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AUDIOVISUAL PARA WEB ­ CCA0828
Semana Aula: 1
O Cenário Audiovisual na web
Tema
Audiovisual: do Cinema à Web 3.0
Palavras­chave
Audiovisual; Web; Plataformas digitais; Hipertexto; Streaming
Objetivos
Conhecer a história do audiovisual na web;
Compreender o que caracteriza o audiovisual;
Estabelecer relação entre o início da web e o desenvolvimento do audiovisual.
Estrutura de Conteúdo
1.Da independência da Web 2.0 à nova geração da web 3.0;
2.O audiovisual em projetos de hipermídia;
3.As plataformas digitais: do hipertexto aos serviços de streaming
O termo audiovisual representa a junção de dois sentidos: a visão e a audição. Portanto, qualquer produto
cultural que ative esses sentidos está inserido no conjunto de materiais que se organizam a partir da união
entre uma imagem e um som.Embora nos pareça óbvia essa união entre imagem e som, ela só foi possível
em meados da década de trinta, quando o cinema americano deixou de ser mudo.
O filme O Artista, do diretor Michel Hazanavicius, é um produto cultural audiovisual que discute o
contexto em que surge essa tecnologia capaz de sincronizar som e imagem efetivamente. Até a década de
1930, o homem desenvolvia produtos que ora acionavam o sentido da visão, ora da audição, embora o
cinema já garantisse a conexão entre esses dois sentidos quando, durante as exibições de filme, uma
orquestra ou um pianista, ao vivo, acompanhava a cena exibida na tela, produzindo inclusive sons que
funcionavam como sonoplastia, como efeito sonoro.
Somente em 1927, trinta e cinco anos depois que os irmãos Lumière inventaram o cinema, é que tivemos
a primeira exibição de um filme que conseguia sincronizar som e imagem, era o filme The Jazz Singer (O
Cantor de Jazz, em tradução literal), surgindo, assim, o termo soundtrack  para representar todo o
conjunto de sons que compõem um filme, incluindo, além da música, os efeitos sonoros e os diálogos. Da
década de trinta para cá, os produtos culturais audiovisuais foram se ajustando à tecnologia e ao
surgimento de novas mídias, como a televisão e, no século XXI, a WEB (que se utiliza da internet),
garantindo um acesso mais democrático não apenas aos produtos audiovisuais, como também a
ferramentas para a produção doméstica de conteúdos e compartilhamento destes conteúdos audiovisuais.
Mas a primeira geração da internet, conhecida como WEB 1.0, garantia apenas o consumo de conteúdo,
proporcionando pouca interação entre os usuários, os quais não tinham liberdade para modificar qualquer
conteúdo publicado na rede.
Atualmente, vivemos a geração WEB 2.0. Esta geração garantiu ao usuário comum criar, compartilhar e
editar conteúdos, promovendo maior interação, estimulando um trabalho colaborativo e participativo,
haja vista a Wikipédia, um projeto desenvolvido para produzir uma enciclopédia de conteúdo livre que
pode ser editada por todos e que se iniciou oficialmente em 2001. De acordo com Santaella (2010), as
principais ferramentas da Web 2.0 nos introduziram na era da comunicação colaborativa, que estimula o
trabalho participativo, a interação em tempo real e em que a informação disponível não é mais fornecida
'de cima para baixo', mas produzida em uma estrutura horizontal.
É neste contexto de WEB 2.0 que os produtos audiovisuais se desenvolvem e participam de nosso
cotidiano com a função de garantir uma comunicação globalizada, com características ainda da
comunicação de massa, mas pulverizada nos diversos nichos que se formaram ao longo dessa primeira
metade do século XXI. A passagem da cultura das mídias para a cultura digital modificou os modos de
construção do audiovisual, colocando o profissional de comunicação num contexto ainda desconhecido,
imputando­lhe o papel de construir um novo modelo de interação, um novo modelo de comunicação em
que o som e a imagem integram­se demasiadamente em favor de um interlocutor também agente do
processo de criação, consumo e circulação de conteúdos.
Se a televisão consolidou o acesso ao audiovisual; a internet expandiu esse acesso e garantiu ao público o
papel de tirar das grandes corporações de comunicação o monopólio da informação e ser, ele mesmo,
criador de conteúdo. Isso foi possível com o surgimento de plataformas digitais e provedores globais de
filme, como: Youtube, Vímeo, Netflix, Prime, entre outros.
Essas plataformas e serviços de streaming de filmes na WEB tiveram como precursores a publicação de
hipertextos emblogs. Essesblogstinham como objetivo compartilhar conteúdo de cunho pessoal,
funcionando como um diário virtual. Quem assistiu ao filme Julie & Julia (2009), dirigido por Nora
Ephron, tem uma ideia do papel doblogem nossa sociedade no início do século XXI. Desses diários
virtuais surgiram os Fotologs, os Vlogs e, posteriormente, as redes sociais, como Orkut, Facebook, Twitter
etc.
Hoje, sites informativos contam com vídeos em suas postagens ou criam canais no Youtube, como é o
caso do canal GGN (https://jornalggn.com.br), um site jornalístico desenvolvido por Luís Nassif, que está
c o m   u m   c a n a l   n o   Y o u t u b e ,   a   T V G G N   ­
(https://www.youtube.com/channel/UCPYIYR0J8ppEJVtR1weLnBw).
Estamos vivendo o surgimento de uma nova linguagem: a hipermídia.
Para ela (a hipermídia) convergem o texto escrito, o audiovisual (televisão, vídeo e cinema) e a
informática (computadores e programas informáticos)(SANTAELLA; 2005) Ou seja, ler, perceber,
escrever, pensar e sentir ganham características ainda não vivenciadas pelo homem, que agora lida com a
produção de imagem e som a partir de uma matriz numérica binária, cujo suporte matérico é o
computador e vídeo modelos, programas; com a ideia de uma imagem quase indegradável, eterna e cada
vez mais fácil de compartilhar, de se ter acesso cotidianamente.
Estratégias de Aprendizagem
Antes da aula: assista aos vídeos A história da internet e A história da internet no Brasil, publicados no
Youtube pelo canal Techmundo:
https://www.youtube.com/watch?v=pKxWPo73pX0
https://www.youtube.com/watch?v=k_inQhpKprg
Durante a aula: esteja atento às explicações e apresentação do conteúdo. Converse com seu professor e
tire as dúvidas provenientes de suas leituras ou mesmo das atividades recomendadas. Participe das
discussões em sala, apresentando seu ponto de vista sobre o assunto.
Depois da aula: revise as anotações e acesse o SAVA (ambiente virtual) para ler novos textos sobre o
assunto discutido em sala, associando­os aos temas discutidos em sala de aula. Aprofunde os conteúdos
apresentados pelo professor. Para isso, escolha uma das sugestões de leitura, no campo  Indicação de
Leitura Específica, e desenvolva a atividade sugerida no campo Aplicação: articulação teoria e prática
deste Plano de Aula.
Indicação de Leitura Específica
DIZARD JR., Wilson. A Nova Mídia. Rio Janeiro: Ed. Zahar, 1998. Capítulo Comunicação de Massa na
Era da Informação.
Aplicação: articulação teoria e prática
Assista aos filmes: O Artista, Julie & Julia e  Steve Jobs, e analise­os observando a relação entre a
tecnologia da internet e a história do audiovisual do cinema à WEB.
Considerações Adicionais
O canal Techmundo, no Youtube, traz uma série de vídeos sobre a história da tecnologia que podem
ajudar a compreender melhor a relação entre a história do audiovisual e os avanços tecnológicos.
Acesse:https://www.youtube.com/playlist?list=PL7cCKVGMzqmbyaouQulXxUJLdwW4qBMpp
AUDIOVISUAL PARA WEB ­ CCA0828
Semana Aula: 2
A Comunicação Audiovisual para web
Tema
A linguagem e sua sintaxe: a intenção comunicativa e os efeitos de sentido.
Palavras­chave
Comunicação; Web; Linguagem Visual; Cor
Objetivos
Compreender a comunicação como interação;
Identificar o que caracteriza a linguagem visual;
Estabelecer relação entre o elemento visual cor e suas funções no audiovisual.
Estrutura de Conteúdo
1.  Conceito de Comunicação como interação;
2.  A linguagem visual e sua sintaxe;
3.  As significações da cor.
A palavra comunicação, de acordo com o dicionário Houaiss, representa o processo que envolve a
transmissão e a recepção de mensagensentre uma fonte emissora e um determinado receptor, no qual as
informações transmitidas por intermédio de recursos físicos ou de aparelhos e dispositivos técnicos, são
codificadas na fonte e decodificadas no destino com o uso de sistemas convencionados de signos ou
símbolos sonoros, escritos, iconográficos, gestuais etc.
Esse conceito nos remete à ideia de que comunicação se dá quando alguém tem uma ideia, a concretiza
em uma mensagem, que será enviada a outro, cujo papel será decodifica­la, ou seja, estabelecer a relação
entre os signos usados e seus significados.
Porém, se pensarmos um pouco sobre as diversas situações de comunicação em nosso cotidiano,
observaremos que o ato de comunicar é mais que um processo de codificação\ decodificação\
recodificação, pois há de se considerar aspectos outros além dos signos que constituem a mensagem,
como: quem são os participantes, o papel exercido por estes participantes, onde se dá a comunicação, em
que sociedade e em que momento da história dessa sociedade, os objetivos, o assunto, o gênero textual
produzido, entre outros aspectos que sejam relevantes para a efetivação do processo de comunicação.
Isso implica em considerar a comunicação como um processo de interação, no qual os participantes são
sujeitos submetidos ao contexto comunicacional que determinará o que dizer e como dizer, considerando
ainda o fato de que importarão os efeitos de sentido provocados pelo uso dos signos(verbais e não
verbais) na produção de enunciados que projetarão imagens desses agentes durante o processo
interacional, agindo uns sobre os outros continuamente, antecipando suas ações e reformulando seus
discursos.
Esse processo interativo se dá a partir da produção de gêneros textuais adequados ao contexto
situacional, que determinará a linguagem a ser usada durante a interação, podendo esta ser verbal ou não,
considerando­se, claro, a possibilidade do uso combinado da palavra, da imagem e do som.
