioria das lesões são 1 cm de tamanho. 
• Os cistos odontogênicos botrióide frequentemente tem 
um aspecto radiográfico multilocular. 
Macroscopia: O cisto periodontal lateral é unicístico e pode conter 
fluido.O cisto odontogênico botrióide, pode mostrar uma superfície 
bosselated devido à presença de múltiplos compartimentos císticos. 
 
Histopatológico: a histologia do cisto periodontal lateral é 
característica e semelhante ao do cisto gengival do adulto. Exibe 
um revestimento epitelial estratificado delgado não queratinizado, 
normalmente constituido de uma camada única ou dupla de células, 
com espessamento epitelial semelhante a placas focais. 
Frequentemente elas tem uma aparencia espiralada e as células 
podem ter o citoplasma claro, devido ao acumulo de glicogenio. 
Separação do revestimento epitelial da parede do tecido conjuntivo 
é um achado comum. A parede fibrosa é inflamada, mas pode 
mostrar uma faixa hialina imediatamente abaixo do epitelio de 
revestimento cistico. A aparencia microscopica do cisto 
odontogênico botrióide é semelhante à do sito periodontal lateral, 
exceto pela presença de multiplos espaços cisticos. 
Prognóstico e Fatores Preditivos: O cisto periodontal lateral pode 
ser tratado por enucleação, sem a remoção do dente adjacente 
ou dentes. 
 
 
4 
Cisto Periodontal lateral: A revestimento epitelial é fendido e 
mostrar uma area de espessamento do epitélio de revestimento 
em forma de placa com presença de células claras. 
B area apresentando revestimento epitelial delgado, com apenas 
2 camadas de espessura de células. Img abaixo 
 
 
 
Cisto Periodontal Lateral: 
radiografia mostra uma area 
radiolucida, bem delimitada 
entre as raizes do incisivo 
lateral inferior e o canino 
esquerdo. Img ao lado 
 
 
 
Cisto odontogênico Botrióide: 
lesão multicistica, com epitélio 
de revestimento semelhante 
ao de um cisto periodontal 
lateral IMG AO LADO 
 
Cisto Odontogênico Gengival 
Cistos gengivais são cistos odontogênicos encontrado na mucosa 
alveolar. Eles podem surgem em adultos e crianças, sendo em 
adultos mais raro. Também chamados de Cisto alveolar; Nódulos de 
Bohn (em bebês). Cistos gengivais são considerados cistos do 
desenvolvimento que surgem de remanecentes da lâmina dental 
nos tecidos moles gengivais ou alveolares (restos de Serres). 
75% ocorrem na mandíbula na região pré-molar / canina 
(2150,2519). No a gengiva maxilar, cistos gengivais podem ser visto 
nas áreas dos incisivos e pré-molares / caninos. Eles são 
encontrados na superfície bucal do alvéolo em quase todos casos. 
Em bebês, os cistos ocorrem no rebordo alveolar edentulo da 
mandibula ou maxila. 
Caracaterísticas Clínicas: 
• pequenos nódulos brancos (<2 mm) na região alveolar 
mucosa, e muitas vezes são múltiplos. 
• Cistos gengivais do adulto geralmente presentes como 
uma elevação indolor, pequena e em forma de cúpula da 
gengiva inserida, parecendo uma bolha. 
• Lesões ocasionais são encontradas em a mucosa móvel, 
em sua junção com a gengiva anexada. 
• As lesões costumam ter um azul claro a cinza azulado, 
translúcido aparência, mas pode parecer claro. 
• As radiografias não revelam a lesão na maioria casos, 
embora erosão superficial do córtex ósseo subjacente 
pode ocasionalmente ser visto radiograficamente. 
Histopatológico: o cisto fica logo abaixo do epitelio oral normal e 
normalmente não está inflamado e é revestido por um epitelio 
delgado composto de uma camada unica ou duplas de células 
cuboidal ou pavimentosas, sem cristais de colesterol. O 
espessamento abrupto focal, está frequentemente presente 
produzindo placas que se projetam no lumen ou na parede do 
tecido conjuntivo. Células claras estão frequentemente presentes. 
Ocasionalmente, o revestimento do cisto é mais espesso e parrce 
estratificado pavimentoso. A parde do tecido conjuntivo pode 
conter ilhas epiteliais semelhante a placas epiteliais. Os cistos 
gengivais do lactente raramente são observados histologicamente, 
mas a maioria parece ser revestida por um epitelio queratinizado 
delgado. 
Prognóstico e Fatores Preditivos: em adultos o tratamento é 
simples, geralmente a excisão cirurgica é o tratamento de escolha 
curativa. A recorrencia não foi relatada. Os cistos gengivais do 
bebe involuem ou desaparecem espontaneamente e não precisam 
ser tratados. 
 
