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avançada, PE/eclampsia, trombofilias, útero bicorno, sinéquias intrauterinas e leiomiomas podem geral locais impróprios para decidualização, sendo associado com DPP, cesariana anterior pode geral implante trofoblástico subótimo, podendo evoluir com DPP; —> quanto maior for a area placentária descolada, maior sera o risco de comprometimento fetal, pctes com DPP sem causa aparente devem iniciar acompanhamento para trombofilia congênita ou adquirida; Fatores de risco: Fisiopatologia: o sangramento intrauterino leva à liberação de tromboplastina e à produção de trombina, concomitantemente a hipóxia leva a um aumento do fator de crescimento endotelial que age nas células endoteliais produzindo mais trombina; —> a trombina tem uma grande ação uterina produzindo contrações e hipertonia, além disso aumenta a expressão de citocinas inflamatórias que vai ocasionar lesão tissular e degradação da matriz extracelular; —> a liberação em grande quantidade de tromboplastina faz a produção de trombina ser superior ao que os mecanismos conseguem compensar instalando-se a coagulação intravascular disseminas; —> o choque hipovolêmico ocasiona a baixa perfusão renal e a necrose tubular aguda com isnf. Renal, se o estado hipovolêmico se mantiver, poderá levar a resposta inflamatória sistêmica com disfunção respiratória, posterior falência .de órgãos e óbito; hemorragia na segunda metade da gestação é uma das principais causa de internação antepasto, com aumento importante da morbidade materna e perinatal e está associada a altos índices de prematuridade; as causas mais importantes são descolamento prematura de placenta e inserção baixa de placenta; DESCOLAMENTO PREMATURO DA PLACENTA DPP é a separação da placenta normalmente inserida no corpo uterino, em gestação com idade gestacional superior a 20 semanas antes da expulsão do feto; ocorre uma ruptura dos vasos maternos na decídua basal, o sangue acumulado atinge a zona de clivagem decíduo-placentária e inicia a separação, o sangramento pode ser pequeno e autolimitado oi pode continuar a dissecar através da interface placenta-tecidual, levando à separação completa ou quase completa da placenta, a porção descolada da placenta é incapaz de permutar gases e nutrientes, quando a unidade fetoplacentário restante é incapaz de compensar essa perda de função, o feto é comprometido; principais achados clínicos são sangramento vaginal e dor abdominal, muitas vezes, acompanhados por contrações uterinas hipertônicas e um padrão de frequência cardíaca fetal não tranquilizador; DPP é descrito como a principal causa de morte perinatal; Causas: 1. traumáticas: traumas propriamente ditos, brevidade do cordão umbilical, após descompressão uterina brusca em decorrência de rotura prematura das membranas amnióticas, retração uterina abrupta após expulsão do primeiro gemelar; 2. não traumáticas: hipertensão arterial sistêmica, uso de cocaína, tabagismo e alcoolismo, idade e paridade SANGRAMENTO 2 METADE DA GESTAÇAO —> Descoloamento prematuro de placenta cronico: DPP cronico ocorre quando há hemorragia venosa de baixa pressão, geralmente na periferia da placenta, gerando quadro clinico mais leve, sem acometimento materno fetal; podem ocorrer manifestações clinicas de insuficiência placentária, como oligôdramnio, restrição de crescimento fetal, PE e risco aumentado de ruptura prematura de membrana; não há distúrbio de coagulação; à USG: hematoma retro membranoso; quando associado à oligodramnio —> prognóstico ruim; Diagnóstico: diagnóstico é eminentemente clínico, mas os achados de estudos de imagem, laboratório e pós-parto podem ser utilizados para corroborar o diagnóstico clínico; mulheres com DPP agudo, classicamente, apresentam-se com sangramento vaginal leve a moderado e dor abdominal e/ou nas costas, acompanhadas de contrações uterinas; em pacientes com sintomas clássicos, anormalidades da