Ao definir qual linguagem utilizar, os sujeitos precisam levar em conta a sintaxe que caracteriza essa
linguagem, como, por exemplo, a sintaxe da linguagem visual, que se constitui de elementos básicos
repletos de significações, provocando efeitos de sentido ao serem combinados para a produção de
enunciados (qualquer texto\ocorrência linguística ou não dotada de unidade sociocomunicativa,
semântica e formal), Isto é, qualquer produto de uma enunciação dotado de um objetivo comunicacional,
de sentido e de organização que o caracteriza.
A linguagem visual se caracteriza por alguns elementos (ponto, linha, forma, cor, textura, contraste,
dimensão, escala) e princípios básicos (segregação e unificação; fechamento; boa continuidade;
proximidade e semelhança; e a pregnância da forma) que garantem harmonia, equilíbrio e clareza na
formação de imagem. Todos esses elementos e essas leis de organização geram efeitos de sentidos os mais
diversos quando da produção de enunciados, como é o caso do elemento cor em produções audiovisuais.
Por exemplo o verde está muito relacionado à natureza e, atualmente, a temas ecológicos. O amarelo está
relacionado amplamente ao sol e ao ouro; à riqueza. O vermelho está relacionado ao amor, à paixão, mas
também à dor. O azul pode representar imensidão, calmaria, pureza.
Estratégias de Aprendizagem
Antes da aula: assista vídeo Contraponto Cinema | Black Mirror ­ Queda Livre,exibido pelo canal TVC
BH, no Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=qlj4AacAmso
Durante a aula: esteja atento às explicações e apresentação do conteúdo. Converse com seu professor e
tire as dúvidas provenientes de suas leituras ou mesmo das atividades recomendadas. Participe das
discussões em sala, apresentando seu ponto de vista sobre o assunto.
Depois da aula: revise as anotações e acessar o SAVA (ambiente virtual) para ler novos textos sobre o
assunto discutido em sala, associando­os aos temas discutidos em sala de aula. Aprofunde os conteúdos
apresentados pelo professor. Para isso, escolha uma das sugestões de leitura, no campo  Indicação de
Leitura Específica, e desenvolva a atividade sugerida no campo Aplicação: articulação teoria e prática
deste Plano de Aula.
Indicação de Leitura Específica
GOMES FILHO, João. Introdução. In: GESTALT do objeto: sistema de leitura visual da forma. 8. ed. São
P a u l o :   E s c r i t u r a s ,   2 0 0 8 .   p .   1 7   ­   2 5 .   D i s p o n í v e l   e m :
https://graficovisual.files.wordpress.com/2013/11/gestalt­do­objeto­joao­gomes.pdf. Acesso em: 10 fev.
2020.
FARINA, Modesto et al. Significado cultural e psicológico das cores. In: FARINA, Modesto et al.
Psicodinâmica das cores em comunicação. 5. ed. São Paulo: Edgard Blücher, 2006. cap. Cor: Signo
cultural e psicológico, p. 96 ­ 107.
D i s p o n í v e l   e m :
https://archive.org/details/PsicodinmicaDasCoresEmComunicaaoModestoFarina/page/n3/mode/2up.
Acesso em: 10 fev. 2020.
Aplicação: articulação teoria e prática
Analise o uso da cor vermelha no filme Beleza Americana, com base na psicodinâmica das cores para
comunicação. Para isso, primeiro descreva as cenas em que a cor vermelha é usada e, depois, diga que
função comunicacional ela exerce na cena, quais os possíveis efeitos de sentido que ela provoca.
Considerações Adicionais
Leia o capítuloA cor na comunicação,do livroPsicodinâmica das cores em comunicação, de Modesto
Farina:
https://archive.org/details/PsicodinmicaDasCoresEmComunicaaoModestoFarina/page/n115/mode/2up
AUDIOVISUAL PARA WEB ­ CCA0828
Semana Aula: 3
Linguagens Digitais
Tema
Concepções de Linguagem, Linguagem Digital e o hipertexto
Palavras­chave
Web; Linguagem Digital; Hipertexto
Objetivos
Diferenciar a linguagem digital de outras linguagens;
Identificar o que caracteriza a linguagem digital;
Compreender o hipertexto como um enunciado híbrido.
Estrutura de Conteúdo
1. Concepções de linguagem;
2. Linguagem digital;
3. O hipertexto.
Linguagem é um termo que pode ser definido como:
a. Expressão do pensamento: neste caso, a linguagem seria uma representação do pensamento humano,
e dependeria da nossa condição interior de organizar ideias, independente de fatores externos. Ou seja, se
articulamos de forma coerente as ideias em nossa mente, implica dizer que conseguimos nos expressar
bem através da linguagem, seja ela qual for. A linguagem, portanto, é um retrato do pensamento do
homem, é a expressão de si mesmo. Logo, aquele que produz textos adequados é alguém que consegue
ordenar as ideias de forma coerente, é alguém capaz de produzir qualquer tipo de texto.
b. Instrumento de comunicação: esta concepção compreende a linguagem como um código constituído
de signos, combinados com base em determinadas regras, que possibilita ao emissor se expressar, se
comunicar, portanto. De acordo com KOCH (2002), o texto é visto como simples produto da codificação
de um emissor a ser decodificado pelo leitor/ouvinte, bastando a este, para tanto, o conhecimento do
código, já que o texto, uma vez codificado, é totalmente explícito. Assim, a linguagem seria produto de
um pacto social que definiria como essa linguagem deve ser utilizada para que todos sejam capazes de
decodificá­la de modo igual e, assim, haja comunicação entre um emissor e um receptor.
c. Processo interativo: a linguagem é compreendida como um lugar de interação humana, como o lugar
de constituição de relações sociais. Ao fazermos uso da linguagem estamos não apenas expressando nosso
pensamento, mas buscando levar o outro a agir conforme nossos interesses. Neste caso, a linguagem seria
o lugar da argumentação, da persuasão. Ela revela aspectos sociais e históricos que indicam como ela
deve ser usada cotidianamente nas mais diversas situações de comunicação. Sob esse ponto de vista,
devemos usar o termo linguagens, ao invés da singular linguagem, pois considera­se a existência de
variações de uma mesma linguagem e também a existência de diferentes linguagens, como, por exemplo,
a linguagem digital.
A linguagem digital tem como base o princípio da representação numérica. Qualquer tipo de informação,
sejaum texto ou imagem ou som, é um código digital, uma composição binária de 0 e 1. Este primeiro
princípio leva a um segundo: a modularidade, que garante a manutenção da mesma estrutura em
diferentes escalas do objeto, sejam elas caracteres, pixels ou scripts, que continuam a manter sua
identidade no todo e nas partes, ao mesmo tempo que afiança a possibilidade de manipulação. Ou seja,
por trás dos textos e imagens que vemos nas telas dos computadores estão em ação operações abstratas,
modelos, programas e cálculos matemáticos que criam matrizes maleáveis e de fácil manipulação. Esta
possibilidade de modificação de objetos a partir de modelos flexíveis, implica em um terceiro princípio
básico da linguagem digital: a automação, que representa a intervenção direta e autônoma do computador
na produção em meio digital. Esta automação tem garantido uma outra característica da linguagem digital:
o caráter indelével de tudo que se produz com base nesta linguagem.
Assim, a linguagem digital talvez seja o exemplo mais característico de sistema comunicacional como
lugar de interação, de ação. Ela garante aos interlocutores a condição  sine qua nomde agentes do
processo de comunicação. Tanto emissor quanto receptor são capazes de criar e modificar textos, imagens
e sons para garantirem seus objetivos durante uma interação, bastando apenas subverter o que já existe,
bastando um apertar de teclas e mouses. Com isso, a tecnologia da linguagem digital transformou nosso
modo de escrever, ler, desenhar, compor música, esculpir etc. Ela fez surgir o hipertexto, tipo de texto
não linear e que se caracteriza por uma autoria coletiva, como se observa em textos presentes na
Wikipédia.
Ao lermos um determinado hipertexto, temos a possibilidade de acessar outros hipertextos que nos
levarão a novos hipertextos e assim infinitamente, bastando clicar em links que nos conduzirão também a
imagens e sons diversos. Se antes líamos um texto desde o título até o ponto final, hoje iniciamos com a
leitura de um título que nos leva a uma fotografia, que nos conduz a um vídeo, que nos orienta a um
gráfico, que nos dirige a um gif, e assim ad infinitum.
Escrever também deixou de ser um processo que pressupunha uma certa linearidade. Produzir um texto
tornou­se um ato que se caracteriza pelo Control C + Control V, ou seja: pesquisamos sobre um tema
determinado, copiamos partes de vários textos sobre esse tema e colamos em um novo documento. E
mais, se por um acaso desistirmos de determinados enunciados ou decidirmos que esses enunciados
deveriam constar em outro momento de nosso texto, basta fazer Control X + Control V, não precisamos
mais apagar completamente o que havíamos escritor para então escrever novamente. Ou seja, o  post
scriptum usado em cartas escritas à mão até a década de 1990 já não faz mais sentido. Caso queiramos
inserir uma informação nova a um texto já concluído, basta um clique no lugar em que desejamos que a
informação conste e pronto, problema resolvido. Por ser um produto da linguagem digital, o hipertexto
deve ser observado também como o resultado de modelos criados a partir da combinação numérica entre
0 e 1. Ele é um produto manipulável, flexível, plástico, ajustável às nossas intenções comunicacionais.
Embora modificáveis, são a princípio, como tudo que se publica na Web, eternos, nunca se apagam
completamente.
Estratégias de Aprendizagem
Antes da aula: leia o artigo Um mapeamento histórico do hipertexto ­ surgimento, desenvolvimento e
d e s v i o s   d a   a p l i c a ç ã o   d a   e s c r i t a   h i p e r t e x t u a l,   p u b l i c a d o   e m :
http://www.hipertexto.latec.ufrj.br/artigos/523­um­mapeamento­histórico­do­hipertexto
Durante a aula: esteja atento às explicações e apresentação do conteúdo. Converse com seu professor e
tire as dúvidas provenientes de suas leituras ou mesmo das atividades recomendadas. Participe das
discussões em sala, apresentando seu ponto de vista sobre o assunto.
Depois da aula: revise as anotações e acesse o SAVA (ambiente virtual) para ler novos textos sobre o
assunto discutido em sala, associando­os aos temas discutidos durante a aula. Aprofunde os conteúdos
apresentados pelo professor. Para isso, escolha uma das sugestões de leitura, no campo Indicação de
Leitura Específica, e desenvolva a atividade sugerida no campo Aplicação: articulação teoria e prática
deste Plano de Aula.