 Cisto Gengival do Adulto, apresentando-se como uma lesão img 
abaixo 
 
 
Cisto gengival do adulto: A espessamento semelhante a placas tem 
uma aparência espiralada, observa-se células claras basilares, no 
epitélio de revestimento delgado. B- 
mostra revestimento epitelial delgado, 
plano com a interface do conjuntivo com 
áreas de espessamento focal espiralada. 
Img AO LADO 
 
 
 
5 
Cisto Odontogênico Glandular: 
do desenvolvimento com características epiteliais que simulam a 
diferenciação da glândula salivar. Chamado também de cisto sialo-
odontogênico. 
Localização: o cisto odontogênico salivar ocorre exclusivamente na 
mandíbula, com cerca de 75% dos casos. Lesões na maxila tendem 
a ocorrer anteriormente. 
Características Clínicas: 
• aumento de volume indolor. 
• As radiografia revelam uma lesão radiolucida unilocular ou 
multilocular bem definida, que pode ter uma borda 
recortada. 
• está tipicamente associado a raízes de vários dentes, e 
o deslocamento dentário ou reabsorção radicular é 
comum. 
• extrema cautela deve ser exercida em seu diagnóstico 
quando a lesão está em uma relação dentígera e lesões 
mandibulares podem atingir um tamanho grande e podem 
cruzar a linha média. 
Histopatologia: espessura variável do epitélio que reveste o cisto, 
2-3 camadas de células pavimentosas ou cuboidais e epitélio 
estratificado pavimentoso mais espesso e uma camada luminal de 
células cuboidais a calunares baixas, as vezes referidas como 
células de hobnail, presentes pelo menos focalmente. Microcistos 
intraepiteliais, metaplasia apócrina das células luminais, células 
claras nas camadas basais e parabasais, projeções papilares, 
células mucosas. Podem ter algumas semelhanças com o carcinoma 
mucoepidermoide central, muito cuidado deve ser tomado na 
interpretação das biopsias incisionais. 
Prognóstico e Fatores Preditivos: a enucleação é o tratamento 
mais comum para os cistos odontogênicos glandulares, mas está 
associada a uma alta taxa de recorrência. A recorrência pode ser 
tardia, com um estudo relatando um tempo médio para primeira 
recorrência em oito anos. Por esse motivo, a pesquisa tem sido 
defendida, particularmente para lesões graves e multiloculares. 
 
Cisto Odontogenico glandular: A- revestimento epitelial de 
espessura variável, com uma camadaluminal proeminente de 
células colunares , as chamadas células de hobnail. B- microcistos 
e ductos proeminentes são comumente vistos. C- uma área que 
mostra ductos e cílios proeminentes. Img acima 
 
Cisto odontogênico glandular: radiografia mostra uma extensa lesão 
multilocular, cruzando a linha média, preenchendo o corpo da 
mandíbula. Img acima 
Cisto Odontogênico Calcificado 
O cisto odontogênico calcificante é um cisto simples revestido por 
um epitélio semelhante a um ameloblastoma, que contém mutações 
focais de acumulação de células fantasmas. 
Sinônimos: tumor odontogênico cístico calcificante, cisto 
odontogênico de células fantasmas calcificantes; cisto de Gorlin. 
Etiologia: o cisto odontogenico calcificante faz parte de um grupo 
de células fantasmas, de lesões da mandíbula, junto com tumor 
odontogenico de células fantasmas e carcinoma odontogenicode 
células fantasmas. Tem havido um debate considerável sobre se é 
uma neoplasia ou um cisto do desenvolvimento. Com base em seu 
comportamento e suas características clinico-patológicas, o cisto 
odontogenico calcificante é agora considerado um cisto de 
desenvolvimento que surge da lamina dentaria. 
Localização: o cisto odontogenico calcificante pode surgir em 
qualquer mandíbula, geralmente nas regiões anteriores. As lesões 
associadas ao odontoma tem uma predileção pela região anterior 
da maxila. Lesões ocasionais , em ate 10%, são extraosseas e são 
encontradas nas regiões anteriores de qualquer mandíbula. 
Características Clínicas: 
• aumento de volume geralmente indolor da região 
acOmetida pela lesão. 
• Radiografias revelam região radiolúcida bem definida, que 
geralmente é unilocular deslocamento dos dentes e 
reabsorção óssea são comuns. 
• Cerca de metade de todos os casos tem quantidades de 
tecido calcificado ou um odontoma associado. Lesões 
 