frequência cardíaca fetal ou ausência de batimentos e/ou CIVD corroboram fortemente o diagnóstico clínico e indicam DPP extenso; exame de ultrassonografia é útil para identificar um hematoma retroplacentário e excluir outros distúrbios associados a sangramento vaginal e dor abdominal; um hematoma retroplacentário é o achado clássico e apoia fortemente o diagnóstico clínico, mas está ausente em muitas pacientes, conquanto os piores resultados pareçam ocorrer quando há evidências ecográficas de hematoma retroplacentário, a ausência de hematoma não exclui a possibilidade de descolamento grave porque pode ainda não ter se organizado; no pós-parto, a ausência de achados placentários característicos não exclui o diagnóstico; Diagnóstico diferencial: Classificação: —> Por que há sofrimento fetal? Porque a porção descolada da placenta é incapaz de nutrir o feto, levando à hipoxemia, se o descolamento for pequeno, com hemorragia venosa de baixa pressão periférica, o restante da placenta pode ser capaz de manter o aporto de oxigênio adequado, se o descolamento de placenta for maior com hemorragia arterial de alta pressão central, o acometimento fetal e o comprometimento materno serão maiores; —> Útero de Couvelaire: é uma complicação que corresponde a hemorragia e equimose em útero, tibas, ovário e ligamentos largos, que ficam com coloração azulada, cor de mármore, esta complicação pode cursar com atonia uterina e hemorragia pós- parto; o médico deve estar atento aos sinais de DPP na ausência de sangramento genital, visto que cerca de 20% dos casos cursam com "hemorragia oculta”, que pode ou não ser visualiza à USG, nesses casos o sangue pode infiltrar o miométrio e chegar até a serosa do órgão; SANGRAMENTO 2 METADE DA GESTAÇAO Conduta: conduta deve ser individualizada e depende da extensão e classificação do DPP, dos comprometimentos materno e fetal e da idade gestacional; gestantes com suspeita de DPP devem ser monitoradas, avaliando-se o estado hemodinâmico materno (pressão arterial, pulso e diurese) e a vitalidade fetal; avaliação laboratorial materna deve incluir tipagem sanguínea, hemograma completo e coagulograma; qualquer sinal de hipotensão ou instabilidade hemodinâmica, deve- se instituir dois acessos venosos calibrosos com infusão de 1.000 mL de solução cristaloide, com velocidade de infusão de 500 mL nos primeiros dez minutos e manutenção com 250 ml/h, mantendo-se débito urinário superior a 30 mL/h; monitorização cardíaca fetal continua desde que o feto esteja em risco de hipoxemia ou desenvolva acidose; de modo geral, nos casos de feto viável, quando o parto vaginal não for iminente, a via de parto preferida deverá ser cesárea de emergência; nos casos de feto vivo com cardiotocografia (CTG) categoria III e parto vaginal iminente (próximos 20 minutos), pode-se optar pelo parto vaginal espontâneo ou instrumental, se o parto vaginal não for iminente, dever-se-á indicar cesárea; nas situações de feto vivo com CTG categoria II: a via de parto dependerá da idade gestacional, da dilatação cervical e da existência de instabilidade fetal ou materna; fetos vivos com CTG categoria I: a via de parto dependerá da estabilidade hemodinâmica materna e da idade gestacional; presença de feto morto e mãe hemodinamicamente estável, deve- se optar por parto vaginal; amniotomia faz-se necessária para reduzir a hemorragia materna e a passagem de tromboplastina para a corrente sanguínea da mãe, a ocitocina pode ser administrada se houver necessidade de induzir o parto, o parto deverá ocorrer dentro de quatro a seis horas e o quadro clínico, reavaliado a cada horas, após o parto, monitorização materna rigorosa impõe-se, principalmente quando se identifica a presença de útero de Couvelaire como achado intraoperatório; SANGRAMENTO 2 METADE DA GESTAÇAO ROTURA UTERINA é a abrupta solução de continuidade de todas as camadas da parede uterina, incluindo serosa superficial; quadro