Indicação de Leitura Específica
NOJOSA, Urbano Nobre. Da rigidezdo texto à fluidez do hipertexto. In: FERRARI, Pollyana. Hipertexto,
hipermídia: as novas ferramentas da comunicação digital. [S. l.: s. n.], 2007. p. 69 ­ 78. Disponível em:
https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Publicacao/1231/pdf/7. Acesso em: 10 fev. 2020.
AQUINO BITTENCOURT, M.C.. Um mapeamento histórico do hipertexto: surgimento, desenvolvimento
e desvios da aplicação da escrita hipertextual. In: 3º Encontro Nacional da Rede Alfredo de Carvalho,
2005, Novo Hamburgo. 3º Encontro Nacional da Rede Alfredo de Carvalho, 2005. Disponível em:
(http://www.hipertexto.latec.ufrj.br/artigos/523­um­mapeamento­histórico­do­hipertexto)
Aplicação: articulação teoria e prática
Faça a descrição de um site a sua escolha, observando o uso de hipertextos. Verifique se os textos
publicados podem ser considerados hipertextos.
Considerações Adicionais
Para um aprofundamento sobre o tema leia:
JOHSON, Steven. Cultura da Interface. Como o computador transforma nossa maneira de criar e
comunicar. Trad.: Maria Luiza X. de A. Borges. RJ: Jorge Zahar Editor.  Disponível em:
http://www.niett.unirio.br/public/upload/ff79006eb77a377f5a7500dc5e672255.pdf
AUDIOVISUAL PARA WEB ­ CCA0828
Semana Aula: 4
Hipertexto
Tema
Características do texto jornalístico na Web
Palavras­chave
Web; Linguagem Digital; Hipertexto; Jornalismo
Objetivos
Conhecer a história do jornalismo brasileiro na Web;
Descrever o hipertexto jornalístico;
Capacitar o aluno para a produção de informação jornalística na Web.
Estrutura de Conteúdo
1. História do jornalismo na Web;
2. O hipertexto jornalístico.
Em 28 de maio 1993, o jornal The Tech (publicação do Massachussetts Institute of Technology, o MIT)
publicou na Web (como a conhecemos hoje) todas as notícias que haviam sido publicadas em seu jornal
impresso naquele dia. A edição on­line tinha 27 links para notícias e artigos, distribuídas em cinco
editorias que ainda podem ser lidas (http://tech.mit.edu/V113/N28/).
Dois anos depois, em 1995, no Brasil, o Jornal do Brasil (JB) passa a ser veiculado na internet. Depois do
JB, O Estado de São Paulo, A Folha de São Paulo, O Diário do Nordeste, Zero Hora entre outros
seguiram o mesmo caminho e passaram a publicar suas edições impressas na internet.
De acordo com Silva Júnior (2001), podemos considerar três momentos mais gerais na história do
jornalismo online: o transpositivo ?momento em que a informação seguia rigorosamente o modelo do
jornal impresso; o perceptivo "quando o jornalismo verifica a necessidade de utilizar os recursos que a
tecnologia da internet poderia oferecer, revisando a organização da notícia na rede; o hipermidiático" fase
em que o jornalismo se encontra no século XXI, utilizando­se de modo mais intenso do hipertexto e dos
recursos que a tecnologia digital pode oferecer.
Embora o jornalismo esteja se ajustando ainda a este novo momento, é possível observarmos uma
tendência a valorização das agências de notícias, haja vista a importância dada à geração de conteúdo e a
flexibilização da ideia de suporte, pois o contexto atual favorece o fortalecimento de uma convergência
das mídias para o meio digital, para um modelo hipermidiático de produção, consumo e circulação de
informação.
Começamos com os blogs desenvolvidos por jornalistas já consagrados e chegamos a era da
multimodalidade midiática. Sendo assim o termo hipermídia deve ser compreendido como: o conceito de
hipermídia em um sentido mais amplo, deve ser entendido como: "os processos comunicacionais no
ambiente do ciberespaço(..) onde a produção de conteúdos digitalizados agem como elementos dedisseminação em diversas plataformas" (Silva Jr.; 2000, 2001).
O hipertexto jornalístico tem cada vez mais se utilizado de plataformas múltiplas para publicação de
informação, tem feito uso de vídeos, fotografias, infográficos, música e da possibilidade de interação com
o público, não apenas quando abre espaço para os comentários, como também quando permite ao seu
interlocutor contribuir com a geração de conteúdo, podendo esse interlocutor exercer, juntamente com o
jornalista de formação, o papel de criador, divulgador e consumidor de informação, tirando das grandes
organizações o monopólio da informação. Então, podemos dizer que o hipertexto jornalístico se
caracteriza por quatro aspectos,segundo Bardoel e Deuze (2000): interatividade, customização de
conteúdo, hipertextualidade e multimidialidade.
Estratégias de Aprendizagem
Antes da aula: assista à entrevista com Renato Rovai em https://www.youtube.com/watch?
v=N_2BlUkw3PU.
Durante a aula: esteja atento às explicações e apresentação do conteúdo. Converse com seu professor e
tire as dúvidas provenientes de suas leituras ou mesmo das atividades recomendadas. Participe das
discussões em sala, apresentando seu ponto de vista sobre o assunto.
Depois da aula:revise as anotações e acesse o SAVA (ambiente virtual) para ler novos textos sobre o
assunto discutido em sala, associando­os aos temas discutidos em sala de aula. Aprofunde os conteúdos
apresentados pelo professor. Para isso, escolha uma das sugestões de leitura, no campoIndicação de
LeituraEspecífica, e desenvolva a atividade sugerida no campoAplicação: articulação teoria e
práticadeste Plano de Aula.
Indicação de Leitura Específica
SILVA JR., José Afonso da. A relação das interfaces enquanto mediadoras de conteúdo do jornalismo
contemporâneo: Agências de notícias como estudo de caso. Disponível em:
http://www.bocc.ubi.pt/pag/junior­jose­afonso­interfaces­mediadoras.pdf
Aplicação: articulação teoria e prática
Visite e observe plataformas digitais que hospedam sites de jornais, revistas, portais, blogs etc., com
atenção especial para a diagramação dossites, a utilização do audiovisual nas publicações, e como os
hipertextos estão organizados.
Considerações Adicionais
AUDIOVISUAL PARA WEB ­ CCA0828
Semana Aula: 5
Hipertexto e Hipermídia
Tema
Características do texto publicitário na Web
Palavras­chave
Web; Linguagem Digital; Hipertexto; Publicidade; Hipermídia
Objetivos
Conhecer a história da publicidade brasileiro na Web;
Descrever o hipertexto publicitário;
Capacitar o aluno para a produção de informação publicitária na Web;
Apresentar o conceito de hipermídia como ponto de partida para o processo criativo na web.
Estrutura de Conteúdo
1. História da publicidade na Web;
2. O hipertexto publicitário.
3. Hipermídia
Nesta primeira metade do século XXI, a publicidade parece ser onipresente, ou seja, aonde quer que
vamos há sempre um material publicitário, tenha sido ele publicado em um suporte físico ou virtual que
permita divulgar marcas, produtos, empresas, pessoas.
Com os dispositivos móveis, a publicidade parece ser não apenas onipresente, mas também onipotente,
pois ela agora é ?capaz de adivinhar? nossos pensamentos. Como ela faz isso? A tecnologia digital tem
desenvolvido algoritmos que decodificam informações que podem dizer o tipo de consumidor que somos.
Por exemplo, o WAZE, um aplicativo do tipo GPS, solicita a nossa localização, nós concordamos em dar­
lhe acesso a essa informação e pronto, conforme nosso itinerário, sabe­se quem podemos ser como
consumidores.
A publicidade, assim como o jornalismo, tem acompanhado o desenvolvimento tecnológico,
principalmente no quesito interação com o público consumidor. Os produtos culturais desenvolvidos pela
publicidade têm se valido do que a tecnologia pode oferecer: fotografia com a qualidade de imagem
cinematográfica; narrativas tão envolventes quanto às narrativas de filmes e séries; estratégias de
interação que garantem uma resposta quase imediata do público; publicação de materiais em diversas
mídias, principalmente digitais. Há empresas que se utilizam, por exemplo, da tecnologia do holograma
para divulgarem seus produtos, suas marcas, enquanto seus consumidores interagem com a imagem
projetada em 3D.
Assim, com a possibilidade de utilização de múltiplas plataformas, o texto publicitário foi se
metamorfoseando e, hoje, com a internet, temos o hipertexto publicitário, no qual o interlocutor tem a
chance de escolher seu percurso a partir de links que o levam a outros textos quase que ad infinitum.
Para conseguir levar o interlocutor através de links, o hipertexto deve ser veiculado em hipermídias, quer
dizer, plataformas que congregam vários tipos de mídias: textos, áudios, vídeos, animações, gráficos,
podendo o usuário navegar por essas mídias de modo não linear, cabendo a ele escolher como navegar e
ainda interagir com os materiais publicados.
Isso implica reconhecer que o texto publicitário continua fazendo uso de fotografias e palavras (como no
século XX), mas essas fotografias podem, por exemplo, se movimentar (é o caso dos GIFs); essas
palavras podem ser animadas (como se compusessem um poema concreto que se vale do suporte para
representarem algo); reconhecer também que a publicidade continua a se utilizar do audiovisual para
promover ideias, marcas, produtos, porém, esses materiais audiovisuais também são interativos, como se
pode observar em anúncios desenvolvidos para dispositivos com telas que tenham a tecnologia  touch,
como celulares,  tablet se notebooks. Assim, o hipertexto publicitário se caracteriza pela interatividade,
multimidialidade e hipertextualidade.
É importante, porém, entendermos que o hipertexto publicitário, embora promova a interatividade, esta
tem se restringido a uma participação predefinida do interlocutor, pois a possibilidade de acesso a links
depende de uma programação que prevê um certo percurso em uma determinada ordem, caracterizando,
na verdade, um hipertexto potencial e um hipertexto colagem, pois ao usuário não é permitido fazer
qualquer tipo de inclusão de novas associações, ou, quando muito, executar modificações que já´ estão
previstas pelo material publicitário (entende­se, obviamente, que o responsável por essa previsão é um
programador que criou um modelo baseado em combinação numérica que evite o internauta desviar­se do
percurso).