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extraósseas se apresentam como aumento de volume 
gengival as vezes com dor e sensibilidade. 
Histopatologia: revestido por um epitélio de espessura variável. 
Algumas áreas podem ter apenas algumas células espessas 
mostrando alterações escamosas. No entanto a principal 
característica diagnostica é a presença de uma camada basal bem 
definida de células colunares em paliçada e uma camada espessa 
sobrejacente semelhante ao reticulo estrelado do órgão do 
esmalte com acumulo focal de células fantasmas que podem se 
calcificar. Muitas lesões apresentam projeções luminais de células 
fantasmas ou de proliferações epiteliais semelhantes a 
ameloblastoma. Podem ser vistas pequenas ilhas de epitélio satélite 
ou células fantasmas na capsula fibrosa. Uma quantidade variável 
de dentinoide é as vezes depositada adjacente ao limite epitelial. Em 
cerca de 20% dos casos, tecidos duros de tal semelhantes ao 
odontoma são encontrados. Ocasionalmente áreas semelhantes a 
fibroma ameloblastico, fibro-odontoma ameloblastico ou tumor 
odontogenico adenomatoide pode ser detectado. 
 
Cisto Odontogenico Calcificante: radiologia mostra uma típica área 
radiolucida, bem demarcada. A- reabsorção dentaria pode ser vista. 
B- focos de tecido calcificao no interior da lesão. Imgs acima 
Prognóstico e Fatores Preditivos: a enucleação é uma escolha de 
tratamento. A recorrência é rara, e tem sido reportada em <5% 
dos casos. 
 
Cisto Odontogenico calcificante: A- o revestimento varia em 
espessura de apenas algumas camadas de células (superior), a 
espessura em ameloblastoma inferior. Há uma camada basal em 
paliçada e acúmulos focais de células fantasmaspodem ser vistos 
nas paredes(seta); pequenas áreas escamosas também são 
observadas. B- acúmulos focais de células fantasmas podem ser 
vistos em todo o revestimento epitelial, e pequenas camadas de 
dentinoide são visíveis na parede (canto superior direito). C- células 
fantasmas acumulam-se no revestimento e formam nódulos, 
observar áreas de calcificação. 
Cisto Odontogênico Ortoqueratinizado 
É um cisto do desenvolvimento predominantemente revestido por 
epitélio estratificado escamoso ortoqueratinizado. 
Etiologia: cistos odontogênicos orto-queratinizados tem uma origem 
incerta. Uma possível origem são os remanescentes epiteliais da 
lâmina dentária. 
Caracteristicas Clinicas: 
• aumento de volume indolor. 
• Encontrados com frequencia na mandíbula e nas suas 
porções posteriores. Pode haver casos multplos e 
bilaterais. Quase metade das lesões estão associadas a 
um dente impactado assemelhand-se a um cisto 
dentígero 
• A radiologia mostra uma lesão radiolúcida unilocular bem 
demarcada, muitas vezes com uma lesão corticada na 
margem. 
Histopatológico: tecido fibroso não inflamado, parede revestida por 
epitélio delgado e regular, 5-8 camadas de células espessura, mas 
sem cristas. A superfície exibe ortoqueratinização, com uma 
camada de células granulares proeminentes. Ao contrário do 
queratocisto odontogênico, a superfície de queratina não é 
corrugada, mas é espessa. As células basais são planas ou 
cuboidais, mas não mostra paliçada ou núcleos hipercromaticos. As 
áreas focais podem ser não queratinizadas ou paraqueratinizadas, 
essas áreas que constituem o epitélio do revestimento estão 
frequentemente associadas a inflamação. 
Prognóstico e Fatores Preditivos: o tratamento é por enucleação. 
A recorrência é rara, há reportagem de recorrência em <2% 
 
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Cisto Ortoqueratinizado- a radiologia mostra uma área radiolucida 
unilocular bem demarcada, associada a um terceiro molar não 
irrompido. 
 
Cisto odontogenico ortoqueratinizado- revestimento epitelial 
delgado e regular com a camada espessa de ortoqueratina.

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