causa extrusão parcial ou completa do feto do útero, com descolamentoda placenta e hemorragia materna, levando à síndrome hipóxico-isquêmica neonatal; a deiscência de cicatriz uterina é a abertura do miométrio em cicatriz anterior sem a ruptura da serosa uterina com sangramento mínimo ou ausente, sem comprometimento da vitalidade materna e fetal; é uma grave complicação da gestação que pode ocorrer durante a gravidez ou no trabalho de parto, a boa qualidade da assistência pre-natal e do atendimento durante o TP pode diminuir sua incidência; rotura uterina durante a gestação é uma intercorrência rara e pode advir espontaneamente ou após trauma abdominal; enfraquecimento da parede uterina pela presença de cicatrizes de cesáreas predispõe a sua ocorrência; Diagnóstico: rotura uterina subclínica (deiscência) não cursa com sintomatologia clínica, sendo comumente diagnosticada no intraoperatório de cesariana; há descontinuidade das fibras musculares miometriais no segmento uterino, com manutenção da integridade parcial do útero pela manutenção do peritônio visceral; durante exames de imagem de rotina, pode-se, eventualmente, diagnosticar o quadro, achados sugestivos incluem descontinuidade do miométrio, hematomas adjacentes à cicatriz uterina, membrana amniótica herniada, presença de líquido livre em cavidade peritoneal, partes fetais fora da cavidade uterina e até mesmo extrusão completa fetal, em casos de avaliação de trauma abdominal em gestantes, pode haver pneumoperitônio, no entanto, tipicamente, a complicação ocorre durante trabalho de parto; rotura uterina aguda pode manifestar-se abruptamente, sem sinais de alerta, em casos excepcionais; tipicamente, antes da rotura, ocorre a síndrome de Bandl- Frommel (distensão uterina do segmento inferior); primeiro sinal suspeito é bradicardia fetal (abaixo de 110 bpm), não existe traçado cardiotocográfico padrão, mas bradicardia sustentada precedida de desacelerações tardias é, com frequência, observada; na síndrome de Bandl- Frommel, há distensão do segmento uterino inferior (sinal de Bandl) e palpação do ligamento redondo retesado, desviado para a face ventral do órgão (sinal de Frommel); há aumento da dor no segmento inferior durante contrações uterinas e a parturiente pode mostrar-se ansiosa e agitada.; após o rompimento da parede uterina, há interrupção das contrações e aparente melhora da dor, rapidamente, a parturiente desenvolverá quadro de choque hemorrágico, com mal-estar súbito, aumento da frequência cardíaca e queda da pressão arterial sistólica, a ausculta fetal passará de bradicárdica a ausente; toque vaginal, não será mais possível palpar a apresentação fetal; sangue extravasado em cavidade peritoneal pode levar à dor escapular (sinal de Laffont) e ao hematoma periumbilical (sinal de Cullen); suspeita-se de rotura uterina aguda quando mulheres com antecedentes de cesariana prévia em trabalho de parto apresentam um ou mais dos sinais e sintomas: rotura uterina também pode ser diagnosticada no período pós- parto, ocorre provável tamponamento da hemorragia pela ocupação da pelve materna pelo concepto, com manifestações clínicas apenas após o nascimento, suspeita-se de rotura uterina no puerpério em mulheres com cesariana anterior que apresentam dor abdominal persistente após o nascimento, além de hemorragia pós-parto sem melhora após medidas farmacológicas para atonia uterina; Tratamento: objetivos do tratamento são estabilização hemodinâmica materna e correção cirúrgica da lesão que levou à instabilidade cardiocirculatória; rápidos reconhecimento e abordagem da situação melhoram os prognósticos materno e perinatal; pacientes hemodinamicamente instáveis devem receber fluidos e transfusão de hemoderivados de acordo com o grau de choque hemorrágico e o protocolo de choque hemorrágico na gravidez e ser encaminhadas para cesariana de emergência, se o nascimento vaginal não é iminente; SANGRAMENTO 2 METADE DA