Apesar de parecer que a publicidade limita o poder de interação do internauta(consumidor / público), ela
tem desenvolvido materiais que sugerem atenção ao que o público deseja assistir, como foi o caso do
vídeo da Renault, veiculado na TV e na internet (youtube), em que a marca oferece um final para a série
Caverna do Dragão­https://www.youtube.com/watch?v=kC9­bfsNne8. Em 05 de fevereiro de 2020, o
vídeo estava com 30.599.148 visualizações. Segundo o jornal Correio Braziliense, nos comentários da
publicidade, no canal oficial da Renault no YouTube, os internautas parabenizam a produção. ?Chorei!!!!
Vou comprar esse carro só para eles investirem e virar a série da Netflix. A MELHOR CAMPANHA DA
HISTÓRIA!!!!?, revela uma espectadora...? (postado em 24/05/2019 16:15 / atualizado em 24/05/2019
1 6 : 1 6   ­ h t t p s : / / w w w . c o r r e i o b r a z i l i e n s e . c o m . b r / a p p / n o t i c i a / d i v e r s a o ­ e ­
arte/2019/05/24/interna_diversao_arte,757276/comercial­de­caverna­do­dragao­live­action.shtml)
O caminho agora será o desenvolvimento de produtos culturais publicitários que promovam uma criação
coletiva, em que o debate constante seja capaz de modificar o percurso de associações à medida em que é
construído, tanto pelo usuário da internet quanto pelo autor. Neste sentido, o jornalismo parece caminhar
de forma mais efetiva, enquanto a publicidade parece ainda acordando para esta possibilidade.
Estratégias de Aprendizagem
Antes da aula: assista ao VT da Cadbury e pesquise sobre estratégias usadas pela publicidade para fixar
uma marca na mente do consumidor. Leia os comentários deixados pelos internautas sobre o vídeo
emhttps://www.youtube.com/watch?v=XcLzF1bMng8&feature=youtu.beDurante a aula: esteja atento às explicações e apresentação do conteúdo. Converse com seu professor e
tire as dúvidas provenientes de suas leituras ou mesmo das atividades recomendadas. Participe das
discussões em sala, apresentando seu ponto de vista sobre o assunto.
Depois da aula: revise as anotações e acesse o SAVA (ambiente virtual) para ler novos textos sobre o
assunto discutido em sala, associando­os aos temas discutidos em sala de aula. Aprofunde os conteúdos
apresentados pelo professor. Para isso, escolha uma das sugestões de leitura, no campo  Indicação de
Leitura Específica, e desenvolva a atividade sugerida no campo Aplicação: articulação teoria e prática
deste Plano de Aula.
Indicação de Leitura Específica
AMARAL F ILHO,  Lúc i o   S i que i r a .   Pub l i c i d ade   n a  web ,   uma   t r a j e t ó r i a   h i s t ó r i c a .
Em:http://www.ufrgs.br/alcar/encontros­nacionais­1/encontros­nacionais/10o­encontro­2015/historia­da­
publicidade­e­da­comunicacao­institucional/publicidade­na­web­uma­trajetoria­historica/view.
Aplicação: articulação teoria e prática
Faça a análise de um material publicitário publicado na WEB e analise­o com base no conceito de
hipertexto do tipo colagem, do tipo potencial e do tipo cooperativo. Para isso, primeiro descreva o
material publicitário e, depois, diga como ele poderia ser classificado: hipertexto potencial, hipertexto
colagem ou hipertexto potencial, explicando sua proposta de classificação.
Considerações Adicionais
Sobre história da publicidade: http://publicidademarketing.com/publicidade­para­internet/­
Sobre cultura da internet, leia:
JOHSON, Steven. Cultura da Interface. Como o computador transforma nossa maneira de criar e
comunicar. Trad.: Maria Luiza X. de A. Borges. RJ: Jorge Zahar Editor.  Disponível em:
http://www.niett.unirio.br/public/upload/ff79006eb77a377f5a7500dc5e672255.pdf
AUDIOVISUAL PARA WEB ­ CCA0828
Semana Aula: 6
O Espelho Midiático: TV para web
Tema
Fundamentos da produção audiovisual para web
Palavras­chave
Web; TV; Espelho midiático; Convergência
Objetivos
Instrumentalizar o aluno com as ferramentas apropriadas para produção de conteúdo para WEB;
Estimular a criatividade e a capacidade de inovação para elaborar projetos audiovisuais;
Desenvolver a competência crítica do aluno quanto à qualidade de produtos audiovisuais para WEB;
Compreender o processo de convergência da TV para WEB.
Estrutura de Conteúdo
1.O espelho midiático
2. TV x WEB
3.A convergência da TV para a WEB
A TV ainda é a mídia mais utilizada pela nossa sociedade, de acordo com o relatório final da Pesquisa
Brasileira de Mídia 2015. Conforme o relatório, cerca de 74% dos entrevistados indicaram a TV como
meio de comunicação mais usado e 17% indicaram a internet. Sobre a forma de consumo da informação,
observou­se que os jovens entre 16 e 17 anos (51%) e 18 e 24 anos (50%) se utilizam mais da internet,
mas à medida que a idade deste consumidor de informação aumenta, ou seja, passa de 24 anos, aumenta
o uso da TV. De forma semelhante ao fator idade, o fator escolaridade também garante à TV o primeiro
lugar em acesso, ou seja, quanto menor o grau de escolaridade, mais a TV ganha em audiência, quando
comparada à internet (confira o relatório completo em http://www.secom.gov.br/atuacao/pesquisa/lista­
de­pesquisas­quantitativas­e­qualitativas­de­contratos­atuais/relatorio­final­pesquisa­brasileira­de­midia­
pbm­2015/view).
Por que esses dados são importantes quando pensamos sobre a produção de TV para WEB?
A partir dessa pesquisa, podemos construir um perfil do consumidor de TV e internet brasileiro: idade,
grau de escolaridade, gênero, como a internet é usada (computador, celular,  tablet), até mesmo em qual
horário costuma­se assistir à TV ou acessar a internet. Com esses dados, é possível entender por que a TV
ainda é o veículo de comunicação mais usado, mesmo depois da invenção da internet e,
consequentemente, da possibilidade que o consumidor tem de criar sua própria grade programação e ser
ele mesmo criador de conteúdo.
Mas existe um aspecto sobre o qual a pesquisa não se debruça: o vínculo emocional que a TV garante
com seu consumidor. Toda vez que um apresentador de telejornal se coloca de frente a uma câmera com
um sorriso aberto, um terno e um olhar tranquilo, a TV estabelece entre ela e o público uma relação de ?
cumplicidade?, de ?companheirismo?, TV e telespectador assumem seus papeis e aceitam as regras do
jogo comunicacional. Durante o jogo, o telespectador vai envolvendo­se emocionalmente diante das
narrativas de tragédia, amor, aventuras, guerras, dos programas de auditório, dos  reality shows, esse
telespectador se vê de modo quase espelhado nessas narrativas, embora seja uma representação
trabalhada para gerar mimetismo ao mesmo tempo em que entretém e informa o indivíduo. A TV é,
portanto, um espelho midiático capaz de nos puxar para dentro de si e nos colocar em uma outra
dimensão, em um mundo do possível ser ou do parecer, é a construção de um simulacro da imagem que
ilude o interlocutor, fazendo­o acreditar na versão de mundo que a TV deseja que chegue até nós.
Cada vez que brasileiros se mobilizam para eliminar um participante do BBB ou para acompanhar o
destino de uma personagem na telenovela ou o desfecho da investigação de um crime, a TV renova com
seu público esse vínculo emocional baseado na ideia de que ela é o espelho da realidade e que é essa
realidade a que devemos aceitar e viver.
O espelho midiático é, então, esse processo de invasão da vida do indivíduo pela televisão, ela oferece um
espaço e tempo simulados que reproduzem a organização social e propõem novas realidades possíveis. E,
porque fomos educados a crer no que nossos veem, a TV fascina a todos ao projetar imagens de uma
realidade que se supõe ser do indivíduo que a assiste ou uma realidade que este indivíduo almeja.
Com advento da internet, as relações interpessoais passam por um processo de reorganização que se
reflete no modo como o indivíduo consome informação. Agora não é somente a TV que pode nos dizer
como é a realidade. Os anônimos criam imagens com as quais nos identificamos de modo mais espelhado
que a TV tradicional costuma nos propor. As imagens projetadas refletem o cotidiano de um estudante, de
um jogador de futebol, de uma dona de casa, de um pintor de paredes, todos podem ser vistos e servirem
de referência para nossa organização social. Não é à toa que vídeos em forma de diário tiveram tanta
audiência no início da WEB, em plataformas como youtube.
Diante desse quadro e do atual contexto de convergências das mídias para a WEB, a TV precisou se
adaptar e passou a usar a internet como mídia para seus produtos. Os programas de TV passam a ter como
referência os cenários dos Youtubers, pois são esses novos criadores de conteúdo que passaram a nos
servir como espelhos de uma realidade que a TV não apresentava, definindo inclusive os formatos de
produtos audiovisuais que agora devem ser usados para manutenção do vínculo entre o telespectador e o
consumidor de conteúdo, que, por sinal, também é produtor e divulgador de conteúdo. Assim, a TV migra
para a WEB, surge uma nova TV, sem deixar de mão estratégias já consagradas de simulação da
realidade. ?Elas (emissoras de TV) buscaram convergir seu conteúdo, utilizando assim uma das principais
características da convergência: a existência de elementos de linguagens de dois ou mais meios
interligados, possibilitando um hibridismo de linguagens e adaptando os mesmos diante desse novo
sistema? (SANTOS & LUZ; 2013)
Os investimentos em banda larga e programas de inclusão digital têm levado as emissoras de TV a ter
como premissas integrar e convergir. As emissoras de televisão não só passaram a reproduzir como
também a arquivar todo seu conteúdo na WEB, incluindo aí produtos audiovisuais exclusivos para a rede.
Para isso, ?foi necessário apropriar­se, adaptar­se e desenvolver linguagens e ferramentas características
ao meio virtual para que este tivesse a mesma referência de segurança e qualidadeexibidos na TV?
(SANTOS & LUZ; 2013).
A TV para web fez surgir um novo sujeito: o tele­internauta, um sujeito que não se contenta com o que a
televisão lhe oferece e busca por informações sobre aquilo que lhe interessa na WEB. Esse sujeito é
instigado a interagir, pois é na interação que ele se reconhece como agente do processo de comunicação,
definindo os caminhos da programação dessa nova TV, a TV WEB. De acordo com SANTOS & LUZ
(2013) as palavras de ordem agora são: contato; interatividade; exposição; protagonismo;
instantaneidade; diversidade; segmentação.
Estratégias de Aprendizagem
Antes da aula: assista ao vídeoA Mídia e as Novas Mídias1/3 ­ Observatório da Imprensa (21/06/2011):
https://www.youtube.com/watch?v=9pXi_0VrkZE. Assista também a fala de Roberto Schimdt sobre
Desafios da Comunicação Digital ­ TV Globo & Globo.com:  https://www.youtube.com/watch?
v=wCMeoJsdrjs
Durante a aula: esteja atento às explicações e apresentação do conteúdo. Converse com seu professor e
tire as dúvidas provenientes de suas leituras ou mesmo das atividades recomendadas. Participe das
discussões em sala, apresentando seu ponto de vista sobre o assunto.
Depois da aula: revise as anotações e acesse o SAVA (ambiente virtual) para ler novos textos sobre o
assunto, associando­os aos temas discutidos em sala de aula. Aprofunde os conteúdos apresentados pelo
professor. Para isso, escolha uma das sugestões de leitura, no campo Indicação de Leitura Específica, e
desenvolva a atividade sugerida no campo Aplicação: articulação teoria e prática deste Plano de Aula.
Indicação de Leitura Específica
ESCUDERO, Andréia Perroni. Espelhos Midiáticos: uma reflexão sobre projeções e identificações
através de técnicas e narrativas. Publicado em: Revista Lumen et Virtus, vol. V, no10, março/2014.
(www.jackbran.com.br. ESPELHOS_MIDIÁTICOS_Andreia Escudero)
Aplicação: articulação teoria e prática
Faça a análise de um programa de TV publicado na WEB e analise­o com base nos conceitos de
convergência e espelho midiático, considerando o contexto em que a TV migra para plataformas
presentes na internet.
Considerações Adicionais
Para ampliar os conhecimentos, leia os seguintes textos:
https://brazil.mom­rsf.org/br/contexto/consumo­de­midia/­ artigo  Consumo de Mídia  (site Intervozes
coletivo Brasil de comunicação)
https://revistapesquisa.fapesp.br/2002/08/01/a­forma­de­vida­da­midia/­ entrevista com Muniz Sodré
sobre a forma de vida da mídia.
AUDIOVISUAL PARA WEB ­ CCA0828
Semana Aula: 7
A Produção Audiovisual para web
Tema
A organização e escolhas técnicas para a produção de conteúdo audiovisual para web
Palavras­chave
Formato; Extensão; Renderização; Softwares; Aplicativos
Objetivos
Instrumentalizar o aluno com as ferramentas apropriadas para produção de conteúdo para WEB;
Estimular a criatividade e a capacidade de inovação para elaborar projetos audiovisuais;
Desenvolver a competência crítica do aluno quanto à qualidade de produtos audiovisuais para
WEB.
Estrutura de Conteúdo
1.Formatos de vídeo; extensão; softwares; aplicativos e renderização;
2.Captação, seleção de imagens e edição para web.
A tecnologia digital tem facilitado bastante o trabalho de captação e edição de imagens. Hoje, a edição
não precisa mais ser linear, como no início do cinema. Os arquivos de imagem e som são gravados em
suportes digitais (cartões de memória e HD externos), para depois serem editados em softwares
específicos, como o Adobe Premiere, DaVinci Resolve, Final Cut Pro X, Avid Media Composer, Sony
Vegas, entre tantos outros.
Mas já observou que determinados filmes, mesmo quando lhes assistimos em uma TV enorme, continuam
com uma tarja preta em cima e outra embaixo da tela? E, que, às vezes, embora definamos que a exibição
seja em tela cheia, e embora seja uma transmissão digital, em HD (High Definition), a imagem fica
quadrada? Isso acontece porque, independente da resolução, existe o Aspect Ratio, ou seja, a proporção
de tela em que o vídeo foi gravado: a relação de proporção entre altura e largura de uma imagem. No
vídeo para TV, as proporções são: no formato SD (Standard Definition, que já está em extinção) de 4: 3
(1,33: 1) e o formato de vídeo universal criado no século 20, para televisão de alta definição (HDTV), 16:
9 (1,77: 1).
A tecnologia garantiu ao editor de vídeo ter acesso constantemente aos arquivos originais, tanto imagens
quanto sons, evitando a perda de qualidade do material. Mas é preciso ter cuidado na hora de exportar o
material editado, pois deve­se adequar o formato ao destino do vídeo: cinema, TV, Youtube, Vimeo,
celular etc. Contudo, um software como o Premiere permite não apenas a montagem e colagem das
imagens e sons, permite ainda o tratamento desses elementos que compõem o audiovisual. Claro que,
dependendo do programa, haverá melhores ferramentas para o trato da imagem, como é o caso do
DaVinci Resolve, que é um programa mais adequado caso se queira tratar melhor a coloração de um
vídeo; e o Adobe Audition, para edição de som.
Há ainda de se considerar os codecs, que são programas cujo papel é codificar e decodificar um arquivo
(comprimindo­o) para que este possa ser executado em players, como o Quicktime ou o Windows Media
Player. Os principais codecs são: HD, XviD, MPEG 1, MPEG 2, OGM, MP4 (H.264), MKV, FLV, AVI,
WMV, MOV, RMVB, VOB.Além dos softwares, há o App, que é uma abreviação de "aplicativo de
programa", ou seja, qualquer software computacional que desempenha um grupo de funções
coordenadas. O IMovie, um aplicativo desenvolvido pela Apple, que também pode ser usado em
dispositivos IOS, é simples de usar mesmo por aquelas pessoas que não têm tanto conhecimento sobre
edição de vídeo. Esse App traz, por exemplo, temas pré­definidos que podem ser editados em seu vídeo,
o qual você pode cortar, modificar o volume, adicionar efeitos sonoros etc.
Além de cortar, modificar volume, colorir a imagem, definir formato, é preciso, ao fim do trabalho de
edição, renderizar o vídeo, tudo que tenha sido incorporado durante o processo de edição seja agora
condensado em um vídeo. Às vezes, pode­se fazer uma pré­renderização do vídeo. Quando isso acontece,
é feita uma espécie de esboço em baixa resolução, mas que já oferece ao editor uma previa do trabalho
final. Renderizar um vídeo pode demorar até semanas, dependendo, por exemplo, das resoluções das
imagens e da duração dos vídeos.
Estratégias de Aprendizagem
Antes da aula:  assista ao vídeo  Agora tudo é vídeo vertical para instagram stories,  no canal
Audiovizuando: https://www.youtube.com/watch?v=SltBd_1DL3M
Durante a aula: esteja atento às explicações e apresentação do conteúdo. Converse com seu professor e
tire as dúvidas provenientes de suas leituras ou mesmo das atividades recomendadas. Participe das
discussões em sala, apresentando seu ponto de vista sobre o assunto.
Depois da aula: revise as anotações e acesse o SAVA (ambiente virtual) para ler novos textos sobre o
assunto, associando­os aos temas discutidos em sala de aula. Aprofunde os conteúdos apresentados pelo
professor. Para isso, escolha uma das sugestões de leitura, no campo Indicação de Leitura Específica, e
desenvolva a atividade sugerida em nosso Roteiro de Estudo para esta aula 7 (roteiro ­ Produção de
Vídeo para Youtube).
Indicação de Leitura Específica
FAXINA, Elson. (Org.) Edição de áudio e vídeo. Curitiba, InterSaberes, 2018. Capítulo 5. Disponível
em:https://plataforma.bvirtual.com.br/Leitor/Publicacao/158374/pdf/257.
Aplicação: articulação teoria e prática
Produza um vídeo sobre os formatos FLV e SWF para ser publicado no Youtube.
Considerações Adicionais
Ampliando possibilidades:
Pode­se fazer download detemplatesparawidescreenem: https://vashivisuals.com/3k­4k­5k­6k­aspect­
ratio­free­templates­premiere­and­after­effects/
O canal Audiovizuando, no youtube, traz ótimas informações sobre audiovisual, inclusive para
cinema:https://www.youtube.com/watch?v=DUeJyWn5IiI
Vale a pena assistir ao tutorial sobre renderização em:http://ambiente.educacao.ba.gov.br/conteudos­
digitais/conteudo/exibir/id/2269AUDIOVISUAL PARA WEB ­ CCA0828
Semana Aula: 8
A Cultura Digital
Tema
Da Cultura de Massa à Cultura Digital
Palavras­chave
Cultura de massa; Cultura das mídias; Cibercultura; Web
Objetivos
Estabelecer diferenças entre cultura das mídias e cultura digital;
Compreender o contexto em que surge a Cibercultura;
Desenvolver a competência crítica do aluno quanto à qualidade de produtos audiovisuais na era da
cultura digital.
Estrutura de Conteúdo
1.Cultura de massa
2.Cultura das mídias
3.Cultura digital (ou Cibercultura)
O século XX ficou marcado pelo conceito de comunicação como envio de mensagem de um ponto a
outro. Essa concepção de comunicação baseava­se na ideia de que era possível produzirmos uma só
mensagem para todas as pessoas, pois o que importava era o código ser comum ao emissor e receptor.
Vivemos uma boa parte do século passado acreditando ser possível uma sociedade homogênea, que
assimilasse as experiências de modo idêntico. A escola de Frankfurt cunhou este conceito de cultura de
massa baseada na observação de que havia um tipo de produção cultural industrial que se constituíra para
suprir as necessidades de uma indústria capitalista, que se apropria da arte e a transforma em um bem de
consumo sem 'alma', feito para disseminar um ideal de vida capitalista e consumista. Com base nessa
prerrogativa de que a arte deveria chegar a todos, misturou­se o fazer artístico à reprodutibilidade,
desfazendo os limites entre a individualidade e o gosto estético de cada pessoa e de cada cultura. A
cultura de massa gera, então, a indústria cultural com o fim de transformar as pessoas em cidadãos sem
rostos que se alimentam de tudo que a mídia possa oferecer e do jeito que bem entendesse, impondo
comportamentos e crenças sobre qual padrão de vida deve­se almejar.
Mas, ainda no século XX, a tecnologia fez emergir um outro tipo de concepção de comunicação.
Comunicação passa a representar um processo de interação entre sujeitos agentes do processo, sujeitos
com a subjetividade resguardada. Com base nessa concepção de comunicação, com a invenção do
computador e, posteriormente, da internet, o consumo de informação passa por um processo de
reformulação: surge a cultura das mídias.