GESTAÇAO reposição volêmica deve ser realizada com administração de 30 ml/kg de soro fisiológico ou ringer lactato e o débito urinário na sonda vesical determinará a subsequente infusão de volume; escolha por bloqueio regional ou anestesia geral é baseada na estabilidade clínica da paciente e na urgência da resolução.; observam-se hemoperitônio, líquido amniótico e, frequentemente, mecônio em cavidade peritoneal, além do feto completa ou parcialmente extruso do útero; feto e placenta devem ser extraídos rapidamente, seguindo-se à inspeção da lesão uterina; histerectomia é indicada em lesões irreparáveis ou se há hemorragia materna incontrolável; se houver estabilidade hemodinâmica materna, a decisão de realizar histerectomia será individualizada; rápida abordagem promove imediata melhora do quadro de choque hemorrágico; intervenção imediata após o diagnóstico nem sempre preveniu a acidose metabólica ou mais morbimortalidade neonatal, a recepção neonatal realizada por equipe treinada e experimentada em reanimação e o acesso à unidade de terapia intensiva podem melhorar o prognóstico; PLACENTA PRÉVIA a placenta previa aumenta o risco de sangramento tanto no anteparo quanto no parto e puerpério, por isso, as gestante com essa patologia tem uma maior probabilidade de receber transfusão sanguínea ou passar por algum procedimento cirúrgico como histerectomia; principais fatores predisponentes são idade materna avançada e multiparidade, cesárea anterior (principal fator de risco), cicatrizes uterina como a miomectomia, curetagens de repetição, endometrite, miomatose, gemelaridade, antecendente de placenta prévia e tabagismo; pode ser classificada como: placenta prévia (recobre total ou parcialmente o orifício interno do colo uterino) e placenta de inserção baixa (é aquela que se insere no segmento inferior do útero, não chega a atingir o orifício interno e se localiza em um raio de 2cm de distancia do orifício interno do colo uterino) Diagnóstico: qualquer gestante acima de 24sem com sangramento vaginal indolor deve levar à suspeita de placenta prévia, os sinais e sintomas são hemorragia vaginal no terceiro trimestre, de início súbito, indolor, reincidente, motivada, progressiva, de cor vermelho-viva e quantidade variável; ao exame fisico —> BCF pode estar normal (dependendo da hemorragia materna), exame especular pode determinar origem/intensidade e condições do colo, TV deve ser evitado com extremo cuidado, já que pode causa intensa hemorragia, TU e VU normais, avaliação da cor das mucosas/pulso/ PA para diagnostico de algum comprometimento hemodinâmico, RPMO e apresentações fetais anomalas estão associadas; USG OBST —> USG TV é padrão ouro para avaliação da localização placentária, identifica-se tecido placentário recobrindo ou muito próximo ao orifício interno do colo uterino, RM pode ser realizada para diagnostico de acretismo placentário; Diagnóstico diferencial: SANGRAMENTO 2 METADE DA GESTAÇAO Tratamento: sempre que a paciente tiver o diagnostico de placenta previa, o seguimento e o parto deverão ser sempre planejados; deve-se orientar a gestante sobre a patologia e que ela deve procurar atendimento toda vez que tiver um sangramento e evitar exercícios físicos e relação sexual; no seguimento a paciente devera realizar USG TV de controle para avaliar se não houve a migração placentária sendo o ultimo com 36sem para definição da via de parto; em gestações menores que 37sem, quando o sangramento esta sob controle e há estabilidade hemodinâmica materna, a conduta é expectante, ou seja, internar e monitorizar sinais vitais maternos e a vitalidade fetal; Complicações: aumento do risco hemorrágico pós parto, intraparto e anteparto, alterações neonatais (prematuridade, anemia, hipoxia e restrição do crescimento fetal), RPMO, apresentação fetal anômala, acretismo placentário; SANGRAMENTO 2 METADE DA GESTAÇAO
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