De acordo com Lúcia Santaella, a cultura das mídias estaria entre a cultura de massa e a cultura virtual.
Pensar sobre a cultura das mídias implica reconhecer a comunicação como um processo interacional
baseado não mais na ideia de que uma mensagem pode ser produzida e consumida de modo idêntico por
um grupo, mas, sim, na ideia de que esse consumo se dá de modo individualizado. Segundo a
pesquisadora, foram os processos de comunicação baseados na busca e consumo individualizado de
informação que ?prepararam a sensibilidade dos usuários para a chegada dos meios digitais cuja marca
principal está na busca dispersa, alienar, fragmentada, mas certamente uma busca individualizada da
mensagem e da informação, caracterizando uma Cibercultura?.
O que diferencia, então, a cultura das mídias da cibercultura ou cultura virtual? Uma diferença está no
fato de que, na cibercultura, momento que estamos vivenciando, há o fenômeno da convergência das
mídias, em oposição à convivência das mídias. Isto é, o processo de criação, distribuição e consumo da
informação tem se dirigido para a Web. Enquanto a cultura das mídias é a cultura do disponível; a
cibercultura é a cultura do acesso à informação. Essa diferença constituiu um dos princípios desta nova
cultura: o princípio da ?liberação da palavra?, que se refere à possibilidade de se criar conteúdo sem
estarmos vinculados a grandes empresas de comunicação. Assim, vídeos, por exemplo, que antes estavam
restritos a pequenos grupos de exibição, agora podem ser divulgados e acessados por quem tiver acesso à
internet.
Estratégias de Aprendizagem
Antes da aula:   l e i a  o   t ex to   Arte e  Mídia no Brasi l  ?  perspect ivas da estét ica digi tal:
http://www.revistas.usp.br/ars/article/view/2941
Durante a aula: esteja atento às explicações e apresentação do conteúdo. Converse com seu professor e
tire as dúvidas provenientes de suas leituras ou mesmo das atividades recomendadas. Participe das
discussões em sala, apresentando seu ponto de vista sobre o assunto.
Depois da aula: revise as anotações e acesse o SAVA (ambiente virtual) para ler novos textos sobre o
assunto, associando­os aos temas discutidos em sala de aula. Aprofunde os conteúdos apresentados pelo
professor. Para isso, escolha uma das sugestões de leitura, no campo Indicação de Leitura Específica.
Indicação de Leitura Específica
LÉVY, Pierre. Cibercultura. 3a Edição. São Paulo: Ed. 34, 2010. Capítulo I ­ p. 25 ­ 27 e Capítulo V ­
p.87 ­ 93.
Aplicação: articulação teoria e prática
R e l e i a   o   t e x t o A r t e   e   M í d i a   n o   B r a s i l :   p e r s p e c t i v a s   d a   e s t é t i c a   d i g i t a l
(http://www.revistas.usp.br/ars/article/view/2941). Escolha um vídeo publicado em Instagram e analise­o
observando as escolhas estéticas que nele se apresentam. Tente responde a seguinte questão: o que
caracteriza o audiovisual no Instagram?
Considerações Adicionais
Ampliando possibilidades:
Assista ao programa Roda Viva com Pierre Lévy:https://www.youtube.com/watch?v=DzfKr2nUj8k
Veja também o vídeo sobre Cibercultura, com Marcelo Tas, em:https://www.youtube.com/watch?
v=mZCy­9lCG2U
AUDIOVISUAL PARA WEB ­ CCA0828
Semana Aula: 9
A Cibercultura e as transformações nas relações sociais
Tema
Novos cenários para o audiovisual
Palavras­chave
Cibercultura; Audiovisual; Cenários; Transformações sociais; Web
Objetivos
Estabelecer diferenças entre cultura das mídias e cultura digital;
Compreender o contexto em que surge a Cibercultura;
Desenvolver a competência crítica do aluno quanto ao mercado para o audiovisual na era da
cultura digital.
Estrutura de Conteúdo
1.Internet: uma tecnologia intelectual
2.As relações sociais em tempos de internet
3.Possíveis cenários para o audiovisual
McLuhan (1964) afirmava que os meios de comunicação elétricos (TV, Rádio, Telefone, Cinema)
estavam rompendo com um modo de pensar que se construíra a partir do advento da escrita,
principalmente depois da prensa de Gutemberg. A tecnologia da escrita fez surgir uma sociedade de
escrita, cujas relações se estabeleceram com base no texto impresso. Para entendermos melhor esse poder
da escrita, pense em nossa sociedade sem a escrita, imaginemos acordar e não haver mais escrita. Como
ficaria nossa burocracia? Marshall Macluhan, ao publicar Os meios de comunicação como extensões do
homem, parece ter profetizado o fim do pensamento linear, o fim de um ser isolado pelas páginas
impressas de um texto. Macluhan afirmou que estávamos nos aproximando de uma "simulação
tecnológica da consciência, onde o processo criativo do conhecimento seria entendido coletiva e
corporativamente ao todo da sociedade humana". Ele compreendeu que sempre que surge uma tecnologia
mídia, as pessoas são impactadas pelo conteúdo por ela transmitido. Para alguns, isso é promover a
democratização do conhecimento, da informação, da cultura; para outros não tão otimistas, trata­se muito
mais de uma espécie de idiotização da sociedade, ou seja, para os céticos, seria uma espécie de
"estupidificação" da cultura.
A internet, essa tecnologia intelectual, é a última mídia a desencadear esse debate entre os céticos e os
otimistas a respeito do poder que os meios têm de modificar paradigmas sociais. Por isso, Nicholas Carr
(2011) compreende a internet como "uma ferramenta que usamos para estender ou dar suporte aos nossos
poderes mentais encontrar e classificar informação, formular e articular ideias, partilhar Know­how e
experiência, fazer medidas e realizar cálculos, expandir a capacidade de nossa memória...".
Se pensarmos sobre o nosso cotidiano, veremos como a internet está em cada ação nossa. É comum
vermos pessoas com smartphones ou notebooks ou smartwatches, os quais verificam a cada minuto,
sempre que chega uma notificação de mensagem. Carr (2011) defende a ideia deque a internet tem
provocado mudanças em nosso cérebro, tornando­nos pessoas mais superficiais e com menor poder de
concentração. Toda vez que uma notificação de mensagem aparece em nosso celular, paramos o que
estamos fazendo para verificarmos a notificação e, quando não há sinal de mensagem, ficamos ansiosos
por esses alertas, queremos ser alimentados constantemente por conteúdos, numa velocidade que só a
internet pode oferecer. E são as redes sociais que garantem nosso alimento diário, são elas responsáveis
pelo contato com o outro, tornando invisível qualquer distância física que possa existir entre as pessoas,
impactando em nossa vida off­line. A internet, ao mesmo tempo que nos aproxima do outro, suprimindo
inclusive a distância entre o real e o virtual, entre on­line off­line, revela o abismo que há entre o mundo
analógico e o mundo digital, evidenciando as diferenças entre esses dois mundos.
A plataforma Netflix, em 2019, nos fez refletir sobre o novo paradigma das relações sociais. Ela lançou a
série Black Mirror, cuja temática central foi relação entre a tecnologia da internet e da web e o convívio
entre as pessoas. O primeiro episódio da terceira temporada Queda livrenarra a história de uma mulher
cuja vida gira em torno da quantidade de likes que recebe em sua rede social. Nesta mesma temporada, o
episódio San Junipero nos apresenta a possibilidade da imortalidade no ambiente virtual. Será estamos
nos tornando o que Black Mirror aponta em seus episódios? Será que nosso modo de interagir está se
estabelecendo com base nas imagens projetadas na tela do computador, ou do nosso celular?
É neste cenário de autocomunicação de massa (termo proposto pelo sociólogo Manuel Castells) que o
audiovisual se configura como um meio de divulgação de informação e um produto desenvolvido por
qualquer que tenha acesso à tecnologia da internet e da Web. Qual o futuro, então, para o audiovisual?
A princípio, temos um cenário bastante favorável ao audiovisual na web, pois parecemos migrar de uma
organização baseada na escrita impressa para uma organização social baseada nas possibilidades de
criação, divulgação e consumo de conteúdo que a internet oferece. Ou seja, pelo imediatismo a que nos
submetemos, e porque a imagem e o som são linguagens cujo processamento se dá mais rapidamente que
a linguagem escrita, o audiovisual tem seu espaço garantido em nossa cultura, hoje, digital. Caberá ao
audiovisual informar, entreter, conectar as pessoas agora partícipes de uma rede propagadora de cultura
24 horas por dia.
Assim, o jornalismo, a publicidade, a educação também se reconfiguram neste contexto de simulacro de
imagens no qual nossa sociedade parece constituir­se. Por isso, convergem todos para a web e garantem
ao audiovisual um espaço cotidiano em nossas inter­relações  on­line  e  off­line, constituindo uma
Cibercultura, cuja bases e estabelece em produtos culturais audiovisuais.
Estratégias de Aprendizagem
Antes da aula: assista ao episódio San Junipero ou ao Queda Livre, da série Black Mirror, desenvolvida
pelo Netflix.
Durante a aula: esteja atento às explicações e apresentação do conteúdo. Converse com seu professor e
tire as dúvidas provenientes de suas leituras ou mesmo das atividades recomendadas. Participe das
discussões em sala, apresentando seu ponto de vista sobre o assunto.
Depois da aula: revise as anotações e acesse o SAVA (ambiente virtual) para ler novos textos sobre o
assunto, associando­os aos temas discutidos em sala de aula. Aprofunde os conteúdos apresentados pelo
professor. Para isso, escolha uma das sugestões de leitura, no campo Indicação de Leitura Específica e
desenvolva a atividade sugerida em nosso Roteiro de Estudo para esta aula 9 (roteiro ­ Produção de
Infográfico Animado).
Indicação de Leitura Específica
CARR, Nicholas. A geração superficial: o que a internet está fazendo com os nossos cérebros. Trad.:
Mônica Gagliotti Fortunato Friaça. RJ: Agir, 2011.
·Prólogo ­ o cão de guarda e o ladrão
LÉVY, Pierre. Cibercultura. 3a Edição. São Paulo: Ed. 34, 2010.
·Capítulo I p. 25 ­ 27
·Capítulo V p.87 ? 93
Aplicação: articulação teoria e prática
Produza um infográfico animado sobre cultura de massa, cultura das mídias e cultura digital (cibercultura)
para a rede social Instagram.
Considerações Adicionais
Ampliando possibilidades:
Assista ao vídeo O futuro das profissões:
https://www.youtube.com/watch?v=Aibfs1ICTns
Assista à palestra: A indústria 4.0 e o Emprego 4 0 ­ 2º Seminário Internacional Segurança e Saúde no
Trabalho (https://www.youtube.com/watch?v=RPMUwoMJr2A)
AUDIOVISUAL PARA WEB ­ CCA0828
Semana Aula: 10
O Mercado Audiovisual na Era da Cultura Digital
Tema
Economia 4.0
Palavras­chave
Crowndfunding; Economia 4.0; Mídia Ninja; Web; Jornalismo
Objetivos
Estimular a criatividade e a capacidade de inovação para elaborar projetos audiovisuais;
Proporcionar ao aluno a descoberta de novos nichos de mercado;
Desenvolver a competência crítica do aluno quanto ao mercado audiovisual na era da convergência
das mídias.
Estrutura de Conteúdo
1. Economia 4.0;
2. Crowdfunding;
3. O caso Mídia Ninja.
Estamos vivendo a era da pós­humanidade, de acordo com Lúcia Santaella, ou seja, estamos vivendo um
período em que a tecnologia da informação tem contribuído para o desenvolvimento de um ser híbrido,
resultado da união entre o humano e o tecnológico, levando­nos a ultrapassarmos nossos limites graças a
utilização de artifícios e recursos tecnológicos. O pós­humano é aquele que busca explorar tudo o que a
cibercultura possa lhe oferecer para que ele possa ampliar suas capacidades e transcender suas barreiras
físicas ou mentais.
Neste contexto de pós­humanidade, surge um modelo econômico cuja característica central é o fato de o
digital e o real se misturarem de forma indissociável. Agora, as ações do mundo real são comandadas pela
Internet das coisas, Inteligência Artificial e Big Data(análises digitais que permitem os profissionais de TI
trabalhar com informações não estruturadas em velocidade rápida). Uma das consequências dessa mistura
entre o digital e o real será uma mudança drástica no mercado de trabalho. Segundo a pesquisa da
consultoria Roland Berger, daqui 20 anos, aproximadamente cerca de 200 milhões de trabalhadores não
serão qualificados, para aplicar tarefas estratégicas e controlar projetos... No Brasil, segundo um estudo
da CNI, ainda há 77,8 de mercado de trabalho com a geração tecnológicas 1 e 2. A grande mudança da
Economia 4.0vai chegar daqui a cerca de 10 anos, atingindo os níveis de tecnologias 3 e 4.(scoremidia;
26/02/2020 ­https://www.scoremedia.com.br/mercado­de­trabalho­e­economia­4­0­entenda­e­prepare­se­
para­as­transformacoes/).
Surge deste novo modelo econômico o Crowndfunding, isto é, o financiamento coletivo. Por meio de
plataformas colaborativas, muitas pessoas ou equipes já estão cadastrando seus projetos e conquistando o
a po i o   d e   d i v e r s o s   c o l a bo r a do r e s   p a r a   a   s u a   r e a l i z a ç ã o .   ( SEBRAE ;   2 6 / 0 2 / 2 020   ­
https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/entenda­o­que­e­
crowdfunding,8a733374edc2f410VgnVCM1000004c00210aRCRD) Este tipo de financiamento tem
como referência a ideia da ?vaquinha? para conseguir recursos financeiros para criar algo em prol da
sociedade, não apenas de uma pessoa ou grupo específico, e que se potencializa com a internet, por meio
de uma plataforma  online. No Brasil, existem plataformas de  crowndfunding em geral e as de nicho.
Normalmente existe uma curadoria que avalia os projetos antes de serem lançados nas plataformas,
observando­se inclusive o prazo para captação de recursos, pois, caso não se consiga atingir a meta, o
dinheiro arrecadado volta para aqueles que apoiaram o projeto. Qualquer tipo de projeto pode obter
financiamento coletivo, basta apenas saber escolher a plataforma que melhor se adapta a ele. Claro que,
para o projeto ser bem­sucedido, é preciso uma rede bem estruturada para sustentá­lo. Além disso,
lembrar de cuidar daqueles que apoiaramo projeto, entregando a eles o que foi prometido. Uma das
vantagens do crowndfunding é a pouca burocracia, além, é claro, da independência, ou seja, não ter que
lidar com ninguém com poder financeiro que possa interferir nos objetivos do projeto.
No Brasil, no campo do jornalismo, temos um exemplo de crowndfounding de sucesso: a Mídia N.I.N.J.A
(Narrativas Independentes, Jornalismo e Ação) que, de acordo com o próprio site, trata­se de ?uma rede
descentralizada que produz e difunde conteúdos e pautas invisibilizadas pela Grande Mídia?. A partir da
lógica colaborativa de produção que emerge da sociedade em rede, conectamos jornalistas, fotógrafos,
videomakers, designers, e possibilitamos a troca de conhecimento entre os envolvidos?. A Mídia Ninja
sustenta­se economicamente com o apoio da rede Fora do Eixo, dos próprios colaboradores, de
organizações internacionais interessadas em financiar novos agentes de comunicação e que tenham
interesse em produzir conteúdo sobre questões socioambientais e culturais. Em junho de 2013, no mesmo
ano em que foi criada, a Mídia Ninja desenvolveu um trabalho excepcional de divulgação e
esclarecimento sobre as manifestações no Brasil e, em 2016, exerceu um papel importantíssimo para a
manutenção da democracia em nosso país. Pelo o trabalho desenvolvido em 2013, a Mídia Ninja recebeu
o prêmio Shorty Awards for our Social Media Profile.
Estratégias de Aprendizagem
Antes da aula: assista à entrevista de Bruno Torturra e Pablo Capilé, sobre a Mídia Ninja no programa
Roda Viva, em 05 de agosto de 2013. Disponível em: (https://www.youtube.com/watch?v=kmvgDn­
lpNQ). Acessado em 27 de fevereiro de 2020.
Durante a aula: fique atento às explicações e apresentação do conteúdo. Converse com seu professor e
tire as dúvidas provenientes de suas leituras ou mesmo das atividades recomendadas. Participe das
discussões em sala, apresentando seu ponto de vista sobre o assunto.
Depois da aula: revise as anotações e acesse o SAVA (ambiente virtual) para ler novos textos sobre o
assunto, associando­os aos temas discutidos em sala de aula. Aprofunde os conteúdos apresentados pelo
professor. Para isso, leia a sugestão de leitura, no campo Indicação de Leitura Específica.
Indicação de Leitura Específica
AUDIOVISUAL PARA WEB ­ CCA0828
Semana Aula: 1
O Cenário Audiovisual na web
Tema
Audiovisual: do Cinema à Web 3.0
Palavras­chave
Audiovisual; Web; Plataformas digitais; Hipertexto; Streaming
Objetivos
Conhecer a história do audiovisual na web;
Compreender o que caracteriza o audiovisual;
Estabelecer relação entre o início da web e o desenvolvimento do audiovisual.
Estrutura de Conteúdo
1.Da independência da Web 2.0 à nova geração da web 3.0;
2.O audiovisual em projetos de hipermídia;
3.As plataformas digitais: do hipertexto aos serviços de streaming
O termo audiovisual representa a junção de dois sentidos: a visão e a audição. Portanto, qualquer produto
cultural que ative esses sentidos está inserido no conjunto de materiais que se organizam a partir da união
entre uma imagem e um som.Embora nos pareça óbvia essa união entre imagem e som, ela só foi possível
em meados da década de trinta, quando o cinema americano deixou de ser mudo.
O filme O Artista, do diretor Michel Hazanavicius, é um produto cultural audiovisual que discute o
contexto em que surge essa tecnologia capaz de sincronizar som e imagem efetivamente. Até a década de
1930, o homem desenvolvia produtos que ora acionavam o sentido da visão, ora da audição, embora o
cinema já garantisse a conexão entre esses dois sentidos quando, durante as exibições de filme, uma
orquestra ou um pianista, ao vivo, acompanhava a cena exibida na tela, produzindo inclusive sons que
funcionavam como sonoplastia, como efeito sonoro.
Somente em 1927, trinta e cinco anos depois que os irmãos Lumière inventaram o cinema, é que tivemos
a primeira exibição de um filme que conseguia sincronizar som e imagem, era o filme The Jazz Singer (O
Cantor de Jazz, em tradução literal), surgindo, assim, o termo soundtrack  para representar todo o
conjunto de sons que compõem um filme, incluindo, além da música, os efeitos sonoros e os diálogos. Da
década de trinta para cá, os produtos culturais audiovisuais foram se ajustando à tecnologia e ao
surgimento de novas mídias, como a televisão e, no século XXI, a WEB (que se utiliza da internet),
garantindo um acesso mais democrático não apenas aos produtos audiovisuais, como também a
ferramentas para a produção doméstica de conteúdos e compartilhamento destes conteúdos audiovisuais.
Mas a primeira geração da internet, conhecida como WEB 1.0, garantia apenas o consumo de conteúdo,
proporcionando pouca interação entre os usuários, os quais não tinham liberdade para modificar qualquer
conteúdo publicado na rede.
Atualmente, vivemos a geração WEB 2.0. Esta geração garantiu ao usuário comum criar, compartilhar e
editar conteúdos, promovendo maior interação, estimulando um trabalho colaborativo e participativo,
haja vista a Wikipédia, um projeto desenvolvido para produzir uma enciclopédia de conteúdo livre que
pode ser editada por todos e que se iniciou oficialmente em 2001. De acordo com Santaella (2010), as
principais ferramentas da Web 2.0 nos introduziram na era da comunicação colaborativa, que estimula o
trabalho participativo, a interação em tempo real e em que a informação disponível não é mais fornecida
'de cima para baixo', mas produzida em uma estrutura horizontal.
É neste contexto de WEB 2.0 que os produtos audiovisuais se desenvolvem e participam de nosso
cotidiano com a função de garantir uma comunicação globalizada, com características ainda da
comunicação de massa, mas pulverizada nos diversos nichos que se formaram ao longo dessa primeira
metade do século XXI. A passagem da cultura das mídias para a cultura digital modificou os modos de
construção do audiovisual, colocando o profissional de comunicação num contexto ainda desconhecido,
imputando­lhe o papel de construir um novo modelo de interação, um novo modelo de comunicação em
que o som e a imagem integram­se demasiadamente em favor de um interlocutor também agente do
processo de criação, consumo e circulação de conteúdos.
Se a televisão consolidou o acesso ao audiovisual; a internet expandiu esse acesso e garantiu ao público o
papel de tirar das grandes corporações de comunicação o monopólio da informação e ser, ele mesmo,
criador de conteúdo. Isso foi possível com o surgimento de plataformas digitais e provedores globais de
filme, como: Youtube, Vímeo, Netflix, Prime, entre outros.
Essas plataformas e serviços de streaming de filmes na WEB tiveram como precursores a publicação de
hipertextos emblogs. Essesblogstinham como objetivo compartilhar conteúdo de cunho pessoal,
funcionando como um diário virtual. Quem assistiu ao filme Julie & Julia (2009), dirigido por Nora
Ephron, tem uma ideia do papel doblogem nossa sociedade no início do século XXI. Desses diários
virtuais surgiram os Fotologs, os Vlogs e, posteriormente, as redes sociais, como Orkut, Facebook, Twitter
etc.
Hoje, sites informativos contam com vídeos em suas postagens ou criam canais no Youtube, como é o
caso do canal GGN (https://jornalggn.com.br), um site jornalístico desenvolvido por Luís Nassif, que está
c o m   u m   c a n a l   n o   Y o u t u b e ,   a   T V G G N   ­
(https://www.youtube.com/channel/UCPYIYR0J8ppEJVtR1weLnBw).
Estamos vivendo o surgimento de uma nova linguagem: a hipermídia.
Para ela (a hipermídia) convergem o texto escrito, o audiovisual (televisão, vídeo e cinema) e a
informática (computadores e programas informáticos)(SANTAELLA; 2005) Ou seja, ler, perceber,
escrever, pensar e sentir ganham características ainda não vivenciadas pelo homem, que agora lida com a
produção de imagem e som a partir de uma matriz numérica binária, cujo suporte matérico é o
computador e vídeo modelos, programas; com a ideia de uma imagem quase indegradável, eterna e cada
vez mais fácil de compartilhar, de se ter acesso cotidianamente.
Estratégias de Aprendizagem
Antesda aula: assista aos vídeos A história da internet e A história da internet no Brasil, publicados no
Youtube pelo canal Techmundo:
https://www.youtube.com/watch?v=pKxWPo73pX0
https://www.youtube.com/watch?v=k_inQhpKprg
Durante a aula: esteja atento às explicações e apresentação do conteúdo. Converse com seu professor e
tire as dúvidas provenientes de suas leituras ou mesmo das atividades recomendadas. Participe das
discussões em sala, apresentando seu ponto de vista sobre o assunto.
Depois da aula: revise as anotações e acesse o SAVA (ambiente virtual) para ler novos textos sobre o
assunto discutido em sala, associando­os aos temas discutidos em sala de aula. Aprofunde os conteúdos
apresentados pelo professor. Para isso, escolha uma das sugestões de leitura, no campo  Indicação de
Leitura Específica, e desenvolva a atividade sugerida no campo Aplicação: articulação teoria e prática
deste Plano de Aula.
Indicação de Leitura Específica
DIZARD JR., Wilson. A Nova Mídia. Rio Janeiro: Ed. Zahar, 1998. Capítulo Comunicação de Massa na
Era da Informação.
Aplicação: articulação teoria e prática
Assista aos filmes: O Artista, Julie & Julia e  Steve Jobs, e analise­os observando a relação entre a
tecnologia da internet e a história do audiovisual do cinema à WEB.
Considerações Adicionais
O canal Techmundo, no Youtube, traz uma série de vídeos sobre a história da tecnologia que podem
ajudar a compreender melhor a relação entre a história do audiovisual e os avanços tecnológicos.
Acesse:https://www.youtube.com/playlist?list=PL7cCKVGMzqmbyaouQulXxUJLdwW4qBMpp
AUDIOVISUAL PARA WEB ­ CCA0828
Semana Aula: 2
A Comunicação Audiovisual para web
Tema
A linguagem e sua sintaxe: a intenção comunicativa e os efeitos de sentido.
Palavras­chave
Comunicação; Web; Linguagem Visual; Cor
Objetivos
Compreender a comunicação como interação;
Identificar o que caracteriza a linguagem visual;
Estabelecer relação entre o elemento visual cor e suas funções no audiovisual.
Estrutura de Conteúdo
1.  Conceito de Comunicação como interação;
2.  A linguagem visual e sua sintaxe;
3.  As significações da cor.
A palavra comunicação, de acordo com o dicionário Houaiss, representa o processo que envolve a
transmissão e a recepção de mensagens entre uma fonte emissora e um determinado receptor, no qual as
informações transmitidas por intermédio de recursos físicos ou de aparelhos e dispositivos técnicos, são
codificadas na fonte e decodificadas no destino com o uso de sistemas convencionados de signos ou
símbolos sonoros, escritos, iconográficos, gestuais etc.
Esse conceito nos remete à ideia de que comunicação se dá quando alguém tem uma ideia, a concretiza
em uma mensagem, que será enviada a outro, cujo papel será decodifica­la, ou seja, estabelecer a relação
entre os signos usados e seus significados.
Porém, se pensarmos um pouco sobre as diversas situações de comunicação em nosso cotidiano,
observaremos que o ato de comunicar é mais que um processo de codificação\ decodificação\
recodificação, pois há de se considerar aspectos outros além dos signos que constituem a mensagem,
como: quem são os participantes, o papel exercido por estes participantes, onde se dá a comunicação, em
que sociedade e em que momento da história dessa sociedade, os objetivos, o assunto, o gênero textual
produzido, entre outros aspectos que sejam relevantes para a efetivação do processo de comunicação.
Isso implica em considerar a comunicação como um processo de interação, no qual os participantes são
sujeitos submetidos ao contexto comunicacional que determinará o que dizer e como dizer, considerando
ainda o fato de que importarão os efeitos de sentido provocados pelo uso dos signos(verbais e não
verbais) na produção de enunciados que projetarão imagens desses agentes durante o processo
interacional, agindo uns sobre os outros continuamente, antecipando suas ações e reformulando seus
discursos.
Esse processo interativo se dá a partir da produção de gêneros textuais adequados ao contexto
situacional, que determinará a linguagem a ser usada durante a interação, podendo esta ser verbal ou não,
considerando­se, claro, a possibilidade do uso combinado da palavra, da imagem e do som.
Ao definir qual linguagem utilizar, os sujeitos precisam levar em conta a sintaxe que caracteriza essa
linguagem, como, por exemplo, a sintaxe da linguagem visual, que se constitui de elementos básicos
repletos de significações, provocando efeitos de sentido ao serem combinados para a produção de
enunciados (qualquer texto\ocorrência linguística ou não dotada de unidade sociocomunicativa,
semântica e formal), Isto é, qualquer produto de uma enunciação dotado de um objetivo comunicacional,
de sentido e de organização que o caracteriza.
A linguagem visual se caracteriza por alguns elementos (ponto, linha, forma, cor, textura, contraste,
dimensão, escala) e princípios básicos (segregação e unificação; fechamento; boa continuidade;
proximidade e semelhança; e a pregnância da forma) que garantem harmonia, equilíbrio e clareza na
formação de imagem. Todos esses elementos e essas leis de organização geram efeitos de sentidos os mais
diversos quando da produção de enunciados, como é o caso do elemento cor em produções audiovisuais.
Por exemplo o verde está muito relacionado à natureza e, atualmente, a temas ecológicos. O amarelo está
relacionado amplamente ao sol e ao ouro; à riqueza. O vermelho está relacionado ao amor, à paixão, mas
também à dor. O azul pode representar imensidão, calmaria, pureza.
Estratégias de Aprendizagem
Antes da aula: assista vídeo Contraponto Cinema | Black Mirror ­ Queda Livre,exibido pelo canal TVC
BH, no Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=qlj4AacAmso
Durante a aula: esteja atento às explicações e apresentação do conteúdo. Converse com seu professor e
tire as dúvidas provenientes de suas leituras ou mesmo das atividades recomendadas. Participe das
discussões em sala, apresentando seu ponto de vista sobre o assunto.
Depois da aula: revise as anotações e acessar o SAVA (ambiente virtual) para ler novos textos sobre o
assunto discutido em sala, associando­os aos temas discutidos em sala de aula. Aprofunde os conteúdos
apresentados pelo professor. Para isso, escolha uma das sugestões de leitura, no campo  Indicação de
Leitura Específica, e desenvolva a atividade sugerida no campo Aplicação: articulação teoria e prática
deste Plano de Aula.
Indicação de Leitura Específica
GOMES FILHO, João. Introdução. In: GESTALT do objeto: sistema de leitura visual da forma. 8. ed. São
P a u l o :   E s c r i t u r a s ,   2 0 0 8 .   p .   1 7   ­   2 5 .   D i s p o n í v e l   e m :
https://graficovisual.files.wordpress.com/2013/11/gestalt­do­objeto­joao­gomes.pdf. Acesso em: 10 fev.
2020.
FARINA, Modesto et al. Significado cultural e psicológico das cores. In: FARINA, Modesto et al.
Psicodinâmica das cores em comunicação. 5. ed. São Paulo: Edgard Blücher, 2006. cap. Cor: Signo
cultural e psicológico, p. 96 ­ 107.
D i s p o n í v e l   e m :
https://archive.org/details/PsicodinmicaDasCoresEmComunicaaoModestoFarina/page/n3/mode/2up.
Acesso em: 10 fev. 2020.
Aplicação: articulação teoria e prática
Analise o uso da cor vermelha no filme Beleza Americana, com base na psicodinâmica das cores para
comunicação. Para isso, primeiro descreva as cenas em que a cor vermelha é usada e, depois, diga que
função comunicacional ela exerce na cena, quais os possíveis efeitos de sentido que ela provoca.
Considerações Adicionais
Leia o capítuloA cor na comunicação,do livroPsicodinâmica das cores em comunicação, de Modesto
Farina:
https://archive.org/details/PsicodinmicaDasCoresEmComunicaaoModestoFarina/page/n115/mode/2up
AUDIOVISUAL PARA WEB ­ CCA0828
Semana Aula: 3
Linguagens Digitais
Tema
Concepções de Linguagem, Linguagem Digital e o hipertexto
Palavras­chave
Web; Linguagem Digital; Hipertexto
Objetivos
Diferenciar a linguagem digital de outras linguagens;
Identificar o que caracteriza a linguagem digital;
Compreender o hipertexto como um enunciado híbrido.
Estrutura

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